segunda-feira, 30 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 30 - SEMANA V DO TEMPO PASCAL

At 14, 5-18 / Slm 113 B (115), 1-2.3-4.15-16 / Jo 14, 21-26

Se alguém aceita… (Evang.)

Neste texto, Jesus fala da liberdade que o leitor tem em aceitar os seus mandamentos. Jesus diz «se». Mas o leitor pode não querer, não poder, não conseguir aceitar os mandamentos. Pode estar deprimido, zangado com Jesus, zangado com a Igreja… Fale nisso a um amigo. Não se feche. Desabafe. Fechar-se é o pior. E peça a um amigo que reze por si, se o leitor não for capaz de rezar. (Ou talvez que reze consigo…)

domingo, 29 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 29 - Domingo V da Páscoa - Ano B

At 9, 26-31 / Slm 21 (22), 26b-28.30-32 / 1 Jo 3, 18-24 / Jo 15, 1-8

A imagem da vinha é conhecida já no Antigo Testamento: o Senhor é o Agricultor que planta a vinha para o seu povo, mas aquilo que Jesus nos diz no Evangelho deste domingo é um pouco diferente: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor». É o próprio filho de Deus que é a videira e nós os seus ramos.

É interessante que já em Ezequiel se fala da videira, mas sublinhando a inutilidade da sua madeira. Isto é: os ramos cortados da videira são inúteis, a sua madeira só serve para ser queimada. Nem sequer as cinzas servem para alguma coisa. Isto significa que o verdadeiro e único sentido para a videira é o seu fruto, as uvas. Não serve mesmo para mais nada.

«Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?», diz o Senhor. Se queremos uvas, então precisamos das videiras. Ora, Cristo é a vide e nós os ramos, portanto, o fruto que se espera de nós é aquele que a «vide» produz. Somos ramos de uma vide muito particular que dá frutos muito particulares. Se somos realmente ramos ligados à vide, então a linfa que nos atravessa é a vida de Jesus Cristo, isto é, o Amor.

A vida de Deus é o amor, o dom de Si aos outros. É a única coisa que Ele sabe fazer: amar. A única coisa que serve para realizar em nós aquilo que somos: amar. É este o único sentido da nossa vida: deixarmo-nos atravessar pelo Amor de Deus, tal como os ramos da videira são atravessados pela linfa, até vermos o fruto na nossa vida. De outro modo, o Homem não serve para nada e, tal como os ramos são deitados fora, também nós deitamos fora a nossa vida. Podemos até comer, beber e dormir, mas estamos só a sobreviver e não a viver realmente.

«Quem não serve para servir, não serve para nada», sublinha o Papa Francisco. A única coisa para que servimos é para Amar. Quem não ama está desligado do tronco que é Cristo e não pode dar os frutos que poderia dar ligado a Ele. Cada um de nós tem sentido só se agarrado a Cristo. Só n’Ele nos tornamos divino-humanos, que é o mesmo que dizer que somos de Cristo.

O texto fala ainda de duas “podas”: a primeira, é o Senhor que corta tudo aquilo que dentro de nós não dá fruto. Mas é Ele quem corta, é Ele o podador que, na medida em que nos abrimos à sua presença, vai cortando aquilo que em nós é impedimento para que dêmos fruto. Mas há uma segunda poda: «Ele limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto». Qual é o fruto da videira? As uvas, poderíamos responder, mas estas realizam-se no vinho. O objetivo do agricultor é ter bom vinho! Por isso, há uma segunda limpeza que pode até sacrificar alguns ramos que até dariam uvas, mas com o objetivo de dar bom vinho: sacrificar alguns ramos que dariam mais uvas, para que aqueles que dão uvas sejam melhores.

Ao longo da vida, vamos sendo surpreendidos com momentos de dor e de sofrimento. Estes podem ser momentos em que nos deixamos purificar pelo Senhor, para que o fruto da nossa vida seja cada vez mais o amor, para que a nossa vida seja cada vez mais acolher a vida que vem de Cristo, a vida que é o Espírito Santo e que nos faz dar frutos de Amor.

sábado, 28 de abril de 2018

MAIO - Mês de Maria

Procissão das Velas e Oração do Rosário
 Em honra de Nossa Sra. de Fátima


Dia 1 Eugaria

Dia 5 Praia das Maçãs

Dia 10 Mucifal

Dia 13 Azenhas do Mar

Dia 19 Penedo

Dia 20 Almoçageme

Dia 25 Azóia

Dia 30 Colares


Oração diária do Rosário no Mucifal ás 18h00 e em Colares ás 18h30 


Estão abertas as inscrições para a peregrinação a Fátima que será nos dias 26 e 27 de Maio. As mesmas devem ser efectuadas nos locais habituais, no Cartório Paroquial ou através do tel. Nº 219289013. O Preço por pessoa com pensão completa é de 80 euros.
Para quem pretender ir apenas no dia 27. O preço por pessoa com almoço incluído será de 26 euros. Sem almoço será de 16 euros.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 28 - SEMANA IV DO TEMPO PASCAL

At 13, 44-52 / Slm 97 (98), 1.2-3ab.3cd-4 / Jo 14, 7-14

Há tanto tempo que estou convosco e [ainda] não me conheces…? (Evang.)

Como é evidente, Filipe conhecia bem Jesus. Portanto, Jesus estava a referir-Se a outra dimensão do conhecimento. Um conhecimento interno. Um conhecimento do interior de Jesus pelo interior de Filipe. Um conhecimento de coração a coração. Jesus repreendia Filipe por não ter intuído que Ele era a imagem do Pai. Este é um conhecimento que nós também temos de ter: um conhecimento que não é completamente racional. Um conhecimento, por exemplo, dos estados de espírito de Jesus. Ou um conhecimento do Pai através de Jesus. Peçamo-lo.       

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 27 - SEMANA IV DO TEMPO PASCAL

At 13, 26-33 / Slm 2, 6-7.8-9.10-11 / Jo 14, 1-6

... virei novamente para vos levar Comigo. (Evang.)

Esta frase de Jesus consola-me muito e suponho que ao leitor também. Como Jesus não veio em grande esplendor e glória no «fim dos tempos» levar os apóstolos, é óbvio que se referia à ressurreição de cada um, individualmente. Assim, podemos esperar que Jesus também nos venha buscar na hora da nossa ressurreição. Assim como Maria, sua Mãe. O leitor medite nisto e agradeça.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Quinta-feira, 26 - Adoração ao Santíssimo Sacramento nas Azenhas do Mar às 21h30.



MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 26 - SEMANA IV DO TEMPO PASCAL

At 13, 13-25 / Slm 88 (89), 2-3.21-22.25-27 / Jo 13, 16-20

Estarei sempre a seu lado e com a minha força o sustentarei. (Salmo)

Seremos sempre sustentados pela força de Deus. Às vezes, não nos lembramos disto. Às vezes, temos tendência para desistir quando tudo parece negro à nossa volta e não nos lembramos – porque o sofrimento nos fecha – que Deus está ao nosso lado. Com Deus, as coisas acontecem. O impossível transforma-se em possível. A luz volta a brilhar. Eu já experimentei isto na minha vida. Se calhar, o leitor também já experimentou. De futuro, lembre-se disto. Hoje, reze sobre isto.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 25 - S. MARCOS, EVANGELISTA (Festa)

1 Pe 5, 5-14 / Slm 88 (89), 2-3.6-7.16-17 / Mc 16, 15-20

Quem entre os filhos de Deus será igual ao Senhor? (Salmo)

Jesus diz-nos que sejamos perfeitos como o Pai é perfeito. Mas é um ideal. (Um ideal tão elevado que nós nem nos esforçamos.) Mas devíamos esforçar-nos, porque o Céu será um assemelharmo-nos a Deus mais e mais, porque a nossa capacidade de amar vai sempre aumentando cada vez mais, logo, vamo-nos assemelhando a Deus cada vez mais. E podemos começar esta caminhada já aqui na terra.

Eutanásia: É necessário esclarecer e capacitar a sociedade para «prevenir desesperos» – Cardeal-patriarca

Abr 24, 2018 - 11:02

D. Manuel Clemente considera que o presidente da República assumirá as suas responsabilidades no debate em curso

Lisboa, 24 abr 2018 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou que  a sociedade tem de estar habilitada para “acompanhar cada um dos seus membros” em “fases mais complexas” da vida e disse que “há tanto para fazer” no “campo dos cuidados paliativos”.

Em declarações à Agência ECCLESIA à margem da conferência “A Eutanásia e a Cultura do Cuidado”, que decorreu na Universidade Católica Portuguesa esta segunda-feira, D. Manuel Clemente afirmou que “o que está em causa é a vida” e é “importante e oportuno” debater a questão para que as pessoas tomem “consciência” do debate em curso.

A Assembleia da República deverá debater a legalização da eutanásia, a partir de projetos legislativos do PAN, do Bloco de Esquerda, dos Verdes e também do PS.

“O que está em causa é a vida, a promoção da vida e defesa da vida, com respeito por cada um, mas habilitando respostas capazes que passam sobretudo por uma sociedade que seja capaz de acompanhar cada um dos seus membros, especialmente nas alturas difíceis, prevenir desesperos, estarmos lá”, sublinhou o cardeal-patriarca de Lisboa.

Para D. Manuel Clemente, “há tanto para fazer” no “campo dos cuidados paliativos” e “é preciso ir para a frente” no prestação desses serviços de saúde a quem deles necessita.

“Que essa fase mais complexa da vida de cada um de nós, que mais tarde ou mais cedo pode chegar, seja devidamente acompanhada, que é o que a palavra paliativo quer dizer, é preciso ir para a frente”, acrescentou o cardeal-patriarca de Lisboa

Questionado pela Rádio Renascença sobre o silêncio do presidente da República em relação ao debate sobre a legalização da eutanásia em Portugal, D. Manuel Clemente disse que “não é preciso sequer apelar” para que se pronuncie porque “com certeza que tomará as suas responsabilidades”.

“Nem preciso de fazer esse apelo porque o Presidente da República tem-se mostrado sempre muito consciente das suas responsabilidades e por isso não deixará de as exercer, não é preciso sequer apelar. Quando for o caso, com certeza que tomará as suas responsabilidades”, afirmou o cardeal-patriarca de Lisboa.

A conferência “A Eutanásia e a Cultura do Cuidado” foi promovida pela Universidade Católica Portuguesa e pelo movimento “Toda a Vida tem dignidade”, com o apoio da Agência ECCLESIA e da Rádio Renascença, e contou com a presença de Theo A. Boer, que integrou a Comissão de Supervisão da Lei sobre a Eutanásia na Holanda.

LS/PR

terça-feira, 24 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 24 - SEMANA IV DO TEMPO PASCAL

At 11, 19-26 / Slm 86 (87), 1-7 / Jo 10, 22-30

As obras que Eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim. (Evang.)

Não é costume preocuparmo-nos muito se as nossas obras dão testemunho de Cristo. E, ao certo, o que é que isso seria? Seria juntarmos mais o Evangelho à nossa vida. Seria amarmos com mais discernimento. Muitas vezes, rezamos para um lado e agimos para o outro. As coisas não têm a ver umas com as outras. As nossas ações não são inspiradas pelo Evangelho. As do leitor são? Em quê? Quando?

segunda-feira, 23 de abril de 2018

"Porque (não) casar?" Uma iniciativa da Associação de Estudantes da Faculdade de Teologia de Lisboa, no próximo dia 30 Abril, pelas 21:00.


Destaques da SEMANA de 23 a 29/04/2018

- QUINTA-FEIRA: Adoração ao SS.mo Sacramento nas Azenhas do Mar às 21h30. Reunião dos Ministros Extraordinários da Comunhão em Colares às 21h30.

- SEXTA-FEIRA: 4ª Sessão do Curso Alpha, na Igreja da Misericórdia às 20h00. Adoração ao SS.mo Sacramento no Penedo às 21h00.

- SÁBADO: Missas Vespertinas na Praia das Maçãs às 17h30 e no Mucifal às 19h00.

- DOMINGO: Missas – em Almoçageme às 10h30 e em Colares às 12h00 e 18h30. Atenção a Missa das 18h30 em Colares a partir de 6 de Maio passa a ser às 19h00

- Renúncia Quaresmal: Deve ser entregue em envelope identificado o fruto da nossa Renúncia Quaresmal.

- Estão abertas as inscrições para a Peregrinação a Fátima no último fim de semana de Maio, bem como do Passeio Paroquial no dia 29 de Junho e ainda as inscrições para a Peregrinação Paroquial à Terra Santa de 30 de Agosto a 6 de Setembro.

- Encontra-se a pagamento o Contributo Paroquial, lembramos que o mesmo é fundamental para o bom funcionamento dos serviços da Paróquia.

PÁSCOA - A Boa Nova, os boatos e as ‘fake news’

P. Gonçalo Portocarrero de AlmadaSeguir
21/4/2018

O Evangelho é, etimologicamente, a boa nova, mas não faltam pessoas que pensam que é um boato sem fundamento ou, pior ainda, mais uma ‘fake news’.

