Da
Quaresma à Páscoa (27): Chamo-me, agarro-me, quero – e ninguém me
responde
Meu Deus – que dolorosa é esta dor desconhecida. Dói sem cessar.
– Não tenho fé. – Não me atrevo a proferir as palavras e os pensamentos que me
povoam o coração – e me fazem sofrer uma agonia indescritível. São tantas as
perguntas sem resposta que vivem dentro de mim – tenho receio de as trazer à luz
– por serem blasfemas. – Se Deus existe, – por favor perdoa-me. – Confiança em
que tudo acabará no Céu com Jesus. – Quando tento elevar o pensamento para o Céu
– o vazio é de tal maneira convincente que esses mesmos pensamentos regressam
como punhais afiados e me ferem a alma. – Amor – a palavra – nada traz.
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