Não convém confundir a alegria corri as
suas diversas expressões a todos os níveis: existe o prazer, o conforto, a
alegria intelectual e artística, a alegria do trabalho bem feito ou do
empreendimento conseguido; há, sobretudo, as. alegrias incontáveis das relações
humanas, incluindo a alegria do amor, que deve acompanhar o homem ao longo de
toda a sua vida. E, no entanto, todas essas experiências não passam de formas
exteriores da alegria. Quanto mais importantes forem essas formas, mais
profundas as suas raízes. A alegria verdadeira situa-se a uma grande
profundidade, e deveríamos cavar profundamente em nós até fazê-la jorrar. É esse
sem dúvida o sentido da expressão que costumamos usar quando queremos exprimir
uma grande felicidade: Estou profundamente feliz. É por isso que qualquer.
grande felicidade é também silenciosa. Não se pode exprimir. É indizível.
Raramente aflora à superfície e nós seríamos incapazes de ostentá-la. Somos
habitados por essa alegria na própria raiz do nosso ser.
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