O Evangelho é, etimologicamente, a boa nova, mas dois mil anos depois da ressurreição de Jesus de Nazaré, ainda há quem pense que esta boa notícia é mais uma ‘fake news’ ou, pelo menos, um rumor sem fundamento.

Na verdade, a primeira referência à Páscoa cristã foi um boato falso. Quando uma jornalista de investigação, Maria Madalena, foi fazer uma reportagem ao local onde o corpo de Jesus tinha sido sepultado na antevéspera, verificou que o sepulcro estava vazio. Regressou então apressadamente a Jerusalém, onde deu a bombástica notícia: “Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram!” (Jo 20, 2).

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MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 23 - SEMANA IV DO TEMPO PASCAL

At 11, 1-18 / Slm 41 (42), 2-3; 42 (43), 3-4 / Jo 10, 1-10

Não conhecem a voz dos estranhos. (Evang.)

Isto seria o nosso ideal: não conhecermos a voz de estranhos. Mas nós conhecemos a voz de estranhos, seguimos os estranhos. De vez em quando, é bom debruçarmos-nos sobre as três tentações de Jesus e vermos como é que a nossa vida anda a esse respeito. A tentação do ter: ou irmos comprando muita coisa ou não comprarmos nada para acumularmos dinheiro. A tentação do poder: chegarmos a cargos de poder ou mandarmos nas pessoas à nossa volta. A tentação de nos fazermos elogiar: fazermos coisas para que nos admirem. Hoje, o leitor faça um exame de consciência.

domingo, 22 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 22 - Domingo IV da Páscoa - Ano B

At 4, 8-12 / Slm 117 (118), 1.8-9.21-23.26.28cd.29 / 1 Jo 3, 1-2 / Jo 10, 11-18

«Eu sou o Pastor Belo», assim nos diz o Senhor. Estamos, se calhar, mais habituados à tradução que diz «o Bom Pastor», e é verdade que o nosso Pastor é o Bom Pastor, mas é mais do que «bom». É o Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas.

Dizer que é o Pastor Belo, para a nossa mentalidade de hoje em dia, não tem a mesma força que teria quando S. João escreveu o seu Evangelho. Confundimos facilmente beleza com aparência, mas «belo» significa verdadeiro, autêntico, bom, que faz bem aquilo que faz. A verdadeira beleza é de agradável presença, atrai para alguma coisa de bom, faz de nós pessoas boas. Enquanto que a falsa beleza seduz e atrai para si mesma, a verdadeira beleza dá-nos alegria, enche-nos de um prazer autêntico e bom, e conduz-nos, não para si mesma, mas para o Outro. Esta é a beleza que salva o Mundo.

Nós, na nossa vida, mais ou menos conscientemente, agimos segundo aquilo que nos dá prazer, isto é, procuramos fazer aquilo de que gostamos e seguimos aqueles que apreciamos. Muitas vezes, deixamo-nos seduzir por falsas belezas e acabamos por fazer aquilo que até não queríamos e não é bom nem para nós nem para os outros. É mesmo muito importante ver a beleza do nosso Pastor para O seguir e agir tal como Ele. A alternativa que cada um de nós tem é a de seguir o Pastor da vida ou um dos pastores da morte que nos levam, seduzindo-nos, por um caminho feio, escuro e fechado em nós mesmos. Jesus não é simplesmente um pastor entre tantos pastores bons, mas é «O» Pastor. Não temos outro verdadeiro. O único que cuida de cada um de nós. É Aquele que Se expõe e oferece a própria vida para nos salvar.

A primeira característica do nosso Pastor, o Bom Pastor, o Pastor Belo, é o amor e a coragem em defender cada um de nós. Os outros pastores que a vida, por vezes, nos apresenta, acabam por nos deixar sozinhos, tristes, desamparados, desiludidos. Só Ele nos conhece pelo próprio nome. Só Ele coloca a sua vida à nossa disposição, a sua vida que é o amor pelo Pai. E chama cada um de nós pelo nome: Ele não dá a vida pelo rebanho das ovelhas, mas por cada uma delas; Ele não dá simplesmente a vida pela Humanidade, mas dá-a por ti! Dá a vida por ti. Conhece o teu nome, sabe a tua história, está contigo no teu sofrimento e na tua dor.

Quando reconhecermos em Jesus o Pastor Belo, Aquele que faz da nossa vida um lugar de beleza, então iremos com Ele e seremos n’Ele um só corpo e um só espírito. Tendo Jesus como mestre e Senhor, seguindo-O com a nossa vida, então os nossos atos serão belos e, por isso, bons e verdadeiros. Verdadeiramente bela é aquela pessoa que vive a sua existência tal como Jesus nos mostrou, é a nova humanidade viva em Cristo vivo. 

sábado, 21 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 21 - SEMANA III DO TEMPO PASCAL

At 9, 31-42 / Slm 115 (116), 12-17 / Jo 6, 60-69

A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se. (Evang.)

Os discípulos afastaram-se porque as palavras de Jesus eram muito duras. E Jesus perguntou aos Doze se eles também se queriam afastar. Os Doze estavam ligados a Jesus por uma afetividade diferente, apesar de na paixão terem fugido. Penso que vale a pena o leitor perguntar-se se na paixão arriscaria também ser crucificado – foi esse o medo de Pedro – para estar ao pé de Jesus.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 20 - SEMANA III DO TEMPO PASCAL

At 9, 1-20 / Slm 116 (117), 1–2 / Jo 6, 52-59

Saulo (…), embora tivesse os olhos abertos, nada via. (1ª Leit.)

Algumas vezes, tenho um grande nevoeiro mental porque o meu irmão não me ajuda a ser empático com ele. Tem-me acontecido conversar com pessoas que falam muito baixinho e quase não conseguir ouvir o que dizem. O leitor já está a dizer: «peça para falarem mais alto». Não resulta, é assim que falam. Mas então só sacam de mim uns «pois» que tentam mais ou menos acertar com o que eu pressinto que estão a dizer. Outras pessoas falam de longe e de costas. É preciso ajudar os outros a amar-nos. (Nisto ou em outros aspetos.)

quinta-feira, 19 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 19 - SEMANA III DO TEMPO PASCAL

At 8, 26-40 / Slm 65 (66), 8-9.16-17.20 / Jo 6, 44-51

Ninguém pode vir a Mim se o Pai (…) não o trouxer. (Evang.)

É o Pai que nos traz. É o Pai que nos traz a Jesus e é Jesus que nos leva ao Pai. Por isso, são um (com o Espírito Santo ) e nós somos levados a Deus. Mas temos de nos deixar atrair. Temos de ter fé nas nossas experiências de Deus. Às vezes, podem-nos parecer boas demais e não acreditamos nelas. Se tiver dúvidas, o leitor aconselhe-se com um diretor espiritual. Mas uma experiência muito boa não tem por que não vir de Deus. Hoje, o leitor reveja as suas experiências. 

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Oração pelas Vocações


Santidade - Chave de leitura da exortação apostólica "Alegrai-vos e exultai"

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O Papa Francisco sublinha que todos são chamados à santidade e destaca, como exemplos, os que “vivem perto de nós”. Na sua exortação apostólica ‘Gaudete et exsultate’, divulgada no dia 9 de abril, o Papa aponta as ameaças deste chamamento e apela à “ousadia” e “coragem apostólica” que impele os cristãos a irem “mais além do conhecido, rumo às periferias e aos confins”.

“Fazer ressoar a chamada à santidade” é o objetivo da nova exortação apostólica ‘Gaudete et exsultate’ (‘Alegrai-vos e exultai’), do Papa Francisco. No novo documento, que foi divulgado no dia 9 de abril, o Santo Padre recorda que a chamada à santidade é a vocação de cada cristão. O Senhor “quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa”, escreve Francisco.
O texto papal, que é composto por cinco capítulos, começa por especificar que a santidade não se atribui apenas a todos os que foram beatificados ou canonizados. Para o Papa, existem exemplos de santidade que “vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus”. “Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir. Nesta constância de continuar a caminhar dia após dia, vejo a santidade da Igreja militante. Esta é muitas vezes a santidade «ao pé da porta»”, classifica o Papa. 
Num tom muito pessoal, o Papa argentino define um caminho “único e específico” para cada pessoa, na procura da santidade. “Há testemunhos que são úteis para nos estimular e motivar, mas não para procurarmos copiá-los (...). Importante é que cada crente discirna o seu próprio caminho e traga à luz o melhor de si mesmo, quanto Deus colocou nele de muito pessoal, e não se esgote procurando imitar algo que não foi pensado para ele”, escreve Francisco.
Na mais recente exortação apostólica são constantes os apelos ao “encontro com o outro” e a referência à Igreja e à comunidade como lugares onde se pode encontrar tudo o que é preciso para “crescer rumo à santidade”, transformando a “vida como uma missão”. “Tenta fazê-lo, escutando a Deus na oração e identificando os sinais que Ele te dá. Pede sempre, ao Espírito Santo, o que espera Jesus de ti em cada momento da tua vida e em cada opção que tenhas de tomar, para discernir o lugar que isso ocupa na tua missão”, desafia o Papa.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 18 - SEMANA III DO TEMPO PASCAL

At 8, 1-8 / Slm 65 (66), 1-7 / Jo 6, 35-40

A vontade d’Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu. (Evang.)

O mesmo é dizer «que nenhum de nós se perca». É vontade de Deus que nenhum de nós se perca. E a vontade de Deus é a vontade de um Deus todo-poderoso que, quando a ovelha se extravia, agarra nela ao colo e a traz de volta para o redil. Não sabemos como é que isso se dá, mas sabemos que temos o infinito poder de Deus do nosso lado. E é preciso um pecado muito grande para abalar este infinito poder de Deus. O leitor é capaz de cometer um tal pecado?

terça-feira, 17 de abril de 2018

O Vídeo do Papa 04-2018 - Por aqueles que têm responsabilidade em gestão...

URGENTE, URGENTÍSSIMO

Recentemente foi assassinada em França uma senhora de idade, judia, que tinha estado nos campos de concentração nazis. A senhora foi assassinada por ser judia. Num passado ligeiramente mais longínquo, Jeremy Corbyn, o líder do Partido Trabalhista britânico, foi muito criticado por se ter manifestado contra a destruição em Londres de um mural cruamente antissemita e que era – se não era parecia – inspirado nos cartazes de propaganda nazi, em que se vê vários judeus sentados a uma mesa suportada por pessoas agachadas.

Em França os crimes contra os judeus têm vindo a crescer. (Estes crimes têm sido cometidos por fações radicalizadas de islamitas. Há estatísticas a prová-lo. Mas normalmente a polícia é lenta ou omissa a dar estas informações que são politicamente incorretas. No entanto, nós, os católicos – e cristãos – temos obrigação de «não favorecer indevidamente o pobre» (Levítico 19, 15).

Franjas da extrema-direita, na Europa de Leste e da extrema esquerda, na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, os chamados setores ativistas-progressistas, são contra os judeus ou declaram-se antissionistas ou contra o Estado de Israel. A propaganda da extrema-esquerda e da extrema-direita é contra o «poder» mundial dos judeus, contra os judeus do grande capital, é contra o Estado de Israel dizendo que o Estado de Israel foi conseguido à custa da guerra e dos corpos de quem lá estava antes.

É importante desmontarmos este argumento: todos os estados são construídos sobre os corpos de quem lá estava antes. Portugal foi construído sobre os corpos dos árabes. Nas guerras religiosas dos séculos XVI e XVII, muitos católicos foram pasto de protestantes, muitos protestantes foram pasto de católicos. Já para não falar dos países que surgiram em toda a África e no Médio Oriente ou depois da II Guerra Mundial. Os países sempre se fizeram com guerras. O leitor não se deixe iludir por esse argumento falacioso.

Está na altura de nós, católicos, termos uma posição muito clara e muito firme sobre os judeus. Os judeus são um povo irmão, especialmente próximo de nós. Jesus Cristo era judeu. Não podemos ir atrás de nada que seja contra os judeus. Claro que podemos não estar de acordo com algumas políticas do Estado de Israel. O que não podemos é pôr em causa o Estado de Israel. E também devemos ter em conta que os judeus se especializaram na finança por causa das perseguições na Europa. Como andavam sempre de um lado para o outro, não tinham imóveis mas levavam aquilo que podiam, que era dinheiro.

É urgente, urgentíssimo termos uma posição firme. O sentimento antijudaico na Europa está como um vulcão a borbulhar. Compete-nos fazer com que o vulcão não entre em erupção.

P.S. – Este artigo não é politicamente correto. Nós, os católicos, e cristãos, só devemos lealdade à verdade.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 17 - SEMANA III DO TEMPO PASCAL

At 7, 51 – 8, 1a / Slm 30 (31), 3cd–4.6ab.7b.8a.17.21ab / Jo 6, 30-35

Trabalhai (…) pelo alimento que dura até à vida eterna. (Evang.)

