sexta-feira, 30 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 30 – Santo André, Apóstolo (Festa)

Rom 10, 9-18 / Slm 18 A (19 A), 2-5 / Mt 4, 18-22

... deixando o barco e o pai, seguiram-No. (Evang.) 

Sabemos que depois os discípulos voltaram a pescar. Mesmo durante a vida pública de Jesus. Às vezes, pensa-se que para seguir Jesus é preciso deixar tudo para sempre. O que é preciso é deixarmo-nos conduzir por Jesus. Às vezes, o medo é um empecilho grave. Muitas missões implicam um grande abandono porque parece (a algumas personalidades) que a tarefa é grande demais para os ombros que a vão carregar. Acho que, neste caso, o abandono não é sentarmo-nos e esperar que Deus Se ponha dentro de nós e nos faça mexer. É termos confiança no caminho. Como é que o leitor tem encarado esta coisas?

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 29 – Semana XXXIV do Tempo Comum

Ap 18, 1-2.21-23; 19, 1-3.9a / Slm 99 (100), 2-5 / Lc 21, 20-28

Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. (Do Aleluia)

Mesmo no meio do pecado, devemos andar de cabeça levantada. Não é bem no meio do pecado. É depois de nos termos arrependido. Depois de nos termos arrependido, devemos continuar de cabeça levantada, porque a nossa libertação está próxima. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Solenidade de Nossa Senhora da Conceição - ULGUEIRA


MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 28 – Semana XXXIV do Tempo Comum

Ap 15, 1-4 / Slm 97 (98), 1-3ab.7-9 / Lc 21, 12-19

Sobre o mar de cristal, estavam de pé os vencedores do Monstro. (1ª Leit.)

Faça o leitor de conta que anda sempre envolto com os vencedores do Monstro. Quatro anjos que são os vencedores do Monstro. E que nenhum mal lhe pode chegar. Não seria isto formidável? Olhe que de certa maneira isto já acontece. Há uma parte do leitor onde o mal não chega. A parte onde mora Deus. O leitor pode ser afligido pelo mal, mas há sempre aquele reduto em que o mal não penetra. O leitor tome bem consciência disso e agradeça isso a Deus.

Curso Bíblico - São Lucas


sábado, 24 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 24 – Santo André Dung-Lac e Cc., mm. (Memória)

Ap 11, 4-12 / Slm 143 (144), 1-2.9-10 / Lc 20, 27-40

Não é um Deus de mortos, mas de vivos. (Evang.) 

Logo, temos de estar «vivos». O que quererá isso dizer? Que temos de ter vida interior. Uma vida com alegria, imaginação, pensamento criativo, rotina quebrada. Um santo triste é um triste santo. Um bom católico é um católico alegre, cheio de vida. Não necessariamente extrovertido, mas cheio do Espírito Santo. Hoje, o leitor peça para ter (ainda) mais entusiasmo pelo Reino.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 22 – Santa Cecília (Memória)

Ap 5, 1-10 / Slm 149, 1-6.9 / Lc 41-44

Se ao menos hoje conhecesses o que te pode dar a paz. (Evang.) 

O leitor peça a Deus que lhe mostre o que lhe pode dar a paz. No caso da cidade de Jerusalém, era «reconhecer o tempo em que tinha sido visitada». Às vezes, no nosso caso, é resolvermos um problema de consciência. Outras vezes, é uma tentação que não nos deixa «em paz». Mas uma forte ligação a Deus dá-nos paz. O leitor peça a Deus que o ensine a descansar n’Ele.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 20 – Semana XXXIII do Tempo Comum

Ap 3, 1-6.14-22 / Slm 14 (15), 2-3ab.3cd-4ab.5 / Lc 19, 1-10

O Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido. (Evang.)

E noutra passagem Jesus aplica a Si mesmo o texto do profeta Isaías (Mt 12, 18ss) que diz que não vem partir a cana rachada nem apagar a torcida que ainda fumega. Jesus vem tratar de nós com uma delicadeza infinita. Nós também devemos acolher o que está perdido. Pode não ser as próprias pessoas, mas notícias que nos chegam do que está «perdido»: amigos, filhos de amigos, solitários conhecidos, pessoas à deriva, etc. E podemos, dentro de nós, ter um santuário para rezar por elas.

domingo, 18 de novembro de 2018

DIA MUNDIAL DOS POBRES - Dois milhões e meio de portugueses vivem numa ditadura... porque são pobres

A pobreza não tem apenas uma definição. Nem uma declinação. Tem várias, igualmente sérias. Igualmente preocupantes. No dia Mundial dos Pobres fazemos o retrato de quem vive no limiar da pobreza em Portugal.

