«Interrupção do habitual» pode ser compensado com «a criação de um futuro ainda mais rico, em possibilidades e meios», escrevem D. Manuel Clemente e seus auxiliares
Lisboa, 30 mar 2020 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca e bispos auxiliares de Lisboa enviaram uma mensagem aos sacerdotes do patriarcado, nas difíceis circunstâncias” que se vivem, por causa da pandemia de Covid-19.
“Partilhamos convosco o sofrimento de não poder celebrar com o povo. Nem por isso deixamos de viver a Santa Quaresma, ainda que sem as manifestações habituais de piedade, tão fortes e expressivas como são. Quando as pudermos retomar noutros anos, ainda mais fortes e conversoras hão de ser”, refere a mensagem, assinada por D. Manuel Clemente, D. Joaquim Mendes, D. Daniel Henriques e D. Américo Aguiar.
A missiva dirige-se em particular aos padres “mais idosos ou doentes”, elogiando também o esforço dos responsáveis católicos para acompanhar os fiéis.
“Assim o fazeis pela oração e por muitas conexões de telefone, internet e outros meios, com que superais a inevitável separação física por várias formas criativas de contacto”, indica o texto, divulgado através da internet.
"Chegam-nos felizes notícias de tempos de oração sacerdotal e de encontro pastoral pela internet ou telefone, intensificando ou mantendo o cuidado mútuo e o serviço dos fiéis. Igualmente sobre a vossa atenção aos mais sós e doentes, entre os vossos paroquianos ou outros, com mensagens que enviais e telefonemas que fazeis. E o mesmo se diga do cuidado em garantir o serviço de vários equipamentos sociocaritativos e dos respetivos colaboradores”.
Os responsáveis católicos consideram que o momento de emergência nacional e de isolamento social criaram novos hábitos para o trabalho pastoral futuro, “quando a normalidade regressar e como regressar”.
“Na verdade, este tempo difícil tem sido da parte do presbitério de Lisboa uma ocasião de reforço da ação pastoral, compensando a interrupção do habitual com a criação de um futuro ainda mais rico, em possibilidades e meios”, indicam os bispos de Lisboa.
Em relação à Semana Santa, a carta adianta que o Patriarcado de Lisboa vai seguir as orientações do Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (Santa Sé).
OC
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