terça-feira, 31 de março de 2020

Covid-19: Bispos de Lisboa escrevem carta aos padres da diocese

«Interrupção do habitual» pode ser compensado com «a criação de um futuro ainda mais rico, em possibilidades e meios», escrevem D. Manuel Clemente e seus auxiliares

Lisboa, 30 mar 2020 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca e bispos auxiliares de Lisboa enviaram uma mensagem aos sacerdotes do patriarcado, nas difíceis circunstâncias” que se vivem, por causa da pandemia de Covid-19.

“Partilhamos convosco o sofrimento de não poder celebrar com o povo. Nem por isso deixamos de viver a Santa Quaresma, ainda que sem as manifestações habituais de piedade, tão fortes e expressivas como são. Quando as pudermos retomar noutros anos, ainda mais fortes e conversoras hão de ser”, refere a mensagem, assinada por D. Manuel Clemente, D. Joaquim Mendes, D. Daniel Henriques e D. Américo Aguiar.

A missiva dirige-se em particular aos padres “mais idosos ou doentes”, elogiando também o esforço dos responsáveis católicos para acompanhar os fiéis.

“Assim o fazeis pela oração e por muitas conexões de telefone, internet e outros meios, com que superais a inevitável separação física por várias formas criativas de contacto”, indica o texto, divulgado através da internet.

"Chegam-nos felizes notícias de tempos de oração sacerdotal e de encontro pastoral pela internet ou telefone, intensificando ou mantendo o cuidado mútuo e o serviço dos fiéis. Igualmente sobre a vossa atenção aos mais sós e doentes, entre os vossos paroquianos ou outros, com mensagens que enviais e telefonemas que fazeis. E o mesmo se diga do cuidado em garantir o serviço de vários equipamentos sociocaritativos e dos respetivos colaboradores”.

Os responsáveis católicos consideram que o momento de emergência nacional e de isolamento social criaram novos hábitos para o trabalho pastoral futuro, “quando a normalidade regressar e como regressar”.

“Na verdade, este tempo difícil tem sido da parte do presbitério de Lisboa uma ocasião de reforço da ação pastoral, compensando a interrupção do habitual com a criação de um futuro ainda mais rico, em possibilidades e meios”, indicam os bispos de Lisboa.

Em relação à Semana Santa, a carta adianta que o Patriarcado de Lisboa vai seguir as orientações do Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (Santa Sé).

OC

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 31 – Semana V da Quaresma

Num 21, 4-9 / Slm 101 (102), 2-3.16-21 / Jo 8, 21-30

Não escondais o vosso rosto no dia da minha aflição. (Salmo)

Deus nunca esconde o seu rosto. O que se pode então passar quando parece que Deus Se esconde de nós? Querermos pôr Deus a fazer o que nós queremos? Querermos ver rapidamente a ação de Deus? Não estarmos a pedir a Deus o que Deus quer que nós peçamos? O leitor já passou por esta experiência? Que lições tirou para a sua vida presente? Terá visto que Deus, afinal, está sempre presente? Ou não?

Domingo de Ramos

Vamos partilhar...
Que tal se todos nós, no dia 04/04 (sábado) à tardinha, colocássemos um ramo no portão, porta ou janela de nossa casa para que no Domingo de Ramos, para que todas as casas amanheçam com um ramo...  

Pode ser qualquer ramo verde que você consiga. 
Isso serviria para, apesar do isolamento social, ficarmos ligados nas cerimónias da Semana Santa.
Aclamando Jesus, mesmo que silenciosamente.

segunda-feira, 30 de março de 2020

Pandemia: Papa reza pelas pessoas que não conseguem reagir


Cidade do Vaticano, 30 mar 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco rezou hoje no Vaticano pelas pessoas que se sentem paralisadas perante a pandemia de Covid-19, na Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta, com transmissão online.

“Rezemos hoje pelas muitas pessoas que não conseguem reagir: estão amedrontadas com esta epidemia. Que o Senhor as ajude a reerguer-se, a reagir para o bem de toda a sociedade, de toda a comunidade”, disse, no início da celebração matinal.

Já na sua homilia, Francisco destacou a importância do perdão e da consciência de ser “pecador”.

“Cada um de nós tem as próprias histórias. Cada um de nós os próprios pecados. E se não se lembre, pense um pouco e irá encontrá-los. Agradeça a Deus, se os encontrar, porque se não os encontrar, é um corrupto. Cada um de nós tem os próprios pecados. Olhemos para o Senhor que faz justiça, mas que é tão misericordioso”, apelou.

O Papa sustentou que ninguém se deve envergonhar de “estar na Igreja”, mas de ser pecador.

“A Igreja é mãe de todos. Agradeçamos a Deus por não sermos corruptos”, apontou.

A celebração concluiu-se com a adoração e a bênção eucarística.

OC

Onde está Deus

Bom dia e boa semana!
Está a ficar cansado das mesmas paredes, dos mesmos rostos, a precisar de sol ou de alargar horizontes? É compreensível! Mas vai encontrar algo sempre positivo nestes dias, naquilo que pode fazer, em casa, certo de que é por uma boa causa: a sua e a de todos. Porque ninguém se salva sozinho, como afirmou o Papa a uma Praça de São Pedro vazia... Mas toda a gente ouviu!

Na mensagem desta manhã, quero partilhar parte de uma das homilias que ouvi este domingo: a de D. José Ornelas, bispo de Setúbal. Porque o drama, o sofrimento e a morte da pandemia covid-19 coloca a questão do lugar de Deus, do poder divino e da sua intervenção na história: Onde está Deus nestas ocasiões? O ponto partida foi um texto do Evangelho que conta o "atraso" de Jesus para salvar o seu amigo Lázaro. E as irmãs - compreensívelmente - contestam: "... se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido".

Se's que fazem a reflexão do bispo de Setúbal...

Agora, podemos voltar às perguntas das irmãs de Lázaro e às nossas...

Porque não estavas aqui quando o nosso irmão estava para morrer? Onde estás agora nesta pandemia, onde estás nos nossos receios e angústias?

Talvez estejamos prontos para encontrar uma resposta semelhante a algumas respostas que circulam nas redes sociais nestes dias...

Talvez ouvíssemos Jesus dizer: ‘Procura-me nas urgências dos hospitais, cansado, de máscara, com equipamento protetor, arriscando a vida para que muitos possam viver; procura-me nos lares, acompanhando os mais frágeis, nos serviços mais elementares e indispensáveis, resistindo ao medo que seria pior que o próprio vírus; ando pelos laboratórios procurando soluções novas para esta crise nova; vou lavando estradas, juntando lixo, levando produtos para todos; podes ver-me também num padre ancião destes dias que ofereceu o seu ventilador a um jovem para que pudesse viver. Já tive a alegria de o abraçar, como a todos os que semearam na terra a semente da vida e do amor pelos outros. Eles parecem-se bem comigo porque Eu continuo presente neles e hoje eles estão comigo. E estou contigo e com vocês todos que ficam em casa quando vos apetecia sair. Porque esta atitude é tão importante como os que estão na primeira linha. O vosso heroísmo é a paciência que fica de pé, curando, dando força aos que estão mais ativos. Vocês estão esperando e preparando a vida para além da crise porque acreditam que Eu sou mais forte do que qualquer vírus e não vos abandono.

