terça-feira, 28 de outubro de 2014

Associação Internacional de Exorcistas

Cidade do Vaticano, 27 out 2014 (Ecclesia) - O Papa enviou uma mensagem à Associação Internacional de Exorcistas (AIE), que promoveu em Roma o seu primeiro congresso, revelou hoje a Rádio Vaticano.
Francisco sublinhou que os exorcistas manifestam “o amor e o acolhimento da Igreja a quantos sofrem por causa da obra do maligno”, num ministério que deve ser exercido “em comunhão com os próprios bispos”.
A mensagem foi lida pelo padre Francesco Bamonte, presidente da AIE, perante cerca de 300 exorcistas de vários países, que abordaram o crescimento e as consequências de fenómenos como o ocultismo e o satanismo.
A Congregação para o Clero (Santa Sé) reconheceu juridicamente em julho a Associação Internacional de Exorcistas e aprovou os seus estatutos.
A AIE passa a ter personalidade jurídica como “associação privada internacional de fiéis”, com todos os direitos e as obrigações estabelecidas pelo Código de Direito Canónico.
A ideia de reunir os exorcistas numa associação surgiu com o sacerdote italiano Gabriele Amorth, nos anos 80 do século XX, quando “estavam em plena expansão práticas de ocultismo, o que levava um crescente número de fiéis a buscar a ajuda de sacerdotes”.
Atualmente, a AIE conta com cerca 250 exorcistas de 30 países.
O exorcismo solene, também chamado “grande exorcismo” é reservado aos casos de pos­sessão diabólica e só pode ser feito por um presbítero com licença do bispo, no cumprimento das regras estabelecidas pelo Ritual da Celebração dos Exorcismos, sendo proibida qualquer interferência da comunicação social ou ajuntamento de pessoas.
O Catecismo da Igreja Católica explica que o exorcismo acontece, “em nome de Jesus”, para “que uma pessoa ou um objeto seja protegido contra a ação do maligno e subtraído ao seu domínio”.
OC

domingo, 26 de outubro de 2014

XXX Domingo tempo comum

Evangelho - Mt 22,34-40
Comentário Breve

O amor está no coração da vida cristã. Esta é a mensagem simples (mas de grande complexidade na operacionalização) que nos traz a liturgia deste domingo.
A Igreja e muitos cristãos preferem enredar-se nas questões mais burocráticas e legalistas que também fazem parte do articulado da construção de comunidade, mas nada de ilusões, dado que tudo isso nos aponta para este coração: amar a Deus e ao próximo.
O amor é tudo. O decisivo da vida é amar. Aqui está o fundamento de tudo.
O essencial é viver diante de Deus e dos irmãos numa atitude de amor (caridade). Do amor é que surge tudo e sem amor tudo fica pervertido.
Cristo não está aqui a falar das nossas emoções. A sua afirmação vai no sentido de reconhecer Deus como fonte última da nossa própria existência, despertando em nós uma adesão total à sua vontade e responder com fé incondicional ao seu amor universal de Pai de todos.
Pai de todos... Por isso Jesus acrescenta aquele segundo mandamento ou a segunda parte do mandamento.
É impossível amar de verdade e com verdade a Deus e viver no quotidiano de costas voltadas para os seus filhos, isto é, "zangados" com os nossos irmãos.
Pregar o amor de Deus e esquecer os que sofrem é uma grande mentira, uma hipocrisia. 
A única atitude verdadeiramente humana, sublinho isto, diante qualquer pessoa que se cruza connosco na vida é amá-la e procurar o seu bem como o queremos para nós próprios.
Muitos até poderão dizer que lá está a lengalenga do costume, já ouvida milhentas vezes, gasta e sem eficácia prática. Contudo, não precisamos de grandes investigações sociológicas ou de diagnósticos de que o primeiro e maior problema do mundo é a falta de amor, numa civilização (se assim se lhe pode chamar) que desumaniza, um atrás do outro, todos os esforços e lutas para construir uma convivência mais humana.
O fermento continua a levedar esta pesada massa humana em ordem a uma maior maturação.E nós seguidores de Jesus Cristo não podemos esquecer a nossa responsabilidade, particularmente, as famílias nas suas pequenas comunidades ou Igrejas domésticas.
O mundo precisa de testemunhos vivos que ajudem as gerações futuras a acreditar no amor, no seu sentido mais profundo e pleno, porque nada de pior pode acontecer à humanidade do que perder a sua fé no amor.
Assim Deus é amado como amamos os outros do mesmo modo que Ele os ama. O amor pelos outros é a única coisa que torna verdadeiro o nosso amor por Deus, é o único lugar revelador, é o único sinal objectivo de que somos discípulos de Jesus e que, portanto, amamos Jesus e amamos Deus.