A comunhão é o alimento que dura até à vida eterna. É o próprio Cristo. Cristo «dura» durante a vida eterna. Nós vamos comungando e sendo sustentados por este sacramento que nos dá vida espiritual, que nos faz andar e progredir, assim estejamos em consonância com ele e não seja uma rotina. A comunhão corre o grande risco de ser uma rotina. Hoje, o leitor peça devoção a Jesus eucarístico.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 16 - SEMANA III DO TEMPO PASCAL

At 6, 8-15 / Slm 118 (119), 23-24.26-27.29-30 / Jo 6, 22-29

Procurais-Me… porque comestes... (Evang.)

A relação dos apóstolos com Jesus foi da fase da absorção, do receber, até à fase da evangelização. De uma fase infantil para uma fase adulta. A nossa também devia estar numa fase adulta. Numa fase de evangelização do outro. A nossa evangelização do outro pode dar-se de várias maneiras: pelo nosso testemunho silencioso, pelas nossas conversas privadas ou no emprego, por mails ou sms que mandamos, etc. O leitor puxe pela imaginação. Hoje, reze sobre isso.

domingo, 15 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 15 - Domingo III da Páscoa - Ano B

At 3, 13-15.17-19 / Slm 4, 2.4.7.9 / 1 Jo 2, 1-5a / Lc 24, 35-48

O Evangelho que rezamos neste domingo apresenta-nos uma viagem de dois discípulos que regressam, desiludidos, a casa, a Emaús, depois da morte de Jesus. Estamos quase na conclusão do Evangelho segundo S. Lucas. Este começa, logo na primeira página, por nos dizer para quem é escrito e para que é escrito. Diz assim S. Lucas: resolvi, caríssimo Teófilo, expor a ti por escrito e por ordem «os factos que entre nós se consumaram (...) a fim de reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído».

Várias coisas importantes podemos compreender a partir desta introdução: primeiro, este Evangelho é escrito para «ti, caro Teófilo»: este nome, em grego, significa «amigo de Deus», portanto, este Evangelho é escrito para ti, caro amigo de Deus. Em segundo lugar, sabemos que foi escrito para que tu, amigo de Deus, reconheças que aquilo que aprendeste, que a instrução que te deram acerca dos factos sobre Jesus Cristo é sólida e é verdadeira.

Esta passagem que hoje rezamos, um resumo de todo o Evangelho, mostra-nos como podemos reconhecer Jesus Cristo na nossa vida a partir da instrução que os outros nos dão. Um exemplo: imaginemos uma criança que tenha crescido afastada de sua mãe. Um dia, alguém lhe diz: «esta é a tua mãe». Essa criança é “instruída” acerca de quem é aquela mulher que vê diante de si, mas ainda não a reconhece como mãe. Aos poucos, pelo modo como ela se comporta, pelo amor que demonstra, a criança reconhece naquela mulher a sua mãe. É só na relação com a mãe que a criança a pode reconhecer.

Os Evangelhos contam-nos muitas coisas acerca de Jesus, muitos milagres e tantos encontros. Todos estes milagres são para nós sinais de uma outra coisa. Jesus chega mesmo a restituir a vida a mortos, como fez com a filha de Jairo, por exemplo, mas sabemos, no entanto, que todos aqueles a quem Jesus fez um milagre voltarão a morrer. São sempre milagres “provisórios” e são sempre sinal do verdadeiro milagre que é o que acontece a estes dois discípulos que vão para Emaús.

Estão tristes, desiludidos, de costas voltadas para Jerusalém. Sentem que tudo não passou de um sonho, mas através das palavras de Jesus, que lhes mostra o significado das Escrituras, compreendem que era necessário que o Messias passasse por tudo o que teve de passar. Escutando as palavras de Jesus, começa a arder-lhes o coração, começa tudo a fazer sentido no coração. A Palavra muda a vida! Quando se deixam tocar pelas palavras de Jesus, quando finalmente O reconhecem no partir do pão, regressam imediatamente a Jerusalém. E é este o verdadeiro milagre! Perceber o sentido da vida, perceber que nada nesta vida nos pode afastar do Amor de Deus.

Para estes discípulos, e para nós tal como para eles, é a experiência do encontro com o Senhor que os faz passar da morte à vida. É o encontro com a Palavra que nos faz passar de uma vida para a morte, preocupados com as nossas coisinhas, como se esta vida fosse a única realidade que importa, de uma vida triste, desolada, escura, à vida verdadeira da alegria e da luz da comunhão com os outros.

Os dois discípulos que caminhavam para Emaús até sabiam muitas coisas: eles conheciam Jesus! Mas não tinham compreendido nada. Sabiam coisas, mas ainda não tinham experimentado a presença do Senhor vivo e presente na vida deles. A fé é o encontro com o Senhor ressuscitado, é experimentar que Jesus está vivo e operante na nossa vida.

sábado, 14 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 14 - SEMANA II DO TEMPO PASCAL

At 6, 1-7 / Slm 32 (33), 1–2.4.5.18-19 / Jo 6, 16-21

Quiseram então recebê-Lo no barco. (Evang.)

Este «quiseram» sugere-nos que podiam não querer. Deus bate à nossa porta e só entra se nós O deixarmos. Mas nós deixamos. A questão é se não O pomos fora quando queremos pecar. Assim, teríamos um Deus intermitente. De facto, é um bocado o que acontece. Quando pecamos, viramos as costas a Deus, embora Deus possa continuar connosco. (Caso dos pecados veniais.) Hoje, o leitor peça para nunca virar as costas a Deus.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 13 - SEMANA II DO TEMPO PASCAL

At 5, 34-42 / Slm 26 (27), 1.4.13–14 / Jo 6, 1-15

... por ver os milagres que Ele realizava nos doentes. (Evang.)

Estas pessoas andavam atrás de Jesus por causa das curas que fazia. Quando Jesus foi preso e já não podia fazer milagres, deixou de interessar às pessoas. É muito importante não sugarmos as pessoas, não nos aproveitarmos delas, não sermos seus amigos só enquanto elas nos dizem alguma coisa. Às vezes, dedicarmo-nos a esta ou àquela pessoa pode não ser agradável mas vai dar tanto gosto a essa pessoa! Para o leitor, qual é a diferença entre ter amigos e ser amigo?

quinta-feira, 12 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 12 - SEMANA II DO TEMPO PASCAL

At 5, 27-33 / Slm 33 (34), 2.9.17-20 / Jo 3, 31-36

... mas a ira de Deus permanece sobre ele. (Evang.)