Afonso Fonseca Guedes
Se um dia tiver que optar entre ir ao supermercado ou ir à farmácia, talvez compreenda melhor quão grande é "a injustiça que precisa de ser consciencializada por toda a sociedade." O alerta que Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar contra a Fome, ainda não se cansou de repetir vezes sem conta, continua - lamentavelmente - a fazer sentido no dia 18 de novembro de 2018, o dia mundial contra a pobreza. Até porque - lamentavelmente - por esta altura, continuamos a conviver com pessoas que todos os dias têm que fazer a mesma escolha: ir à farmácia comprar os medicamentos de que precisam para a viver, ou ir ao supermercado comprar comida para sobreviver.
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CONFERÊNCIA EPISCOPAL ASSINALA 175 ANOS DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

D. Manuel Clemente - Foto: Agência Ecclesia
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aprovou hoje, em Assembleia Plenária, realizada em Fátima, a Nota Pastoral “Do Coração de Cristo para o Coração do Mundo”, a propósito da comemoração dos 175 anos do Apostolado da Oração (AO), constituído pelo Papa Francisco como Obra Pontifícia, agora chamada Rede Mundial de Oração do Papa.

O sentido de interioridade na união entre oração e vida, a renovação da consciência missionária e apostólica dos leigos e a colaboração e diálogo entre instituições de diferentes confissões cristãs, religiões e mesmo com os não crentes são alguns desafios a salientar ao longo deste ano de celebrações dos 175 anos do AO, que se iniciou em outubro de 2018 e se prolonga até outubro de 2019.

A CEP elogia este serviço como “exemplo de adaptação de propostas e linguagens à cultura atual”, tornando-a mais acessível às novas gerações através dos projetos digitais “Passo-a-Rezar”, “Click To Pray” e “O Vídeo do Papa”, estes últimos promovidos pela Rede Mundial de Oração do Papa a nível internacional.

“O sentido da interioridade, num mundo marcado pelo excesso de informação e de estímulos, deverá ser recuperado através de novas formas de cultivo da oração e da intimidade com Cristo”, refere a Nota Pastoral.

Os bispos fazem votos de que este apostolado “continue a ser, na Igreja em Portugal, um espaço de encontro com o Senhor, a Igreja e o mundo”.

No que se refere ao programa comemorativo dos 175 anos do AO, um dos momentos altos é a peregrinação internacional do AO a Roma, que se realiza ao longo de cinco dias e prevê, entre outras atividades culturais e religiosas, uma audiência com o Papa Francisco e uma visita a Assis, cidade natal de São Francisco.

Em Fátima, para além dos Retiros em Silêncio e Encontros de Formação para responsáveis do AO, realiza-se, no dia 19 de outubro de 2019, um colóquio sobre o Coração de Jesus. No dia 20, Dia Mundial das Missões e data de encerramento do Ano Missionário, realiza-se a peregrinação de todas as dioceses ao Santuário de Fátima, assim como a peregrinação nacional do AO, onde estarão representados os Centros Diocesanos de todo o país.

O encerramento das atividades comemorativas dos 175 anos do AO, nos dias 19 e 20 de outubro, em Fátima, concretamente o colóquio e peregrinação nacional, é organizado conjuntamente pela Rede Mundial de Oração do Papa – Portugal, Conferência Episcopal Portuguesa e Santuário de Fátima.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 18 – Domingo XXXIII do Tempo Comum – Ano B

Dia Mundial dos Pobres / Último Dia da Semana dos Seminários

Dan 12, 1-3 / Slm 15 (16), 5.8-11 / Hebr 10, 11-14.18 / Mc 13, 24-32

O Evangelho deste domingo é parte do «discurso escatológico» que S. Mateus nos apresenta no capítulo 13 do seu Evangelho. Depois de falar dos sinais que antecederão o fim dos tempos, Jesus recorda-nos que virão perseguições para os seus discípulos, que Jerusalém será destruída e que virão falsos messias afirmando vir em nome de Deus. Depois destas coisas, vem a grande promessa de Jesus: «Então, hão de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens». É para este grande encontro que toda a humanidade está a ser conduzida. Todos e cada um de nós somos pacientemente conduzidos pelo Pai para o encontro final e definitivo com o Filho. Toda a criação avança em direção à revelação de Cristo, o Filho do Homem, no qual todos estamos em comunhão uns com os outros e, juntos, com o Pai.

Esta é uma grande certeza que Cristo nos deixa: no fim não está o vazio, mas o Amor. No fim da nossa vida não está a escuridão, mas a luz, não está a solidão, mas a comunhão. Às vezes, pensamos no fim do mundo como uma coisa terrível e temível, mas o fim do mundo, a sua finalidade última é ser o lugar onde cada um de nós encontra em Deus o seu Pai e em cada pessoa um irmão ou uma irmã. O fim do mundo é o amor; é a revelação plena e definitiva de Deus como Pai; não é um evento do qual devemos ter medo, mas algo que todos somos convidados a desejar. Por isso, S. Paulo e a comunidade cristã primitiva nos desafiam a rezar sempre dizendo: «Maraná thá; vem, Senhor Jesus».

Não vale a pena estarmos preocupados com o fim dos tempos, isto é, o fim do mundo no sentido cósmico: não sabemos nem o dia nem a hora e não nos devemos deixar enganar pelos falsos profetas da desgraça. Jesus previne-nos disto mesmo. Para nós, o que é de facto importante é sabermos que Cristo realiza na Cruz a sua glória. Que é na Cruz que se manifesta o poder, a glória e o juízo de Deus. É a Cruz a chave de leitura de toda a história; é a Cruz a chave de leitura da nossa vida. A primeira vinda do Senhor revela-nos o mistério do Amor manifestado na sua paixão, morte e ressurreição. Agora sabemos que O podemos encontrar vivo e operante em cada um dos nossos irmãos. Sabemos que Ele vem para manifestar a sua glória e o seu poder aparecendo sobre as nuvens. Jesus, o Filho do Homem, é o verdadeiro Juiz de toda a história, o juiz da nossa vida: é na Cruz que se revela e manifesta o Juízo do Pai, que é o juízo do Filho que Se faz nosso irmão, que dá a vida por todos nós, pecadores, para nos salvar. Este é o poder pleno da glória divina. O Poder divino é o poder do Amor, é o poder do perdão e da misericórdia. É este o futuro do cosmos: a revelação do poder de Cristo.

Nós, como discípulos de Cristo, conhecemos o nosso justo Juiz e sabemos qual é o seu justo juízo! Somos, assim, chamados a viver com confiança e esperança a própria vida do Filho, tendo como critério o Amor do Filho pelo Pai e por cada um de nós, seus irmãos. 

sábado, 17 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 17 – Santa Isabel da Hungria (Memória)

3 Jo 5-8 / Slm 111 (112), 1-6 / Lc 18, 1-8

Mas quando voltar o Filho do homem encontrará fé sobre a terra? (Evang.)

Jesus devia estar muito desanimado com a fé dos seus discípulos. Estará desanimado com a nossa falta de fé? Talvez não. Mas talvez, entre os leitores, haja alguém com uma crise de fé. E nós, os outros leitores, vamos rezar por esse(s) alguém que está com dificuldades na sua fé e que sabe que hoje os leitores estão a rezar por ele.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Hoje 16 de Novembro 2018 - Colares


MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 16 – Semana XXXII do Tempo Comum

2 Jo, 4-9 / Slm 118 (119), 1-2.10-11.17-18 / Lc 17, 26-37

Quem procurar salvar a vida há de perdê-la. (Evang.) 

Quem não andar ansiosamente à procura da vida, encontra-a. Temos de nos lançar para fora de nós, temos de deixar de olhar (ainda) tanto para nós e sermos muito mais soltos, soltarmos mais o passo para chegarmos mais longe. Levantarmos a cabeça. Não podemos andar devagarinho e de cabeça baixa. Assim chocamos com todos os postes. Era isto que Jesus queria dizer. Hoje, o leitor reze por vistas largas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 15 – Semana XXXII do Tempo Comum

Flm 7-20 / Slm 145 (146), 7-10 / Lc 17, 20-25

O reino de Deus não vem de maneira visível (...); o reino de Deus está no meio de vós. (Evang.)

E, portanto, estamos todos a contribuir para o Reino. É importante termos esta perspetiva porque nos dá a visão de funcionarmos em rede e não de termos uma religião que é só Deus, eu e a missa dos domingos. É importante que nos lembremos da comunhão dos santos, que nos lembremos de tudo o que nos une neste corpo místico de Cristo que é a Igreja. Hoje, o leitor reze pela construção do Reino.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

II Dia Mundial dos Pobres vai ser assinalado pelo Santuário de Fátima

A Igreja Católica celebra no próximo dia 18 de novembro o II Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco no encerramento do Ano Santo da Misericórdia, e o Santuário de Fátima vai associar-se à iniciativa, promovendo a primeira Peregrinação do Dia Mundial dos Pobres.
No Vaticano, o Papa Francisco, depois da missa, convida os pobres para almoçar. Seguindo este exemplo, o Santuário decidiu assinalar este dia formulando um convite a uma instituição diocesana, fora da diocese de Leiria-Fátima, para peregrinar até à Cova da Iria, ficando as despesas da deslocação, incluindo a refeição, por conta do Santuário.
O projeto prevê que se convide anualmente uma instituição diocesana dedicada aos pobres, de todas as dioceses portuguesas, incluindo as regiões autónomas, de acordo com um sistema rotativo.
A primeira instituição convidada é a Cáritas de Vila Real, que está a organizar um grupo de 50 utentes para peregrinar ao Santuário de Fátima. A acolher o grupo estará o Pe. Carlos Cabecinhas, Reitor, acompanhado por alguns dos Capelães do Santuário de Fátima.
O programa da Primeira Peregrinação do Dia Mundial dos Pobres começa pelas 10h45 com o acolhimento do  grupo, na entrada da Basílica da Santíssima Trindade. Segue-se a participação na Missa, pelas 11h00, no mesmo local. O almoço está marcado para as 13h00. Pelas 14h30 vai ter lugar uma visita acompanhada aos vários espaços do Santuário de Fátima. O programa finda com uma despedida na Capelinha das Aparições pelas 15h30.
O Dia Mundial dos Pobres foi instituído pelo Papa Francisco há dois anos, inspirado pelo Ano Santo da Misericórdia, que decorreu entre 2015 e 2016. No calendário, a iniciativa está marcada sempre para o penúltimo domingo do ano litúrgico, isto é o XXXIII Domingo do tempo Comum.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 14 – Semana XXXII do Tempo Comum

Tit 3, 1-7 / Slm 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 / Lc 17, 11-19

Conservando-se à distância... (Evang.) 

Os leprosos tinham que se manter à distância porque faziam mal a quem estivesse perto deles. Todos nós temos alturas em que, se nos aproximarmos do outro, lhe fazemos mal. Às vezes, é uma conversa a dizer mal de alguém. Outras vezes, é uma gaffe. Outras vezes, somos uma tentação para o outro: quantas vezes não se impinge comida a uma pessoa que está de dieta, dizendo que «hoje é dia de festa»? Hoje, peçamos a Deus a graça de não fazermos mal ao nosso próximo e lembremos algumas ocasiões concretas.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

QUARTA-FEIRA 14 de Novembro - Adoração ao SS.mo Sacramento na Igreja de Almoçageme às 10h00


MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 13 – Semana XXXII do Tempo Comum

Tit 2, 1-8.11-14 / Slm 36 (37), 3-4.18.23.27.29 / Lc 17, 7-10

Dizei: «somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer». (Evang.)

Nós servimos gratuitamente, mas não somos completamente inúteis. Se fizermos o que devíamos fazer já é ótimo. Quem faz o que devia fazer? Os santos? Hoje perguntemos a Deus o que devíamos fazer mais? Ou talvez menos. A algumas personalidades, o que custa é fazer menos para se fazer alguma coisa mais importante. Caro leitor, veja isso com Deus.

domingo, 11 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 11 – Domingo XXXII do Tempo Comum – Ano B

1 Reis 17, 10-16 / Slm 145 (146), 7-10 / Hebr 9, 24-28 / Mc 12, 38-44

Na vida, que mestre escolhemos seguir? Podemos estar mais ou menos conscientes disso, mas todos nós seguimos mestres ou, se preferirem, ideais de vida. Para todos nós existe, com certeza, alguém para quem olhamos com um respeito especial, reconhecendo a sua autoridade.

O Evangelho deste Domingo apresenta-nos dois tipos possíveis de mestres que podemos escolher seguir na vida: um representado pelos escribas e outro pela viúva pobre. Os escribas seguem, na verdade, o culto da própria imagem. Adoram ser reconhecidos como homens de bem e cumpridores zelosos da lei de Deus. Amam-se a si mesmos e acabam por subverter tudo ao culto de si mesmos. Como são ricos, dão daquilo que lhes sobra e fazem grandes ofertas ao Templo, sempre diante de todos, para serem reconhecidos e louvados. Usam o Senhor para aparecer: são imagem de um pecado que a todos pode tentar: o pecado do protagonismo, o pecado de querermos ser a estrela, o pecado de meter o próprio «eu» no lugar de Deus. O mais grave é que acabamos por adorar a nossa própria vontade, mascarando-a de «vontade de Deus», deixamo-nos possuir pelo orgulho e acabamos até por nos considerar bons porque «até somos de Cristo».

Por outro lado, o Evangelho apresenta-nos a Viúva Pobre, que, «na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver». No original grego vem escrito que ela oferece «toda a sua vida inteira». Esta mulher, sozinha, pobre, humilde e discreta oferece toda a sua vida. Ela é verdadeiramente como Jesus que Se oferece totalmente. Ele que, sendo Deus, faz-Se um de nós, abdica da sua condição divina e faz-Se o último de todos nós. Sendo Deus, faz-Se servo de todos por amor. Esta mulher é habitada pelo mesmo Espírito de Jesus e nela podemos ver o Senhor. Através dela, é o mesmo Espírito Santo que fala; das suas ações, fica-nos o perfume de Jesus.

Ela não faz discursos, não se irrita se alguém não cumpre a lei, não se ofende se não reparam na sua oferta: pelo contrário, está (muito justamente) convencida que a sua oferta é insignificante. Sabe que, diante do Amor de Deus, a sua oferta é muito pequenina, mas sabe também que de Deus Lhe chegam todos os bens e que ela própria vem de Deus e a Deus regressa. Está consciente de que só n’Ele está a certeza da Vida e de que tudo o que se oferece a Deus regressa purificado e transformado pelo Amor. Por isso, a ela, que dá tudo, tudo lhe será dado; a ela, que oferece a sua vida, lhe será dada a Vida.

Os escribas, ricos e convencidos da própria justiça, dão do que lhes sobra. Têm a sua segurança nos bens que possuem. Convencidos que são bons, exigem ser tratados com respeito. Do alto do seu orgulho, querem os primeiros lugares nos banquetes, querem o reconhecimento pelo bem que fazem. Como estão convencidos que se bastam a si mesmos e acham que não precisam de ninguém, dão a Deus só aquilo que lhes sobra. Pode até ser muito dinheiro, mas é o que lhes sobra. Não oferecem vida, só dinheiro. Recebem a recompensa do dinheiro sendo reconhecidos nas praças públicas e tendo os primeiros lugares nos banquetes.

Nestes dois exemplos, o Senhor bem nos diz que temos de fugir do exemplo dos escribas. Estes são os falsos mestres da aparência. Somos convidados a olhar para esta viúva pobre que, na verdade, até preferíamos ignorar, mas é o exemplo do verdadeiro discípulo. Temos de escolher qual mestre seguir. Temos de escolher o que queremos dar ao Senhor. Ele desafia-nos a amá-Lo, isto é, a entregar-Lhe a nossa vida, na certeza de que tudo o que Lhe entregamos nos será devolvido purificado pelo Amor.  

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Ao serviço da paz – O Vídeo do Papa 11 – Novembro 2018

Advertência do Papa: parem de murmurar

É pecado ficar fazendo comentários negativos dos outros em voz baixa

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O Papa Francisco condenou hoje o hábito de fazer comentários negativos sobre os outros.

Em sua homilia na Casa Santa Marta, o Papa comentou o Evangelho dia. “Os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. ‘Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles.’”

Primeiramente, há o testemunho de Jesus: “Uma coisa nova para aquele tempo”, ressaltou o Papa, “porque encontrar os pecadores tornava a pessoa impura, assim como tocar um leproso”.

Por isso, os doutores da lei se distanciavam. Francisco afirmou que “nunca na história o testemunho foi algo confortável para as testemunhas, que muitas vezes pagam com o martírio, e para os poderosos”.
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MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 9 – Dedicação da Basílica de Latrão (Festa)

Ez 47, 1-2.8-9.12 / Slm 45 (46), 2-3.5-6.8-9 / 1 Cor 3, 9c-11.16-17 / Jo 2, 13-22

Deus é o nosso refúgio e a nossa força, auxílio sempre pronto na adversidade. (Salmo)

Posso dizer ao leitor que já tenho experimentado isto na minha vida, apesar do meu pecado. Deus tem-me protegido, apesar do meu pecado. Deus não está à espera que sejamos santos para nos proteger, e os santos também tinham pecados. Mas a mim parecia-me que tinha de atingir determinado grau de virtude para Deus me proteger. O salmo, porém, lá diz: «sempre pronto». E assim é. O leitor não o sente?

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 8 – Semana XXXI do Tempo Comum

Filip 3, 3-8a / Slm 104 (105), 2-7 / Lc 15, 1-10

Os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus... (Evang.)

E o texto diz que era para ouvirem Jesus. O texto não diz que era para mudarem de vida. É provável que fosse, mas o texto não o diz. Ora, não será que às vezes não queremos ouvir Jesus com medo de que Ele nos vá dizer alguma coisa que nos faça sofrer? Isso dá-se quando vamos ouvir Jesus já com um preconceito em relação ao que Ele nos vai dizer. Hoje, peçamos a Jesus para O ouvirmos sem ideias feitas.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 7 – Semana XXXI do Tempo Comum

Filip 2, 12-18 / Slm 26 (27), 1.4.13-14 / Lc 14, 25-33

... quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo. (Evang.)  

Em que se traduzirá, na prática do dia a dia, pormos Deus acima dos nossos bens? (Porque, na prática, não somos chamados a renunciar a eles.) Eu volto a insistir que é na prática da esmola, que é na nossa generosidade para com os que precisam. O dinheiro das esmolas, da caridade é o dinheiro que damos a Deus. E, normalmente, é muito pouco, em relação aos nossos rendimentos. Nós não renunciamos a nada. Nem ao supérfluo. (Deus queira que eu esteja enganado.)

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Papa Francisco convida rabinos a “empreender processos de reconciliação pacientes”

Papa Francisco / Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)
Vaticano, 06 Nov. 18 / 12:00 pm (ACI).- Na última segunda-feira, o Papa Francisco fez um discurso a um grupo de líderes judeus no qual assegurou que “não é o tempo de soluções violentas e bruscas, mas a hora urgente para empreender processos de reconciliação pacientes”.

O Pontífice pronunciou estas palavras na Sala dos Papas do Palácio Apostólico durante a audiência concedida aos rabinos do Congresso Mundial "Mountain Jews", provenientes da região do Cáucaso.

O Santo Padre assegurou que este encontro foi um "motivo de alegria", porque é a primeira vez que "os irmãos judeus desta tradição antiga visitaram juntos o Papa".

Durante seu discurso, o Papa Francisco recordou que a última vez que se encontrou com a comunidade judaica foi em 23 de setembro passado, durante sua recente viagem aos países bálticos.

Naquela ocasião, o Pontífice participou de um dia dedicado ao 65º aniversário da destruição do gueto em Vilna, a capital da Lituânia, onde milhares de judeus foram mortos. Naquele dia, Francisco rezou em frente ao monumento dedicado às vítimas do holocausto.

Na audiência no dia 5 de novembro, o Papa condenou novamente esta tragédia da história. “É necessário lembrar o holocausto, para que o passado permaneça uma memória viva. Sem uma memória viva não haverá futuro, porque se não aprendermos das páginas mais sombrias da história a não cair nos mesmos erros, a dignidade humana permanecerá letra morta”.

Nesse sentido, também recordou que no último dia 16 de outubro, completou-se 65 anos do ataque ao gueto de Roma e que, no dia 9 deste mês, completará 80 anos da “noite dos cristais”, quando foram destruídos vários lugares de culto judeus com a intenção de “desarraigar o que no coração do ser humano e de um povo é absolutamente inviolável: a presença do Criador”.

Em seguida, o Santo Padre fez um apelo a cuidar da liberdade religiosa. “Quando quiseram substituir o Bom Deus com a idolatria do poder e a ideologia do ódio, chegou-se à loucura de exterminar as criaturas. Por isso, a liberdade religiosa é um bem supremo a ser protegido, um direito humano fundamental, baluarte contra pretensões totalitaristas”, disse.

