Depois de sair para o monte das Oliveiras com os discípulos, Jesus afasta-se
para rezar. Aproxima-se a hora da cruz, e ele pressente-a: «Pai, se quiseres,
afasta de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua.»
Depois da angústia regressa para junto dos apóstolos, que encontra a dormir.
Então, avisa-os: «Levantar-vos e orai, para que não entreis em tentação». De que
tentação se fala aqui? Não é certamente, o impulso para o mal, mas sim algo de
muito subtil e dramaticamente mais perigoso: fugir das próprias
responsabilidades; o medo de decidir-se; o medo de afrontar a realidade que nos
exige uma decisão pessoal; a tentação de fugir dos problemas da vida, de fechar
os olhos, esconder-se e de não sentir para não ser levado a agir.
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