Quem se recusa a acreditar no Filho não verá a vida. Logo, quem acredita no Filho verá a vida. E à medida que for acreditando mais, verá a vida cada vez mais. E o que é acreditar cada vez mais? É estar cada vez mais entrosado com Cristo, ter cada vez mais empatia com a Palavra, encarnar cada vez mais a Palavra e o sopro do Espírito que age por dentro. Hoje, o leitor peça sensibilidade ao Espírito e luz para compreender a Palavra.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 11 - SANTO ESTANISLAU (Memória)

At 5, 17-26 / Slm 33 (34), 2-9 / Jo 3, 16-21

Os homens amaram mais as trevas do que a luz. (Evang.)

As trevas escondem as obras más, as que não queremos que as pessoas vejam, aquelas de que temos vergonha mas que não conseguimos deixar de fazer. Quando fazemos uma coisa boa, uma coisa de que nos orgulhamos, até ficamos contentes se muita gente souber. São as obras da luz. (Feitas à luz e para luzirem.) Hoje, agradeçamos todas as pessoas que na nossa vida contribuem para elas.

terça-feira, 10 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 10 - SEMANA II DO TEMPO PASCAL

At 4, 32-37 / Slm 92 (93), 1–2.5 / Jo 3, 7b-15

... também o Filho do homem será elevado para que todo aquele que acredita n’Ele tenha a vida eterna. (Evang.)

Jesus foi elevado na cruz e depois, por isso, foi elevado pelo Pai acima de todos os homens, atraindo todos os homens a Si, atraindo assim a conversão de todos os homens, sendo porta para o Pai, novo véu do santo dos santos. Agora, cada um de nós é atraído pela cruz de Cristo, que nos ajuda a levar a nossa, pois que Cristo nos ensina a amar sem limites, como Ele o fez na cruz.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 9 - ANUNCIAÇÃO DO SENHOR (Solenidade) - [Transf.]

Is 7, 10-14; 8, 10 / Slm 39 (40), 7 -11 / Hebr 10, 4-10 / Lc 1, 26-38

O Senhor está contigo. (Evang.)

Deus está connosco e atua dentro de nós. Peçamos-Lhe isso. Há alguma coisa em que o leitor gostasse que Deus atuasse particularmente dentro de si? (E talvez de outros?) Peça-Lhe isso. Pode ser uma preocupação. Uma meta que o leitor gostasse de atingir. Um trabalho que o leitor tem em mãos. Um problema de partilhas. (Ultimamente, tenho-me deparado com muitas pessoas a braços com partilhas.)

domingo, 8 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 8 - Domingo II da Páscoa - Ano B

At 4, 32-35 / Slm 117 (118), 2-4.16ab-18.22-24 / 1 Jo 5, 1-6 / Jo 20, 19-31

«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Isto nos diz o Senhor neste Domingo. Jesus termina a sua missão e como a conclui? Diz-nos que continuará sempre presente em cada um de nós e envia-nos. A sua presença não é simplesmente para o nosso gosto individual, mas para a missão: somos enviados tal como o Pai enviou o Filho. Somos enviados como Ele.

Como é enviado o Filho? Jesus é enviado para nos revelar o Amor do Pai. Na última ceia dá-nos a certeza de que não ficaremos órfãos, que regressará para nos dar a sua paz e a sua alegria e para fazer de nós suas testemunhas, com a força do seu Espírito. Agora estamos diante do seu regresso definitivo e glorioso com o dom do seu Espírito que faz de nós novas criaturas, capazes de amar como Ele amou. O Senhor manifesta a sua presença aos discípulos, revela que estará sempre presente e envia-os a amar com o mesmo Amor com que Ele é amado e com que Ele nos Ama.

É o Amor do Pai e do Filho que nos leva aos nossos irmãos e às nossas irmãs. Só amando somos fiéis ao envio do Senhor e só assim Deus será tudo em todos. Amando. Com o envio do Amor, do Espírito Santo, iniciam os tempos da criação reconciliada, são os tempos da história realizada, o cumprimento do Pentecostes.

Na segunda leitura, da primeira carta de S. João, vemos isto mesmo ser dito de outra forma: «Quem acredita que Jesus é o Messias, nasceu de Deus, e quem ama Aquele que gerou ama também Aquele que nasceu d’Ele. Nós sabemos que amamos os filhos de Deus quando amamos a Deus e cumprimos os seus mandamentos, porque o amor de Deus consiste em guardar os seus mandamentos». Ser enviados pelo Senhor é nascer de novo, é nascer do Espírito, é ser habitado pelo Espírito Santo que é o Amor. E sabemos que amamos os outros quando cumprimos os mandamentos.

Quando perguntam a Jesus qual é o maior dos mandamentos, Ele não hesita e diz: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Somos enviados a anunciar que Deus é Amor, a mostrar aos nossos irmãos o seu rosto misericordioso. Todos somos missionários convidados a anunciar que o Amor está vivo.

sábado, 7 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 7 - 7º DIA DA OITAVA DA PÁSCOA

1º Sábado

At 4, 13-21 / Slm 117 (118), 1.14-21 / Mc 16, 9-15

Jesus apareceu em primeiro lugar a Maria Madalena. (Evang.)

Porque será que Jesus não apareceu primeiro ao predileto? Será que era só predileto no coração de Jesus? Será que ele se achava predileto mas de facto não era? Seja como for, nesta circunstância o «predileto» foi Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. Talvez por isto mesmo, talvez por causa da sua grande conversão. Jesus gostava particularmente dos convertidos. Hoje, o leitor converta-se em alguma coisa, atitude…

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Destaques - Sexta-feira 6 e Sábado 7

- SEXTA-FEIRA: 1ª do Mês. Adoração ao SS.mo Sacramento e Confissões em Colares às 18h00. 1ª Sessão do Curso Alpha, na Igreja da Misericórdia às 20h00.

- SÁBADO: Adoração ao SS.mo Sacramento na Praia das Maçãs às 16h30 seguida de Missa às 17h30

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 6 - 6º DIA DA OITAVA DA PÁSCOA

1ª Sexta-Feira

At 4, 1-12 / Slm 117 (118), 1-2.4.22-27a / Jo 21, 1-14

É o Senhor. (Evang.)

Por causa da abundância de peixes, o discípulo predileto de Jesus reconheceu-O. Peçamos a Deus sensibilidade para O reconhecermos no nosso dia a dia e Lhe estarmos gratos. Deus nunca Se imporá. Serão sempre circunstâncias em que poderemos duvidar da presença de Deus, porque estamos no plano da fé. À noite, de vez em quando, façamos uma revisão do dia e tentemos descortinar onde é que Deus esteve presente. E agradeçamos-Lhe. 

