O papa Francisco vincou esta
sexta-feira, no Vaticano, que «a normalidade da vida exige do cristão fidelidade
à sua eleição, e não vendê-la para caminhar em direção a uma uniformidade
mundana». «Esta é a tentação do povo [judeu do Antigo Testamento], e também a
nossa. Tantas vezes esquecemos a Palavra de Deus, aquilo que nos diz o Senhor, e
tomamos a palavra da moda, mesmo aquela da telenovela está na moda, tomamo-la, é
mais agradável», disse Francisco na missa a que presidiu. «É verdade que o
cristão deve ser normal, como são normais as pessoas», mas no entanto «há
valores que o cristão não pode tomar para si», pelo que deve resistir à
tendência de considerar-se vítima de «um certo complexo de inferioridade» por
não se sentir como fazendo parte de um «povo normal».
«Estará Cristo dividido?»: Pergunta de há dois mil anos continua a ecoar hoje entre os cristãos
«Estará Cristo dividido?», interrogação que S. Paulo apontou na
sua primeira carta aos Coríntios, e que constitui o tema da Semana de Oração
pela Unidade dos Cristãos, que começa este sábado, continua a ecoar hoje entre
os cristãos, atravessando séculos de discórdias. «Hoje é dirigida a nós a mesma
pergunta», afirmou esta sexta-feira o papa Francisco, ao receber no Vaticano uma
delegação ecuménica da Igreja Luterana da Finlândia, por ocasião da peregrinação
anual a Roma para a celebração da festa de Santo Henrique, patrono do país.
«Diante de algumas vozes que já não reconhecem como objectivo que pode ser
perseguido a plena e visível unidade da Igreja, somos convidados a não desistir
do nosso esforço ecuménico, fiéis a quanto o próprio Senhor Jesus pediu ao Pai:
que “todos sejamos um só”», apontou o papa, que realçou a importância do
«ecumenismo espiritual».
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