sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus - 1 de Janeiro

- SÁBADO: Missas Vespertinas  no Mucifal às 19h00. e nas Azenhas do Mar às 22h30 seguida de Adoração ao SS.mo Sacramento.
- DOMINGO:.Missas em Almoçageme às 10h30 e em Colares às 12h00 e 18h30

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Destaques da semana

- MISSAS DA SEMANA: 3ª e 6ª feira em Colares às 19h00, 4ª feira em Almoçageme às 9h30 e 5ª feira em Colares às 19h30 (não haverá missa no Mucifal)
- QUARTA-FEIRA: Reunião da Legião de Maria no Mucifal às 15h00. Adoração ao SS.mo Sacramento, nas Azenhas do Mar às 21h30.
- QUINTA-FEIRA: Aniversário do Sr. Prior. Missa em Colares às 19h30 seguida de jantar-convívio, na varanda.

domingo, 25 de dezembro de 2016

D. Manuel Clemente lembra que o Natal se reflecte no rosto dos que estão sós

25 dez, 2016 - 16:54

O Cardeal Patriarca de Lisboa, na homilia de Natal, esta manhã na Sé de Lisboa, lembra que o Natal se reflecte no rosto de todos os que estão sós ou abandonados e dos que vivem em situações muito difíceis. D. Manuel Clemente sublinha que a oração aproxima todos de todos.

Hoje dia de Natal a Missa das 18h30 é celebrada no Mucifal

O nascimento de Jesus foi um evento muito importante para todos nós. Deus veio à terra e viveu entre nós, como um homem. A própria História foi dividida em antes e depois de seu nascimento!
Jesus nasceu de condição humilde, não como um rei. Seu nascimento milagroso, de uma virgem, prova que ele era mais que um homem - ele também era Deus. Ele nasceu com uma missão: salvar o mundo do pecado e nos unir novamente com Deus.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Mensagem do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente*

O Natal, cada Natal, é ocasião oportuna e necessária para nós aprendermos o modo divino de acontecer e o modo solidário de agir. O modo divino de acontecer porque é sempre para nós uma surpresa como Deus apareceu no mundo – foi esperado, e é esperado, por tantas gerações e depois acontece assim, tão imprevisivelmente num lugar recôndito em Belém de Judá, sem lugar na hospedaria… e é assim que Deus acontece no mundo e por isso temos de estar muito atentos a este modo divino de acontecer para também podermos coincidir com Ele em tudo aquilo que é mais simples e que foge às atenções, mas é o lugar de Deus.

E daqui o modo solidário de agir. Porque não podemos esquecer aquela frase do Evangelho de que o Menino foi deitado numa manjedoira porque não havia lugar na hospedaria. Quantas pessoas ainda hoje, quantos meninos, quantos outros que já nasceram há mais tempo não têm um teto que os abrigue com dignidade, não têm uma casa onde possam viver como Deus quer. Daí a solidariedade, para que, de ano para ano, de Natal em Natal, todos nós como sociedade – e nós, cristãos, integramos uma sociedade que deve crescer precisamente aí, na solidariedade – vamos resolvendo esta problemática da habitação, que é uma problemática fundamental para que tudo o resto possa acontecer bem. O crescer, a educação, a convivência, a família, tudo! Porque a casa é a nossa maneira correta de vivermos e de convivermos, de guardar e fomentar a vida familiar e de possibilitar que depois a vizinhança seja cada vez mais concreta, mais próxima e mais realizadora.

Por isso, que neste Natal nos fixemos nestas duas notas: no modo divino de acontecer e no modo solidário de agir, consequentemente.”

* declaração ao Jornal VOZ DA VERDADE

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Palavras de Fé - O DOM DO NATAL

Celebramos mais uma vez o Natal do Senhor. Acabamse
as palavras. A prosa torna-se pequena. Deus connosco
é a Palavra! Deus feito da nossa raça. Deus construiu
a sua tenda, acampou neste mundo e da forma
mais humana possível.

Aqui está. Deus está ao nosso lado. Deus é dos nossos,
do que é nosso, do mesmo barro, mas não está manchado
de lama. Igual, mas especial. Igual, mas com
divindade que transborda por todos os lados, porque
vem para revelar o Pai, para que entendamos Deus e o
mistério da sua vontade e do Seu amor.

No Natal celebramos o mistério da Encarnação. Deus
descendo, fazendo-se de cá, sem fazer barulho. Deus
assumindo o que somos, entendendo-nos no mais fundo
de nós, onde jogamos a nossa vida, os sentimentos,
todo o mistério humano. Deus feito homem para nos ajudar
a nos entendermos, que somos mistério
.
Deus surpreendendo-nos. Este Deus acampado não
cabe na cabeça. Se o quisermos conter em ideias não
conseguimos. Deus já só cabe no coração. Rompeu
toda a lógica, deslumbrou-nos.

Muitos não conseguem acreditar nisto. Muitos não conseguem
reconhecê-lo. Muitos não o querem receber.
Outros ficam-se na verdade das suas pequenas verdades,
incapazes de abrir o coração ao Deus connosco.

Mas quem vive com o coração aberto, pode recebê-lo. E
uma nova existência começará: sentir e saborear que
Deus nos torna filhos, que Deus nos torna seus filhos e
por isso sua família.

É a nova família que não se constitui nem pela carne
nem pelo sangue, mas pela corrente de fé, de confiança,
de abertura ao que é possível porque Deus é dom.
A todos um abençoado e feliz Natal! Que o Menino
Jesus a todos conceda uma fé forte e generosa!