Estou convosco! E é por isso que vos digo que haveis de ultrapassar esta crise. Não gosto de epidemias nem de mortes. Mas espero que esta crise vos faça reconhecer a vossa comum fragilidade e ao mesmo tempo a importância de cada um e de cada uma de vós para vencer os desafios importantes desta terra que recebeste. Espero que saibais colher a sabedoria e o fruto de tanto sofrimento e esforço para forjar atitudes novas para mundo novo.

Ao serviço de um projeto deste mundo novo, colocai todo o vosso saber,  toda a vossa ciência, toda a força do vosso coração, toda a vossa capacidade de relação e de misericórdia, mas nunca vos esqueçais de levantar os olhos para o céu, para o Meu Pai e vosso Pai, se não a vossa visão e o vosso projeto será sempre muito curto, muito limitado e muito frágil. Só assim o mundo humano conhecerá a sua verdadeira dimensão, abrindo-se ao poder, à misericórdia e amor de Deus.

Não percais a confiança! Não vos deixeis levar pelo medo nem pelo abatimento. Não tenhais medo de vos empenhar com sabedoria nesta vida, mesmo com o risco de passar pela morte. Haveis de passar, porque eu vos espero! Porque eu venci a morte! Porque Eu sou a ressurreição, porque Eu sou a Vida!”

Desejo-lhe uma boa semana, em sua casa!

Paulo Rocha

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 30 – Semana V da Quaresma

Dan 13, 1-9.15-17.19-30.33-62 ou Dan 13, 41-62 / Slm 22 (23), 1-6 / Jo 8, 1-11

A bondade e a graça hão de acompanhar-me... (Salmo)

O leitor peça a Deus para que a bondade o acompanhe todos os dias da sua vida. Ser bom para consigo e para com os outros é dificílimo; requer um olhar límpido e um amor imenso. O leitor peça aquele olhar que, não sendo ingénuo, não julga, aquele coração que, não sendo néscio, não condena. (Fique um bocadinho a conversar com Deus sobre isto, que é tão difícil. Como será possível de alcançar?…)

domingo, 29 de março de 2020

Dom, 29 – Domingo V da Quaresma – Ano A

A vida depois da morte é um enigma que sempre ocupou a mente humana, um mistério que só a fé em Cristo ressuscitado desvenda em plenitude.

O sacerdote Ezequiel foi um dos deportados para a Babilónia, no ano 597 antes de Cristo. Acompanhou o povo, partilhando a sua sorte trágica, sendo porta-voz de Deus como profeta. Não podia, assim, deixar de ser animador da esperança dos seus concidadãos desterrados e escravizados. Neste contexto de abominação e desolação, proclama, falando em nome de Deus: «Infundirei em vós o meu espírito e revivereis. Hei de fixar-vos na vossa terra e reconhecereis que Eu, o Senhor, digo e faço». Ontem como hoje, o Espírito de Deus anima e oferece vida nova, quando aparentemente só havia que esperar a morte.

S. Paulo, escrevendo aos cristãos de Roma, recorda que, embora o nosso corpo seja mortal, a nossa vida não acaba com a morte física. É que Jesus Cristo, que venceu a morte com a sua ressurreição, também nos há de dar, quando morrermos corporalmente, uma vida nova, que já não conhecerá a morte, mas será eterna. Temos diante de nós um horizonte cheio de esperança na vida nova que Deus nos quer oferecer.

O Evangelho revela-nos o lado humano de Jesus, num clima intensamente afetivo, e também o seu poder divino. As irmãs de Lázaro fazem uma prece, que é modelo de todas as orações que fizermos por pessoas que passam alguma provação ou se encontram enfermas: «Senhor, o teu amigo está doente».

Várias vezes é sublinhada a amizade mútua entre Cristo e as pessoas desta família abençoada: Marta, Maria e Lázaro. Vem repetidamente destacada a capacidade de Jesus sintonizar com o que nos acontece. Assim, S. João nota que Jesus «comoveu-Se profundamente e perturbou-Se... E chorou... intimamente comovido». O que se passa nas nossas vidas, como amigos de Jesus, toca profundamente o seu coração. O que é nosso é assumido por Jesus, afetiva e efetivamente. Jesus não nos trata por «servos» ou membros de um grupo religioso criado por Ele. Perante Jesus, nós somos seus amigos, como nos recordou na última ceia (Jo 15, 15).

Cristo realiza o milagre de fazer voltar à vida na terra o seu amigo Lázaro. É certo que, a seu tempo, Lázaro veio a morrer. Este milagre realizado por Jesus é sinal do seu poder sobre a morte e prenúncio da nossa ressurreição.  

Hoje Santa Missa do V Domingo da Quaresma


sábado, 28 de março de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 28 – Semana IV da Quaresma

Jer 11, 18-20 / Slm 7, 2-3.9bc-12 / Jo 7, 40-53

Felizes os que (...) produzem fruto pela perseverança. (Aclamação antes do Evangelho)

Imagine o leitor que fuma e que não tenciona deixar de fumar. Mas sabe que lhe faz mal. E se, por acaso, deixasse de ter vontade de fumar? Aí já era outra coisa. Segundo Santo Inácio de Loiola, podia pedir com perseverança que lhe apetecesse deixar de fumar. O leitor percebe a ideia? Não era pedir para deixar de fumar. Era pedir para lhe apetecer deixar de fumar. Este mecanismo também dá para algo positivo. Evidentemente. Por exemplo, pedir para passar a querer fazer alguma coisa. Isto é o começo de um propósito. Quer experimentar?

sexta-feira, 27 de março de 2020

Não deixe de viver com grande sentido a Semana Santa e Páscoa

PROPOSTAS DE REFLEXÃO E ORAÇÃO
EM TEMPO DE QUARESMA E QUARENTENA 

A pandemia provocada pelo novo coronavírus COVID 19 veio transformar substancialmente as nossas vidas. É um tempo novo, de paragem e recolhimento, que pode ser também uma oportunidade para descobrir a nossa liberdade interior e exercitar a fé, a esperança e a confiança.

O Papa tem acompanhado em oração os doentes, os mortos, as famílias, os profissionais de saúde e todos os que estão na linha da frente deste combate. Francisco convida-nos a “permanecer unidos”, a “rezar juntos”, a responder à pandemia causada pelo novo vírus “com a universalidade da oração, da compaixão e da ternura”.

Em sintonia com o Papa, a sua Rede Mundial de Oração em Portugal disponibiliza, através dos seus canais próprios (site, redes sociais, revistas e livros) e das plataformas digitais de que dispõe (Passo-a-Rezar, Click To Pray e O Vídeo do Papa), um conjunto de propostas de reflexão e oração para ajudar as pessoas a viver melhor este tempo.

ORAÇÕES

O Papa tem pedido que invoquemos a proteção da Virgem Maria neste momento de perigo através da oração "À vossa proteção" e da oração do Terço, “a oração dos humildes e dos santos”. O Passo-a-Rezar tem uma proposta do Terço, em formato áudio, que ajuda a confiar o mundo a Maria, Mãe de Deus. O Click To Pray dispõe do Rosário pela Paz, em formato texto, áudio e com pequenos vídeos que, de forma pedagógica, ajuda a rezar o Terço, especialmente os mais jovens.

Nas redes sociais da Rede Mundial de Oração do Papa – Portugal encontram-se orações para rezar neste tempo de quarentena, concretamente orações de comunhão espiritual, que podem ser rezadas no momento da comunhão por todos os que assistem à Missa através da televisão, rádio ou internet; a oração dos Bispos da Europa a pedir ajuda, conforto e salvação; e a já emblemática oração do Papa a Nossa Senhora neste momento de pandemia, entre outras.

