sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

O PECADO É POPULAR, FALAR SOBRE ELE NEM TANTO

O pecado é problemático. Há alguns anos, dei uma conferência numa universidade que, apesar de não ser católica, tinha uma clara identidade cristã e reputação de ser fiel aos ensinamentos e tradições de sua denominação. Numa aula de teologia, falei sobre o meu escritor favorito e citei o trecho de Ortodoxia no qual Chesterton diz que o pecado original é a única doutrina que podemos provar. Basta olharmos ao nosso redor, pois a evidência está por todos os lados.

Expliquei que o pecado é uma separação. É a ruptura do relacionamento entre o Homem e Deus, e a obra de Cristo é restaurar essa relação para que possamos entrar em comunhão com Deus novamente. Chesterton diz que, quando defendemos a fé cristã, o ponto de partida óbvio é falar sobre o pecado. O mundo pode tentar negar que Deus e Cristo são reais, mas não pode negar a realidade do pecado. Mas ele também diz que a nova teologia faz exactamente isto: nega de forma astuciosa a existência do pecado. Ele dá o exemplo de um homem que está a esfolar um gato vivo. Uma pessoa normal que testemunhasse tal atitude chegaria a uma destas duas conclusões: ou que Deus não existe ou que a união entre Deus e o Homem não existe. Em outras palavras: o pecado existe.

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