At 8, 5-8.14-17 / Slm 65 (66), 1-3a.4-7a.16.20 / 1 Pe 3, 15-18 / Jo 14, 15-21
Os Atos dos Apóstolos relatam-nos a expansão da Igreja nascente «entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus», usando uma expressão de Santo Agostinho. Também hoje vivemos neste clima, mas seguros e confiantes, pois sabemos que só Deus é omnipotente, não havendo dificuldades ou problemas que possam ser todo-poderosos. A força do Espírito Santo é concedida aos que se convertem a Jesus e o poder da Trindade Santíssima manifesta--se com sinais que ultrapassam as capacidades humanas.
S. Pedro adverte-nos que, perante quem se opõe à nossa fé, devemos estar sempre disponíveis para apresentar «as razões da nossa esperança», ou seja, do nosso ser cristãos. O apóstolo Pedro indica também o modo de o fazer: «com brandura e respeito», evitando o estilo polémico, agressivo e impositivo. São conselhos de há uma vintena de séculos, mas perfeitamente atuais. Nas incompreensões, adversidades e oposições, encontraremos força e consolação recorrendo a Jesus Cristo que, sendo «perfeito Deus e perfeito homem», foi incompreendido e perseguido até à morte de cruz.
Cristo, ao despedir-Se de nós, no discurso da Última Ceia, promete que pedirá ao Pai para nos enviar o Espírito Santo, o “Paráclito”. É um termo muito rico para apresentar a presença de Deus na nossa vida. Paráclito é aquele que num tribunal se põe do nosso lado e faz de nosso
advogado de defesa, quer sejamos inocentes ou culpados. Falando da sua partida deste mundo, Cristo esclarece que não nos abandona nem nos deixará órfãos. Será importante reconhecer esta presença solícita de Deus na nossa vida, sobretudo em ocasiões de prova e desânimo.
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