Pe. José António Rebelo da Silva

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Destaques da Semana

- TERÇA-FEIRA: 14h30 - Confissões aos doentes e idosos da Praia das Maçãs e Azenhas do Mar.
- QUARTA-FEIRA: Confissões de preparação para o Natal em Almoçageme, às 10h00. Reunião da Legião de Maria no Mucifal às 15h00.
- QUINTA-FEIRA: Confissões aos doentes de Almoçageme a partir das 11h00. Confissões no Mucifal às 18h30.
- SEXTA-FEIRA: Confissões aos doentes e idosos de Colares a partir das 15h00. Festa de Natal da catequese, no Mucifal às 21h00, Pavilhão do Mucifalense.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Mensagem do Papa Francisco por ocasião do Sínodo Diocesano de Lisbo

Venerado Irmão
D. MANUEL CLEMENTE
Cardeal Patriarca de Lisboa

No próximo dia 8 de dezembro, solenidade de Nossa Senhora da Conceição, terá lugar o encerramento do Sínodo Diocesano dessa amada Igreja local, promovido na passagem dos 300 anos da sua qualificação «patriarcal» recebida do meu antecessor Clemente XI, a 7 de novembro de 1716, em atenção ao assinalável esforço missionário que, de Lisboa, fizera irradiar a Boa Nova de Jesus pelas cinco partidas do mundo.

E permanece viva, como comprova o presente Sínodo, a vossa decisão de prosseguir neste caminho ao encontro de todas as pessoas e situações que esperam o anúncio do Evangelho de Cristo. Disseste-me, venerado Irmão, que a caminhada sinodal envolveu milhares de fiéis do Patriarcado, que estudaram e rezaram os sucessivos capítulos da Exortação Apostólica Evangelii gaudium, compartilhando comigo «o sonho missionário de chegar a todos» (n. 31). Obrigado pela alegria que me dais! Que as vossas comunidades se abram cada vez mais a fim de «alcançar a todas as pessoas que vivem no seu território, para que chegue a todas a carícia de Deus através do testemunho dos crentes. Este é o tempo da misericórdia» (Carta ap. Misericordia et misera, 21), que nos impele a trabalhar para restituir dignidade a todos esses nossos irmãos e irmãs, chamados connosco a contruir uma cidade fiável (cf. Ibid., 18).

Na Sagrada Escritura, fala-se duma cidade luminosa colocada sobre o monte que a tradição aplicou à Igreja (cf. Mt 5, 14; Ap 21, 10-11.23-24) advertindo, porém, a seus filhos e filhas de que só poderão irradiar a luz de Deus, se acolherem em si mesmos a pessoa do Senhor ressuscitado, procurando transfigurar-se n’Ele num contínuo e perseverante caminho de verdadeira conversão. Que o Senhor encha da sua graça quantos trabalharam para o Sínodo e agora se vão empenhar para que dele nasçam e amadureçam abundantes frutos do Espírito Santo! Na hora da aplicação das decisões sinodais que espelham o rosto e o coração do Patriarcado latino de Lisboa, ao deparar-vos com as limitações humanas e as dificuldades que sempre aparecem, nunca percais de vista a promessa que o Senhor vos fez: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20).

Queridos irmãos e irmãs da Igreja de Deus que está em Lisboa, à cabeça da vossa peregrinação no tempo rumo ao futuro de Deus colocai a Imaculada Virgem Mãe, pois ninguém soube como Ela anunciar Cristo ao mundo: não Se limitou a dizê-lo, mas deu-O. Que Ela, o padroeiro São Vicente, Santo António e todos os outros Santos e Santas que, através dos séculos, tornaram fecundo o caminho dessa amada Igreja local, vos guiem e sustentem com o seu exemplo e a sua intercessão. E não vos esqueçais de rezar por mim, como eu rezo por vós. Como prova da minha estima fraterna, a todos concedo a implorada Bênção Apostólica.

Vaticano, 29 de novembro de 2016.

FRANCISCUS

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Descarregue aqui a Constituição Sinodal de Lisboa

A Constituição Sinodal de Lisboa foi apresentada neste dia 8 de dezembro, no Mosteiro dos Jerónimos. A versão impressa está disponível, a partir de dia 9 de dezembro, na Livraria Nova Terra, no Patriarcado de Lisboa.

Descarregue aqui o documento:
CONSTITUIÇÃO SINODAL DE LISBOA

Nossos fracassos espirituais

Quantas vezes você já se perguntou: "Por que as coisas ruins não desaparecem da minha vida?"


Quantas vezes perguntamos: por que as coisas ruins não desaparecem de minha vida?

Com estes e outros pensamentos, no fundo estamos dizendo: por que Deus não vem em meu socorro? Algo semelhante também aconteceu com os discípulos, ao ponto de um pai desesperado dizer a Jesus em Lucas 9,40: “Pedi a teus discípulos que o expelissem, mas não o puderam fazer.”

Qual foi a dificuldade dos discípulos? Quem sabe não haviam orado o suficiente, e como consequência foram dominados pelo desânimo. Agindo assim não confiaram no poder de Deus para realizar o impossível aos olhos humanos.

Assim tem acontecido na vida de muitos cristãos em todos os tempos. O fracasso tem a sua origem na perda de confiança ou na fé fraca, que se desenvolve na falta de oração. A fé que opera milagres tem a sua fonte de poder na oração.

A maioria dos nossos fracassos espirituais brota no coração que está distante de Deus. A intimidade divina é cultivada pela oração. Isso vale para as nossas lutas pessoais de qualquer tipo.

