sexta-feira, 23 de março de 2012

Espiritualidade

 Da Quaresma à Páscoa (31): Viver e morrer à míngua de alto
Amar é receber a vida como um dom e não encarniçar-se para conservar o que, inevitavelmente, se perde. A gestão preocupante do futuro é um modo de investimento que faz com que o fim seja aumentar o capital para assegurar o futuro. O que acaba de acontecer é que ao presente do amor se substitui a preocupação obsessiva do futuro. É assim que deixamos de perceber que o presente em que estamos tem o gosto da salvação. O sistema bancário não é a nossa salvação. O Filho do Homem é o corpo de carne atravessado pela Palavra que dá vida desde a origem. Que o Ressuscitado nos dê o gosto da salvação no presente. O amor maior, sem estratégia, é aquele que dá a vida àquele que ama. O que seduz no cristianismo é esta economia do dom sem medida que o Filho encarna e que a Eucaristia torna presente.

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