domingo, 19 de outubro de 2014

- Partilha -

A chata de novo no "DIA MUNDIAL DAS MISSÕES "(19.10.14)-
Neste dia Senhor, em que toda a Igreja católica, vive com maior intensidade o tema das missões, quero saudar-Te com alegria e dar-Te graças, de uma forma ainda mais especial, pelo facto de viver neste país, onde posso exprimir  livremente a religião que professo.
Ciente deste benefício, quero tornar mais presente, todos aqueles homens, meus irmãos em Cristo que, por viverem em países de repressão, ainda não O conhecem ou são obrigados a viver a Fé camuflando-a e em estrito recolhimento, dando muitas vezes a sua vida por uma causa bem maior: CRISTO! Eles são Teu povo também, Senhor.  Precisam da Tua força! Que eles nunca desistam e que o Espírito Santo sempre os assista e a Luz de Cristo os ilumine tornando mais leve a sua cruz.
É certo que, missionários, todos nós somos convidados a sê-lo. Podemos sê-lo aqui, ou em caminhos mais distantes, mas Senhor deixa-me que Te diga há uns quantos que Tu tocas bem lá mais no fundo para Te levarem a essas terras onde a Tua Palavra não tem entrada. De braços abertos para o mundo, sabem o quão importante é para a Humanidade manter acesa a chama do Teu Amor.
São muitos os testemunhos que chegam até nós, dessa gente que se dá lá longe,. Ensinam e vivem o dia a dia inseridos numa comunidade, por amor, não hesitam em arriscar a vida que, parecendo uma perda, é um ganho!
Obrigada Senhor, a Ti e a eles, pés anónimos de coração aberto anunciadores do Teu REINO, testemunhas caminhantes de uma VIDA NOVA!
Perdão Senhor, por todas as vezes que não fui capaz de me dar a meu irmão... mesmo ali ao lado e eu recusei... Neguei-lhe a maravilha que Tu ÉS.... e  vê lá , nem precisava arriscar a vida! Era só um gesto, uma palavra, uma escuta, um tempinho... Perdão Senhor por todas as vezes que Te ignorei, que não Te testemunhei e nem quis ouvir o Teu convite. Demasiado cheia para Tu poderes entrar! E eu... sei que existes!
Hoje, disseste-nos no Evangelho: "A César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Mateus 22,15-21).
Com uma saudação fraterna peço a Maria, exemplo da aceitação da  vontade de Deus Pai, que interceda por nós, junto d' Ele, para que cada um saiba, com humildade, encontrar o caminho que Jesus nos veio propor.
 ana saldanha (elemento da Equipa Casais Stª Maria/Colares)

domingo, 5 de outubro de 2014

Almoçageme

Festas nossa Senhora da Graça

Na vinha de Deus, a colheita é de justiça e paz:

Meditação sobre o Evangelho de Domingo

Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois, arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe. 
Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos. Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro, e a outro apedrejaram-no. Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros. E eles trataram-nos do mesmo modo.
Por fim, mandou-lhes o seu próprio filho, dizendo: “Respeitarão o meu filho”. Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: “Este é o herdeiro; matemo-lo e ficaremos com a sua herança”. E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?». 
Eles responderam: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entreguem os frutos a seu tempo». 
Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos”? Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos». (Mateus 21, 33-43, Evangelho do 27.º Domingo do Tempo Comum)
O homem dos campos, o nosso Deus camponês, olha para a sua vinha com os olhos do amor e rodeia-a de cuidados: que coisa pode ser feita por ti que Eu não tenha feito? Canto de amor de um Deus apaixonado, que faz por mim o que nunca ninguém fará.
Que colheita espera o Senhor? Isaías: esperava justiça, esperava retidão, não mais os gritos dos oprimidos, não mais sangue. O fruto que Deus espera é uma história que não gere mais oprimidos, sangue e injustiça, fugas desesperadas e náufragos.
Nas vinhas o tempo é da colheita. Para nós é-o cada dia: vêm pessoas, procuram pão, Evangelho, justiça, coragem, um raio de luz. O que encontram em nós? Vinho bom ou uva amarga?
A parábola caminha, no entanto, para um horizonte de amargura e violência. Em contraste com a baixeza dos vinhateiros emerge a grandeza do meu Deus camponês (Veronelli dizia que chamar «camponês» é o mais belo cumprimento que se pode fazer a alguém), um Senhor que não se rende, que nunca é escasso de maravilhas, que não desiste e recomeça depois de cada recusa a envolver o coração com novos profetas e servidores, e por fim com o Filho.
Este é o herdeiro, matemo-lo e ficaremos nós com a herança! A parábola é transparente: a vinha é Israel, os vinhateiros ávidos são as autoridades religiosas, que matarão Jesus como blasfemo. A motivação é a mesma: interesse, poder e dinheiro, ficar com a colheita e a herança.
É a voz obscura que grita em cada um de nós: sê o mais forte, o mais astuto, não te importes com a honestidade e serás tu o chefe, o rico, o primeiro. Esta embriaguez por poder e dinheiro é a origem de todas as vindimas de sangue da terra.
O que fará o proprietário? A resposta das autoridades é segundo a lógica judiciária: uma vingança exemplar, novos vinhateiros, novos tributos. A sua ideia de justiça funda-se na eliminação de quem comete erros. Jesus não está de acordo. Ele não fala de fazer morrer, nunca. O seu propósito é fazer frutificar a vinha: será dada a um povo que produza frutos.
A história perene de amor e traição entre Deus e o homem não terminará nem com um fracasso nem com uma vingança, mas com a oferta de uma nova possibilidade: dará a vinha a outros.
Entre Deus e o homem as derrotas servem apenas para realçar melhor o amor de Deus. O sonho de Deus não é nem o tributo finalmente pago nem a condenação a uma pena exemplar para quem errou, mas uma vinha, um mundo que não amadureça mais cachos vermelhos de sangue e amargos de lágrimas, que não seja uma guerra perene pelo poder e pelo dinheiro, mas que amadureça uma vindima de justiça e de paz, a revolução da ternura, a tríplice cura de si, dos outros e da criação.
P. Ermes Ronchi 
In Avvenire 
Trad.: SNPC/rjm 
Publicado em 04.10.2014

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Naquele tempo, disse Jesus:

Santo António prega aos peixes | Paolo Veronese | 1580 | D.R.

«Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós se realizaram, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre a cinza.

Assim, no dia do Juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sidónia do que para vós.

E tu, Cafarnaúm, serás elevada até ao céu? Até ao inferno é que descerás.

Quem vos escuta, escuta-me a mim; e quem vos rejeita, rejeita-me a mim. Mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou».