Dia da Juventude
O «Servo do Senhor», que o profeta Isaías nos apresenta, está atento e sabe ouvir o que se passa à sua volta, para dirigir palavras de consolação e esperança aos que andam abatidos. Provamos que somos discípulos de Jesus quando não nos fechamos nas trincheiras do nosso conforto egoísta, mas, abertos às interpelações dos que nos rodeiam, vamos ao seu encontro com atitudes e palavras de alento e consolação.
São Paulo escreve à comunidade dos cristãos de Filipos, que ele considerava muito boa, mas onde estavam a nascer rivalidades e invejas. Assim recomenda: «nada façais por ambição, nem por vaidade; mas, com humildade, considerai os outros superiores a vós próprios, não tendo cada um em mira os próprios interesses, mas todos e cada um os interesses dos outros» (2, 2-4). E, em seguida, Paulo apresenta o perfeito modelo deste tipo de comportamento, que é Jesus Cristo, pois, sendo Deus infinito, assumiu a frágil pequenez da nossa natureza humana, num excesso de amor por cada um de nós. Consequentemente, para seguirmos Jesus, nosso Mestre e Senhor, temos de viver numa atitude de serviço a quem precisa de nós.
O Evangelho apresenta-nos a narração da paixão, segundo São Mateus. É a história maravilhosa de Jesus, Deus encarnado, que assume voluntariamente o sofrimento mais cruel como preço da nossa salvação. Nesta narração, São Mateus insiste no repúdio da violência e do uso das armas: «Mete a tua espada na bainha, pois todos os que puxarem da espada morrerão à espada» (26, 52). Orígenes, no séc. III, assim comenta esta passagem: «Nós, os cristãos, deixámos de empunhar a espada, já não aprendemos a arte da guerra, porque através de Jesus tornámo-nos filhos da paz». Por contraste, a história da paixão e morte de Jesus é uma exortação a evitar a absurda insensatez da violência. Toda a violência é uma história de fracasso e derrota. Só o amor é vitorioso.
Sem comentários:
Enviar um comentário