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20 May 2014 01:53 PM PDT
O sentimento da minha pobreza e do meu nada sempre me fizeram boa companhia,
mantendo-me humilde e calmo, e concedendo-me a alegria de me empenhar com o meu
melhor no exercício continuado de obediência e de caridade pelas almas e pelos
interesses do Reino de Jesus, meu Senhor e meu tudo. A Ele toda a glória; para
mim e por meu mérito a sua misericórdia. O meu mérito é a misericórdia do
Senhor. Senhor, Tu conheces todas as coisas, Tu sabes que te amo. Isto me basta.
Peço perdão àqueles que inconscientemente houver ofendido e a todos a quem não
tiver edificado. Sinto que não tenho nada a perdoar a quem quer que seja, porque
quantos me conheceram e contactaram comigo – mesmo que me tiverem ofendido ou
desprezado ou desestimado, aliás justamente, ou me tivessem dado motivo de
afeição – reconheço-os unicamente como irmãos ou benfeitores, a quem estou grato
e para quem oro e orarei sempre. Nascido pobre, mas de honrada e humilde gente,
estou particularmente contente por morrer pobre. Continuar
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20 May 2014 01:00 PM PDT
A peregrinação de Paulo VI a Fátima, em 1967, no cinquentenário das
aparições, despertou em mim uma aventura. Era aluno de Jornalismo na
Universidade de Navarra, Espanha, e fiz-me à boleia, na esperança de acompanhar
a visita do Papa. Naquela época, o regime de Salazar fazia da sua animosidade
diplomática contra Paulo VI um “lenda negra”, por o Papa ter ido ao Congresso
Eucarístico a Bombaim (Índia), o que considerava uma ofensa aos portugueses e
uma bênção aos indianos que tinham anexado Goa, Damão e Diu. As críticas
agravaram-se quando Paulo VI saudou, no Vaticano, líderes da resistência
africana contra a permanência dos portugueses nas colónias. O Estado Novo era
perito nas “lendas negras” e Salazar não poupava a Igreja. Veja-se o caso do
exílio forçado do Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes. As atoardas do
salazarismo tinham na Igreja eclesiásticos que gostavam de incensar e agravar a
campanha contra D. António Ferreira Gomes, engordando as
injúrias. Continuar
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20 May 2014 12:30 PM PDT
Não é possível fazer uma iniciação cristã sem a família ou contra a família,
e quando a família natural não é possível, é sempre necessário encontrar uma
outra. A recuperação da família e a evangelização em família não terão um
caminho fácil, já que uma Igreja excessivamente clericalizada perdeu, para o
medo, a culpabilização e o romantismo, a noção exata do que a família é e de
como esta deve ser tratada na sua unidade e multiplicidade de relações internas,
pedra angular da classe média, apanágio da estabilidade e da transmissão de
valores, agora em violenta transformação por obra da austeridade e das várias
crises sociais. Mas por alguma razão Jesus entregou os apóstolos a Maria. A
evangelização, para ter futuro, deve ser mais equilibradamente feminina: mais
comunicativa, mais acessível, mais próxima, mais doméstica, mais interessada,
mais realista, mais acolhedora, mais dedicada, mais paciente e mais persistente.
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