O Click To Pray, a terceira rede social do Papa, permite acompanhar todas as intenções de oração de Francisco. No perfil do Santo Padre, encontram-se os desafios da humanidade e da missão da Igreja enunciados pelo próprio Santo Padre e, agora, diariamente, intenções específicas de oração relacionadas com o combate ao COVID 19. Estes pedidos de oração são replicados no facebook do Click To Pray e RMOP – Portugal.

O Click To Pray permite também rezar em rede pelas intenções pessoais uns dos outros. Basta que os utilizadores criem o seu próprio perfil e acedam ao mural de intenções que existe na secção Reza em Rede. Esta comunidade de oração conta com mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo e é uma forma de dar rosto à oração de cada um. Nas últimas semanas, multiplicam-se os pedidos de oração sobretudo de pessoas de Espanha e Itália, os países europeus mais afetados pela pandemia.

REZAR A QUARESMA E A PÁSCOA

É tempo de quarentena mas também de Quaresma. As celebrações públicas da Quaresma e Páscoa estão suspensas em todo o país mas é possível celebrar estes tempos importantes do calendário cristão a partir de casa.

Durante a Semana Santa e a Oitava de Páscoa, de 5 a 19 de abril, o Click To Pray promove uma campanha especial, através das redes sociais. São apontamentos breves, diários, para viver este tempo como uma missão de compaixão pelo mundo, ao estilo compassivo do Coração de Jesus, que predispõem à oração e a ações concretas. A cada dia, um convite a encarar a vida com um olhar de proximidade e caridade.

Retiro da Quaresma

O Passo-a-Rezar disponibiliza um Retiro de Quaresma, para ser lido ou ouvido, em casa ou em qualquer lugar. Tem como tema “Chamados a ser Santos”, inspirado na Carta de S. Paulo aos Romanos, e, para além da introdução, é composto por sete sessões, divididas em várias etapas. Os utilizadores podem optar por ouvir todas as sessões no mesmo momento, ou rezar uma sessão por dia, ou com alguns dias de intervalo, de forma a melhor interiorizar o que é proposto.

Tríduo Pascal

Este ano, o Passo-a-Rezar propõe que se viva o centro do Ano Litúrgico, compreendido entre a Quinta-Feira Santa e o Domingo de Páscoa, em comunhão com a Comunidade de Taizé. Nestes dias, há propostas especiais, feitas a partir das meditações do Irmão Alois, Superior da Comunidade de Taizé, acompanhadas por músicas daquela comunidade. A escolha e organização das meditações é de Alzira Fernandes e as vozes de Maria Helena Falé e Paulo Nogueira.

Via-Sacra com Maria

A Via-Sacra é um exercício espiritual que ajuda a reviver a paixão e morte do Senhor Jesus. Nesta proposta é Maria, a Mãe de Jesus, quem toma a palavra e é imensa a dor desta Mulher trespassada pelos sofrimentos do seu Filho. Maria é a imagem viva de todas as mães dolorosamente marcadas pelas dores dos seus filhos e filhas. O convite é para fazer com Maria o “caminho da cruz”.

Via Lucis com Maria

Via Lucis com Maria é uma proposta para aprofundar o Tempo Pascal, na companhia da Mãe de Jesus. Introduz os leitores/utilizadores na contemplação do Ressuscitado, através de 14 estações inspiradas nos textos dos Evangelhos, dos Atos dos Apóstolos e das Cartas de São Paulo.


REVISTAS GRATUITAS, PORTES GRÁTIS

Para que o tempo de quaresma e quarentena seja aproveitado de uma forma mais enriquecedora, a Rede Mundial de Oração do Papa - Portugal decidiu disponibilizar gratuitamente as revistas Cruzada e Mensageiro do Coração de Jesus, que podem ser descarregadas em formato digital.

Além disso, durante este tempo de isolamento social todas as encomendas na livraria online das Editoriais AO e Frente e Verso têm portes grátis para Portugal. Com o objetivo de tornar a leitura mais acessível a todos, as Editoriais AO e Frente e Verso selecionaram um conjunto alargado de livros, relacionados com a Quaresma e Páscoa, vidas de santos, espiritualidade, formação cristã e oração, com descontos até 20%. Nesta lista, constam os livros Semana Santa, Via-sacra com Maria e Via Lucis com Maria.

Não deixe de viver com grande sentido a Semana Santa e Páscoa.

Boas leituras, em casa!

TEMPO DE QUARESMA E QUARENTENA


Católicos: encontro marcado com o Papa dia 27 de março


Agora o convite é para os católicos: sexta-feira, 27 de março, às 18h locais (14h 🇧🇷). O Papa estará no patamar da Basílica Vaticana, com a Praça vazia. Depois de um momento de oração, vai conceder a bênção Urbi et Orbi, com a possibilidade da Indulgência Plenária.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 27 – Semana IV da Quaresma

Sab 2, 1a.12-22 / Slm 33 (34), 17-21.23 / Jo 7, 1-2.10.25-30

(O justo) repreende-nos as faltas de educação. (1ª Leitura)

Já aqui disse ao leitor e hoje repito que a cerimónia faz bem a todas as relações humanas. No trato com os outros, no trato connosco (não nos podemos tratar de qualquer maneira), na maneira como falamos dos outros. E quanto mais íntimos somos de alguém, mais cuidado devemos ter, porque temos uma tendência natural a já não fazer cerimónia. E nunca se deve confundir estar à vontade com ultrapassar certos limites, o que é falta de caridade e pode magoar muito. Hoje o leitor peça o dom da cerimónia.  

quinta-feira, 26 de março de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 26 – Semana IV da Quaresma

Ex 32, 7-14 / Slm 105 (106), 19-23 / Jo 5, 31-47

Lembrai-vos de Abraão, de Isaac e de Israel, vossos servos. (1ª Leitura)

O Senhor queria exterminar o seu povo. Moisés consegue aplacar a sua indignação lembrando os que Lhe são fiéis. Também nós podemos passar por momentos de desespero por causa das nossas faltas, dos nossos erros, mas é sempre bom lembrarmo-nos (e agradecermos!) dos nossos momentos de fidelidade. Hoje, o leitor agradeça o quanto tem sido fiel em circunstâncias concretas da sua vida. Não se menospreze. Peça a Deus alegria consigo próprio. (Algumas personalidades precisarão mais de humildade. Depende…)

quarta-feira, 25 de março de 2020

Anunciação ou Encarnação? Afinal, o que celebramos exatamente em 25 de março?

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As duas, de modo intimamente entrelaçado, indissociável e maravilhoso!

A Igreja celebra em 25 de março, conjuntamente, a Anunciação do Arcanjo Gabriel a Maria e, por conseguinte, também o mistério da Encarnação do Verbo de Deus, já que ambos os episódios da história da Salvação estão intimamente entrelaçados.

Anunciação
A Anunciação do Senhor se refere ao anúncio trazido à Santíssima Virgem Maria pelo Arcanjo São Gabriel: ela conceberia e daria à luz por obra do Espírito Santo. Graças à livre aceitação do plano de Deus pela Virgem Santíssima, Jesus poderia nascer: no momento em que Maria disse SIM a Deus, “o Verbo se fez carne”!
Encarnação
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Uma vez que Maria aceita ser a Mãe do Filho de Deus, “faz-se nela segundo a palavra do anjo”: o Verbo de Deus se faz carne e vem habitar entre nós.

No início do Evangelho de São João, Jesus é chamado de “Verbo”: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). Verbo, do latim Verbum, significa Palavra: a Palavra Viva de Deus, o próprio Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. E o Verbo se faz carne, isto é, assume a natureza humana, se encarna, vem habitar entre nós como um de nós: verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

É importante observar que Jesus assume a natureza humana inteira, em corpo e alma: quando Jesus se torna humano, Ele não deixa de ser Deus, mas também não se torna só “aparentemente” humano: Ele vai nascer, chorar, precisar de cuidados da mãe Maria e do pai adotivo José, dos avós Ana e Joaquim… Ele vai crescer, aprender, trabalhar, sofrer, experimentar a fome, o cansaço, o medo, a angústia, a tentação, a dor física. Sem deixar de ser Deus, Jesus é plenamente homem – porque, para a redenção, era preciso que um homem carregasse o peso dos pecados de todos os homens, e só era possível que Deus mesmo fosse esse homem.

A Encarnação do Verbo é, portanto, o profundíssimo mistério cristão daquele dia supremo em que a Virgem concebeu e gestou Aquele que a gerou, tornando-se Mãe daquele que a criou; Ele, que, como explica São Paulo, mesmo “sendo de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens” (Fl 2,6-7). É este movimento divino de encarnar-se, denominado “kenose” pela teologia, o imenso e imponderável mistério que celebramos toda vez que rezamos o Ângelus ou o Creio.
Encarnação e Paixão
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No Ano da Misericórdia de 2016, aconteceu um fato extraordinário: a data da Encarnação do Filho de Deus coincidiu, excepcionalmente, com a data da Sua Paixão e Morte: a Sexta-Feira Santa.

Esta reflexão é de profundidade insondável: o mistério da vida e o mistério da morte unidos ainda mais explicitamente numa data em que, ao mesmo tempo, celebramos o Deus que se faz bebê no ventre da Virgem Maria e que “se faz pecado”, na expressão das Escrituras, embora nunca tenha pecado, para nos remir dos nossos próprios pecados morrendo na cruz.

E isto é assombroso: foi precisamente para nos redimir, morrendo e ressuscitando, que Ele Se faz carne. Verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Ele se fez conceber e viver na carne até a morte do corpo, insondáveis mistérios de fé que providencialmente se reuniram no último Ano Santo da Misericórdia, mas que são inseparáveis sempre: são indissociáveis, afinal, o início e a consumação da nossa redenção! Aquela coincidência de datas acontece em raros intervalos de tempo, mas o seu significado é fonte permanente e inesgotável de meditação, gratidão e conversão.

PAPA PEDE QUE REZEMOS JUNTOS À VIRGEM MARIA PELO FIM DA PANDEMIA


O Papa tem acompanhado em oração a pandemia provocada pelo COVID 19. Numa edição especial de O Vídeo do Papa, Francisco agradece a todos os que rezam nestes momentos difíceis, sem distinção de tradições religiosas, e pede que rezemos juntos à Virgem Maria a oração "À vossa proteção", em especial pelos doentes e pelos que mais sofrem.

Oração
À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus.
Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades; mas livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.

Desde finais de 2019, o novo coronavírus propagou-se a 162 países e territórios, contagiou mais de 290 mil pessoas em todo o mundo e provocou, até ao momento, mais de 12 mil mortes1. Este quadro fez com que a 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde declarasse a doença como pandemia2.

O Papa tem acompanhado estes momentos difíceis para a Itália e para o mundo com fé e oração. No terceiro domingo da Quaresma, dia 15 de março, rezou diante do ícone Salus Populi Romani, enfatizando a sua proximidade aos que sofrem e implorando a proteção especial da Santíssima Virgem. Em seguida, dirigiu-se ao local onde se encontra o crucifixo que, em 1522, foi levado em procissão pedindo o fim da peste em Roma, e rezou pelo fim da pandemia que assola o mundo. Nestes dias, tem rezado pela cura de tantos doentes, pelas vítimas e pelos seus familiares e amigos, para que encontrem consolação e alívio3.

Momentos de oração marcados para quarta e sexta-feira

O Santo Padre convida as pessoas a mobilizarem-se, particularmente durante esta semana, "com a oração, a compaixão e a ternura". Neste contexto, pede que amanhã, 25 de março, dia da Anunciação do Senhor, às 11h00, "todos os líderes das Igrejas, os responsáveis de todas as comunidades cristãs e todos os cristãos das diferentes confissões” invoquem “o Altíssimo e Deus omnipotente", através da oração do Pai-Nosso.

Na sexta-feira, dia 27 de março, às 17h00, realiza-se, a partir de Roma e transmitido pelos meios de comunicação para todo o mundo, um momento de oração e adoração ao Santíssimo Sacramento, que inclui, no final, "a bênção Urbi et Orbi" e uma indulgência plenária para todos os que se unirem espiritualmente a este momento de oração.

Para rezar com o Papa Francisco, pode aceder-se ao seu perfil oficial de oração na plataforma Click To Pray (site web, app e redes sociais). Que nestes dias o Senhor nos ajude a encarnar a compaixão nos gestos quotidianos, na proximidade às pessoas em solidão e exaustas, com os nossos gestos e através dos meios de comunicação que temos à nossa disposição.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 25 – Anunciação do Senhor (Solenidade)

Is 7, 10-14; 8, 10 / Slm 39 (40), 7-8a.8b-11 / Hebr 10, 4-10 / Lc 1, 26-38

Não te agradam holocaustos nem imolações pelo pecado. Então eu disse: «Eis-me aqui: (…) eu venho fazer a vossa vontade». (2ª Leitura)

O que Te agrada é que Te diga «eis-me aqui, fala-me». O que Te agrada é que, ao longo do dia, eu esteja à disposição do teu sussurro, do teu impulso, da tua inspiração. Se estivermos atentos ao impulso do nosso coração ao longo do dia, iremos detetando situações em que Deus nos fala. Em que uma voz interior nos fala. Uma voz pura e altruísta, que não é a voz da primeira coisa que nos vem à cabeça, o que é uma distinção muito importante. Peçamos sensibilidade a essa voz interior.

Lisboa: Cardeal-patriarca convida famílias a rezar por quem está na «primeira linha» do combate ao Covid-19 (c/vídeo)

D. Manuel Clemente recorda momentos de oração de quarta-feira, no Vaticano e em Fátima

Lisboa, 24 mar 2020 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa convidou hoje as famílias a rezar pelos que estão na “primeira linha” do combate ao Covid-19, recordando em particular dois momentos de oração de quarta-feira, no Vaticano e em Fátima.

“No dia 25, Solenidade da Anunciação do Senhor, quando às 11h00 de Portugal (meio-dia em Roma), rezarmos ecumenicamente com o Papa um convicto Pai-Nosso; e depois seguirmos a partir de Fátima às 18h30, com o seu Bispo, unido aos Bispos de Portugal, de Espanha e de outras dioceses estrangeiras, a recitação do Rosário e a consagração aos Corações de Jesus e Maria”, refere D. Manuel Clemente.

“Família a família, comunidade a comunidade, persistamos em oração. Fisicamente resguardados e no cumprimento estrito das indicações sanitárias, alarguemos em Deus a solidariedade com todos”, acrescenta o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

O texto saúda todos os que estão “na primeira linha dos cuidados de saúde e do serviço público, social ou particular”.

“Contam com a nossa oração, que lhes garantirá a força para o que vão fazendo, com tanta generosidade e mérito”, aponta o patriarca de Lisboa.

O cardeal português fala em tempos “especiais”, com “graves problemas de saúde, equilíbrio humano e sustento básico que se põem e continuarão a pôr”.

“É muito o que se tem feito, das instâncias oficiais e sanitárias à solidariedade interpessoal e de vizinhança”, escreve.

"No âmbito eclesial, são igualmente muitas as ações em curso, de paróquias, institutos religiosos e seculares e instituições sócio-caritativas, para minorar e ultrapassar as dificuldades que surgem e a falta de meios, pessoais e materiais, para prosseguirem a sua ação. A nossa Cáritas Diocesana procura igualmente uma resposta coordenada com outras instâncias, para não dispersar as possibilidades que existam ou se reforcem”.

Além da ação solidária, D. Manuel Clemente destaca a importância da oração, da ação divina que “precede e ultrapassa em tudo o que seja bom e útil para todos”.

“A oração forte e permanente como que abre a Deus a possibilidade de atuar neste mundo e reforça a ação de quem se dedica ao bem dos outros”, escreve.

OC

terça-feira, 24 de março de 2020

Covid-19: Médicos católicos são convocados a dar «testemunho de fé»

Presidente da Associação dos Médicos Católicos Portugueses escreveu mensagem

Lisboa, 23 mar 2020 (Ecclesia) – O presidente da Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP), o psiquiatra Pedro Afonso, escreveu mensagem aos médicos e estudantes de medicina, considerando que esta “crise profunda” pode “hierarquizar prioridades” e pediu “testemunho de fé”.

“As grandes mudanças são habitualmente antecedidas por um período de sofrimento, uma vez que ninguém muda se «estiver tudo bem». Os momentos de crise acabam por se tornar períodos de reflexão e de crescimento individual, nos quais se hierarquizam prioridades, e se fazem novas escolhas”, afirma na sua mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA. 

Pedro Afonso descreve que “o mundo está a atravessar uma crise profunda”, causada pelo COVID-19, pede aos médicos que valorizem a vida e não deixem de dar testemunho de fé.

"Gostaria de vos pedir para darem testemunho da nossa fé, transmitindo conforto e esperança aos vossos doentes, familiares e amigos, garantindo-lhes que esta crise é temporária e será seguramente ultrapassada, inspirados com a certeza que Deus nunca nos abandonará”.

O responsável dirigiu ainda umas palavras aos estudantes de medicina para que “olhem para este momento trágico com um forte sentido de responsabilidade” face à vocação profissional que escolheram. 

“Ser médico obriga a muitos sacrifícios e uma enorme dedicação ao bem-comum”, acrescenta.

Pedro Afonso aponta que, “sem a possibilidade de participar pessoalmente a Eucaristia”, se torna necessário fortalecer “orações e união espiritual com toda a Igreja” e recorda que agora lhes “pedem sacrifícios para salvar vidas humanas”. 

“Não deixa por isso de ser curioso que poucas semanas após ter sido aprovada a lei da eutanásia no nosso país, os mesmos políticos que a defenderam venham agora, neste período de pandemia, pedir-nos sacrifícios para «salvar vidas humanas». Só não percebe quem não quer, pois a mensagem de Deus é clara: a Vida tem sempre o mesmo valor e deve ser defendida, desde a concepção até à morte natural”, declarou.

O presidente da AMCP referiu ainda que este pode ser uma “boa oportunidade” para muitos se aproximarem de Deus e mudarem de vida, “convertendo-se”.

SN

COLARES AJUDA


MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 24 – Semana IV da Quaresma

Ez 47, 1-9.12 / Slm 45 (46), 2-3.5-6.8-9 / Jo 5, 1-3a.5-16

Deus (…) é a nossa fortaleza. (Salmo)

Mas que tipo de fortaleza? Olhemos para Jesus Cristo, Deus encarnado que lavou os pés aos apóstolos, que era manso e humilde, que morreu numa cruz. Que tipo de fortaleza tem este Deus? É um Deus que nos pode fazer amar em todas as circunstâncias e nos faz vencer a morte. Esta é a força do nosso Deus e a única fortaleza dentro da qual o leitor se pode abrigar. Reze o leitor sobre isto…

segunda-feira, 23 de março de 2020

“fácil viver 24 horas em casa”

As Irmãs Clarissas do Mosteiro de Monte Real afirmam que é “fácil viver 24 horas em casa”, sentem-se em permanente “estado de emergência e na “linha da frente” do combate à pandemia covid-19 através da oração por médicos e polícias e “junto” à cama dos doentes, avançam  para as estradas e ruas de aldeias e cidades na companhia de Agentes de Segurança, acompanham até aos postos de trabalho tantos Irmãos que com risco de vida asseguram os serviços mínimos, vão até aos laboratórios de análises e pesquisas cientificas”

“Choramos com os que choram e lutamos com os que lutam. Na clausura o nosso amor e a nossa oração não têm fronteiras, abraçamos o mundo inteiro, tocamos todos os corações, penetramos todas as vidas”, afirmam as  33 Irmãs Clarissas do Mosteiro Monte Real,  que vivem em silêncio, todos os dias; no artigo que partilham, à Agência ECCLESIA identificam propostas para estes dias de isolamento social a partir da experiência de vida contemplativa das religiosas.

1. Não tenham medo nem se cansem de estar em casa. É para bem de todos

2. A cura desta chaga viva também depende de nós.

3. É tão fácil passar 24 horas em casa com aqueles que amamos, com aqueles que nos fazem felizes e nós fazemos felizes.

4. Sintam que não estão sós que têm um Pai, um Deus, um Amigo que vos ama com amor infinito, que cada dia segura a vossa mão que está sempre connosco.

5. Redescubram a beleza do acolhimento. E, graças aos meios digitais há tantas formas de participar nas celebrações online.

6. Agora sentimos ao vivo como de repente as estruturas políticas, sociais, económicas, de seguro, caem por terra. Tudo é tão frágil.

7. Cada dia que nasce traz-nos uma novidade, a novidade de Deus que é Pai e que nos ama com infinito amor.

8. Na nossa vida de clausura sentimo-nos as pessoas mais livres e felizes do mundo.

9. Jesus é o nosso maior e único tesouro que está connosco, que vive sempre connosco

10. (A oração) é a nossa arma mais poderosa e eficaz.

11. É o momento de redescobrir a beleza do amor familiar, da importância das relações, dos gestos de ternura, do escutar, do dialogar…

12. É o momento de rever a cor dos olhos de quem vive a nosso lado.

13. Esta situação de fragilidade, impotência e gravidade que estamos a viver, coloca-nos no nosso verdadeiro lugar: Neste mundo somos apenas e simples peregrinos. Nada mais. A nossa pátria é o céu.

14. Para nós que acreditamos em Deus, num Deus Criador que continua a suster nas suas mãos o destino da História da Humanidade, não devemos colocar a questão: Porquê? Mas sim: para quê? Qual o motivo porque isto aconteceu?

15. Há situações em que a linguagem mais eficaz é o silêncio, sim a linguagem do silêncio, da oração e da ação discreta e humilde.

16. Sim, só de joelhos compreenderemos este grande mistério que hoje nos envolve e nos faz reflectir sobre a pequenez e a fragilidade do ser humano. Sem Deus somos nada…

17. A vida da Humanidade após a passagem desta tempestade epidémica nunca mais será igual.

18. Há que repensar sobre os comportamentos dos políticos, dos empresários, da sociedade de consumo e do descarte, do rumo da economia, da violação e desrespeito dos verdadeiros valores humanos e cristãos.

