Mais
instruídos mas menos solidários
Ao que parece temos criado um contexto de
vida e uma cultura onde nos educamos apenas e só para ter, partindo do princípio
que o processo será sempre numa lógica ascendente. Educamo-nos e formamo-nos no
pressuposto de que somos invulneráveis e tornamo-nos de facto insensíveis à
vulnerabilidade – bebemos para esquecer, engordamos para nos satisfazer,
endividamo-nos para bem estar, medicamo-nos para não deprimir, suicidamo-nos no
desespero de possuir tudo o anterior mas não ter sentido para viver. Centrados
numa visão individual, e em fuga face aos pontos mais frágeis, limitamo-nos
também na nossa capacidade de viver plenamente a alegria e a consciência de
gratidão e de amor que nos torna vulneráveis, mas nos confere a esperança e o
sentido porque é na vulnerabilidade e na relação que nos tornamos mais humanos!
O mais que temos conseguido é para o menos que estamos a viver? Afinal que mais
queremos Ser?
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