Quem ora entende, sem
grandes explicações, que a oração pertence à vida, nem pode nunca desligar-se
dela. Pelo contrário, quem ora dá rumo à vida; a vida é oração e a oração brota
da vida, já que o essencial, na relação com Deus, é uma vida entregue. O «aqui
estou» dos profetas, ou o «eis-me aqui» de Maria, são a expressão verbal e
orante de uma entrega sem condições. Quando o Senhor chama alguém à relação com
Ele, no amor e na fidelidade, não chama a entregas parciais ou temporais. Chama
à totalidade, como é próprio de amor total. Atitudes medianas ou ambíguas não
são dignas do nosso Deus, nem da vocação a que somos chamados: predestinados
para ser imagem idêntica à de seu Filho, somos chamados a coisas grandes, nada
menos que a participar plenamente da santidade de Deus. Não é monopólio dos
conventos; é a vida dos batizados, em cujo coração depositou o Senhor a vida
trinitária, como semente destinada a crescer.
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