Dedicar tempo à oração é a única garantia que temos de que Ele estará connosco dando-nos a força e a coragem para continuar combatendo o bom combate.
(via Encontro com Cristo)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Patriarcado de Lisboa - 8 de Dezembro 2016

AMANHÃ vai ser apresentada a Constituição Sinodal de Lisboa, às 15h30, no Mosteiro dos Jerónimos.
Na celebração onde vão ser ordenados 5 diáconos e um padre, o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, vai encerrar o Sínodo Diocesano e dar a conhecer a Constituição que resulta da Assembleia Sinodal.

Participe ou acompanhe a transmissão em DIRETO, através de www.patriarcado-lisboa.pt

Ulgueira - 5ª Feira 8 de Dezembro

Dia da Padroeira   Nossa Senhora da Conceição
15h30 Missa seguida de Procissão

Colares - Festa de São Nicolau - Igreja da Misericórdia

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

TOTUS TUUS Maria



Azoia - 6 de Dezembro


Sínodo Lisboa 2016: Membros da assembleia sinodal destacam vontade de mudança

Foto Patriarcado de Lisboa, Assembleia Sinodal

Trabalhos terminaram hoje, no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal

Torres Vedras, 04 dez 2016 (Ecclesia) – A assembleia sinodal do Patriarcado de Lisboa terminou hoje e os participantes destacam a vontade de mudar saída dos trabalhos que decorreram no Centro Diocesano de Espiritualidade e que vai estar expressa no documento final.

“Fica a certeza de que tudo o que se disse é importante, tudo o que está escrito é importante. As palavras têm uma força enorme mas têm de passar a atitudes, a gestos que têm de se concretizar, em mudanças de vida, de atitude”, disse Isabel Figueiredo à Agência ECCLESIA, que acompanhou o final da assembleia sinodal.

Para a entrevistada, que participou nos trabalhos, “não se pode dizer” que a assembleia sinodal terminou, antes que foi um “ponto-chave” em todo o processo do caminho que o Patriarcado de Lisboa está a fazer desde 2014.

 “Abre novas perspetivas. Agora temos de pôr mãos à obra e trabalhar. Há confiança, sinto que é possível”, destacou.

Os 137 elementos da assembleia sinodal – bispos, padres, diáconos, leigos, consagrados – estiveram reunidos durante quatro dias, desde quarta-feira, na Casa de Espiritualidade do Turcifal, em Torres Vedras, “perfeitamente integrados”, como comprovou o decorrer dos trabalhos de grupos.

 “Toda a gente disse o que pensava, sentia, gostava. Há muito realismo e estamos conscientes que é uma seara enorme”, disse Isabel Figueiredo, acrescentando que a dimensão da família deveria estar mais “estar presente”, uma vez que só havia um casal a acompanhar o sínodo.

Para Teresa Quintela De Brito a caminhada sinodal “começou agora”, sendo preciso “repensar as estruturas” depois de “definir muito bem os caminhos”.

A entrevistada da Vigararia 2 destacou da assembleia o trabalho de equipa com “muita autenticidade, entusiamo, grande desejo de mudar e grande preocupação pela família e presença da Igreja junto das famílias”.

Jorge Sá Nogueira, da comunidade Verbum Dei de Lisboa e da Paróquia Campo Grande, leva da assembleia sinodal a “alegria e esperança” que encontrou em muitas pessoas “comprometidas”.

 “Tivemos um trabalho com muitas sensibilidades, onde as pessoas tiveram oportunidades de dizer o que pensam, o que intuem, o que o Senhor chama a dizer”, recorda.

O também membro do Conselho Pastoral Diocesano observou que o documento final do sínodo, que foi aprovado ponto por ponto, este sábado, traduz essas “várias sensibilidades e inquietações”, onde o essencial “é a vontade de renovar a Igreja de Lisboa”, a ação missionária e a forma como chega “aos outros”.

Por sua vez o jurista Pedro Vaz Patto considera que a assembleia sinodal foi uma experiência de “Igreja comunhão” que serve de “luz para o futuro”, para tudo aquilo que se fizer a partir de agora.

 “É neste âmbito de Igreja comunhão, de partilha, diálogo, comunhão de dons, também das nossas diferenças, que encaramos este desafio que é o sonho missionário de chegar a todos”, explicou o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz.

Manuel Albuquerque da ‘Missão País’ sentiu que falaram “muito dos jovens”, mas depois “não ficou muito concretizado qual era a pastoral e o que se iria fazer”.

A representar o projeto católico de universitários, Manuel Albuquerque assinala que era importante terem conhecido outras realidades juvenis na assembleia e leva consigo a perceção que “na diocese se querem ouvir os leigos”.

O encerramento solene do Sínodo Diocesano é celebrado na Solenidade da Imaculada Conceição, dia 8 de dezembro, às 15h30, na igreja do Mosteiros dos Jerónimos, numa cerimónia com ordenações diaconais.

HM/CB

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Eutanásia: Capelães e Assistentes Espirituais Hospitalares promovem debate sobre «Morte Assistida e Compaixão»

Iniciativa decorre em Fátima

Fátima, 01 dez 2016 (Ecclesia) – A Associação Portuguesa de Capelães e Assistentes Espirituais Hospitalares promove hoje, em Fátima, um seminário sobre «Morte Assistida e Compaixão».

A iniciativa decorre num momento em que a discussão em torno do fim da vida - da eutanásia/morte assistida e a dignidade da vida humana - é um assunto “a exigir uma profunda reflexão, seja sob o ponto de vista ético, técnico, religioso, cultura”.

A Associação e a Coordenação Nacional das Capelanias Hospitalares realizam este evento no Hotel Verbo Divino, realça uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

O seminário conta com intervenções de Filipe Almeida (professor da Faculdade de Medicina do Porto); Pedro Afonso (professor da Faculdade de Medicina de Lisboa); Manuel Luis Capelas (presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos) e a jornalista Laurinda Alves.

LFS

Advento - Rezando em família


Concerto de Natal - Amanhã sábado Igreja Matriz 21h30


terça-feira, 29 de novembro de 2016

sábado, 19 de novembro de 2016

C60 - Um Rei de Miseridórdia - 34.º Domingo Tempo Comum (Ano C) - P. Fra...

DESAFIO-TE:

Neste final de Ano da Misericórdia, reflete: quais foram os frutos que este Ano Jubilar da Misericórdia teve na minha vida?

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

25 de Novembro de 2016 - Concerto Comemorativo dos 300 Anos, no Teatro de São Carlos

 Obras de compositores portugueses do século XVIII, como Carlos Seixas, Francisco António de Almeida, João de Sousa Carvalho, António Leal Moreira e Marco Portugal, vão ser interpretadas no Concerto Comemorativo dos 300 Anos do Patriarcado de Lisboa, que decorre no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, no dia 25 de novembro, às 21h00

Numa parceria do Patriarcado de Lisboa com o Teatro Nacional de São Carlos, o concerto vai ser interpretado pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, um dos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos que foi criada em 1993, tendo direção musical do maestro Rui Pinheiro.
“A primeira parte deste concerto é integralmente preenchida por obras religiosas de compositores que, de uma forma ou de outra, estiveram intimamente associados à instituição fundada pelo Rei Magnânimo. De Carlos Seixas (1704-1742), compositor coimbrão que se notabilizou sobretudo pela sua vasta produção de sonatas para instrumentos de tecla, será cantado o Credo da sua Missa em Sol Maior, de Francisco António de Almeida (1745-1799) uma ária de La Giuditta, oratória estreada em Roma em 1726 e obra do mais alto nível da música barroca portuguesa, de João de Souza Carvalho (1745-1799), Primeiro Mestre da Capela do Seminário, dois excertos da Missa a 4 Vozes e do Te Deum  e de António Leal Moreira (1758-1819), Mestre Capela da Patriarcal e primeiro diretor do Teatro Real de São Carlos, encerraremos a primeira parte com dois excertos do seu Te Deum Laudamus, composto em 1786. Na segunda parte deste concerto comemorativo será interpretado o Te Deum em Ré maior P04.08 de Marcos Portugal (1762-1830), Mestre de Música do Seminário da Patriarcal e porventura o compositor português cujas obras no seu tempo maior difusão tiveram no estrangeiro. Composto expressamente para celebrar o nascimento do infante D. Miguel, o Te Deum foi estreado a 14 de Novembro de 1802 no Palácio de Queluz por ocasião do batizado do infante”, refere um comunicado do Teatro Nacional de São Carlos.
Criado em 1713 por decreto de D. João V, o Real Seminário de Música da Patriarcal de Lisboa “viria a ser a mais importante e influente Escola de Música do país antes da criação do Conservatório Nacional em 1835”. “A par da contratação de músicos estrangeiros, tais como Domenico Scarlatti, Giovanni Giorgi ou David Perez, o Real Seminário tinha, como primeiro objetivo, fornecer uma sólida formação musical aos jovens músicos portugueses. O terramoto de 1755 não só destruiu o edifício como a sua riquíssima biblioteca recheada de manuscritos de incalculável valor musical e patrimonial”, salienta a nota.

Para mais informações e compra de bilhetes, consulte o site do Teatro de São Carlos

C59 - Deus Cuida de Ti - 33.º Domingo Tempo Comum (Ano C) - P. Abel Ferr...

DESAFIO-TE:
És capaz de olhar com amor as dificuldades da tua vida? Não? Pede a Deus essa graça.

domingo, 13 de novembro de 2016

Hoje - Encerramento do Ano da Misericórdia , na Igreja de São Miguel, Sintra às 15h30

DIVÓRCIO por Arnaldo Jabor

Meus amigos separados não cansam de perguntar como consegui ficar casado 30 anos com a mesma mulher. As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo. Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher.

Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.

De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido. Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?

Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.

Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.

Mas se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal “estabilidade do casamento” nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.

A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, porque não fazer na própria família?

É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par. Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário se casar de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

Como vê, NÃO EXISTE MÁGICA – EXISTE COMPROMISSO, COMPROMETIMENTO E TRABALHO – é isso que salva casamentos e famílias.”

Fonte: Citações Arnaldo Jabor

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

ENCERRAMENTO DO ANO DA MISERICÓRDIA

O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, preside este Domingo, 13 de novembro, às 11h30, na Sé Patriarcal, à celebração da Eucaristia de encerramento do Ano da Misericórdia na Diocese de Lisboa. A celebração será transmitida, em direto, pela Rádio Renascença.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Patriarcado de Lisboa comemora 300 anos

Hoje, 7 de novembro, o Patriarcado de Lisboa comemora 300 anos da sua qualificação Patriarcal. Fique a saber mais, nesta entrevista publicada hoje, no Diário de Notícias. 

D. Manuel Clemente é o 17.º cardeal-patriarca de Lisboa. Nasceu em Torres Vedras em julho de 1948 e é licenciado em História e em Teologia e doutorado em Teologia Histórica. Foi nomeado patriarca em 2013 e criado cardeal pelo Papa Francisco em 2015  |  ORLANDO ALMEIDA / GLOBAL IMAGENS
O patriarca de Lisboa foi um título criado por bula de Clemente XI faz hoje 300 anos. É mérito de D. João V, que graças ao ouro do Brasil pôde montar a armada que várias vezes foi em socorro do Papa contra os turcos. Mas também reconhece o papel das Descobertas na propagação do catolicismo. Entrevista ao atual cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.

À volta da criação do Patriarcado de Lisboa, a 7 de novembro de 1716, de que comemoramos hoje os 300 anos, temos D. João V a ajudar o Papa contra os turcos, temos também D. João V a enviar uma grande embaixada a Roma. O Portugal do início do século XVIII era muito, muito importante para a cristandade?

Era muito importante, porque não nos podemos esquecer de que não se confinava aqui, ao território europeu. Era muito importante porque se projetava no Atlântico Sul, sobretudo no Brasil, embora tivesse também presença na costa africana e no Oriente. E, além daquilo que era o território politicamente ligado a Portugal, havia o chamado Padroado do Oriente que eram territórios cuja evangelização estava confiada, por papas do século XV, aos reis de Portugal; e que eles iam exercendo conforme dispusessem ou não de missionários e também vencessem uma certa concorrência que outras iniciativas missionárias partidas da Europa desenvolviam. E isto leva-nos à famosa embaixada de D. João V. Essa embaixada já tinha chegado a Roma, chefiada pelo marquês de Fontes, para resolver problemas precisamente ligados ao Padroado do Oriente, mas também, digamos, para a nobilitação da capela real aqui do Paço da Ribeira. Com tudo isto, há o problema do avanço turco pelo Mediterrâneo, sobretudo no Adriático, e que punha em causa a sobrevivência da república de Veneza. E o Papa Clemente XI pede aos príncipes cristãos para ajudarem a aliviar aquele cerco turco. Acontece que boa parte não estava disponível. Havia as sequelas ainda da Guerra da Sucessão de Espanha.
Ler entrevista completa: http://www.dn.pt/sociedade/interior/d-joao-v-e-quase-um-rei-sacerdote-por-intermedio-do-seu-capelao-que-e-o-patriarca-5483278.html

sábado, 5 de novembro de 2016

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Destaque

- QUINTA-FEIRA: 1ª do Mês. Oração pela Paz às 15h00 e Oração Vocacional, no Mucifal às 18h00.
- SEXTA-FEIRA: 1ª do Mês. Adoração ao SS.mo Sacramento e confissões em Colares às 18h00. Conferência sobre A Vida em Cristo com o Tema: “Como a Oração transforma a Minha vida?”, com o Pe. Nelson Matias Pereira.

Conferência - Igreja de Colares


terça-feira, 1 de novembro de 2016

- QUARTA-FEIRA - Dia de Fiéis Defuntos


Missas:
 09h30 - em Almoçageme ,
15h30 -  no Cemitério de São Gregório do Vinagre
17h00 - na Ulgueira
19h00 - em Colares

C57 - Santidade para Todos! - Todos os Santos (Ano C) - P. Bernardo Trocado

DESAFIO-TE:
Procura a história de um santo. Descobre na simplicidade da sua vida, o que levou a que se tornasse santo.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Liturgia: Igreja evoca Todos os Santos

Celebração está ligada à tradição do «Pão por Deus»

Lisboa, 31 out 2016 (Ecclesia) – A Igreja celebra esta terça-feira a solenidade litúrgica de Todos os Santos, na qual lembra conjuntamente “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham ou não sido canonizados oficialmente.

As Igrejas do Oriente foram as primeiras (século IV) a promover uma celebração conjunta de todos os santos quer no contexto feliz do tempo pascal, quer na semana a seguir.

No Ocidente, foi o Papa Bonifácio IV a introduzir uma celebração semelhante em 13 de maio de 610, quando dedicou à Santíssima Virgem e a todos os mártires o Panteão de Roma, dedicação que passou a ser comemorada todos os anos.

A partir destes antecedentes, as diversas Igrejas começaram a solenizar em datas diferentes celebrações com conteúdo idêntico.

A data de 1 de novembro foi adotada em primeiro lugar na Inglaterra do século VIII acabando por se generalizar progressivamente no império de Carlos Magno, tornando-se obrigatória no reino dos Francos no tempo de Luís, o Pio (835), provavelmente a pedido do Papa Gregório IV (790-844).

Segundo a tradição, em Portugal, no dia de Todos os Santos, as crianças saíam à rua e juntavam-se em pequenos grupos para pedir o ‘Pão por Deus’ de porta em porta: recitavam versos e recebiam como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano; nalgumas aldeias chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.

Em contraste com esta festa católica está o ‘Halloween’, vindo dos Estados Unidos da América e agora muito celebrado também na Europa, no dia 31 de Outubro.

A comemoração veio dos antigos povos celtas que habitavam a Grã-Bretanha há mais de 2000 anos.

Já no dia 2 de novembro tem lugar a ‘comemoração de todos os fiéis defuntos’, que remonta ao final do primeiro milénio: foi o Abade de cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.

Este costume depressa se generalizou: Roma oficializou-o no século XIV e no século XV foi concedido aos dominicanos de Valência (Espanha) o privilégio de celebrar três Missas neste dia, prática que se difundiu nos domínios espanhóis e portugueses e ainda na Polónia.

Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja (1915).

Os temas vão estar em destaque no programa ECCLESIA desta segunda, terça e quarta-feira, às 22h45, na Antena 1 da rádio pública.

OC

Espiritualidade

Papa: o olhar de Jesus vai além de pecados e preconceitos

“O olhar de Jesus vai além dos pecados e dos preconceitos”: foi o que disse o Papa na manhã deste domingo, ao rezar com os fiéis na Praça S. Pedro a oração mariana do Angelus.

Em sua alocução, Francisco comentou o Evangelho do dia, que narra o encontro de Jesus com Zaqueu em Jericó. Zaqueu era um rico cobrador de impostos, colaborador dos ocupantes romanos e, portanto, um explorador de seu povo. Ao chegar a Jericó, também Zaqueu queria ver Jesus, mas a sua condição de pecador público não lhe permitia se aproximar do mestre; além do mais, era pequeno de estatura; por isso sobe numa figueira para esperar Jesus passar.

Necessidade de conversão

Quando chega perto da árvore, Jesus ordena que Zaqueu desça, porque deve ficar em sua casa. No desenho de salvação da misericórdia do Pai, explicou o Papa, há também a salvação de Zaqueu, um homem desonesto e desprezado por todos, e por isso necessitado de conversão. De facto, o Evangelho diz que, quando Jesus o chamou, todos começaram a murmurar, dizendo: ‘Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!’.

“Se Jesus tivesse dito: ‘Desça você, explorador, traidor do povo, e venha falar comigo para fazer as contas’, certamente o povo teria aplaudido”, comentou Francisco. Mas Jesus, guiado pela misericórdia, buscava justamente Zaqueu.

Jesus não se detém nas aparências, mas olha para o coração

“O olhar de Jesus vai além dos pecados e dos preconceitos”, repetiu duas vezes o Papa. Jesus vê a pessoa com os olhos de Deus, que não se detém no mal passado, mas entrevê o bem futuro; não se resigna aos fechamentos, mas sempre abre novos espaços de vida; não se detém nas aparências, mas olha para o coração.” Jesus olhou o coração ferido de Zaqueu e foi ali.

Às vezes, prosseguiu, nós buscamos corrigir ou converter um pecador repreendendo-o, reforçando seus erros e o seu comportamento injusto. A atitude de Jesus com Zaqueu nos indica outro caminho: de mostrar a quem erra o seu valor, aquele valor que Deus continua vendo não obstante tudo. “Assim se comporta Deus connosco: não fica preso no nosso pecado, mas o supera com o amor e nos faz sentir a saudade do bem. Todos sentimos esta saudade do bem depois de um erro. Não existe uma pessoa que não tenha algo de bom”, disse o Pontífice, que concluiu:

“Que a Virgem Maria nos ajude a ver o bem que existe nas pessoas que encontramos todos os dias. O nosso Deus é o Deus das surpresas!”

(Rádio Vaticano)

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domingo, 30 de outubro de 2016

Destaques da Semana

Alterações em virtude da Solenidade de Todos os Santos e do Dia de Fiéis Defuntos

- SEGUNDA-FEIRA:
Missa vespertina da Solenidade de Todos os Santos, no Mucifal às 19h00.

- TERÇA-FEIRA:
Solenidade de Todos os Santos. Missas em Almoçageme às 10h30 e em Colares às 12h00 e 18h30.


- QUARTA-FEIRA:
Dia de Fiéis Defuntos. Missas em Almoçageme às 9h30, no Cemitério de São Gregório do Vinagre às 15h30, na Ulgueira às 17h00 e em Colares às 19h00.

sábado, 29 de outubro de 2016

Igreja/Ensino: Católica vai abrir curso de Medicina centrado na defesa da vida

Concluir um projeto que tem 30 anos é um desejo de Isabel Capeloa Gil no mandato como reitora da UCP onde a Teologia é uma «ciência nodal»

Lisboa, 29 out 2016 (Ecclesia) – A reitora da Universidade Católica Portuguesa disse à agência Ecclesia que tem “garantias muito sólidas” para conclui o processo de abertura de um curso de Medicina, com um “projeto académico diferenciador” e centrado na “defesa inabalável da vida”.

Isabel Capeloa Gil não diz que o processo esteja “concluído dentro de um ano”, mas afirmou estar determinada em concretizar o projeto, que “tem 30 anos”, de abrir um curso de Medicina na Universidade Católica Portuguesa (UCP), o primeiro numa universidade não estatal.

 “A defesa de um modelo de medicina católico, centrado na defesa inabalável da vida é algo que é essencial ao desenvolvimento das grandes universidades católicas”, sublinhou a reitora da UCP, no dia da tomada de posse, esta sexta-feira.

Isabel Capeloa Gil adiantou que o “projeto académico teria de ser diferenciador” e é necessário garantir o suporte financeiro que o curso de Medicina exige.

“O modelo que está agora a ser implementado consegue conciliar estas duas dimensões e em breve daremos notícias felizes para todos os que desejam ver um curso de Medicina católico em Portugal”, acrescentou.

Numa entrevista que vai ser emitida no programa 70x7 deste domingo (RTP2, 13h30), Isabel Capeloa Gil adiantou as prioridades para o mandato que agora inicia como reitora da UCP e disse que o curso de Teologia é “nodal” para a Universidade Católica

Para a responsárel pela UCP, a Teologia “é uma área viva”, que a universidade vai “cultivar e desenvolver na intercessão com outras Faculdades” e, como noutras áreas do saber, é “absolutamente internacionalizável e há passos que estão a ser dados de forma muito ambiciosa nesse sentido”.

Isabel Capeloa Gil disse que a Teologia “não é só uma área para a formação de sacerdotes” e recordou o trabalho que desenvolveu, enquanto vice-reitora da UCP no mandato que agora terminou para que fosse reconhecida como “ciência” pelas fundações de fomento à investigação.

“Portugal e França eram  - agora é só a França - os únicos países europeus onde a teologia não era considerada nas fundações de fomento à investigação. Os projetos teológicos eram apresentados em Filosofia. E essa situação alterou-se”, lembrou.

Isabel Capeloa Gil referiu uma das “lutas” que travou junto da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) foi pelo reconhecimento da Teologia “avaliáveis e mensuráveis” pela fundação, o que conseguiu.

A reitora da UCP explica também a internacionalização em curso na academia, onde 13% dos alunos são estrangeiros, de 90 nacionalidades, referindo que “tem de ser um processo integrado”, o que que passa antes de mais pela estruturação interna.

Nesta entrevista, gravada no dia da tomada de posse, a reitora da UCP explica os projetos que vai tentar implementar durante o mandato de quatro anos que agora inicia, nomeadamente a iniciativa ‘Católica I&I’ (Católica Investigação e Inovação), ‘Católica Talentos’ (que propõe uma nova abordagem à gestão de talentos e à sua promoção) e ‘Católica 4.0’ (para digitalizar e simplificar as estruturas).

Isabel Capeloa Gil referiu-se também à identidade da Universidade, afirmando que a “relação” e o “testemunho” são os modos fundamentais de garantir a sua identidade católica.

A entrevista à reitora da Universidade Católica Portuguesa, Isabel Capeloa Gil, é emitida este domingo, às 13h30, na RTP2.

PR

Carta aos diocesanos de Lisboa - 2016/2017

Carta aos diocesanos de Lisboa, no início do novo ano pastoral


Como há dois mil anos começou o Reino

1. Em Setembro, a vida retoma o seu curso geral, após o chamado “tempo de férias”. Das famílias às escolas, das empresas à sociedade, recuperam-se os ritmos habituais. Também assim nas nossas comunidades, da catequese à liturgia e à ação sociocaritativa. Desejo a todos as maiores felicidades, aos que continuam nos mesmos lugares e serviços e aos que assumem novos encargos, paroquiais e outros.
Tudo isto é um bem, na cadência certa da vida que prossegue. Mas, para quem está no mundo como tantos mais, convém perguntar o porquê da vida eclesial, do que ela significa realmente para os discípulos de Cristo. Não bastaria retomarmos o habitual, mesmo que positivo, como os dias que sucedem às noites, ou a roda das estações do ano.Sim, partilhamos com todos os seres humanos o modo comum de ser e conviver, como o Criador nos sustenta, com deveres e direitos a irmanar-nos e responsabilizar-nos. Mas havemos de o fazer como cristãos, isto é, participantes do Espírito de Cristo e alargando o seu Reino. Permiti-me insistir neste ponto identitário, que julgo particularmente oportuno.Estamos no ano 2016 da era de Cristo, vivendo o que com Ele começou e só com Ele pode progredir. E sempre à sua maneira, tão diferente de qualquer projeto temporal que se impusesse exteriormente ou estabelecesse à força. É natural e positivo que, como cidadãos entre cidadãos, integremos projetos de melhoramento social e procuremos modos de o conseguir sempre mais e melhor, dentro aliás dum legítimo pluralismo de perspetivas e opções. Mas é sobrenatural e necessário que, seguindo a atitude de Jesus Cristo, abramos sempre o ocasional ao definitivo, o princípio ao fim e o tempo à eternidade. Não nos alheamos da realidade, damos-lhe a sua verdadeira dimensão.
Neste sentido, pode dizer-se que o nosso programa essencial está feito há dois milénios. Para leigos, consagrados e clérigos, trata-se de, pela palavra e pelo testemunho, partilhar com cada pessoa e em cada momento a possibilidade propriamente “cristã” de viver. Quando nasce, cresce e morre, que seja com Cristo; quando goze de saúde, a perca ou a recupere, que seja com Cristo também; e o mesmo quando ria ou quando chore, quando trabalhe ou descanse, quando estude e descubra, quando reze e contemple.
Por isso acompanhamos os outros da conceção ao nascimento, do nascimento à maturidade, à velhice, às exéquias e ainda depois. Tal como Cristo o fez, nascendo, vivendo, morrendo e ressuscitando, para assim continuar, através do corpo eclesial que connosco forma, a acompanhar a vida dos outros, abrindo-a em cada etapa à própria vida de Deus.
Por isso é Pastor, para nos conduzir a pastagens que não secam nunca (cf Sl 23). Por isso há “pastoral” propriamente dita – essa mesma, essencial e constante, na cidade ou no campo, na escola, no hospital ou na prisão, seja onde for, seja para quem for. No ano pastoral que iniciamos, como quando tudo recomeçou há dois milénios, para dar sentido e pleno cumprimento a toda a vida e à vida de todos. Mais do que viver para um futuro possível, o cristão preenche cada momento com a certeza das coisas finais, como Cristo as alcançou e oferece.

2. Nos dias em que vivemos, de cultura tão rarefeita e dispersa, a nova evangelização significa redescobrir e partilhar o modo cristão de ser, como possibilidade concreta de vida em abundância. Significa iniciação cristã autêntica e vida em Cristo sempre, pessoal, familiar e comunitariamente levada. Como só pascalmente se alcança, pois «a felicidade está mais em dar do que em receber» (Act 20, 35).
É por isso que um novo ano pastoral – como este de 2016-2017 – só pode ter como plano e programa, no que toca ao essencial, alcançar uma catequese, uma liturgia e uma ação sociocaritativa sempre mais conformes com as palavras e atitudes com que Jesus há dois mil anos inaugurou o Reino. Reino que a ressurreição garantiu para sempre e a vida dos cristãos assinala e oferece. Um Reino assim só filialmente se alcança, pois a Deus pertence e por Deus se estende. Se progredirmos na aprendizagem do Pai Nosso, experimentaremos e faremos experimentar bem mais a realidade plena do Reino de Deus.
Será a melhor maneira de vivermos o tempo, a partir de Deus, com indispensável entrega e confiança. Como escreve um autor contemporâneo: «Falar do Reino significa falar de um coração novo, de relações pessoais diferentes, de estruturas humanas que correspondam à forma como Deus criou e sonha este mundo. A questão decisiva está em entrar no Reino e como participar pessoalmente num espaço de salvação, de felicidade e de agradecimento – que Deus, manifestando-se, põe ao alcance de todos por intermédio de Jesus. No fundo de tudo, existe uma decisão, um desejo, uma vontade, que não coloca condições». E continua, indicando o essencial do que devemos ser e pedir, diante de Deus e da vida: «Por este motivo, Jesus, perante a estranheza dos seus discípulos, refere-se às crianças como modelo: é preciso receber o Reino de Deus como o faz uma criança, ou seja, a partir da necessidade e da fragilidade de quem sabe que não pode fazer nada por si próprio (Mc 10, 15, Lc 18, 17)» (Armand Puig, Jesus. Uma biografia, Lisboa, Paulus, 2006, p.342).
Diante das dificuldades que certamente tocarão a cada um - família a família, comunidade a comunidade – coloquemo-nos filialmente diante de Deus, neste ano e sempre. Demos-Lhe oportunidade para construir também em nós e por nós o seu Reino, como só Ele sabe e pode. Passagens como a seguinte, das primeiras gerações cristãs, devem ser levadas muito a sério, antes, durante e depois de qualquer programação, para que não seja demasiadamente nossa: «Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo» (Tg 4, 15).

