domingo, 30 de setembro de 2018

Papa pede que católicos rezem o terço contra as ameaças do espírito maligno

Francisco chama os católicos a rezarem o terço diariamente este mês contra "mal que divide a comunidade cristã"

Neste sábado, dia em que a Igreja celebra os arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, o Papa pede aos fiéis que rezem, diariamente, neste mês de outubro, o Terço “contra o mal que divide a Comunidade cristã”.

Por isso, a pedido do Santo Padre, a Rede Mundial de Oração lança, neste mês de outubro, uma Campanha especial de Oração para que os fiéis de todos os Continentes possam invocar Nossa Senhora e o Arcanjo Miguel, para que protejam a Igreja nestes tempos difíceis.

Com efeito, recentemente, vivemos na Igreja situações difíceis, como contínuas denúncias de abuso sexual por parte do clero, das pessoas consagradas e dos leigos. O aumento dos abusos e divisões internas na Igreja, certamente, é favorecido pelo espírito maligno, “inimigo mortal da nossa natureza humana”.

Na tradição cristã, o mal se apresenta em diversas formas, como de “Satanás”, que em hebraico significa “adversário”, ou “Diabo”, que, em grego, é aquele que divide e semeia discórdia.

Na tradição bíblica, fala-se também de “sedutor do mundo”, “pai da mentira” ou “Lúcifer”, que se apresenta como anjo da luz e do bem, mas conduz ao engano.

Enfim, o mal se manifesta de diversos modos, complicando a missão de evangelização da Igreja, chegando até a desacreditá-la. Em parte, a responsabilidade é nossa por deixarmo-nos levar pelas paixões e não pela verdadeira vida: a riqueza, a vaidade e o orgulho. Estes são os caminhos pelos quais o maligno nos seduz e nos arrasta para o mal, levando-nos a cometer ações perversas, como discórdias, mentiras etc.

Na sua Carta ao Povo de Deus, no último dia 20 de agosto, o Santo Padre recordou: “Se um membro sofre, todos sofrem com ele… Quando experimentamos a desolação, que provoca tantas chagas na Igreja, devemos persistir na oração a Maria e buscar crescer no amor e na fidelidade eclesial”.

Portanto, neste mês de outubro, o Santo Padre pede a todos os fiéis um maior esforço nas orações pessoais e comunitárias, rezando, todos os dias, o Terço a Nossa Senhora, para que a Virgem Maria proteja a Igreja, nestes tempos de crise, e o Arcanjo São Miguel a defenda dos ataques do inimigo. Segundo a tradição eclesial, este Arcanjo é o chefe dos exércitos celestes e protetor da Igreja.

Ao término da oração mariana do Terço, o Papa nos convida a rezar a mais antiga invocação à Santa Mãe de Deus “Sub tuum praesidium” (“Sob a vossa proteção”) e a tradicional oração a São Miguel, escrita por Leão XIII:

Oração a Nossa Senhora

«À Vossa Proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!»

Oração a São Miguel Arcanjo

«São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate. Sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Que Deus manifeste o seu poder sobre ele. Eis a nossa humilde súplica. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, com o poder que Deus vos conferiu, precipitai no inferno Satanás e os outros espíritos malignos, que andam pelo mundo tentando as almas. Amém!».

(Vatican News)

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 30 – Domingo XXVI do Tempo Comum – Ano B

No Evangelho de hoje, vemos como os discípulos pretendem impedir alguém de fazer o bem só porque não pertence ao grupo daqueles que seguem o Senhor. Jesus, muito prontamente, responde-lhes dizendo: «Não o proibais!». Ele bem percebe que é a inveja que os move a acusar o outro homem que estava a fazer o bem. 

Pode acontecer que criemos divisões entre nós porque cada um acha que tem razão. Afirmamos a nossa razão individual e separamo-nos dos outros. Mas também pode acontecer que, em vez de um «eu» individual, defendamos um «eu» coletivo: o nós! Nós somos os bons e os outros os maus. 

Aquele que ama felicita-se pelo bem dos outros, fica feliz quando alguém faz alguma coisa boa; fica feliz pelo sucesso dos outros e felicita-se quando outros se comprometem com o bem. O egoísta, por outro lado, não fica feliz com o bem realizado pelos outros, fica irritado quando os outros têm mais sucesso do que ele e arranja maneiras de reduzir o bem feito pelos outros. Para se consolar, o egoísta diz para si mesmo: «ah, esta pessoa fez o bem só para dar nas vistas», ou então: «este ajuda os pobres só para ser reconhecido». Assim, o egoísta é vítima da inveja e torna-se orgulhoso. 

Ora, o egoísmo, a inveja e o orgulho podem ser individuais, mas também podem ser do grupo. É particularmente grave quando se torna egoísmo de um grupo religioso. Na verdade, os discípulos formam uma comunidade e ainda bem! É sinal de que há alguma coisa que os congrega. Também nós, enquanto Igreja, formamos uma comunidade, congregados pelo Amor de Cristo. O problema é se a nossa comunidade, em vez de ter Jesus e os seus critérios no centro da sua vida, passa a ter-se a si mesma como centro de tudo o que faz. 

