terça-feira, 13 de maio de 2014

De que falamos quando falamos de Fátima?

Fátima representa, de um modo tão extraordinário que o nosso século apenas começou a descobrir, a afirmação de uma virtude proscrita e fundamental: a da Esperança. Nos baldios de outrora, povoados de rochas e azinheiras, ou no santuário atual, o que as multidões ouvem não é nada que, de mil maneiras, já não tenha sido sussurrado à alma humana. Aliás, para os cristãos, todas as revelações são sequências, linhas de água que arrastam o Espírito pelas paisagens da História. Mas o manancial, a torrente incessante, a palavra que dessedenta é, ontem, hoje e sempre, Jesus Cristo. Fátima tem a simplicidade e o mistério de uma página evangélica. É o seu enredo eterno que, diariamente, desenrola: as nossas histórias humanas, frágeis, estilhaçadas; o nosso brilho ameaçado; a nossa vida por salvar. Isso e o encontro com Maria que sugere: «Fazei tudo o que Ele vos disser» (Jo 2, 5). Continuar a ler…

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