19. Será que Deus quis ou quer o sofrimento ou a morte dos seus filhos, assim humanamente tão absurda?! Claro que não. Mas permite porque respeita a liberdade de cada ser humano.

20. Há que repensar sobre os comportamentos dos políticos, dos empresários, da sociedade de consumo e do descarte, do rumo da economia, da violação e desrespeito dos verdadeiros valores humanos e cristãos.

21. As nações abraçam-se num esforço incomum para combater e vencer o inimigo “invisível”, fecham-se fronteiras físicas para se escancarar o coração à interajuda, abatem-se muros e constroem-se pontes de solidariedade e amor.

22. Chegou a hora de se olharem olhos nos olhos. É o momento de partilhar tarefas, brincarem com os filhos, ordenar atividades, reorganizar estruturas, fazer o balanço, fazer o diagnóstico às relações, rezar em família e perceber que o ter tudo não é o mais importante na vida.

23. Temos a certeza que iremos dar valor ao que realmente tem valor.

24. Há muitas coisas importantes na vida mas que não são essenciais.

25. Há que ter a coragem de repensar a vida e despertar para o que realmente a vida tem de mais belo

26. Não são os muitos milhões que dão felicidade, nem tão pouco o carro de topo de gama, agora arrumado na garagem, nem as roupas de marca, nem uma boa casa…

27. Há que dar valor às coisas simples e belas que nos fazem verdadeiramente felizes como um sorriso verdadeiro e sincero, uma palavra amiga, um gesto de ternura, perder tempo para escutar.

28. É tempo de desenvolver os talentos e a criatividade

29. É urgente redescobrir o valor da oração

30. É essencial que os casais redescubram o valor do seu primeiro amor, tenham tempo para a refeição em comum e, todos, pais e filhos possam usufruir da beleza do amor familiar. O que ontem parecia impensável, hoje é possível

31. Matem o tempo e não permitam que o tempo mate a vossa alegria e esperança.

32. É um momento de graça que não pode ser desperdiçado.

33. Não tenhamos medo. Não estamos sozinhos na luta. Jesus e Nossa Senhora estão sempre connosco.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 23 – Semana IV da Quaresma

Is 65, 17-21 / Slm 29 (30), 2.4.5-6.11.12a.13b / Jo 4, 43-54

Eu vou criar os novos céus e a nova terra e não mais se recordará o passado. (1ª Leitura)

É para isto que nós caminhamos, para não sermos torturados pelas imagens do passado. Não o esquecemos, mas, à medida que a nossa felicidade aumenta, o incómodo que a sua memória nos causa vai diminuir. E há uma felicidade que não tem fim, que acaba por aumentar sempre, a que provém da nossa união com Deus. Quanto mais estreita for essa união, menos dor nos causarão as tristezas do nosso pecado passado.

domingo, 22 de março de 2020

Papa pede que as pessoas rezem pelos governantes

Para que as autoridades tomem boas decisões neste momento em que o mundo enfrenta a pandemia do coronavírus

Na introdução da missa na Casa Santa Marta, que o Papa Francisco tem rezado de forma privativa mas pede que seja transmitida pela internet, ele pediu aos católicos que rezem pelas autoridades dos países.
“Continuamos a rezar juntos, neste momento de pandemia, pelos doentes, pelos familiares, pelos pais com as crianças em casa… mas, sobretudo, eu gostaria de pedir a vocês que rezem pelas autoridades: eles devem decidir e muitas vezes decidir medidas que não agradam o povo. Mas é pelo nosso bem. E muitas vezes, a autoridade se sente sozinha. Rezemos pelos nossos governantes que devem tomar a decisão sobre esses medidas: que se sintam acompanhados pela oração do povo.”

Comentando o Evangelho do dia (o rico opulente e o pobre Lázaro – Lc 16,19-31), o Papa pediu que não sejamos indiferentes ao drama daqueles que, sobretudo as crianças, sofrem a fome ou fogem das guerras.

 Leia também:
Coronavírus: Papa Francisco confia emergência mundial a Nossa Senhora
De acordo com o Papa, esta narração de Jesus é muito clara e muito simples. Jesus quer nos indicar com isso não só uma história, mas a possibilidade de que toda a humanidade viva assim, que todos nós vivamos assim.

Dois homens, um satisfeito, que sabia se vestir bem, talvez buscasse os grandes estilistas da época para se vestir; usava roupas de púrpura e linho finíssimo. E depois vivia bem, pois todos os dias oferecia esplêndidos banquetes. Ele era feliz assim. Não tinha preocupações, tomava precauções, talvez alguma pílula contra o colesterol para os banquetes, mas assim a vida ia bem. Estava tranquilo.

À sua porta havia um pobre: se chamava Lázaro. Ele sabia que o pobre estava ali: ele o sabia. Mas lhe parecia natural: “Eu vivo bem e ele… mas assim é a vida, que se vire”. No máximo, talvez – o Evangelho não diz – às vezes dava alguma coisa, algumas migalhas.

E assim a vida dessas duas pessoas passou. Ambos passaram pela Lei de todos nós: morrer. Morreu o rico e morreu Lázaro. O Evangelho diz que Lázaro foi levado ao Céu, ao lado de Abraão… Do rico diz somente: foi enterrado. Ponto. E acaba.

Segundo Francisco, há duas coisas que impressionam nessa narrativa: o fato de que o rico soubesse que havia este pobre e que soubesse o seu nome, Lázaro. Mas não importava, lhe parecia natural. O rico talvez fizesse também os seus negócios que, no final, iam contra os pobres. Conhecia bem claramente, era informado sobre esta realidade.

E a segunda coisa que me impressiona muito é a palavra “grande abismo” que Abraão diz ao rico. “Entre nós há um grande abismo, não podemos comunicar; não podemos passar de uma parte a outra”. É o mesmo abismo que na vida havia entre o rico e Lázaro: o abismo não começou lá, o abismo começou aqui.

O Papa Francisco afirmou ter pensado em qual seria o drama deste homem: o drama de ser muito, muito informado, mas com o coração fechado.

As informações deste homem rico não chegavam ao coração, não sabia se comover, não podia se comover diante do drama dos outros. Nem mesmo chamar um dos jovens que serviam o banquete e dizer “leve isto, aquilo a ele…”. O drama da informação que não chega ao coração. Isso acontece também a nós.

Todos nós o sabemos, porque vimos no telejornal, vimos nos jornais quantas crianças sofrem a fome hoje no mundo; quantas crianças não têm os remédios necessários; quantas crianças não podem ir à escola. Continentes com este drama: nós o sabemos. Pobrezinhos….e continuamos.

Esta informação não chega ao coração e muitos de nós, muitos grupos de homens e mulheres vivem este distanciamento entre aquilo que pensam, aquilo que sabem e aquilo que ouvem: o coração está separado da mente. São indiferentes. Assim como o rico era indiferente à dor do Lázaro. Há um abismo da indiferença.

O Papa afirmou que hoje, em locais como Roma, em que as lojas estão fechadas, talvez nós estamos preocupados porque “eu tenho que comprar isto, e parece que não posso passear todos os dias, e parece que…: preocupados com as minhas coisas”.

