Da Quaresma
à Páscoa (32): Acende a tua candeia
A maior parte das vezes, o nosso
pecado não é apenas deixarmo-nos aprisionar a males concretos, mas é perdermos
uma medida alta, exigente e vigilante, a medida profética e inteira do Reino em
nós, e conformarmo-nos a isso, como se não nos fizesse realmente falta. Este é
um problema espiritual típico de uma vida adulta, de um cristianismo avançado,
em que nos espreitam as tentações do cinismo e do desleixo em relação ao
«primitivo amor». Mais depressa nos pomos à procura de umas chaves ou de umas
moedas que não sabemos onde param… Habituamo-nos, assim, a uma vida espiritual
diminuída, amolecida, feita de meias tintas e de meias verdades, e falta-nos a
ousadia das verdades inteiras. Desistimos momentaneamente de viver de Deus e de
Deus só. Mas é isso que queremos?
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