3. Partilho convosco estes sentimentos e convicções, no início dum ano pastoral marcado por acontecimentos relevantes, como o tricentenário da qualificação patriarcal de Lisboa e o centenário das aparições de Fátima. Acontecimentos que não nos devem distrair do que mencionei e é de sempre, mas devemos aproveitar para o fazer melhor e mais definitivamente.
O tricentenário da qualificação patriarcal de Lisboa (7 de novembro de 1716, pelo Papa Clemente XI) evoca o empenho que D. João V pusera em ilustrar a capela real e o zelo que demonstrava, como os seus antecessores, pela propagação da fé, como então se entendia. Trezentos anos depois, só pode lembrar-nos a nós, num contexto histórico e eclesiástico tão diferente, que toda a Igreja é uma realidade missionária, como a missão há de ser vivida agora, em termos de nova evangelização e reciprocamente ad gentes.
Temos várias ações programadas e já anunciadas (v. o Programa-calendário diocesano) da música erudita a um musical, da edição de biografias episcopais e de cartas pastorais dos patriarcas à renovada apresentação museológica da diocese. Será muito bom que tudo isto seja aproveitado pelas nossas comunidades, para ganharem ainda maior consciência do que foram, são e hão de ser, como Igreja de Cristo em Lisboa e em missão.
A celebração do centenário das aparições de Fátima, antes e depois de 13 de maio, reforçará em todo o ano pastoral a dimensão mariana essencial à Igreja. «Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, […] a fim de recebermos a adoção de filhos» (Gl 4, 4-5). Tendo acompanhado o seu Filho de Belém ao Calvário, Maria tem sido por sua vez enviada, da glória em que com Ele vive, para nos repetir, no longo curso da vida da Igreja, as mesmas palavras que disse em Caná: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2, 5). Como A ouviram os pastorinhos há um século, também o faremos nós agora, com redobrada devoção e conversão evangélica. Isso mesmo nos dirá decerto o Papa Francisco, cuja presença aguardamos de coração inteiro.

4. A caminhada sinodal que encetámos em 2014 envolveu milhares de diocesanos que estudaram os vários capítulos da exortação apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco, procurando o melhor modo de, também aqui, concretizarmos o “sonho missionário de chegar a todos”.
Muito se rezou, pensou e agiu nesse sentido, de então para cá, e assim continuaremos a fazer. Com o que chegou à comissão preparatória do sínodo – e foi sendo publicado na Voz da Verdade e no “site” do Patriarcado – elaborou-se um Documento de trabalho, já divulgado também, que está a ser estudado pelos membros convocados segundo os cânones para a assembleia sinodal que, de 30 de novembro a 4 de dezembro, lhe dará a redação final.
Importa entender esses dias como um momento especial duma caminhada diocesana muito mais larga na participação e no tempo, que talvez constitua o principal do que aconteceu – e será inteiramente respeitado e projetado para o futuro, em termos de sinodalidade crescente, cada vez mais aplicada na vida das comunidades e da diocese no seu todo.
Do muito que o Documento de trabalho do sínodo nos oferece, sintetizo e destaco «sete critérios de discernimento e ação eclesiais» (DT, 24 ss) que poderão orientar desde já a vida das nossas comunidades, pois acolhem as indicações da Evangelii Gaudium e a reflexão partilhada pelos grupos sinodais: 1º) Critério do tempo, disponibilidade para acompanhar pessoas e situações. 2º) Critério da unidade, prevalecendo sobre tensões e conflitos. 3º) Critério da realidade, um saudável realismo aberto à esperança. 4º) Critério da totalidade, não esquecendo a globalidade da proposta evangélica. 5º) Critério da evangelização, (re)configurando nesse sentido todas as estruturas e rotinas. 6º) Critério da autenticidade, para que o essencial evangélico ressalte em tudo e sempre. 7º) Critério da qualidade e da beleza, como o Evangelho oferece e a evangelização não dispensa.
Missão, sinodalidade, família e misericórdia são palavras-chave dos nossos dois últimos programas diocesanos, como se podem reler nas respetivas apresentações. Em seu torno caminharemos, para nos retomarmos como Igreja em missão, alargando o Reino. E a alma de tudo o que fizermos será essa mesma misericórdia, que nos identifica com o próprio Deus na atenção prioritária aos mais pobres e frágeis. Para tal nos fortalece o presente Jubileu, cuja graça permanece e nos impele.

Convosco, irmão e amigo,

+ Manuel, Cardeal-Patriarca
Lisboa, 1 de setembro de 2016