Durante anos, pensámos que a oração era o termo de certos esforços de reflexão ou de meditação sobre Deus. À força de pensar em Deus ou de ter piedosos sentimentos a seu respeito, poderíamos ser levados a falar-lhe ou a pedir-lhe qualquer coisa. Este esforço racional não é totalmente inútil, mas não deixa de ser superficial, porque não atinge a profundidade do coração, e arrisca-se a ficar no exterior da verdadeira oração. Acontece o mesmo com o papel da vontade na oração. Assim, para rezar de verdade com todo o nosso ser, não podemos deixar de passar aí, onde nos espera a única fonte de oração, isto é, a ferida na anca ou o aguilhão na carne. Aquele que encontrou a sua angústia mais secreta e a sua fraqueza mais escondida, como pérola digna de todas as buscas, descobriu ao mesmo tempo a fonte da verdadeira oração.
Quaresma, segunda-feira da Semana Santa: música contemporânea | VÍDEO |
Giacinto Sclesi (1905-1988): “Hymnos”.
Giacinto Sclesi (1905-1988): “Hymnos”.
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