Além disso, o Papa assegurou que “infelizmente, ainda hoje, estão presentes comportamentos antissemitas”. Francisco recordou que “um cristão não pode ser antissemita”, porque “as nossas raízes são comuns”.

“Seria uma contradição da fé e da vida”, assinalou o Pontífice e recordou aos cristãos que são chamados a um compromisso comum para que “o antissemitismo seja banido da comunidade humana”.

O Santo Padre também destacou "a importância da amizade entre judeus e católicos" que deve se basear sobre “uma fraternidade que se arraiga na história da salvação, ela se concretiza na atenção recíproca”.

Francisco também agradeceu a Deus pelo presente desta amizade que é “impulso e motor do diálogo entre nós”. “É um diálogo que nestes tempos somos chamados a promover e ampliar no âmbito inter-religioso para o bem da humanidade”, sublinhou.

Nesse sentido, Francisco recordou o encontro inter-religioso em 2016 no Azerbaijão, destacando “a harmonia que as religiões podem criar a partir das relações pessoais e da boa vontade dos responsáveis”.

“Este é o caminho”, afirmou o Papa, “dialogar com os outros e rezar por todos: estes são os nossos meios para fazer surgir o amor onde houver ódio e o perdão onde houver ofensa, e não se cansar de implorar e percorrer caminhos de paz”.

Ao concluir, o Santo Padre assegurou que “não é o tempo de soluções violentas e bruscas, mas a hora urgente para empreender processos de reconciliação pacientes”, que é uma tarefa fundamental para a qual somos chamados.

“Peço ao Todo-Poderoso para abençoar o caminho de amizade e confiança, para que vivamos sempre em paz e possamos ser artesãos e construtores de paz”, afirmou e se despediu desejando a paz em hebraico “Shalom alechem!”.

«O Iémen é um inferno para as crianças»

Campanhas de vacinação diminuíram drasticamente por falta de condições de segurança e 1,8 milhões de menores sofrem de desnutrição aguda. Destes, 400 mil encontram-se em risco de vida
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AZOIA - QUINTA-FEIRA dia 8 às 15h00.


MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 6 – S. Nuno de Santa Maria (Memória)

Filip 2, 5-11 / Slm 21 (22), 26b-32 / Lc 14, 15-24

Ele, que era de condição divina (…), tornou-Se semelhante aos homens. (1ª Leit.)

Jesus desceu do Céu e veio estar connosco. Veio – só – viver connosco durante trinta anos. Depois, cumpriu a sua missão durante três anos. Mas durante trinta anos esteve só connosco. Nós também, às vezes, temos que estar só com alguém e isso já é uma coisa ótima para esse alguém. Às vezes, a companhia faz muito. Mesmo uma companhia silenciosa. O leitor veja a quem deve fazer companhia.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 5 – Semana XXXI do Tempo Comum

Filip 2, 1-4 / Slm 130 (131), 1-3 / Lc 14, 12-14

... ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos. (Evang.)

Eu acho que é muito difícil amar sem se ser retribuído, porque normalmente somos retribuídos. Mas às vezes acontece. Quando trabalhamos sem nenhum feedback, estamos como que a amar sem ser retribuídos; não temos nenhuma reação do lado de lá. É como se trabalhássemos para o vazio. Aí conta o valor do trabalho, o amor que se põe no trabalho. Hoje, o leitor peça a Deus uma experiência de gratuidade.

domingo, 4 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 4 – Domingo XXXI do Tempo Comum – Ano B

Deut 6, 2-6 / Slm 17 (18), 2-3.4.47.50-51ab / Hebr 7, 23-28 / Mc 12, 28b-34

Uma das caraterísticas das pessoas que se amam e passam uma vida juntas é que a certo momento se apercebem de que gostam das mesmas coisas, que ao longo da vida se foram tornando cada vez mais semelhantes. Podem até chegar ao ponto em que falam muito pouco, não porque não têm nada para dizer, mas porque já não são precisas muitas palavras para se dizer tudo pois estão intimamente sintonizadas. Na verdade, tornamo-nos naquilo que amamos.

No Evangelho de hoje vemos como um escriba se aproxima de Jesus para O interrogar acerca do mandamento mais importante. Qual é a coisa verdadeiramente essencial, à qual não podemos, de maneira nenhuma, falhar? Jesus responde que a única coisa verdadeiramente essencial, isto é, o primeiro de todos os mandamentos é amar a Deus com todo coração, com toda alma, com todo o entendimento e com todas as forças. Este mandamento torna-se visível na nossa vida concretizando-se num segundo mandamento que é o amor pelos irmãos. Não existe amor a Deus que não se manifeste como amor pelos irmãos.

Como é belo o nosso Deus que nos mostra o caminho para a salvação, isto é, para a nossa divinização, para sermos verdadeiramente filhos no Filho: amando tornamo-nos naquilo que amamos e o Senhor dá-nos como mandamento que O amemos a Ele sobre todas as coisas. Deus que nos pede, quase por favor: «Escuta, meu filho, ama-Me porque te Amo e amando-Me realizarás plenamente a tua vida». Ama e serás feliz!

Amar significa louvar, prestar reverência e servir. Louvar é o contrário de invejar, é alegrar-se pelo bem do outro; a reverência é perceber que a relação com Deus é essencial para a vida e não a querer perder; servir é a atitude de fundo daquele que ama: colocar-se à disposição do amado com tudo o que se é e tem. Assim viveu Jesus e assim nos desafia a vivermos.

Amar é o fim para o qual somos criados; é para amar e ser amados que viemos ao mundo. Este mandamento do amor mostra-nos também quem é o Senhor: é aquele que somos chamados a Amar porque Ele é Amor. Se amar é realmente o fim para o qual somos criados, o nosso pecado não é outra coisa que a falta de amor na nossa vida. Diz S. João que quem afirma amar a Deus, mas não ama o seu irmão é um mentiroso. Na verdade, o amor não está tanto nas palavras, mas antes nas obras. Por isso, amar a Deus sobre todas as coisas manifesta-se no amor pelos filhos do Deus que dizemos amar.

sábado, 3 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 3 – Semana XXX do Tempo Comum

1o Sábado

Filip 1, 18b-26 / Slm 41 (42), 2-3.5 / Lc 14, 1.7-11

Quem se exalta será humilhado. (Evang.)

Aqui estamos a jogar com dois mundos: a Terra e o Céu. Quem se exalta na Terra será humilhado no Céu, porque só uma pessoa que se humilha na Terra pode receber Deus. Não é uma pessoa que anda com a cabecinha baixa, é uma pessoa que se esvazia para receber Deus. Uma pessoa que se exalta na Terra, que se interpõe entre si e Deus, não se deixa a ela própria receber a Deus. Hoje, o leitor medite, reze sobre esta frase: «Jesus, ajuda-me a ser um vazio que só Tu enches».

SÁBADO 1° do Mês, 3 de Novembro de 2018 - Praia das Maçãs

 Adoração ao SS.mo Sacramento e Oração Mariana às 16h30 e Missa às 17h30

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 2 – Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Job 19, 1.23-27a / Slm 26 (27), 1.4.7-8b.9a.13-14 / 2 Cor 4, 14 – 5, 1 / Mt 11, 25-30 2 Mac 12, 43-46 / Slm 102 (103), 8.10.13-4.15-16.17-18 / 2 Cor 5, 1.6-10 / Jo 11, 21-27 Is 25, 6a.7-9 / Slm 22 (23), 1-6 / 1 Tes 4, 13-18 / Jo 6, 51-58 ... e as revelaste aos pequeninos. (Evang. da 1a Missa)

 E o que é ser pequeno? É ter o coração aberto na oração. Dizer palavras ao rezar não é suficiente. É preciso dizer palavras, com os ouvidos abertos e o coração disponível para o que Deus nos quer dizer. E estarmos atentos às necessidades dos nossos irmãos. (O primeiro e o segundo mandamentos.) O leitor tome a frase de hoje e medite sobre ela, estando com o seu coração aberto ao Espírito Santo.

SEXTA-FEIRA 2 de Novembro 2018

SEXTA-FEIRA Fiéis Defuntos

 10h30 - Missa em Almoçageme seguida de romagem ao Cemitério
 15h30 - Missa no Cemitério de São Gregório (Vinagre)

18h 15 - Adoração ao SS-mo Sacramento e Confissões, na 1ª sexta feira, na Igreja da Misericórdia, seguindo-se a Missa.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Paquistão: A família de Asia Bibi agradece a Deus pela sua absolvição

31-10-2018


O Supremo Tribunal do Paquistão alterou esta manhã (quarta-feira, 31 de Outubro) a sentença de morte pendente sobre a trabalhadora católica do Punjab que em 2010 se tornou a primeira mulher no país condenada à morte por blasfémia.

Poucos minutos depois do anúncio de hoje, a filha de Asia Bibi, Eisham Ashiq, de 18 anos, disse à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre: “Estou tão feliz! Quero agradecer a Deus!”

E, falando através de um intérprete, disse à Fundação AIS: “Este é o momento mais maravilhoso! Estou desejosa de abraçar a minha mãe e celebrar com a minha família. Estou grata a Deus por ter escutado as nossas preces.”

O marido de Asia Bibi, Ashiq Masih, disse: “Estamos muito felizes! Esta é uma notícia maravilhosa!” “Estamos muito agradecidos a Deus por ter escutado as nossas preces e as de tantas pessoas que ansiaram pela libertação de Asia Bibi durante todos estes anos de sofrimento e angústia.”

Joseph Nadeem, amigo próximo da família, disse que ao ouvir a notícia a família “dançou de alegria”. E acrescentou: "Houve muitas lágrimas, lágrimas de alegria indescritível."

O marido e a filha de Asia Bibi descreveram hoje a notícia da sua absolvição como o "momento mais maravilhoso" das suas vidas e agradeceram a Deus por responder às suas orações.