Estes discípulos estão preocupados porque há outros a fazerem o bem que «não são dos nossos»! Jesus rapidamente faz com que percebam que Ele a todos abraça e a ninguém exclui. Se nós excluímos alguém, considerando-o indigno de fazer o bem, estamos a excluir o próprio Jesus Cristo, que Se fez último de todos. Se consideramos que nós somos os bons e os outros, os que não pertencem à Igreja, são os maus, então nem sequer somos católicos (universais!!!). Não somos, nem sequer, cristãos, porque não temos em nós o Espírito do Filho que por todos deu e dá a vida. 

Quanto mais estivermos unidos a Deus, que é amor, mais estaremos unidos entre nós. Quanto mais estivermos em Deus, menos podemos excluir os que são diferentes. O Amor une, não separa. Quando estamos muito preocupados connosco próprios, com medo de perder «terreno», com medo de perder a identidade, podemos estar a esquecer que Ele é o pastor de todos. Único é o Pastor! Único é o rebanho! O critério que nos diz a pertença a este «rebanho», que tem Cristo por pastor, é a nossa união com Ele. Podemos até pertencer à Igreja visível, mas estar longe do rebanho das ovelhas de Cristo se, em vez de termos os seus critérios, estamos centrados em nós mesmos, nas nossas ideias, nos nossos desejos, que depois projetamos em Deus para nos justificarmos. 

Peçamos a Deus a graça de sermos uma Igreja centrada em Cristo, que seja Ele o Sol em torno do qual todos orbitamos, cada um no seu lugar. Que o nosso coração se possa alegrar pelo bem, pelo sucesso dos outros, mesmo daqueles que não pertencem ao nosso «grupo». 

Os jovens da África – O Vídeo do Papa – Setembro 2018


Papa Francisco – Setembro 2018

A África é um continente rico, e a maior riqueza, a mais valiosa da África, são os jovens.
Eles devem poder escolher entre deixar-se vencer pela dificuldade ou transformar a dificuldade em oportunidade.
O caminho mais eficaz para ajudá-los nesta escolha é investir em sua educação.
Se um jovem não tem oportunidade de educar-se, o que poderá fazer no futuro?
Rezemos para que os jovens do continente africano tenham acesso à educação e ao trabalho em seu próprio país.

sábado, 29 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 29 – S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos (Festa)

Temos que nos esforçar para a nossa vida ser transparente, o nosso pensamento reto, a nossa intenção pura. A nossa consciência tem, amiúde, um nevoeiro que precisa de ser penetrado pela luz de Deus para que detetemos as nossas infidelidades de caráter, mesmo em relação a nós próprios. (Às vezes, coisas que nos propomos fazer e em que claudicamos…) Pai, ajuda-me.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 28 – Semana XXV do Tempo Comum

Tal como a Pedro, faz-me, Senhor, encontrar a tua verdadeira identidade. Não me deixes ir atrás do que dizem as multidões. Ajuda-me a encontrar-Te sempre com mais verdade, sempre com um coração mais límpido, mais puro, mais despido de preconceitos e do meu pecado. Senhor, eu quero chegar a Ti, mas as traves dos meus olhos impedem-me. Remove-as, Senhor, para que eu Te possa ver tal como és. Hoje, Senhor, peço-Te esta graça. 

terça-feira, 25 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 25 – Semana XXV do Tempo Comum

Normalmente, não temos um comportamento comunitário quando vamos à missa de Domingo. Vamos à missa, talvez cumprimentemos uma ou outra pessoa e voltamos para casa. Será que, quando vamos, nos identificamos com aquela comunidade? Sentimos-nos integrados naquela comunidade? Ou vamos porque é o padre tal, ou porque a homilia é boa ou curta? Talvez isso só aconteça se as pessoas tiverem uma função específica dentro da comunidade. Hoje, o leitor reze pelo seu sentido comunitário quando vai à Missa.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

- QUINTA-FEIRA 27: Adoração ao SS.mo Sacramento nas Azenhas do Mar às 21h30
- SEXTA-FEIRA 28: Adoração ao SS.mo Sacramento no Penedo às 21h00.

domingo, 23 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 23 – Domingo XXV do Tempo Comum – Ano B

«O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens que O hão de matar». Este é o segundo anúncio da paixão de Jesus e, embora Ele seja muito claro, os discípulos não compreendem o que Ele diz e, ainda pior, ficam com medo de Lhe fazerem perguntas. Porquê este medo? 

Curiosamente, o Evangelho diz que chegaram «a casa». Estão em Cafarnaum e esta será possivelmente a casa de Pedro, a mesma casa onde curou a sogra de Pedro da sua febre, libertando-a para servir. Agora são os discípulos que têm uma «febre», certamente não é uma febre no corpo, mas uma «febre» que os impede de ver a realidade como ela é verdadeiramente. Embora não tivessem compreendido o anúncio da paixão, estavam com medo de fazer perguntas. Há alguma coisa que os impede de falar. É curioso que na passagem anterior temos a cura de um «espírito surdo-mudo» que impedia um homem de falar; agora temos os discípulos com medo de falar. 

