quarta-feira, 21 de maio de 2014

- Pastoral da Cultura -

Posted: 20 May 2014 01:53 PM PDT
O sentimento da minha pobreza e do meu nada sempre me fizeram boa companhia, mantendo-me humilde e calmo, e concedendo-me a alegria de me empenhar com o meu melhor no exercício continuado de obediência e de caridade pelas almas e pelos interesses do Reino de Jesus, meu Senhor e meu tudo. A Ele toda a glória; para mim e por meu mérito a sua misericórdia. O meu mérito é a misericórdia do Senhor. Senhor, Tu conheces todas as coisas, Tu sabes que te amo. Isto me basta. Peço perdão àqueles que inconscientemente houver ofendido e a todos a quem não tiver edificado. Sinto que não tenho nada a perdoar a quem quer que seja, porque quantos me conheceram e contactaram comigo – mesmo que me tiverem ofendido ou desprezado ou desestimado, aliás justamente, ou me tivessem dado motivo de afeição – reconheço-os unicamente como irmãos ou benfeitores, a quem estou grato e para quem oro e orarei sempre. Nascido pobre, mas de honrada e humilde gente, estou particularmente contente por morrer pobre. Continuar a ler…
Posted: 20 May 2014 01:00 PM PDT
A peregrinação de Paulo VI a Fátima, em 1967, no cinquentenário das aparições, despertou em mim uma aventura. Era aluno de Jornalismo na Universidade de Navarra, Espanha, e fiz-me à boleia, na esperança de acompanhar a visita do Papa. Naquela época, o regime de Salazar fazia da sua animosidade diplomática contra Paulo VI um “lenda negra”, por o Papa ter ido ao Congresso Eucarístico a Bombaim (Índia), o que considerava uma ofensa aos portugueses e uma bênção aos indianos que tinham anexado Goa, Damão e Diu. As críticas agravaram-se quando Paulo VI saudou, no Vaticano, líderes da resistência africana contra a permanência dos portugueses nas colónias. O Estado Novo era perito nas “lendas negras” e Salazar não poupava a Igreja. Veja-se o caso do exílio forçado do Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes. As atoardas do salazarismo tinham na Igreja eclesiásticos que gostavam de incensar e agravar a campanha contra D. António Ferreira Gomes, engordando as injúrias. Continuar a ler…
Posted: 20 May 2014 12:30 PM PDT
Não é possível fazer uma iniciação cristã sem a família ou contra a família, e quando a família natural não é possível, é sempre necessário encontrar uma outra. A recuperação da família e a evangelização em família não terão um caminho fácil, já que uma Igreja excessivamente clericalizada perdeu, para o medo, a culpabilização e o romantismo, a noção exata do que a família é e de como esta deve ser tratada na sua unidade e multiplicidade de relações internas, pedra angular da classe média, apanágio da estabilidade e da transmissão de valores, agora em violenta transformação por obra da austeridade e das várias crises sociais. Mas por alguma razão Jesus entregou os apóstolos a Maria. A evangelização, para ter futuro, deve ser mais equilibradamente feminina: mais comunicativa, mais acessível, mais próxima, mais doméstica, mais interessada, mais realista, mais acolhedora, mais dedicada, mais paciente e mais persistente.  Continuar a ler…

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