segunda-feira, 30 de julho de 2018

Igreja: Brasão episcopal de D. José Tolentino Mendonça evoca ligação de Portugal ao Vaticano

«Olhai os lírios do campo» é o lema escolhido pelo novo arcebispo

Lisboa, 28 jul 2018 (Ecclesia) – O brasão episcopal de D. José Tolentino Mendonça, apresentado hoje, evoca a ligação histórica de Portugal ao Vaticano, numa homenagem “ao encontro de culturas e alargamento de mundos”.

A imagem apresenta um elefante, recordando que o primeiro desses animais a chegar à Europa, em particular a Roma, foi trazido pelos navegadores portugueses.

“Trata-se assim de uma identificação do país de proveniência do arcebispo”, assinala a explicação que acompanha a apresentação do brasão.

O escudo, de forma gótica, é sublinhado pelo lema episcopal do novo bibliotecário e arquivista da Santa Sé: “Olha os lírios do campo”.

A passagem do Evangelho segundo São Mateus propõe “uma sabedoria aberta à hermenêutica do mundo”, que desafia todos os católicos “à simplicidade, à confiança e ao entusiasmo pela beleza da vida”.

Com o lírio, pretende-se assinalar o nome do arcebispo madeirense, José, e “colocar o seu ministério episcopal sob o olhar paterno de São José”, representado na iconografia cristã por essa flor.

No topo do escudo está uma Bíblia aberta com as letras gregas alfa e ómega, uma referência à pessoa de Jesus Cristo.

O Papa Francisco nomeou, a 26 de junho, o sacerdote madeirense como arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano e bibliotecário da Biblioteca Apostólica, elevando-o à dignidade de arcebispo.

O início de funções está marcado para o dia 1 de setembro.

D. José Tolentino Mendonça nasceu em Machico (Arquipélago da Madeira) em 1965 e foi ordenado padre em 1990; é doutorado em Teologia Bíblica.

Biblista, investigador, poeta e ensaísta, Tolentino Mendonça foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem de Sant’lago da Espada por Aníbal Cavaco Silva, presidente da República, em 2015.

OC

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