Paquistão: Quatro cristãos morreram num atentado do auto-proclamado «Estado Islâmico»

Lisboa, 05 abr 2018 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informa que quatro cristãos, três da mesma família, morreram num ataque reivindicado o autoproclamado ‘Estado islâmico’ na cidade de Quetta, no sul do Paquistão.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a AIS explica que homens armados “dispararam à queima-roupa” contra um riquexó motorizado e mataram os três ocupantes, que eram todos da mesma família, e o motorista do veículo.

Segundo o secretariado português da fundação pontifícia, horas depois do ataque, o autoproclamado ‘Estado Islâmico’ divulgou que os seus militantes atacaram “combatentes cristãos”, numa declaração veiculada pela sua agência de notícias, a ‘Aamaq’.

O ataque na cidade de Quetta, na capital da província do Balochistão, no sul do Paquistão, aconteceu na noite desta segunda-feira, um dia após a Páscoa.

A AIS realça que a região estava em “alerta elevado”, desde Sexta-Feira Santa, 30 de março, uma vez que “haveria indícios que “algum ato violento poderia estar a ser preparado”.

Neste contexto, recorda que uma semana antes do Natal de 2017 um atentado bombista, numa igreja em Quetta, provocou a morte a nove pessoas e ferimentos em cerca de 60 cristãos.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre lembra também que 71 pessoas morreram, no dia 28 de março de 2016, Domingo de Páscoa, num ataque contra a comunidade cristã, num parque da cidade de Lahore.

CB

quinta-feira, 5 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 5 - 5º DIA DA OITAVA DA PÁSCOA

At 3, 11-26 / Slm 8, 2a.5-9 / Lc 24, 35-48

Vós entregastes e negastes (…) o Santo e o Justo (…). Portanto, arrependei-vos e convertei-vos. (1ª Leit.)

Pedro diz ao povo que este entregara e negara Jesus e que por isso agora tinha de se arrepender e converter. Quando ouvimos falar em arrependimento e conversão, geralmente pensamos em penitência, oração e, às vezes, esmola. E a esmola insere-se numa dimensão que a engloba: a caridade. Agora que passou um tempo mais formal para a penitência, o leitor centre-se mais na oração e na caridade. Faça um propósito.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 4 - 4º DIA DA OITAVA DA PÁSCOA

At 3, 1-10 / Slm 104 (105), 1-4.6-9 / Lc 24, 13-35

Os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. (Evang.)

Às vezes, são os ouvidos. Já aqui recordei, há anos, que uma mãe contou-me que num Natal os filhos propuseram que se fizesse alguma coisa pelos desfavorecidos. «Destas coisas que as crianças dizem», explicava-me a mãe, dando-me a entender que não tinham feito nada. O leitor reze para ser sensível à voz de Deus.

terça-feira, 3 de abril de 2018

ESPIRITUALIDADE - Oração a Jesus ressuscitado

Jesus ressuscitado,
que destes a paz aos apóstolos,
reunidos em oração, dizendo-lhes:
“A paz esteja convosco”,
concedei-nos o dom da paz.

Defendei-nos do mal
e de todas as formas de violência
que agitam a nossa sociedade,
para que tenhamos uma vida digna,
humana e fraterna.

Ó Jesus,
que morrestes e ressuscitastes por amor,
afastai de nossas famílias e da sociedade
todas as formas de desesperança e desânimo,
para que vivamos como pessoas ressuscitadas
e sejamos portadores de vossa paz.
Amém!

(via AASCJ)

Vocações XPTO - Lisboa

Para jovens e adultos, a partir dos 18 anos, que queiram conhecer a vida de uma comunidade de vida consagrada ou seminário. Sabe mais e inscreve-te em:  http://www.vocacoesxpto.net/semana-com/

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 3 - 3º DIA DA OITAVA DA PÁSCOA

At 2, 36-41 / Slm 32 (33), 4-5.18-20.22 / Jo 20, 11-18

Vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus. (Evang.)

Repare o leitor que tem o mesmo Pai que Jesus, que tem o mesmo Deus que Jesus. Isto é uma graça fantástica. O Pai de Jesus é aquele Pai que atuava através de Jesus. Também atua através de nós. (Assim O deixemos.) Jesus veio revelar-nos isso: que há uma Trindade de que o Pai é a primeira pessoa (não o disse por estas palavras) e que este Pai é o seu e nosso Pai. Hoje, o leitor agradeça esta graça imensa.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 2 – 2º dia da oitava da páscoa

At 2, 14.22-33 / Slm 15 (16), 5.8-11 / Mt 28, 8-15

Dizei: «Os discípulos vieram de noite roubá-lo». (Evang.)

Os príncipes dos sacerdotes, que nunca tinham querido reconhecer os milagres de Jesus, também não era agora que iam admitir a sua ressurreição. Isto faz-me lembrar aquelas situações em que, quando embirramos com alguém, não reconhecemos que essa pessoa faça algo bem feito. Peçamos a Deus que nos dê discernimento para reconhecer quando essas situações se dão connosco. Peçamos a graça de contemplar todos os nossos irmãos fraternalmente.

Esta é a nossa fé!



Estamos condenados à morte como parcelas vivas desta terra. Mas a morte não é tudo. Pode ser um assunto sério, mas não é o assunto final. Se tivermos o ressuscitado bem no centro da vida, ela será uma passagem inevitável para o último encontro, antigo e desejado, com o Redentor. Esta é a nossa fé!


domingo, 1 de abril de 2018

Swetha: Ressurreição | Os Cristãos na Índia

Homilia do Papa Francisco na Ceia do Senhor

Na tarde desta quinta-feira Santa o Papa Francisco celebrou a eucaristia no estabelecimento prisional Regina Coeli, em Roma. Leia, na íntegra, a sua homilia.

Jesus termina o seu discurso dizendo: «Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também» (Jo 13, 15). Lavar os pés. Naquela época, os pés eram lavados por escravos: era uma tarefa da escravatura. As pessoas percorriam as estradas, não havia asfalto, não havia paralelepípedos; naquela época havia o pó da estrada e as pessoas sujavam os pés. Na entrada da casa havia escravos que lavavam os pés. Era um trabalho escravo. Mas era um serviço: um serviço feito por escravos. E Jesus queria fazer esse serviço, para nos dar um exemplo de como devemos servir-nos uns aos outros.

