Da
Quaresma à Páscoa (31): Viver e morrer à míngua de alto
Amar é receber a
vida como um dom e não encarniçar-se para conservar o que, inevitavelmente, se
perde. A gestão preocupante do futuro é um modo de investimento que faz com que
o fim seja aumentar o capital para assegurar o futuro. O que acaba de acontecer
é que ao presente do amor se substitui a preocupação obsessiva do futuro. É
assim que deixamos de perceber que o presente em que estamos tem o gosto da
salvação. O sistema bancário não é a nossa salvação. O Filho do Homem é o corpo
de carne atravessado pela Palavra que dá vida desde a origem. Que o Ressuscitado
nos dê o gosto da salvação no presente. O amor maior, sem estratégia, é aquele
que dá a vida àquele que ama. O que seduz no cristianismo é esta economia do dom
sem medida que o Filho encarna e que a Eucaristia torna presente.
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