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28 May 2014 08:30 AM PDT
As leiras cobertas das espigas do centeio, loiras como o ouro que formula
auspícios de riqueza, eram promessa escondida do pão. Na vida das gentes, fazia
o sustento de todos os dias e augurava bem-estar e paz. Era um alimento de que
necessitavam em todas as mesas, pois «onde não há pão, todos ralham e ninguém
tem razão». Era assim um grande dia do ano, pois ali estava o ano inteiro. A
sustentação e a paz. Sustentação para a casa e paz com todos, para viver bem na
vizinhança. Naturalmente era o dia feliz que garantia a prosperidade o ano todo.
Estavam contentes e vestiam-se de flores, pois o próprio Senhor prometia uma
presença continuada, «eu estarei convosco até ao fim dos tempos». Presença
discreta, real, mas coberta pelo pão que dava a todos. Era assim o dia sagrado
do pão. «O pão de Deus é que desce do Céu» e o Senhor «sobe». Percebe-se que
fica com todos, já não só para alguns da sua terra, mas para todos, que se
vestem de festa e agradecem a sua presença. Continuar a
ler…
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