Mas “esquecemos das crianças famintas, esquecemos daquela pobre gente que nos confins dos países buscam a liberdade, aqueles migrantes forçados que fogem da fome e da guerra e encontram somente um muro, um muro feito de ferro, um muro de arame farpado, mas um muro que não os deixa passar. Sabemos que isto existe, mas não chega ao coração… Nós vivemos na indiferença: a indiferença é este drama de estar bem informado, mas não sentir a realidade dos outros. Este é o abismo: o abismo da indiferença.”

Depois – prosseguiu Francisco – há outra coisa que impressiona. Aqui sabemos o nome do pobre. A gente sabe. Lázaro. Também o rico sabia, porque quando estava nos infernos pede a Abraão que envie Lázaro. Ali o reconheceu: “Manda-me ele”. Mas não sabemos o nome do rico. O Evangelho não diz como se chamava este senhor. Não tinha nome. Tinha perdido o nome: havia somente os adjetivos da sua vida.

Rico, poderoso… muitos adjetivos. Isso é o que o egoísmo provoca em nós: faz perder a nossa identidade real, o nosso nome, e somente nos leva a avaliar os adjetivos. A mundanidade nos ajuda nisto. Caímos na cultura dos adjetivos, onde o seu valor é aquilo que possui, aquilo que pode… Mas não “qual o seu nome?”: perdeu o nome. A indiferença leva a isto. Perder o nome. Somos somente os ricos, somos isto, somos aquilo. Somos os adjetivos.

“Peçamos hoje ao Senhor a graça de não cair na indiferença, a graça de que todas as informações das dores humanas que temos cheguem ao coração e nos movam a fazer algo pelos outros”, encerrou o Papa.

(Com Vatican News)

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 22 – Domingo IV da Quaresma – Ano A

1 Sam 16, 1b.6-7.10-13a / Slm 22 (23), 1-6 / Ef 5, 8-14 / Jo 9, 1-41

As escolhas de Deus podem parecer desconcertantes. Os profetas, patriarcas e reis do Antigo Testamento não foram escolhidos por serem os mais fortes e virtuosos. As preferências de Deus vão pelos mais pequenos e simples, mas disponíveis para deixar passar por eles a força de Deus. É o caso da escolha de David para rei de Israel, que era o mais novo de oito irmãos e andava a guardar o rebanho. Felizmente que Deus «não olha às aparências», mas vai ao essencial, «vê o coração».

Jesus, ontem e hoje, continua a fazer escolhas originais. Não é o brilho do nosso currículo e as grandes virtudes que porventura tenhamos que impressionam o Senhor. É a nossa abertura à sua graça, que entra pela porta da nossa humildade e simplicidade. Como aconteceu com Maria, que se declarou «humilde serva» e assim o Todo-Poderoso nela fez maravilhas.

Na Sagrada Escritura, a luta entre o bem e o mal, muitas vezes, vem apresentada pelo contraste entre a luz e as trevas. Deus é luz e nós somos filhos da luz. Cristo apresentou-Se usando a imagem da luz: «Eu sou a luz do mundo. Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida». S. Paulo lembra que os cristãos, pelo Batismo, passaram das trevas para a luz e, portanto, deles se esperam obras luminosas: bondade, justiça e verdade. O sacramento do Batismo, nos primeiros tempos da Igreja, foi apelidado de «iluminação». Todos nós que somos batizados devemos espelhar nas nossas vidas a luz de Cristo.

Cristo clarifica que os males e infortúnios que há no mundo não são castigos de Deus. De Deus só podem vir graças e nunca desgraças. Assim, esclarece que o cego de nascença não o é por ele ser pecador ou como resultado do pecado de seus pais. Tendo-o Jesus curado da sua cegueira, ficou claro que esta foi a ocasião providencial de se manifestarem as obras de Deus.

Desculpas para não fazer o bem, facilmente, sempre se encontrarão. Os fariseus criticaram Jesus por realizar esta e outras curas ao sábado, especial dia santo em que se devia guardar o descanso ritual. Mas Jesus clarificou: «o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado». As leis e preceitos devem sempre estar ao nosso serviço e nunca sermos nós adoradores de normas, costumes e rituais.

sábado, 21 de março de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 21 – Semana III da Quaresma

Os 6, 1-6 / Slm 50 (51), 3-4.18-21 / Lc 18, 9-14

Pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência (…) [e] então Vos agradareis dos sacrifícios devidos. (Salmo)

O leitor repare que o salmista pede que Deus trate a cidade de Sião, pecadora, com benevolência. O salmista já intuiu alguma coisa da parábola do filho pródigo: que o pecador tratado com benevolência é mais dócil no arrependimento. E, nessa altura, os sacrifícios oferecidos serão agradáveis a Deus. O leitor sente a benevolência do perdão de Deus? Se não sente, peça esse sentir, porque é suposto sentir.

sexta-feira, 20 de março de 2020

Comunicado da Conferência Episcopal Portuguesa Oração do Rosário e Consagração de Portugal


MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 20 – Semana III da Quaresma

Os 14, 2-10 / Slm 80 (81), 6c-8a.8bc-9.10-11ab.14.17 / Mc 12, 28b-34

E ninguém mais se atrevia a interrogá-Lo. (Evangelho)

Depois de Jesus ter resumido a Lei e os profetas (cf. Mt 22, 40), «ninguém mais se atrevia a interrogá-Lo». Como que se fez um silêncio contemplativo, «saboreante». Às vezes, vêm-nos estes silêncios depois de uma coisa, uma situação que nos marca muito. Foi o que aconteceu, ninguém tinha mais nada a dizer. O leitor, hoje, lembre-se de uma situação em que sentiu muito a presença de Deus e «contemple-a».

quinta-feira, 19 de março de 2020

Rezemos o terço juntos com o Santo Padre


MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 19 – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria (Solenidade)

2 2 Sam 7, 4-5a.12-14a.16 / Slm 88 (89), 2-5.27.29/ Rom 4, 13.16-18.22 / Lc 2, 41-51a

Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhe disse. (Evangelho)

E Nossa Senhora meditava aqueles acontecimentos – e provavelmente outros – no seu coração. É isto que nós também temos de fazer. Por exemplo, ao fim do dia, vermos onde é que amámos e não amámos. Onde é que nos parece que Deus esteve e onde talvez O tenhamos afastado. Meditar os acontecimentos do dia no nosso coração, de mãos dadas com Deus. O leitor experimente fazer isso hoje.

Igreja: Famílias convidadas a rezar juntas o terço, no dia de São José

Cardeal-patriarca lembrou a iniciativa marcada para as 21h00 em Roma (20h00 em Portugal) desta quinta-feira na Eucaristia que presidiu hoje na Capela do Grupo Renascença Multimédia

Lisboa, 18 mar 2020 (Ecclesia) – As famílias católicas de todo o mundo estão a ser convidadas a rezar juntas o terço esta quinta-feira, dia de São José, pelas 21h00,em Roma (20h00 em Portugal)  numa iniciativa de oração pelo Papa e as pessoas afetadas pela pandemia do Covid-19.

“No dia de São José, pelas nove da noite, onde estivermos, rezemos o terço. Será muita gente. Serão muitos milhares, milhões a rezarem pelo Santo Padre a São José, que é também o protetor da Santa Igreja”, disse hoje D. Manuel Clemente, cardea l-patriarca de Lisboa, na Missa a que presidiu na sede da Rádio Renascença, com transmissão nacional.

“São José proteger-nos-á também”, assinalou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

No início da Missa, D. Manuel Clemente falou num momento “preocupante” que atinge muitas pessoas.