Certa vez, quando estavam a caminho, dois dos discípulos que queriam fazer carreira pediram a Jesus que permitisse que eles ocupassem lugares importantes, um à direita e outro à esquerda (cf. Mc 10,35-45). E Jesus olhou para eles com amor - Jesus sempre olhou com amor - e disse: «Vocês sabem o que estão a pedir?» (v. 38). Os líderes das Nações - diz Jesus - comandam, deixam-se ser servidos e vivem bem (ver v. 42). Pensemos naquela época de reis, dos imperadores cruéis que se faziam servir pelos escravos ... Mas entre vós- diz Jesus - não deve ser assim: aqueles que manda deve servir. O líder deve ser o servo (veja v. 43). Jesus anula o hábito cultural e histórico daquela época - até mesmo o de hoje - aquele que comanda, para ser um bom líder, onde quer que esteja, deve servir. Eu penso tantas vezes - não neste momento porque ainda estamos todos vivos s temos a possibilidade de mudar de e não podemos julgar, mas pensemos na história - se tantos reis, imperadores, chefes de estado entenderam este ensinamento de Jesus e em vez de mandar, ser cruel, matar as pessoas tivessem feito isto, quantas guerras não teriam sido evitadas! Serviço: na verdade existem pessoas que não facilitam esta atitude, pessoas soberbas, pessoas odiosas, pessoas que talvez nos desejem mal; mas somos chamados a servi-los mais. E há também pessoas que sofrem, que são descartadas pela sociedade, pelo menos por determinado tempo, e Jesus vai lá para lhes dizer: Tu és importante para mim. Jesus vem para nos servir, e o sinal de que Jesus serve aqui hoje, na prisão de Regina Coeli, é que ele quer escolher 12 de vós, como os 12 apóstolos, para lavar os pés. Jesus arrisca com cada um de nós. Sabei disto: Jesus chama-se Jesus, não se chama Pôncio Pilatos. Jesus não vai lavar as próprias mãos: ele só sabe arriscar! Vejamos esta imagem tão bonita: Jesus marcado pelos espinhos, arriscando ferir-se para recuperar a ovelha perdida.

Hoje eu, que sou pecador como vós, mas representando Jesus, sou um embaixador de Jesus. Hoje, quando me curvar diante de cada um de vós, pensai: "Jesus arrisca neste homem, um pecador, para vir a mim e dizer que me ama”. Isto é o serviço, assim é Jesus; Não os abandona nunca; nunca se cansa de nos perdoar. Ele ama-nos muito. Vede como arrisca, Jesus!

E assim, com estes sentimentos, vamos continuar com esta cerimónia a que é simbólica. Antes de nos dar o seu corpo e o seu sangue, Jesus arrisca-se por cada um de nós, e arrisca no serviço porque no nos ama tanto.

Tradução Educris a partir do original em italiano

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 1 – Páscoa da Ressurreição do Senhor (Solenidade) – Ano B

At 10, 34a.37-43 / Slm 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23 / Col 3, 1-4 ou 1 Cor 5, 6b-8 / Jo 20, 1-9

S. Gregório de Nissa, um Padre da Igreja do século IV, diz numa homilia de Domingo de Páscoa: «Ontem, nascíamos simples filhos dos homens; hoje, nascemos filhos de Deus. Ontem, éramos os rejeitados dos céus sobre a terra; hoje, Aquele que reina nos céus faz de nós cidadãos do Céu. Ontem, a morte reinava por causa do pecado; hoje, graças à Vida, é a justiça quem toma o poder.

Um único homem abriu-nos outrora as portas da morte; hoje, um único homem traz-nos de novo à vida. Ontem, perdemos a vida por causa da morte; mas hoje a Vida destruiu a morte. Ontem, a vergonha fazia-nos esconder debaixo da figueira; hoje, a glória atrai-nos para a árvore de vida. Ontem, a desobediência tinha-nos expulsado do Paraíso; hoje, a nossa fé faz-nos entrar nele. De novo nos é oferecido o fruto da vida para que o saboreemos tanto quanto quisermos. De novo a nascente do Paraíso, cuja água nos irriga pelos quatro rios dos Evangelhos (cf. Gn 2, 10), vem refrescar todo o rosto da Igreja...». Esta é a certeza que nos habita! O Senhor está vivo e nós estamos vivos n’Ele. Para sempre!

No Evangelho deste Grande Domingo da nossa salvação, vemos como o «outro discípulo» entra no túmulo e «viu e acreditou». Entrando, apercebe-se que o corpo não está ali e que os panos de linho que o envolviam estavam no sítio onde Ele tinha sido deposto. Viu os sinais da ausência do Corpo e acreditou. O discípulo amado viu e acreditou que Jesus, o Senhor da Vida, está vivo. Ele é para nós a imagem daqueles que acreditam sem terem visto. É o exemplo daqueles que acreditam pelos sinais da presença do Senhor. Este discípulo, o outro discípulo, vê com o coração. É o Amor o princípio da fé, é o Amor a chave que nos permite reconhecer a Verdade, é o Amor o princípio da vida. A Fé não é cega, o Amor não é cego: longe disso! Amar é ter os olhos verdadeiramente abertos para a realidade que conta.

É curioso: o túmulo está vazio e eles sabem que o corpo não foi roubado, mas não é isto que mostra que o Senhor está vivo. Para o discípulo que o Senhor ama é o amor que “vê” os sinais e “acredita” em Jesus ressuscitado, mesmo sem O ter visto. Não é porque o túmulo está vazio que os discípulos acreditam, mas porque experimentam a presença viva de Jesus no meio deles. É a constatação de que o Senhor está vivo, e não a ausência do Corpo, que leva os discípulos à certeza da fé de que Jesus ressuscitou.

Nós acreditamos que o Senhor está vivo não porque nos disseram que o túmulo estava vazio, mas pelos frutos que vemos acontecer na vida daqueles que acreditaram. Não é porque o corpo desapareceu que Jesus está necessariamente vivo e no meio de nós, mas é pelo testemunho daqueles que O viram que a fé em nós permite que vivamos na certeza que vem da fé de que o Senhor está vivo. Para quem não tem fé, o sepulcro vazio será sempre um enigma ou um embuste, porque lhes falta a capacidade de ver para além daquilo que os olhos veem. Só o Amor nos permite reconhecer a verdade. Só o Amor nos permite ver a nossa própria verdade e, reconhecendo o Senhor vivo no meio de nós, reconheceremos que hoje somos filhos de Deus, hoje somos cidadãos do Céu, hoje um único Homem traz-nos definitivamente à vida nova, a vida do Espírito, a vida do Amor.

Solene Vigília Pascal 2018 - Paróquia Nossa Senhora da Assunção - Colares