Jesus pergunta-lhes: Que discutíeis no caminho? É desconcertante: Jesus estava a anunciar a sua paixão e eles falavam acerca de quem de entre eles seria o maior. Discutiam quem era o mais importante, o chefe! Jesus fala de Amor. Esta é sempre a sua palavra. Amor e humildade. Os discípulos, procurando perceber quem é o maior, falam de egoísmo, de protagonismo. Quem anda à procura do próprio «eu», quem anda à procura de satisfazer as suas vontades todas, quem se preocupa só com as suas necessidades acaba por se perder, por perder os outros e Deus. Por estranho que possa parecer, quem quer ser grande é porque se acha pequeno, talvez insignificante e sem valor. Quem não se se sente amado, não pode aceitar-se a si mesmo nem aos outros e, por isso, procura afirmar-se em relação aos outros. 

Assim percebemos por que os discípulos não podem compreender aquilo que Jesus está a dizer. Não podem compreender: estão noutra! Jesus está a falar de dar a vida e eles a discutir quem é o maior. Há tantas coisas na vida que não compreendemos simplesmente porque estamos noutra. Por isso Jesus, vendo que eles não estão a perceber, senta-Se, assumindo a posição do mestre que fala, toma uma criança nos braços e mostra-lhes o que significa ser o maior à luz do amor: «Se alguém quiser ser o primeiro, há de ser o último de todos e o servo de todos». Esta é a liberdade do Amor, a liberdade de quem se faz último, a liberdade de quem se está a tornar semelhante a Deus. 

A criança é o Homem não realizado, o último. É, sobretudo, o não autossuficiente, que não se basta a si mesmo, que tem necessidade dos outros, que recebe tudo e tudo acolhe gratuitamente porque, mesmo que quisesse pagar, não tem nada com que pagar. Representa a nossa condição de criaturas. Jesus pega na criança e diz-nos que é isto que precisamos de ser: porque frágeis, abertos ao amor de Deus. Conscientes de que não nos realizamos sozinhos, mas só uns com os outros, em Deus. Querer ser grande sozinho, pelas próprias forças, é impedimento para receber o amor, gratuitamente entregue, de Deus. 

sábado, 22 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 22 – Semana XXIV do Tempo Comum

Dentro há um terreno a que podemos tirar os espinhos e as pedras. É o trabalho de uma vida, mas também é um trabalho muito bonito porque as coisas que dantes nos custavam deixam de nos custar (do ponto de vista espiritual). E vamos olhando para trás e vendo que a maior parte do nosso terreno já é terreno limpo. Hoje, peçamos a graça de termos força e habilidade para tirar as pedras do nosso terreno, para a semente ter bom terreno onde cair. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 21 – S. Mateus (Festa)

Jesus referia-Se aos sacrifícios feitos no templo, não se referia aos sacrifícios que nós fazemos. Mas vou dar ao leitor um exemplo concreto. Imagine um senhor que todas as quaresmas deixa de comer doces, que é uma coisa de que ele gosta muito. Mas nunca põe a roupa suja no cesto da roupa suja, para grande tristeza da mulher. O que é que seria um sacrifício maior? Eu acho que o sacrifício deve ser feito por amor. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 20 – SS. André Kim Taegon, Paulo Chang Hasang e Companheiros mártires (Memória)

Jesus perdoa os pecados de uma mulher. Também nós devemos perdoar os pecados das pessoas, isto é, ou «pôr água na fervura» ou não dizer mal. O Papa diz que um dos sinais de uma pessoa ser santa é não dizer mal de ninguém. A nossa vocação deve ser não deixar que as pessoas à nossa volta sejam maldizentes. Claro que é difícil calá-las. É difícil virarmo-nos para as pessoas e dizer «estejam calados». Mas, às vezes, há maneiras mais subtis de se fazer isso. O leitor seja um apóstolo de não se dizer mal. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 19 – Semana XXIV do Tempo Comum

«Veio o Filho do homem…». No fundo, os «homens desta geração» não estavam contentes com nada. Jesus fala em sabedoria. Estarmos contentes com a nossa sorte é uma grande sabedoria. De não estarmos contentes com a nossa sorte pode vir o progresso. Mas estarmos contentes com a nossa sorte é não estarmos revoltados, não estarmos zangados, não estarmos ressentidos. Estarmos em paz. Aí, já podemos sonhar com sabedoria. Peçamos a graça de sabermos sonhar com sabedoria. 

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Cinema: “Não deixeis cair em tentação” [Vídeo]

Num tempo em que os meios de comunicação têm a tendência de mencionar a religião apenas para falar de violência, radicalismo, pedofilia e escândalos financeiros, é impressionante ver um filme que interroga de maneira tão sincera a fé e o trabalho dos crentes que se dão inteiramente à sua missão. Surpreendente até ao fim, “Não deixeis cair em tentação” é um filme que tem alento: insufla delicadeza num universo quase prisional, insufla graça na mecânica corporal da oração e insufla redenção numa vida estilhaçada.

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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Apostolado da Oração - Peregrinação Diocesana a Fátima

O padre Dário Pedroso, jesuíta, vai presidir à Peregrinação Diocesana do Apostolado da Oração a
Fátima, que vai decorrer no próximo dia 30 de setembro, Domingo. A chegada a Fátima, com concentração dos peregrinos no Centro Pastoral Paulo VI, acontece às 10h00 e, meia hora mais tarde, a oração da manhã, no Salão do Bom Pastor. Às 11h00, tem lugar a palestra pelo padre Dário, assistente diocesano deste movimento, seguida de oração pessoal e Eucaristia, às 12h30, na Basílica da Santíssima Trindade. O almoço será entre as 14h00 e as 15h30, sendo que, às 16h00, haverá a recitação do Terço, na Capelinha das Aparições e, às 17h30, procissão Eucarística, com estandartes, no Recinto de Oração. A concentração dos peregrinos para a despedida, junto Capelinha das Aparições, acontece às 18h15.

Informações: dario@snao.pt

QUARTA-FEIRA 17 de Setembro - Adoração ao SS.mo Sacramento e Confissões na Igreja de Almoçageme às 10h00


MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 17 – Semana XXIV do Tempo Comum

Hoje, na Primeira Epístola aos Coríntios, S. Paulo repete as palavras de Jesus na última ceia e acrescenta mais algumas que serão introduzidas na Missa. O que hoje proponho ao leitor é que ponha um lembrete no telemóvel para, na próxima missa de domingo (ou outra), estar particularmente atento à parte da consagração. Às vezes, estamos um bocadinho distraídos e a consagração, apesar de nos ajoelharmos (ou não), passa-nos um bocadinho ao lado. Ora, a consagração é, talvez, a altura mais importante da Missa. 

domingo, 16 de setembro de 2018

Precisamos de cristãos do sorriso, que acreditam no amor e vivem para servir

«Esta é a derrota: perde quem ama a própria vida. Porquê? Não é decerto porque é preciso ter ódio à vida: a vida é para ser amada e defendida, é o primeiro dom de Deus. O que conduz à derrota é amar a própria vida, amar o próprio. Quem vive para o próprio, perde. Pareceria o contrário. Quem vive para si, quem multiplica as suas vendas, quem tem sucesso, quem satisfaz plenamente as suas necessidades, surge como vencedor aos olhos do mundo. A publicidade martela-nos com esta ideia, todavia Jesus não está de acordo e dá-lhe a volta. Para Ele, quem vive para si não perde apenas alguma coisa, mas a vida inteira; enquanto que quem se dá, encontra o sentido da vida e vence.» (Papa Francisco)
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MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 16 – Domingo XXIV do Tempo Comum – Ano B

Quem sou Eu para ti? Esta é a pergunta a que todos nós somos chamados a responder no concreto da nossa vida. Nas passagens anteriores, muitos se questionavam acerca de quem seria Jesus. Agora é Ele quem pergunta aos discípulos o que pensam d’Ele. Enquanto não nos fizermos esta pergunta, «quem é Jesus para mim?», ainda não começamos verdadeiramente o caminho do discípulo; ainda não percebemos nada de quem é Jesus Cristo. Começamos a compreender alguma coisa sobre o Senhor quando nos colocamos esta questão: quem és Tu para mim. 

O Papa Francisco, comentando esta passagem, disse que se conhece Jesus seguindo-O e não simplesmente pelo estudo de uma doutrina. «É uma vida de discípulo, mais do que uma vida de estudioso, que permite a um cristão conhecer realmente quem é Jesus para ele». Pedro é um destes homens que segue Jesus na sua vida. Não se fica por teorias e mete-se a caminho, seguindo Jesus. Por isso, diante desta pergunta, responde: «Tu és o Messias». Mas Jesus não lhe dá um grande elogio por ter dado esta resposta, antes repreende-os severamente para que não o digam a ninguém. 

Os discípulos, representados por Pedro, deram uma boa resposta, mas ainda não podem perceber o alcance do que acabaram de proferir. Jesus não é o Messias, o Cristo que eles esperavam. Por isso, logo em seguida, Jesus anuncia que o «Filho do Homem» terá de sofrer muito e ser crucificado. Este Salvador não estava nos planos dos discípulos, que esperavam um libertador poderoso. Para que Pedro possa compreender o que acabou de afirmar terá de fazer muita estrada com o Senhor, ver os seus milagres, escutar a sua palavra, passar por tantas incompreensões e chegar à negação de ter conhecido Jesus. Neste momento da negação, Pedro aprendeu, como diz o Papa Francisco, «a difícil sabedoria das lágrimas». 

Esta pergunta que o Senhor hoje nos coloca não é teórica. Não podemos chegar a uma resposta desligando-a da nossa vida concreta. Pedro só poderá compreender a resposta que deu depois de um longo percurso de pecado e perdão, até descobrir o rosto misericordioso de Deus que é Pai. Somos chamados a seguir Jesus, é certo, com as nossas virtudes, mas também com os nossos pecados. Com tudo aquilo que constitui a nossa verdade. Nada pode ser excluído. 

É necessário um encontro com o Senhor no nosso quotidiano, no comum da nossa vida, isto é, somos todos convidados a deixá-Lo entrar nas nossas alegrias e nas nossas tristezas, nas nossas vitórias e nas nossas derrotas; deixá-Lo entrar naquilo que gostamos em nós e naquilo que preferíamos não ver em nós. 

Conhecer Deus é, sem dúvida, um dom do Pai, ação do Espírito Santo em nós, mas requer da nossa parte um seguimento concreto de uma pessoa concreta que é Jesus Cristo. Não basta saber coisas sobre Ele, é preciso que a nossa vida vá, a pouco e pouco, sintonizando com a vida de Cristo. Então compreenderemos o que significa dizer: «Tu és o Messias». 

sábado, 15 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 15 – Nossa Senhora das Dores (Memória)

A fé em Nossa Senhora é uma fé maravilhosa. Outro dia, alguém comentava comigo que uma pessoa com uma vida desregrada vai a Fátima. Há em Fátima algo que atrai as pessoas, mesmo as que andam afastadas da religião, como é este caso. Não sei o que é que essa pessoa vai lá fazer. Talvez veja Nossa Senhora como uma mãe que tudo compreende. (O que é diferente de tudo aprovar.) Talvez vá pedir para não ir para o inferno. Talvez vá pedir conselho. Talvez… Talvez. Rezemos pelos grandes pecadores que vão a Fátima. 

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Conferencia na Igreja da Misericórdia de Colares

Sexta-feira - 14 de Setembro - 21h30

'O Mal' com Maria Cortez Lobão, mãe de 8 filhos, formou-se em Teologia e escreveu o seu mestrado sobre este tema.

QUINTA-FEIRA 13 de Setembro - Adoração ao SS.mo Sacramento na Igreja da Azoia às 15h00.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 13 – S. João Crisóstomo (Memória)

Se o leitor pedir a Deus que Se comunique consigo, vai ver que alguma coisa acontecerá, se é que não aconteceu já. Depois, o problema pode ser o leitor querer saber se «aquilo» foi Deus ou não. Isso consegue-se com a experiência. As dúvidas talvez nunca desapareçam ou talvez desapareçam completamente. O leitor verá. Não é preciso ser santo para isto acontecer. Hoje, o leitor reze para que Deus Se comunique consigo

terça-feira, 11 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 11 – Semana XXIII do Tempo Comum

Hoje, vamos pedir para que os discípulos de Jesus aumentem de número. Para que os indecisos ou os decididos que não têm coragem de descolar do seu grupo de ateus tenham essa coragem. Um grupo de amigos ateus pode ter uma influência enorme numa pessoa que gostava de aderir à nossa Igreja. Mas tem medo de perder os seus amigos. Hoje, o leitor reze por essas pessoas

Dez regras para a participação na catequese

Pe Antonio Manuel Ramires
9 de Setembro ·

1.º A inscrição na catequese é recomendada, mas não é obrigatória. É livre. Pais e filhos podem dirigir-se à Igreja e inscrever-se de livre e espontânea vontade. Ao inscrever-se, aceitarão as regras: horário, lugar, catequistas, atividades programadas, por exemplo.

2.º Os catequistas são pessoas normais, que tem família, trabalho, atividades pessoais, estudos, problemas, alegrias, frustrações, desânimo, ou seja, sentimentos comuns a qualquer pessoa. Por isso, hão de ser tratados com carinho e respeito. Mais ainda, quando ser catequista não é uma profissão, mas uma atividade de voluntariado.

3.º Quando a catequese organiza palestras, encontros, reuniões, convívios, celebrações, é porque quer construir uma ponte de relacionamento com as famílias, em particular, e com toda a comunidade paroquial. Gostar-se-ia que todos participem com entusiasmo, sem murmúrios nem a olhar frequentemente para o relógio. Bastará pensar que foram necessárias muitas horas de preparação para que decorra bem uma atividade que durará apenas uma hora.

4.º A catequese não é um depósito de crianças e jovens, nem os catequistas são substitutos dos pais. A catequese é um espaço para aprofundamento dos assuntos de Deus e de educação cristã e humana. A catequese apoia e complementa aquilo que é/deve ser feito em família.

5.º A catequese é um processo contínuo, dura anos. A catequese acompanha o desenvolvimento intelectual e afetivo em cada idade.

6.º O conteúdo da catequese é a Verdade trazida por Jesus Cristo. Todos hão de ser verdadeiros. Não mentir nem ajudar a inventarem desculpas para tentar enganar os pais, catequistas ou quem quer que seja é uma regra fundamental.

