Posted: 28 May 2014 12:32 PM PDT
É difícil sustentar que o papa Francisco não seja o melhor político no mundo após a sua viagem à Terra Santa neste último fim de semana. Em cinquenta e cinco horas, o septuagenário bispo de Roma visitou três países, pronunciou quinze discursos, plantou duas árvores e manteve uma conferência de imprensa revolucionária de quarenta e cinco minutos. Com um fim de semana cheio de momentos de sucesso, poderia parecer algo ousado afirmar que algum se destacava entre todos. Mas se há um que terá um impacto duradouro na região, foi a surpresa dominical do papa Francisco. Enquanto celebrava a missa ao ar livre em Belém, Francisco, inesperadamente, convidou o presidente israelita Shimon Peres e o presidente palestino Mahmoud Abbas a irem ao Vaticano, em junho, para um encontro de oração e de diálogo. No espaço de uma hora, ambos aceitaram. Reduzir o encontro de junho a um ato meramente simbólico significaria não compreender o papel que a religião pode e deve desempenhar ao enfrentar questões políticas e éticas difíceis. Ao longo da história do mundo, profetas religiosos navegaram criativamente através de situações tensas para fazer avançar a paz e a justiça. Continuar a ler…
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28 May 2014 09:11 AM PDT
Francisco que toca o muro de Belém enquanto reza. Francisco com Bartolomeu. O
patriarca que o toma pela mão porque o chão é escorregadio. Francisco com os
israelitas, com os palestinos, com os jordanos. Francisco, o papa, que encontra,
abraça e reza com muçulmanos e judeus. O vigário de Cristo não só observa e se
abisma com a situação da Terra Santa, mas rebela-se também contra a opressão e a
falta de diálogo entre quantos lá vivem sem conseguirem explicar porque é que é
assim há tanto tempo, porquê tanta discórdia, porquê tanto sangue. Nenhuma
dúvida quanto ao peso dos gestos na comunicação de Francisco. Mas nenhum
mal-entendido. Trata-se de uma mensagem para o mundo. A situação geral na Terra
Santa não é outra coisa senão mais um sinal da injustiça e da intolerância que
cada dia caracteriza um mundo onde cada um se recusa a escutar a voz do outro.
Francisco critica o terrorismo que não tem outro objeto nem possibilidade de não
ser apenas isso, terrorismo, mesmo se o deseja mascarar sob outras formas. É
aqui que os cronistas ligados às regras do politicamente correto se questionam:
pode um chefe de um Estado pronunciar-se de modo tão categórico sobre as
relações entre outros dois estados? Mas não é seguramente isto que preocupa o
papa. Continuar a
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28 May 2014 03:33 AM PDT
O papa Francisco resumiu hoje no Vaticano os
aspetos principais da viagem que realizou à Terra Santa, entre sábado e
segunda-feira, tendo sublinhado que a visita «foi um grande dom para a Igreja»,
antes de pedir perdão pela separação entre cristãos. «Dou graças a Deus [pela
viagem]. Ele guiou-me naquela terra abençoada, terra abençoada que viu a
presença histórica de Jesus e onde ocorreram acontecimentos fundamentais para o
judaísmo, cristianismo e islão», afirmou, citado pela Rádio Vaticano. «Uma vez
mais, como fizeram os papas precedentes, pelo perdão por aquilo que fizemos para
favorecer esta divisão, e peço ao Espírito Santo que nos ajude a sanar as
feridas que causámos aos outros irmãos. A seguir, o papa centrou-se nos esforços
que realizou com vista à pacificação na região: «Fi-lo na Jordânia, na
Palestina, em Israel. E fi-lo sempre como peregrino, no nome de Deus e do homem,
levando no coração uma grande compaixão pelos filhos daquela terra que há
demasiado tempo convivem com a guerra e têm o direito de conhecer finalmente
dias de paz». Continuar
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