segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

«É preciso chegarmos a velhos para que o Estado faça pouco de nós»
Durante a minha vida profissional, ninguém me explicou a eventualidade de, um dia, um Governo português decidir diminuir a pensão a que teria direito quando cumprisse os 65 anos e por ter sido honesto nas minhas obrigações, com o privilégio de ter trabalhado em empresas cumpridoras. Pensava, ingenuamente, que o Governo, a ser democrático, como tanto desejava, seria pessoa de bem. Foi uma ilusão, que tenho pago caro, ter sido tão ingénuo! Puro engano! Acreditei de boa fé na seriedade e fiabilidade dos compromissos e, afinal, tenho vindo a ser esbulhado na minha pensão, com sacrifícios que pesam – e isso ainda me faz sofrer mais – na vida de tantos reformados, alguns dos quais, da minha geração, estão a ser o suporte de retaguarda de filhos desempregados e de netos que crescem para a vida.

Sem comentários: