segunda-feira, 30 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 30 – S. Jerónimo (Memória)

Zac 8, 1-8 / Slm 101 (102), 16-21.29 e 22-23 / Lc 9, 46-50

Quem acolher em meu nome (…) acolhe-Me a mim. (Evang.)

Esta frase é muito curiosa. Lembro-me de já ter dito ao leitor que isto é difícil, porque podemos acolher o outro em nome de Cristo mas o outro não é Cristo. Daí que não seja muito fácil acolhê-lo como se ele fosse Cristo. Nós imaginamos que se ele fosse Cristo era perfeito, não tinha defeitos, não nos maçava, não seria aborrecido. Mas a pessoa não é Cristo. É esse o desafio. (Além de não ser líquido que Cristo não nos aborrecesse...)

domingo, 29 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 29 – Domingo XXVI do Tempo Comum – Ano C

Am 6, 1a.4-7 / Slm 145 (146), 7-10 / 1 Tim 6, 11-16 / Lc 16, 19-31

O profeta Amós sacode a sonolência dos que vivem no luxo, preocupados somente com os seus prazeres e desprezando os pobres e necessitados. As suas palavras são muitos fortes, como quem grita aos que se estão a aproximar de um abismo, a fim de que não caiam nele. Todo o egoísmo é como um veneno doce que, com sabor agradável, acaba por matar. Amós prevê a invasão dos Assírios, que levarão como escravos os que agora se divertem em orgias, à custa de explorar os pobres.

S. Paulo escreve uma carta a Timóteo, bispo de Éfeso, preocupado com falsos mestres que se infiltraram na comunidade cristã. Manter a unidade da fé é uma luta que temos de travar também hoje, cumprindo o que nos pediu o mestre Jesus: «Que todos sejam um». Importa estarmos atentos para não nos deixarmos levar por teorias da moda, sedutoras mas desviantes da unidade da fé, que nos arrastam por atalhos de facilitismo. Oiçamos esta exortação de Paulo, como dita para nós hoje: «Combate o bom combate da fé».

Jesus apresenta-nos a parábola do rico avarento e do pobre Lázaro como um desafio à nossa capacidade de partilhar e de criar fraternidade. Assim nos recorda o Papa Francisco: «Lázaro ensina-nos que o outro é um dom. A justa relação com as pessoas consiste em reconhecer com gratidão o seu valor. O próprio pobre à porta do rico não é um empecilho fastidioso, mas um apelo a converter-se e a mudar de vida. O primeiro convite que nos faz esta parábola é o de abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um dom».

O nome «Lázaro» na língua hebraica significa «Deus ajuda». Deus no Céu e os que na terra estão do lado de Deus ajudam quem precisa de ser ajudado. Esta parábola é um desafio a sermos sensíveis às desgraças humanas e a tentarmos ser parte da solução e não da consolidação das desigualdades e injustiças. O rico avarento que vivia no luxo e no esbanjamento, pois «se banqueteava esplendidamente todos os dias», nada tinha para oferecer ao pobre Lázaro que sobrevivia à sua porta. Mais fraternos e sensíveis eram os cães que «vinham lamber-lhe as chagas». Todos certamente conhecemos «Lázaros» que, perto de nós, precisam da partilha do que somos, sabemos e podemos.

sábado, 28 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 28 – Semana XXV do Tempo Comum

Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto. (Evang.)

Medo de enfrentar uma realidade. Acontece-nos a todos. Uma realidade dura. Um coração mole. A realidade impõe-se, o coração tem de se tornar forte ou claudica. O melhor é tornar-se forte. Pedir a força e a luz do Espírito Santo, além de pormos todas as nossas forças. É a combinação cristã. É a nossa combinação. É o que tem de ser. Hoje o leitor peça um coração forte face às realidades duras.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Uma oração de 18 séculos a Nossa Senhora para rezarmos na hora de sair de casa

Ela já era invocada como Mãe de Deus em pleno século III, bem antes que esse dogma fosse promulgado

A Biblioteca John Rylands, de Manchester, na Inglaterra, adquiriu em 1917 um grande painel de papiro egípcio escrito em koiné, o dialeto grego popular que servia como língua franca em toda a região Mediterrânea. É o mesmo dialeto grego, aliás, em que foram escritos os Evangelhos.
No papiro em questão há um fragmento, numerado pela biblioteca como 470, cujo conteúdo, decifrado em 1939, parece proceder de uma antiquíssima liturgia cristã copta de Natal.
Adicionar legenda

Trata-se de uma oração a Nossa Senhora, possivelmente composta no século III, na qual Maria é invocada como “Theotókos”, um termo grego que significa “Mãe de Deus“.

É importante observar que a maternidade divina de Maria só viria a ser oficialmente explicitada pela Igreja no III Concílio Ecumênico, o de Éfeso, cerca de duzentos anos depois. Ou seja: os primeiros cristãos já veneravam Nossa Senhora como Mãe de Deus desde bem antes que o dogma fosse promulgado – e ao menos um século antes de Constantino e do Edito de Milão.

“Sob a vossa proteção”
Diz a oração:

Sob a vossa proteção nos refugiamos,
Mãe de Deus!
Não desprezeis as nossas súplicas
em nossas dificuldades,
mas livrai-nos do perigo,
Vós, toda Santa e bendita!


Esta oração passou a ser tradicionalmente rezada quando se sai de casa, pedindo o auxílio de Nossa Mãe.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 27 – S. Vicente de Paulo (Memória)

Ageu 1, 15b – 2, 9 / Slm 42 (43), 1.2.3.4 / Lc 9, 18-22

Tem de ser morto e ressuscitar. (Evang.)

A frase como que diz: tem de ser morto e tem de ressuscitar. Ressuscitar também é um imperativo. Se Jesus morreu por nós também ressuscitou por nós, porque para Si próprio não precisava de ressuscitar. Nós celebramos esta ressurreição em todas as Missas e também a temos de celebrar no nosso interior em júbilo. Devemos alegrar-nos e dar graças pela ressurreição de Cristo. Falamos muito na sua morte, na cruz, em tomar a cruz e falamos pouco em ressuscitar com Ele. Hoje meditemos em ressuscitar com Ele.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 26 – Semana XXV do Tempo Comum

Ageu 1, 1-8 / Slm 149, 1-2.3-4.5-6a.9b / Lc 9, 7-9

Louvem o seu nome com danças, (…) porque o Senhor ama o seu povo. (Salmo)

Hoje agradeçamos o amor de Deus por Portugal. Agradeçamos a sua proteção ao longo da nossa História, da História deste país tão pobre de recursos que conseguiu sempre manter-se à tona. Agradeçamos a visita de Nossa Senhora em 1917 e a sua mensagem. Agradeçamos o santuário de Fátima, onde podemos venerar e rezar à nossa Mãe. Agradeçamos tudo quanto somos e temos. (Que, olhando para o panorama do mundo, não é muito mau.)

terça-feira, 24 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 24 – Semana XXV do Tempo Comum

Esd 6, 7-8.12b.14-20 / Slm 121 (122), 1-2.3-4a.4b-5 / Lc 8, 19-21

Minha Mãe e (…) são aqueles que ouvem a palavra de Deus. (Evang.)

A família de sangue é-nos imposta pelo sangue. Os amigos, nós escolhemos. Estes são escolhidos pelas nossas afinidades com eles. Assim dizia Jesus que era a sua família: aqueles que tinham «afinidade» com Ele, quer dizer, os que ouviam a sua palavra e a punham em prática. Quer dizer, a família de Jesus também tinha de passar pelo processo de conversão por que todas as pessoas passavam. Exceto Nossa Senhora, claro está. Hoje o leitor reze pela conversão da sua família.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

EMOCIONANTE! Ator de 'Paixão de Cristo' fala sobre como Maria mudou sua ...


MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 23 – Semana XXV do Tempo Comum

Esd 1, 1-6 / Slm 125 (126), 1-6 / Lc 8, 16-18

Tende cuidado com a maneira como ouvis. (Evang.)

Cada pessoa tem a sua maneira de ouvir a palavra de Deus. E Jesus diz que esta maneira de cada um tem de ser fiel a essa palavra que o Espírito Santo nos ajuda a interpretar e pôr em prática. Porque a palavra de Deus não pode ser ouvida ligeiramente, como quem ouve a novela, ou lida displicentemente, como quem lê um romance. A palavra de Deus quer-se lida, repetida, interiorizada, absorvida – feita parte do nosso eu – e posta em prática. O leitor tenha cuidado em como é que «ouve».

domingo, 22 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 22 – Domingo XXV do Tempo Comum – Ano C

Am 8, 4-7 / Slm 112 (113), 1-2.4-8 / 1 Tim 2, 1-8 / Lc 16, 1-13 ou 16, 10-13

A primeira leitura apresenta-nos a voz profética de Amós que, falando em nome de Deus, defende os pobres contra as injustiças dos poderosos, dispostos a tudo para enriquecer sempre mais. Estamos em 750 antes de Cristo, tempo de grande prosperidade e esplendor em Israel. Mas a vertigem da riqueza levava ao crime de prejudicar os pobres, que mais pobres ainda ficavam. Deus é sempre apresentado como o defensor dos fracos, dos que socialmente são irrelevantes, como a voz dos sem voz, que faz justiça aos que não têm força para defender os seus direitos. Ser fiel a Deus inclui a fidelidade à justiça.

Ontem como hoje, importa estar atentos para que a administração dos bens temporais, que poderão ser muitos, não nos faça sentir autorizados a agir como donos do mundo. Por isso, S. Basílio, já no século IV, nos adverte: «Não és tu um ladrão quando consideras como tuas as riquezas deste mundo, riquezas que te foram entregues apenas para que as administrasses?»

S. Paulo, escrevendo ao seu discípulo Timóteo, apresenta-nos um belo retrato do nosso Deus: «Ele quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade», sublinhando que Cristo «Se entregou à morte pela redenção de todos». Deus quer bem a todos, não apenas aos que Lhe são fiéis e se comportam bem. Deus ama-nos não porque mereçamos o seu amor, mas porque d’Ele precisamos. Agradeçamos o amor desmedido que o Senhor nos oferece gratuitamente.

No Evangelho, Jesus ousa contar uma história que parece dever incluir-se num manual de desonestidade. Um administrador, que vai ser despedido, faz ajustes diretos com os devedores ao seu senhor, perdoando a cada um boa parte da respetiva dívida. Com este estratagema, procurou arranjar amigos para a sua vida futura, depois de ser despedido.

É claro que Jesus não elogia o roubo feito pelo administrador. Faz-nos cair na conta que a esperteza que o administrador usou para o mal, devemos nós usar de modo sabiamente criativo para fazer o bem. E notou que «os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz no trato com os seus semelhantes». Nós, que felizmente estamos do lado de Cristo, temos de saber usar as nossas qualidades, imaginação e criatividade para fazer o

sábado, 21 de setembro de 2019

ANO PASTORAL 2019.2020 «Sair com Cristo ao encontro de todas as periferias» CSL, nº 53


MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 21– S. Mateus (Festa)

Ef 4, 1-7.11-13 / Slm 18 A (19 A), 2-3.4-5 / Mt 9, 9-13

Os céus proclamam a glória de Deus. (Salmo)

A natureza proclama a glória de Deus. Hoje o leitor contemple a natureza e tudo o que ela lhe diz de Deus. Se vive na cidade também pode contemplar a obra do homem. Pode contemplar as árvores, os campos, o céu, o carro que conduz. (Quantas e quantas pessoas não contribuíram para que o seu carro fosse produzido, desde as que, por exemplo, fizeram as ligas de metais?) O leitor agradeça a Deus a natureza e também o trabalho do homem.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 19 – Semana XXIV do Tempo Comum

1 Tim 4, 12-16 / Slm 110 (111), 7-10 / Lc 7, 36-50

Qual deles ficará mais seu amigo? (Evang.)

Neste caso, seria um amigo agradecido. Mas há pessoas que não são nada agradecidas. Que dizem: «se deu é porque pode», «se fez foi porque quis». Claro que isto magoa mas também nos lembra que Cristo nos diz que não devemos esperar recompensa. Devemos fazer gratuitamente, por amor ao Amor, por amor a Deus. Isto também nos educa. Também nos dá um sentido de desprendimento. Hoje peçamos esse desprendimento no bem que fazemos.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 18 – Semana XXIV do Tempo Comum

1 Tim 3, 14-16 / Slm 110 (111), 1-2.3-4.5-6 / Lc 7, 31-35

E vós dizeis: [de João, que não comia nem bebia vinho] «Tem o demónio com ele». (…) [do Filho do homem] «É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores». (Evang.)

Quando estamos de má vontade em relação a alguém, vemos sempre essa pessoa de um ponto de vista negativo. Mesmo as suas qualidades. Hoje o leitor faça um exame de consciência nesse sentido. Tente ver aquela pessoa com quem antipatiza (mais). E porquê? Essa pessoa fez-lhe algum mal e o leitor ainda não lhe perdoou? O leitor tem ciúmes ou inveja dessa pessoa? Essa pessoa tem os mesmos defeitos que o leitor?...

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Jornada Diocesana da Formação

O Instituto Diocesano da Formação Cristã convida todos os seus alunos, antigos alunos, professores, padres, tutores, colaboradores e amigos, a participar na Jornada Diocesana da Formação que marcará o início do Ano Pastoral 2019/2020.
Será um dia de reflexão e convívio no âmbito da formação e com um olhar para o mundo digital em que nos movemos.
Esta data coincide com a celebração dos 30 anos da Escola de Leigos, pelo que será também um dia de festa!
Por fim, em parceria com a Paulus Editora, iremos também apresentar o livro "Não eu, mas Deus - biografia espiritual de Carlo Acutis", um jovem que utilizou o mundo digital para evangelizar e que recebeu o título de venerável por parte da Santa Sé.

A Jornada terá lugar na Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Cabo, em Linda-a-velha, no dia 28 de Setembro de 2019 (sábado).

É necessário prévia inscrição e o contributo de 15,00 € (5,00€ sem almoço).
A inscrição deverá ser efectuada até ao dia 23 de Setembro, e pode ser realizada através do botão laranja abaixo ou seguindo este link: Ficha de Inscrição.

Aguardamos pelo vosso contacto e esperamos por vós no dia 28 de Setembro,
Faça já a sua inscrição!

Saudações fraternas
Instituto Diocesano da Formação Cristã do Patriarcado de Lisboa
Centro de Formação a Distância

Inscrição online


MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 17 – Semana XXIV do Tempo Comum

1 Tim 3, 1-13 / Slm 100 (101), 1-2ab.2cd-3ab.5.6 / Lc 7, 11-17

Deus visitou o seu povo. (Evang.)

Às vezes temos expressões parecidas com esta a propósito de coisas muito boas que nos aconteceram e de que não estávamos nada à espera. Expressões estilo: «Ele há Deus!», que refletem o que entendemos poder ser uma manifestação de Deus porque Deus, de facto, pode estar nas coisas muito boas da nossa vida. Faz-nos bem, e aproxima-nos de Deus, lembrarmo-nos dos momentos de grande felicidade com Deus. O leitor faça isso hoje e agradeça.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

A janela

Perante o milagre da luz, fechávamos os olhos. E tudo recomeçava em cada entardecer. Havia ainda muita história para escrever. Mas naquele momento era apenas o silêncio levemente estremecido pelo rugir do vento nas frestas da grande janela. Bendito seja Deus!
Saiba mais

sábado, 14 de setembro de 2019

Exaltação da Santa Cruz


Jesus Cristo
Jesus quis morrer na Cruz para nos salvar.

Por aquilo que o Senhor fez por ti, reconheças o quanto vales para Ele. Nesta festa da Exaltação da Santa Cruz, manifeste sua gratidão conversando um pouco com Deus. Pare um instante para fazer uma meditação católica.

Clique abaixo e veja como é simples.

Meditação Católica

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 14 – Exaltação da Santa Cruz (Festa)

Num 21, 4b-9 / Slm 77 (78), 1-2.34-35.36-37.38 / Jo 3, 13-17

Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho. (Evang.)

Este é o «Dia da Exaltação do Amor de Deus Por Nós». Deus Pai entregou o seu Filho nas nossas mãos, o qual Se entregou como um escravo criminoso por nós. Deus, em homem, fez-Se o ser mais desprezível para nos mostrar quanto nos ama; para nos mostrar que o seu amor de Deus é infinito. E também que Deus não é poderoso à maneira dos poderosos da Terra, como os escritores do Antigo Testamento tantas vezes O tinham descrito. («Quem Me vê, vê o Pai» – Jo 14, 9).

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 12 – Semana XXIII do Tempo Comum

Col 3, 12-17 / Slm 150, 1-6 / Lc 6, 27-38

Digo-vos a vós que Me escutais. (Evang.)

Hoje o leitor faça um exercício: leia o texto do Evangelho de hoje até chegar a uma frase que o toca. Ou então leia o texto de hoje todo e tire a frase que mais o toca. Depois quiete-se, silencie-se, feche os olhos, tenha essa frase em frente aos seus olhos interiores e veja de mansinho o que é que lhe vem a propósito dessa frase. O objetivo não é bem raciocinar sobre a frase. É ver que outras frases, ou pensamentos, lhe vêm a propósito dessa frase. Talvez Deus lhe esteja a falar aí… Preste atenção e medite.

Papa admite cisma na Igreja e assume que é criticado dentro da Cúria

No regresso a Roma após a quarta visita pastoral a África, Francisco assumiu aos jornalistas que é alvo de fortes críticas vindas "de todos os lados, até mesmo da Cúria". E aos que dizem que "o Papa é demasiado comunista", deixa o aviso de que não teme um cisma, mas que "esse caminho não é cristão".


Foi mais de uma hora de conversa, entre Francisco e os vaticanistas que o acompanharam na viagem de seis dias ao continente africano. Depois de Moçambique, Madagascar e as Ilhas Maurícias, o Papa retomou, esta quarta-feira, a sua agenda em Roma.

É a quarta vez que, no seu Pontificado, Francisco faz questão de se deslocar a África. E esta prioridade, tal como muitas das tónicas colocadas pelo Papa sobre a importância das "periferias do mundo" ou sobre a necessidade de "uma igreja do perdão" tem aumentado o coro de críticas internas.

A primeira pergunta foi direta ao assunto. Questionado sobre a existência de um "complot para fazer cair o Papa", Francisco não teve duvidas em assumir que é alvo de críticas. E "não são só dos americanos, são um pouco por todo o lado, incluindo na Cúria", respondeu, lamentando sobretudo os que "apunhalam pelas costas".

A pressão dos ultra-conservadores que, depois do chamado "Dossiê Vigano" ou da abertura papal à comunhão dos divorciados, chegaram a formalizar um pedido de demissão de Bergoglio, está, cada vez mais, a fazer-se sentir. E a possibilidade de uma cisão interna na Igreja católica ganhou, neste momento, estatuto de possibilidade.

"Eu não tenho medo de cismas", afirmou Francisco. Lembrando que "na Igreja houve muitos cismas" e que esta é "uma das opções que o Senhor deixa à liberdade humana", o Papa não deixa de lançar os avisos: "O caminho do cisma não é cristão" porque "é sempre é uma separação elitista provocada por uma ideologia separada da doutrina”.

Francisco pode estar debaixo de fogo, mas ainda está disposto a reagir aos ataques. "A possibilidade de um cisma surge quando a doutrina escorrega na ideologia", disse. E, neste caso, o Papa nota sinais de uma "ideologia da primazia de uma moral assética sobre a moral do povo de Deus".

Francisco refere-se diretamente à ala fundamentalista da doutrina católica, que o acusam de desrespeito à doutrina e desconfiam das aproximações da Santa Sé a países como Cuba ou a China. Francisco vai direto ao assunto, "Os que dizem: 'o Papa é demasiado comunista' fazem entrar a ideologia na doutrina". Além do mais, "As matérias sociais sobre as quais falo são as mesmas de que falava João Paulo II. Eu copio-o", conclui Francisco.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 11 – Semana XXIII do Tempo Comum

Col 3, 1-11 / Slm 144 (145), 2-3.10-11.12-13ab / Lc 6, 20-26

Mas agora afastai de vós tudo o que é cólera, irritação… (1ª Leit.)

A cólera e a irritação são sentimentos que nos sobrevêm naturalmente. A cólera é «um sentimento violento diante de uma situação revoltante» que nós, por vezes, e consoante o nosso temperamento, não conseguimos afastar. O que já pode ser pecado é o seguimento que damos à irritação e à cólera, quer dizer, se nos deixamos possuir, por exemplo, pela irritação e nos tornamos violentos por palavras ou atos. É esse passo que não podemos dar. Hoje o leitor peça mansidão.

QUINTA-FEIRA, 12 de Setembro:

na Igreja da Ulgueira às 15h00

Mucifal - Nossa Senhora das Dores

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terça-feira, 10 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 10 – Semana XXIII do Tempo Comum

Col 2, 6-15 / Slm 144 (145), 1-2.8-9.10-11 / Lc 6, 12-19

Toda a multidão procurava tocar Jesus porque d’Ele saía uma força que a todos sarava. (Evang.)

Hoje em dia, muitas pessoas rezam por curas, melhoras e melhorias na sua vida. Não sei se as pessoas pedem o perdão de Deus com o mesmo fervor. Pelo menos nas conversas não é costume dizer-se que se vai rezar para que Deus perdoe os pecados a fulano de tal. É que Jesus veio dizer que Deus perdoa e não que Deus cura. E, portanto, neste ponto, as pessoas estão descansadas. Isso é muito bom, desde que não desresponsabilize as pessoas. O leitor agradeça.

domingo, 8 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 8 – Domingo XXIII do Tempo Comum – Ano C

Sb 9, 13-19 / Slm 89 (90), 3-6.12-14.17 / Flm 9b-10.12-17 / Lc 14, 25-33

O Livro da Sabedoria aconselha-nos a evitar a pretensão de nos julgarmos mais sábios do que Deus, dando-Lhe conselhos para bem governar o universo. Só a humildade nos torna verdadeiramente sábios e grandes. Um autor afirma que «o crente de joelhos vê mais que o filósofo em bicos de pés». A fé é uma grande amiga da inteligência, que nos leva a aceitar os mistérios de Deus. O Padre Karl Rahner recorda que devemos evitar cair na tentação de pretendermos ser secretários de Deus, de sermos seus conselheiros e conhecedores da sua agenda.

S. Paulo escreve esta carta a Filémon, rico comerciante de Colossos, que converteu a Cristo, invocando um original título: «Caríssimo: Eu, Paulo, prisioneiro por amor de Cristo Jesus, rogo-te por este meu filho, Onésimo, que eu gerei na prisão». Onésimo era um escravo que fugiu do seu senhor e veio a ser metido na mesma prisão, tendo-se convertido e sido batizado por Paulo. Paulo intercede junto de Filémon para que o receba, não já como escravo, mas «como irmão muito querido». É um texto que demonstra a imensa ternura do coração de Paulo e o poder de fraternização da nossa fé: um senhor e um escravo podem ser realmente irmãos em Cristo.

O Evangelho apresenta-nos Cristo a propor radicalidade total a quem quiser ser seu discípulo. Nada de meias-medidas, de generosidades a conta-gotas, de estilos medíocres de ser cristão. É preciso assumir a cruz de cada dia, com realismo. É necessário amar a Deus como prioridade absoluta, para nesse amor amar toda a gente. Importa renunciar a todos os bens, desapegando o coração de tudo o que nos tira a liberdade, para aderir em cheio ao verdadeiro tesouro que é Cristo, nosso «caminho, verdade e vida».

A nossa adesão a Cristo não pode ser uma opção de amor romântico, um belo sonho desligado da realidade. Tem de ser um ideal realista, prático e exequível. Para ilustrar esta ideia, Jesus conta duas parábolas. A do proprietário que deseja construir uma torre para melhor guardar os seus campos e que, prudencialmente, faz contas para avaliar se pode concluir a torre. E a parábola do rei que planeia uma campanha militar contra um reino adverso. Para poder ter êxito, informa-se se tem soldados na certa proporção para alcançar a vitória. Ou seja, a vida de seguimento de Jesus, que é um ideal de vida admirável, precisa de uma boa dose de realismo, a fim de que querer seja de verdade poder.

sábado, 7 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 7 – Semana XXII do Tempo Comum / 1º Sábado

Col 1, 21-23 / Slm 53 (54), 3-4.6.8 / Lc 6, 1-5

Portanto, permanecei firmemente consolidados na fé. (1ª Leit.)

S. Paulo não diz só «permanecei na fé», mas também «firmemente consolidados na fé». É desta maneira que nós precisamos de ter a nossa fé: firme e consolidada. A consolidação da fé vem da nossa experiência com Deus, do nosso bom senso e do nosso raciocínio sobre essa experiência. Experiência com Deus iluminada pelas Escrituras e por toda a tradição da Igreja, que nos chega, por exemplo, através da liturgia. Hoje o leitor peça pela sua fé.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 6 – Semana XXII do Tempo Comum / 1ª Sexta-Feira

Col 1, 15-20 / Slm 99 (100), 2-5 / Lc 5, 33-39

Servi o Senhor com alegria. (Salmo)

Servir com alegria é um dos indicadores de estarmos a servir bem. Porque aquilo que fazemos contrafeitos é provável que não saia tão bem como o que fazemos com alegria. Claro que não é eficaz de repente decidirmos servir com alegria. A alegria, ou se tem cá dentro ou não se tem. Vem da nossa adesão à tarefa. A nossa tarefa como cristãos é a construção do reino de Deus (e tudo o que isso implica.) O leitor veja se constrói o reino de Deus com verdadeira alegria e entusiasmo ou se está apenas morno. Isso lhe falará do seu empenho.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 5 – Semana XXII do Tempo Comum

Col 1, 9b-14 / Slm 97 (98), 2-3ab.3cd-4.5-6 / Lc 5, 1-11

Sou um (…) pecador. (…) Serás pescador de homens. (Evang.)

Jesus torna Pedro pescador de homens. Pedro não se sentia digno por causa dos seus pecados. Se olharmos a esta razão, nenhum de nós é digno. E da mesma maneira, se Jesus fosse a escolher quem não pecasse, teria de escolher sua Mãe para tudo. A consciência da nossa finitude moral é essencial ao progresso e o aumento desta consciência é um sinal de progressão. Hoje, o leitor escolha um assunto e veja se progrediu nele, por exemplo, desde há um ano…

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

SÁBADO, 7 de Setembro

Missa na Igreja de Colares, às 10h00, por ocasião do aniversário dos 25 Militares falecidos, no fogo da Serra de Sintra, em 07-09-1966.

SEXTA-FEIRA, 6 de Setembro: 1ª do Mês

 na Igreja da Misericórdia às 18h15

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 4 – Semana XXII do Tempo Comum

Col 1, 1-8 / Slm 51 (52), 10.11ab.11cd / Lc 4, 38-44

Eu sou como a oliveira viçosa na casa do meu Deus. (Salmo)

«Confio para sempre na sua misericórdia». Nós confiamos, mais, temos a certeza que a misericórdia de Deus dura para sempre, abrange toda a nossa vida. É um motivo de grande alegria se bem que, penso, normalmente não andemos alegres por isso, porque o damos por adquirido. Mas a misericórdia de Deus podia ser limitada. Ou os nossos pecados na terra podiam não ter perdão e levarmos para o purgatório todos os nossos pecados acumulados. Mas Deus é misericordioso e perdoa-nos já nesta terra. O leitor agradeça.

domingo, 1 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 1 – Domingo XXII do Tempo Comum – Ano C

Sir 3, 19-21.30-31 / Slm 67 (68), 4-7ab.10-11 / Heb 12, 18-19.22-24a / Lc 14, 1.7-14

Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

O livro de Ben Sira, também conhecido por Eclesiástico (livro da Igreja ou da assembleia), aqui exalta a virtude da humildade. A grandeza de alguém mede-se pela sua capacidade de ser simples e serviçal, discreto e humilde, pois esta é a atitude radical de Deus, que Se faz um de nós em Jesus Cristo, que Se nos oferece em comunhão, que habita na intimidade do nosso coração.

Só o humilde dá glória a Deus, pois reconhece que tudo vem do Alto, sem vanglória nem presunção. Como recorda Santa Teresa de Jesus, «a humildade é a verdade», pois reconhecemos a nossa real pequenez perante Deus infinito, sem pretensiosismos nem ostentação. O próprio Jesus Se apresentou como «manso e humilde de coração». E Nossa Senhora, glorificando as maravilhas de Deus, recorda que Ele «dispersou os soberbos... e exaltou os humildes».

O autor da Carta aos Hebreus faz o contraste entre a revelação de Deus no Antigo e no Novo Testamento. No Sinai, Deus comunicou-Se, pela mediação de Moisés, de uma maneira que incutiu medo, entre fogo e trevas e com uma tempestade. Chegada a plenitude dos tempos, Deus comunicou-Se pelo seu próprio Filho Jesus, acessível a todos. Hoje temos o privilégio de ter acesso direto a Deus, numa relação de intimidade familiar.

Cristo, no Evangelho, recorda-nos como deve situar-se alguém que quer ser seu seguidor. Tem de imitá-Lo nas suas atitudes estruturais, que Ele resumiu nestas duas frases: «Eu estou no meio de vós como aquele que serve»; «Eu não vim para ser servido, mas para servir». A parábola da hierarquia dos lugares num banquete deixa claro que é sabedoria de vida dar a primazia aos outros. Como Jesus afirmou: «Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». É a nova lógica do Reino que Jesus veio instaurar: perder para ganhar, morrer para ter vida em abundância.

Na segunda parábola do Evangelho, Jesus dá-nos uma lição de gratuidade, de oferecer um benefício sem nada esperar em troca. As nossas relações humanas não devem nunca degenerar num negócio de permuta de bens: eu trato bem alguém para que ele seja amável comigo; faço um favor a um amigo para alcançar dele um benefício. Deixemos que seja Deus a gratificar-nos pelo bem que fizermos. Ele nos dará o imenso e eterno tesouro do Céu.

Neste domingo, por indicação do Papa Francisco, celebramos o «Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação». Tratar bem o planeta Terra é uma obrigação de quem honra a casa que o Criador nos deu; é uma urgência de cumprir o dever de justiça de oferecer aos outros, com quem convivemos, e às futuras gerações, um lugar para habitar com qualidade.