Com a solenidade do Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, encerramos o Tempo Pascal. Nela celebramos a efusão do Espírito Santo sobre a Igreja nascente, sobre os Apóstolos, que perseveravam unidos em oração com Maria, Mãe de Jesus, como nos refere S. Lucas, nos Atos dos Apóstolos.
O Pentecostes era uma especial festa dos judeus, que celebrava a Lei que Deus entregou a Moisés no Monte Sinai, para que o povo eleito pudesse viver no caminho da aliança. O Pentecostes da nova aliança, 50 dias depois da Páscoa de Cristo, ocorrido no mesmo dia da festa judaica, indica que a antiga lei vem substituída pela lei do amor do Espírito Santo.
O Espírito de Deus no Pentecostes manifesta-Se mediado por sinais exteriores: «forte rajada de vento» e «línguas de fogo». São imagens que ajudam a entender a presença do Espírito Santo, hoje, na sua Igreja: presença que gera dinamismo forte, como o vento, e que transforma, como o fogo.
S. Lucas observa que, estando presente em Jerusalém tanta variedade de povos, culturas e línguas, «cada um ouvia os apóstolos falar na sua própria língua». Não é verdade que, quando nos deixamos guiar pelo Espírito de Deus, conseguimos fazer-nos entender e criar unidade, apesar de todas as diferenças de gostos, estilos, idades e culturas?
Perante as rivalidades e divisões que o apóstolo Paulo notava na comunidade cristã de Corinto, sublinha que os carismas e dons só valem se estão ao serviço do bem comum, criando unidade. É que «fomos batizados num só Espírito, para constituirmos um só corpo».
Nas aparições de Cristo ressuscitado, este apresenta-Se como quem oferece o dom da paz: «A paz esteja convosco!» Cada um dá o que tem. E Cristo oferece-nos, também hoje, a paz do «Deus da paz». Para que a minha vida seja uma manifestação da presença de Deus, preciso de transmitir paz.
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