domingo, 5 de janeiro de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 5 – Epifania do Senhor (Solenidade)

Is 60, 1-6 / Slm 71 (72), 2.7-8.10-13 / Ef 3, 2-3a.5-6 / Mt 2, 1-12

Celebramos a festa da revelação de Deus, que Se fez um de nós, a todos os povos. O Natal foi mais uma festa na intimidade familiar, na casa improvisada da gruta de Belém. Na vulgarmente chamada “Festa dos Reis”, Deus revela-Se a um grupo de homens sábios, que Lhe prestam culto e oferecem ricos presentes. Representam-nos a todos nós que, pelo dom da fé, nos é dado descobrir o próprio Deus na simplicidade de uma criança. Os cristãos ortodoxos celebram o Natal no dia da Epifania.

O profeta Isaías, num belo texto poético, enche de esperança e alegria o povo que tinha vivido os acontecimentos dramáticos que levaram à queda e destruição da cidade santa de Jerusalém, em 587 a.C.. Isaías antevê o regresso à sua terra dos deportados e escravizados na Babilónia. Jerusalém voltará a ser a sua casa-mãe, próspera e feliz, como que o centro do mundo. O ditado de quem tem fé acaba por se cumprir: não há mal que não venha por bem.

S. Paulo reconhece que o mistério da salvação em Jesus Cristo, escondido às gerações passadas, lhe foi revelado. Mas Cristo é o Salvador de todos, não apenas dos judeus. Também os gentios pertencem ao mesmo corpo e recebem a mesma herança de salvação em Cristo Jesus, por meio do Evangelho. Ser cristão é não ser exclusivista, mas inclusivo, aberto a todos, na força da fraternidade em Jesus Cristo.

O Evangelho de Mateus apresenta-nos os Magos a caminho de Belém, guiados por uma estrela. Desde os primeiros tempos da Igreja suscitaram grande interesse na devoção dos fiéis. As ilustrações artísticas representando os Magos multiplicaram-se ainda mais que as do próprio Natal. Os restos mortais que lhes são atribuídos andaram por muitos lugares, como Constantinopla, Milão até 1162, data em que foram transladados para a magnificente catedral de Colónia, onde atualmente se encontram.

A tradição popular classificou-os como “reis”, embora simplesmente se diga que eram “magos”, gente distinta e estimada como sábios. Também não se diz que eram três, nem que se chamavam Gaspar, Melchior e Baltasar. Mas isto são elementos secundários frente à mensagem fundamental: Jesus Cristo nasce para a salvação de todos. Os magos prostraram-se em adoração, reconhecendo como seu Deus o Menino recém-nascido em Belém. Os magos são o símbolo dos membros da Igreja que, de todos os continentes e culturas, encontram em Jesus o seu salvador e Lhe oferecem o melhor que têm. Que presente Jesus espera receber de mim?

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