Existem tantas vidas que são sacramento do
pão partilhado: pão para outros e pão com outros, a começar por quem está ao seu
lado e com quem se partilha o quotidiano. Quem se reconhece dom, faz-se dom, e
este é o pão da nossa alegria. A lógica do dom que define a vida de Jesus é onde
também o nosso desejo se consuma, onde atinge a plenitude. Há uma arte de viver
em conjunto que o pão partilhado nos ensina. É uma arte frágil, delicada, onde
todos somos principiantes, só possível a partir da consciência de que cada ser
humano, sem nenhuma exceção, é uma dádiva para a vida do mundo. E isto, só o
coração o vê e é preciso atualizá-lo em cada dia.
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