7.º A catequese é religião, no sentido de ligar a pessoa Deus. Por isso, é também elo de fraternidade entre as pessoas. A catequese é expressão da Igreja de portas abertas, que acolhe a todos. O ecumenismo (diálogo entre igrejas cristãs) e o diálogo inter-religioso são promovidos.

8.º A catequese é uma atividade da Igreja. A Igreja são todos os fiéis: clero e leigos. É tão catequista aquele que acompanha o grupo, como o pároco, a freira, o pai, a mãe, os vizinhos. «Eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras», escreveu S. Tiago na sua carta (Tg 2, 18).

9.º O dia da primeira comunhão ou crisma não é formatura. Não são o fim de nada, mas o começo.

10.º A catequese merece ser tratada da mesma forma que a escola e todas as actividades formativas e lúdicas que os pais oferecem aos filhos.

domingo, 9 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 9 – Domingo XXIII do Tempo Comum – Ano B

A religião cristã não é a religião do Livro. Não estamos ligados à força do literalismo daquilo que está escrito na Escritura, mas somos a religião da Palavra e da escuta, isto é, da comunhão! Seguimos uma Pessoa e não simplesmente um conjunto de ideias. Somos seguidores de Jesus Cristo e a escuta da sua palavra presente na Bíblia guia-nos até Ele. Por isso, um surdo-mudo, como aquele que o Evangelho hoje nos apresenta, é símbolo do mal que nos impede de escutar Aquele que é Palavra. 

A passagem imediatamente anterior a esta mostra-nos uma mulher, ainda por cima uma estrangeira, que escuta de Jesus a palavra «vai, a tua filha está curada» e, acreditando, dirige-se a sua casa para encontrar a filha curada. Vemos, em contraste, nessa passagem, como os discípulos não compreendem o que se está a passar: ouvem a palavra, mas não a compreendem. O milagre apresentado no Evangelho de hoje, como todos os milagres relatados na Escritura, tem um significado que vai para além da mera cura de uma doença: há alguma coisa que Jesus nos quer dizer para lá do que pode ser evidente. Somos todos surdos! Temos todos uma surdez seletiva. Tantas vezes ouvimos só aquilo que nos interessa e, mesmo sem que nos apercebamos, filtramos tantas coisas daquilo que nos é dito. Na nossa vida só podemos dar aquilo que de alguma maneira tivermos recebido, só podemos dizer aquilo que tivermos escutado. O Senhor quer curar-nos das nossas surdezes para O podermos reconhecer na nossa vida. Ele é o Médico que nos cura de tudo aquilo que nos impede de O escutarmos e de O reconhecermos. 

Há muitas surdezes e cegueiras na nossa vida e a segunda leitura coloca-nos diante de uma grave cegueira que nos pode acontecer: avaliar as pessoas pela sua aparência. S. Tiago recorda-nos que Deus não faz aceção de pessoas e chama-nos à atenção para que não aconteça o mesmo entre nós. Diz-nos S. Tiago: se, por exemplo, entrar alguém bem vestido numa nossa celebração e lhe dissermos: «vem para aqui, para a primeira fila, para um bom lugar», e em seguida entrar uma outra pessoa, mal vestida e com mau aspeto, e lhe dissermos: «tu, vai lá para o fundo porque não há lugares cá à frente», estamos a julgar com base na aparência. Isto é, certamente, sinal de que estamos a escutar só aquilo que nos interessa quando ouvimos a Palavra; é sinal de uma surdez seletiva que nos impede de reconhecer o Senhor nos nossos irmãos. 

«Efatá!», diz Jesus a todos nós. «Abre-te!». Que os nossos ouvidos se abram à escuta da Palavra; que a nossa língua se solte; que a nossa vida proclame que o Amor está vivo. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 7 – Semana XXII do Tempo Comum / 1ª Sexta-feira

Nós devemos deixar que Deus nos torne no seu vinho velho. Que Deus nos transforme para «sabermos» melhor. A vida vai-nos transformando, independentemente de nós querermos ou não. Cabe-nos a nós apanharmos esse fluxo para amarmos com mais qualidade, para irmos estando na vida com cada vez mais qualidade e subindo cada vez mais a nossa montanha. O que é para o leitor estar na vida com mais qualidade? 

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

«Nunca se descansou tanto como hoje, e no entanto nunca se experimentou tanto vazio», diz papa

«O ser humano nunca descansou tanto como hoje, e no entanto nunca experimentou tanto vazio como hoje», declarou o papa na audiência geral desta quarta-feira, no Vaticano.

Na intervenção dedicada ao mandamento sobre o descanso, enganadoramente simples de observar, Francisco frisou que o repouso autêntico caracteriza-se pela contemplação e pelo louvor, e não pela fuga.

O descanso é essencial para ver a vida, ou seja todos os outros dias, com outros olhos – desmentindo assim a difundida expressão «graças a Deus que é sexta-feira», ou seja, mais tempo para o repouso e diversão –, descobrindo-lhe um sentido que aparentemente não tem sentido.

«Quantas vezes encontrámos cristãos doentes que nos consolaram com uma serenidade que não se encontra nos que gozam a vida e nos hedonistas. E vimos pessoas humildes e pobres rejubilar por pequenas graças com uma felicidade que tinha o sabor de eternidade», afirmou.

O descanso e a pausa que proporciona, não só nos prolongados períodos de férias mas todas as semanas, é a oportunidade de reconciliação com a história pessoal, «com os factos que não se aceitam, com as partes difíceis da própria existência», porque a «verdadeira paz não é mudar a própria história, mas acolhê-la e valorizá-la, tal como aconteceu», apontou na alocução, que traduzimos em seguida.


Quando é que a vida se torna bela? Quando se começa a pensar bem dela, qualquer que seja a nossa história. Quando faz caminho o dom de uma dúvida: a de que tudo seja graça, e esse santo pensamento desmorona o muro interior da insatisfação, inaugurando o autêntico descanso. A vida torna-se bela quando se abre o coração à Providência e se descobre como verdadeiro o que diz o salmo: “Só em Deus repousa a minha alma”. É bela esta frase do salmo.»

Rui Jorge Martins 
Fonte: Sala de Imprensa da Santa Sé
Imagem: Syntheticmessiah/Bigstock.com 
Publicado em 05.09.2018

Carta aos diocesanos de Lisboa, no início do ano pastoral 2018-2019

1. Saúdo-vos a todos com muita estima no início de mais um ano dedicado à receção da Constituição Sinodal de Lisboa. Mantendo o objetivo transversal de FAZER DA IGREJA UMA REDE DE RELAÇÕES FRATERNAS (CSL, 60), para reforçar a participação e a corresponsabilidade comunitárias a todos os níveis da vida paroquial e diocesana, incidiremos especialmente no nº 47: VIVER A LITURGIA COMO LUGAR DE ENCONTRO COM DEUS E TAMBÉM DA COMUNIDADE CRISTÃ ENQUANTO POVO DE DEUS QUE CELEBRA.
Como, entretanto, o Papa Francisco destinou o mês de outubro de 2019 à intensificação missionária da vida eclesial e a Conferência Episcopal Portuguesa alargou esse objetivo a todo o ano antecedente, teremos muito em conta o que o Santo Padre nos diz no nº 142 da Exortação apostólica Gaudete et Exultate sobre o chamamento à santidade no mundo atual: «Partilhar a Palavra e celebrar juntos a Eucaristia torna-nos mais irmãos e vai-nos transformando pouco a pouco em comunidade santa e missionária». 
É uma feliz síntese sobre a comunidade que escuta, partilha e celebra, assim mesmo crescendo em fraternidade, santidade e missão. Bem podemos tomar este trecho como lema do nosso ano pastoral, unindo todos os seus motivos.
Ao longo do ano muito se fará decerto em termos de formação orante e litúrgica. Peço às comunidades que aproveitem para tal todas as ocasiões pastorais: iniciação cristã, catequese, celebrações – tudo é espaço e tempo para formação sobre o modo cristão e eclesial de rezar e celebrar. O Departamento de Liturgia realizará ações formativas nas Vigararias, contando com boa participação de todos, mormente dos que têm especiais funções litúrgicas. Também o Instituto Diocesano de Formação Cristã oferece o seu valioso contributo nesse sentido. Assim cresceremos em santidade e missão, pois Deus chama para enviar. 

2. O número 47 da nossa Constituição Sinodal, depois da frase citada, continua assim: «Além da beleza dos espaços e dos ritos, da música e do canto, a celebração da fé é chamada a educar para a interioridade, para a comunhão e para o silêncio, criando momentos que disponham à escuta de Deus. É necessário cuidar sempre da formação litúrgica das comunidades, para que tanto os que exercem ministérios, como toda a assembleia, entrem em diálogo com o Senhor. É, por isso, de grande utilidade uma permanente catequese mistagógica que introduza toda a comunidade na vivência dos tempos litúrgicos e na compreensão dos seus símbolos e ritos». 
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Quero ainda pedir-vos, caríssimos diocesanos, comunhão profunda e orante com o Santo Padre, que com tanta coragem e lucidez guia a Igreja neste momento de purificação espiritual e prática. Estamos com o Papa Francisco, como ele está com Cristo e o Evangelho. 

Convosco, em oração e missão,

+ Manuel, Cardeal-Patriarca

Lisboa, 1 de setembro de 2018                       

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

SEXTA-FEIRA 7 de Setembro - Adoração ao SS.mo Sacramento e Confissões na Igreja da Misericórdia às 18h00.