Catarina Bettencourt, directora da Fundação AIS em Portugal, afirmou: "Hoje é um dia de muita alegria em que damos graças a Deus pela libertação da Asia Bibi!  As nossas orações foram ouvidas!  Hoje foi feita justiça no Paquistão e esperamos que seja apenas o início porque há muitas outras "Asia Bibi" no Paquistão presas por blasfémia. Esperamos que seja uma nova era para as minorias!"

O Pe. Emmanuel Yousaf, director nacional da Comissão Nacional Justiça e Paz do Paquistão, que apoia pessoas acusadas de blasfémia com a ajuda de organizações como a AIS, afirmou: “Estou satisfeito que finalmente se tenha feito justiça. Na actual situação em desenvolvimento e com os protestos de grupos extremistas, que Nosso Senhor abençoe e proteja a Asia e a sua família, e mantenha todos os nossos irmãos e irmãs cristãos a salvo aqui no Paquistão."

A decisão do Supremo Tribunal anula hoje a sentença de 2010 que Asia Bibi recebeu por insultar o profeta Maomé, um crime passível de morte segundo o Artigo 295º C do Código Penal do Paquistão - parte das chamadas Leis da Blasfémia.

 A acusação foi feita contra ela após uma discussão com as colegas muçulmanas que disseram que, como cristã, ela tinha contaminado um copo de água comum ao beber dele.

Desde então, Asia Bibi declarou a sua inocência e, a 8 de Outubro, o caso teve a sua audiência final no Tribunal Supremo do Paquistão, na capital, Islamabad. Na altura da audiência, a filha e o marido de Asia, Eisham e Ashiq, estavam no Reino Unido como convidados da AIS, aumentando a consciencialização sobre o caso.

Fundação AIS/ACN Portugal | info@fundacao-ais.pt

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 1 – Todos os Santos (Solenidade)

Hoje a Igreja celebra a solenidade de todos os Santos. Mas quem são, afinal, os santos? S. Paulo, nas suas cartas, escreve a comunidades cristãs concretas, a homens e mulheres que vivem nas primitivas comunidades cristãs. Pessoas normais, com as suas dificuldades, alegrias e tristezas, que, tal como todos nós, hoje, trabalhavam para se sustentar.

S. Paulo chama-lhes santos. Por exemplo: «A todos os santos que vivem na cidade de Filipos...» (Fil 1, 1). Ou então: «Aos santos e fiéis em Cristo Jesus que estão em Éfeso» (Ef 1, 1). Ou: «Aos irmãos em Cristo, santos e fiéis, que vivem em Colossos...» (Col 1, 2); Ou ainda: «A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos...» (Rm 1, 7). Os santos, para S. Paulo, são aqueles que seguem Jesus Cristo, são os discípulos do Senhor: os que já estão na Glória e os que ainda caminham sobre esta terra em direção ao Pai.

A festa que hoje celebramos é sobretudo a festa de todos nós, a festa de todos os que querem seguir o Senhor. É a festa dos cristãos! É a festa em que tomamos consciência de que Deus feito homem nos dá o grande dom da santidade. Esta não é fruto exclusivo do nosso esforço heroico, não é uma coisa reservada a um grupo restrito de homens e mulheres com qualidades muito especiais, mas é dom de Deus. Só Ele é santo! Ele é o Santo! Nós, todos nós, somos chamados a participar da santidade d’Ele. Ser santo é, enfim, ser de Deus. É saber que nas lutas e nos sofrimentos da vida de cada dia Deus está presente. É saber que Ele quer que sejamos felizes já sobre esta terra. Ele quer tanto a nossa felicidade que Se faz um de nós para nos salvar.

Fazendo-Se um de nós, mostrou-nos o caminho. O Evangelho de hoje é uma espécie de autobiografia de Jesus: mostra-nos como Ele viveu. Poderíamos, então, resumir esta passagem nestas palavras: «Sereis felizes se viverdes assim como Eu vivi». O texto das bem-aventuranças indica o caminho de cada homem e de cada mulher, aponta a meta para a qual todos queremos caminhar, a nossa realização e a realização da própria história que se cumpre em Jesus Cristo.

Mas cuidado para não pensar nas bem-aventuranças como mais um conjunto de regras para cumprir: antes de mais, estas revelam-nos quem é Jesus Cristo e quem é Deus Pai. Mostram-nos como é a vida nova, a vida no Espírito Santo; mostram-nos o que faz o Amor na nossa vida; mostram-nos ainda o significado da comunidade cristã que é chamada a ser manifestação de Cristo no mundo. Até o sentido da história é revelado nesta passagem: a realização das bem-aventuranças, quando Deus será tudo em todos.

São bem-aventurados os pobres, não porque são pobres, mas porque deles é o reino dos Céus. São bem-aventurados os verdadeiramente pobres em espírito porque percebem que têm de livremente tratar dos irmãos, daqueles que não têm nada. E quando são felizes os pobres? Será esta felicidade o prémio na vida depois da morte? Não! Felizes já! Felizes agora! Seremos felizes se tomarmos conta uns dos outros, que é o que fazem aqueles que sabem nada ter de seu. Seremos felizes se ajudarmos os que mais precisam. E Cristo não diz: «serão felizes», mas diz: «Felizes os pobres em Espírito, porque deles é o reino dos Céus». Hoje. Aqui e agora, já sobre esta terra e também na vida eterna.