sábado, 18 de janeiro de 2014

Papa Francisco pede aos cristãos que resistam à «tentação» de esquecer Deus para aderir à «uniformidade» e «moda»
O papa Francisco vincou esta sexta-feira, no Vaticano, que «a normalidade da vida exige do cristão fidelidade à sua eleição, e não vendê-la para caminhar em direção a uma uniformidade mundana». «Esta é a tentação do povo [judeu do Antigo Testamento], e também a nossa. Tantas vezes esquecemos a Palavra de Deus, aquilo que nos diz o Senhor, e tomamos a palavra da moda, mesmo aquela da telenovela está na moda, tomamo-la, é mais agradável», disse Francisco na missa a que presidiu. «É verdade que o cristão deve ser normal, como são normais as pessoas», mas no entanto «há valores que o cristão não pode tomar para si», pelo que deve resistir à tendência de considerar-se vítima de «um certo complexo de inferioridade» por não se sentir como fazendo parte de um «povo normal».

«Estará Cristo dividido?»: Pergunta de há dois mil anos continua a ecoar hoje entre os cristãos
«Estará Cristo dividido?», interrogação que S. Paulo apontou na sua primeira carta aos Coríntios, e que constitui o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que começa este sábado, continua a ecoar hoje entre os cristãos, atravessando séculos de discórdias. «Hoje é dirigida a nós a mesma pergunta», afirmou esta sexta-feira o papa Francisco, ao receber no Vaticano uma delegação ecuménica da Igreja Luterana da Finlândia, por ocasião da peregrinação anual a Roma para a celebração da festa de Santo Henrique, patrono do país. «Diante de algumas vozes que já não reconhecem como objectivo que pode ser perseguido a plena e visível unidade da Igreja, somos convidados a não desistir do nosso esforço ecuménico, fiéis a quanto o próprio Senhor Jesus pediu ao Pai: que “todos sejamos um só”», apontou o papa, que realçou a importância do «ecumenismo espiritual».

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