QUINTA-FEIRA 6 de Setembro - Adoração ao SS.mo Sacramento com Oração Vocacional na Igreja do Mucifal às 18h00

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 5 – Semana XXII do Tempo Comum

Os demónios queriam estragar a vida a Jesus. Queriam anunciar que Ele era o Messias e assim as pessoas aclamá-Lo-iam segundo a maneira dos demónios, como um rei temporal cheio de força e poder. Jesus não queria poder humano. Só queria o poder que Lhe vinha do Pai. Quando chegou a hora do poder humano, submeteu-Se e não teve guardas que lutassem contra os guardas judeus (cf. João 18, 36). Hoje, o leitor peça a graça de não ser violento (ou virulento) quando «atacado». 

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Os jovens da África – O Vídeo do Papa – Setembro 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 4 – Semana XXII do Tempo Comum

Todos se encheram de assombro porque estavam abertos às surpresas que a presença de Jesus nas suas vidas significou naquela altura. Jesus, Deus Pai, o Espírito Santo podem significar muitas (algumas) surpresas na vida do leitor. Podem dar-lhe sinais, podem «falar»-lhe, comunicar com o leitor se o leitor estiver atento, se se abrir a isso, se tiver períodos de silêncio na sua oração. (Claro que não é automático.) Hoje, peça a Deus essa graça. 

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 3 – S. Gregório Magno (Memória)

O texto é estranho porque, PRIMEIRO, diz que todos davam testemunho em seu favor, mas depois já estavam todos furiosos. Seja como for, Jesus acabou por não cair bem e foi expulso da cidade. Jesus não pertencia à elite intelectual, era bem conhecido de todos e por isso não podia fazer prodígios. Temos que nos precaver contra isso. Contra o excesso de familiaridade com Jesus. Temos que estar abertos às surpresas com Jesus. Hoje, o leitor reze para estar aberto às surpresas de Jesus.

domingo, 2 de setembro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 2 – Domingo XXII do Tempo Comum – Ano B

Reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e escribas: os primeiros são cumpridores escrupulosos da lei e os segundos são aqueles que estudam a lei até ao mais ínfimo detalhe. Estes reparam que os discípulos de Jesus não cumprem todas as leis e comem sem a purificação ritual que estava indicada. De facto, a Lei diz que antes de comer se devem purificar as mãos e não é só por uma questão de higiene, mas também um rito purificatório que recorda que o alimento é uma fonte pura de vida, um dom do amor de Deus. Os ritos, quando são esvaziados do seu significado, correm o risco de se transformar em magia ou mera formalidade. Até com as coisas mais santas isto pode acontecer, se são esvaziadas do seu sentido. A própria Eucaristia pode ser pervertida e celebrada por mero hábito, por uma conveniência minha ou até mesmo por lucro. 

Jesus denuncia que uma religiosidade meramente formal, exterior, faz com que a Lei, que em si é boa, degenere em legalismo e seja reduzida a palavras e tradições que, no fim de contas, são simplesmente humanas e acabam por anular a palavra de Deus. Assim, Jesus aproveita a provocação dos escribas e dos fariseus para chamar a multidão e dizer-lhe que não há nada na natureza que nos torne impuros. O mal não está nas coisas! As coisas são boas. O mal pode estar no modo como as utilizamos. 

Toda a criação existe como lugar, como casa em que somos todos chamados a viver amando a Deus e ao próximo como a nós mesmos. O mal está no uso que fazemos das coisas, pervertendo-as da sua (e da nossa) finalidade. O mal está quando aquilo que sai do nosso coração não é o amor, mas o egoísmo. 

«Ama e faz o que quiseres», diz- -nos Santo Agostinho: o princípio do bem ou do mal não está só na nossa ação, não está no mero cumprimento ou não cumprimento de uma lei, mas no princípio que nos leva a agir. Claro que são necessárias leis que nos ajudem, mas não somos chamados ao mero cumprimento, antes ao Amor. Amando cumprimos a lei, diz S. Paulo. É o amor o cumprimento da lei. Por isso é que, para o cristão, é importante o discernimento, isto é: procurar qual ação me aproxima mais do Senhor para que possamos agir não só em conformidade com a lei, mas semp

sábado, 1 de setembro de 2018

SÁBADO 1 de Setembro - Adoração ao SS.mo Sacramento ás 17h00, na Praia das Maçãs

1º sábado
Seguida de Missa às 18 h, na capela de Nossa Senhora da Praia.
Por tradição, a missa do sábado a seguir à festa é celebrada por alma de todas as pessoas que viveram na Praia das Maçãs

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 1 – Semana XXI do Tempo Comum / 1º Sábado

Quem tem, pois, que semear? Nós. E quando é que semeamos? Por exemplo: Sempre que prestamos atenção ou falamos. As duas coisas podem ser muito difíceis. Por exemplo, eu tenho muita dificuldade em participar numa conversa. Sou um verdadeiro mono. Mas gosto de ouvir. Outras pessoas, quando estão a uma mesa não dão hipótese a mais ninguém. Têm uma inspiração inesgotável. Cada um devia semear com as sementes do outro para bem do próximo. Hoje, o leitor peça para vencer o seu caráter