terça-feira, 5 de março de 2013

Espiritualidade

“Tomados de assombro”: as últimas homilias inéditas do cardeal Carlo Maria Martini
Além das dificuldades pessoais, também há, na nossa história, algumas tempestades que poderíamos definir como «coletivas» e outras que poderíamos chamar de «ideológicas». As primeiras são aquelas realidades em que transgredir e violar a lei se toma demasiado fácil, sendo por vezes quase imposto pelas circunstâncias. São as chamadas «estruturas de pecado», situações em que é muito difícil não pecar, porque o ambiente, a maneira comum de pensar das pessoas, os costumes comuns nos levam a deixar andar. São tempestades terríveis da vida, nas quais não entramos apenas como indivíduos, mas como grupo, como povo. E, nesses momentos de obscuridade da própria época, é muito importante sabermos manter a fé em Jesus, proclamar em voz alta as grandes verdades da salvação, certos de que Jesus, mesmo que não se deixe ver, ainda está no barco e pode despertar a qualquer momento, e dizer ao vento e às ondas ameaçadoras: «Basta, deixai de atormentar o meu povo!»

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