terça-feira, 16 de junho de 2020

O que a Bíblia diz sobre o dinheiro

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Administração do dinheiro: a Bíblia, o melhor consultor financeiro

ABíblia não é um manual de finanças, mas também contém muitas dicas úteis e práticas que podem ajudar todos a administrar melhor seu dinheiro e manter um relacionamento saudável com ele


É pecado querer ganhar dinheiro (mesmo muito dinheiro)? Devemos evitá-lo, sofrer, fazê-lo dar frutos? O que é uma administração de dinheiro responsável? É um mal necessário?

Fazer de vez em quando um exame de consciência sobre nosso relacionamento com o dinheiro e os bens materiais pode ser uma boa maneira de administrar melhor nosso orçamento.

O padre Pierre Debergé, autor de O dinheiro na bíblia. Nem pobre … Nem rico, oferece alguns conselhos sobre o assunto.

O que a Bíblia diz sobre o dinheiro?

Nas primeiras páginas, as riquezas materiais aparecem num ângulo positivo. Elas contribuem para a felicidade da pessoa e são um sinal da bondade de Deus. No começo, são inclusive consideradas como uma recompensa que testemunha a fidelidade da pessoa, enquanto a miséria é percebida como um castigo divino.

É Jó que romperá o vínculo entre riqueza e fidelidade: por experiência, ele sabe que o homem rico não é necessariamente um homem justo, assim como o homem pobre não precisa ser um pecador.

Os profetas, por sua vez, enfatizarão protestos contra aqueles que enriquecem às custas dos pobres. Basta reler, por exemplo, o Livro de Amós. Pouco a pouco, o pobre homem, que era considerado um homem amaldiçoado, é visto como o favorito de Deus.

Os ricos estão condenados?

Não. Quando Jesus diz: “Mas, ai de vós, ricos!” (Lc 6,24), não se refere a uma maldição ou condenação, mas a uma denúncia.

Jesus lamenta o destino daqueles que estão tão satisfeitos que não esperam mais nada de Deus nem de seus irmãos.

A Palavra de Deus não condena a riqueza mas ela adverte contra seus perigos. Todos nós já experimentamos isso.

O dinheiro é uma coisa fascinante, nos faz cair rapidamente em suas redes, nos prende à uma sensação enganosa de segurança.

Sem perceber, se não mantemos a guarda, depositamos toda a nossa confiança nele. Ele nos proporciona uma felicidade ilusória e, dessa maneira, nos separa da felicidade autêntica.

É por isso que Jesus adverte: “Mas, ai de vós, ricos, porque tendes a vossa consolação!”

Como o próprio Jesus se posiciona em relação ao dinheiro?

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