“Nós não deixamos de confiar no Senhor, porque sabemos que com Deus há sempre futuro”, declarou.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa deixou um elogio às pessoas que estão na linha da frente do combate ao covid-19.

“Não estamos sós, Deus está connosco”, acrescentou.

Portugal tem neste momento 642 infeções confirmadas, com duas mortes, segundo dados oficiais divulgados pelo Governo.

Esta manhã, no Vaticano, o Papa já se tinha unido ao apelo dos bispos italianos para convocar um momento de oração por todos os afetados pela “emergência sanitária”.

“Cada família, cada fiel, cada comunidade religiosa: todos unidos espiritualmente, amanhã (quinta-feira), pelas 21h00, na recitação do Rosário, com os mistérios luminosos. Eu vos acompanharei, desde aqui”, indicou.

“Pedimos proteção de modo especial para as nossas famílias, os doentes, as pessoas que cuidam deles: médicos, enfermeiras, voluntários, que arriscam a sua vida neste serviço”, explicou Francisco, na audiência geral desta semana, que decorreu à porta fechada, com transmissão online.

A intervenção evocou a celebração anual da solenidade litúrgica de São José (19 de março), que coincide em muitos países com o Dia do Pai.

“Na vida, no trabalho, na família, na alegria e na dor, São José procurou e amou sempre o Senhor, merecendo o elogio da Escritura como homem justo e sábio. Invocai-o sempre, especialmente nos momentos difíceis, e confiai a este grande santo a vossa existência”, recomendou o Papa.

OC

quarta-feira, 18 de março de 2020

A IGREJA DO MUCIFAL ABERTA

A Igreja do Mucifal terá a porta lateral (direita) aberta todos os dias das 9.30H às 17.00H para todos os que quiserem visitar O Santíssimo Sacramento Presente no Sacrário da igreja e rezar. Pede-se que tenham os cuidados necessários e já conhecidos, nomeadamente usar um lenço ou luvas para abrir a porta ou apoiar-se no banco.

O Santíssimo Sacramento é Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus Todo- Poderoso, a nossa Salvação.

terça-feira, 17 de março de 2020

O Prior de Colares, Pe José António, pede que os paroquianos rezem esta oração todos os dias, de manhã, às 15h (Hora da Misericórdia) e à noite.


Carta aos diocesanos de Lisboa

Caríssimos: Depois da nota que vos escrevi há dias e das indicações da Conferência Episcopal Portuguesa sobre a suspensão da Santa Missa com povo, volto ao vosso encontro com sentimentos e palavras de muita companhia e grande estima.

Aludo, antes de mais, aos profissionais de saúde e a todos os que nos vários serviços públicos, sociais ou privados trabalham diretamente para prevenir e debelar a presente pandemia. Faço-o para agradecer a sua dedicação e coragem, podendo estar certos do nosso apoio como concidadãos e da nossa oração como crentes. Oração que os reforçará com Deus, a bem da vida.

Dirijo-me igualmente aos irmãos sacerdotes, sentindo com cada um deles a profunda tristeza de não poder celebrar com a generalidade dos fiéis a Liturgia Quaresmal que se previa, tão forte e espiritualmente fecunda. Sei, ainda assim, que as presentes limitações, requeridas pelo bem de todos, nos fazem reviver os momentos mais solitários de Jesus Cristo, que não deixaram de ser intensamente sacerdotais e salvadores.

Agradeço a criatividade com que tantos sacerdotes, diáconos e outros agentes pastorais têm usado as possibilidades mediáticas para acompanhar o Povo de Deus. Verifico, com igual gratidão, como se multiplicam nas famílias e noutros pequenos grupos as iniciativas de oração biblicamente inspirada e de devoção quaresmal. Recordo, a propósito, como nalgumas partes do mundo, atingidas por calamidades naturais, bélicas ou sanitárias e mesmo com a presença sacerdotal interrompida ou muito condicionada, as comunidades e famílias persistiram na oração e até redescobriram o realismo da promessa de Cristo: «Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles» (Mt 18, 20).

Persistamos assim, caríssimos, nas comunidades e famílias, na vida consagrada e pastoral. Sobretudo agora, quando a nossa oração e solidariedade com os enfermos, as suas famílias e os que estão na primeira linha do combate à pandemia não podem faltar, nem faltarão.

Neste mês de março, as Solenidades de São José (19) e da Anunciação do Senhor (25) recordam-nos vitalmente as figuras essenciais do Guardião de Jesus e da Mãe que o concebeu e acompanhou até à cruz, aí nos recebendo como seus filhos.- São José nos guardará e a Mãe do Céu continuará a ser “Saúde dos Enfermos”!

Convosco, em oração e muita estima,

+ Manuel, Cardeal-Patriarca

Lisboa, 17 de março de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 17 – Semana III da Quaresma

Dan 3, 25.34-43 / Slm 24 (25), 4bc-5ab.6-7bc.8-9 / Mt 18, 21-35

Se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração. (Evangelho)

O leitor repare que é de todo o coração. Não podemos ficar com nada cá dentro que não perdoamos. Temos de ter feito a caminhada do perdão até ao fim, desde o momento em que quisemos perdoar, mas eventualmente não conseguimos, até ao fim do perdão. Temos de perdoar com a cabeça e com o coração, o que é muito, muito difícil, porque muitas vezes a cabeça já perdoou, mas o coração resiste. Deus só nos pede que caminhemos nesse sentido. O leitor peça por isso.  

domingo, 15 de março de 2020

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 15 – Domingo III da Quaresma – Ano A

Dan 3, 25.34-43 / Slm 24 (25), 4bc-5ab.6-7bc.8-9 / Mt 18, 21-35

Se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração. (Evangelho)

O leitor repare que é de todo o coração. Não podemos ficar com nada cá dentro que não perdoamos. Temos de ter feito a caminhada do perdão até ao fim, desde o momento em que quisemos perdoar, mas eventualmente não conseguimos, até ao fim do perdão. Temos de perdoar com a cabeça e com o coração, o que é muito, muito difícil, porque muitas vezes a cabeça já perdoou, mas o coração resiste. Deus só nos pede que caminhemos nesse sentido. O leitor peça por isso.  

A Paróquia esteve este sábado no aplauso aos profissionais de saúde

Das janelas de casa, portugueses aplaudem os profissionais de saúde e os sinos na torre da Igreja Matiz tocaram.


Um aplauso coletivo estendeu-se a todo o país às 22h00 deste sábado. O movimento marcou o apoio e o agradecimento aos profissionais de saúde envolvidos no combate ao novo coronavírus.
 Uma "corrente de esperança e energia" para dizer #somostodosSNS. Os relógios portugueses marcavam as 22h00 quando das janelas das casas portuguesas se ouviu uma onda de aplausos dedicada aos profissionais de saúde mobilizados para combater a pandemia da Covid-19.
"Um desafio enorme", lê-se na mensagem de mobilização coletiva que se tornou viral.

sábado, 14 de março de 2020

Transmissões online (atualização permanente)


Face à situação de saúde pública em Portugal e no seguimento das orientações propostas pela Conferência Episcopal Portuguesa, o Patriarcado de Lisboa disponibiliza, nesta página, o horário das celebrações litúrgicas que são transmitidas online e/ou pela rádio e televisão. 
Esta página vai sendo atualizada à medida que as paróquias do Patriarcado de Lisboa vão enviando as informações. 

MISSA DIÁRIA COM O PAPA FRANCISCO
O Papa Francisco celebra diariamente, às 6h00 (hora de Portugal), a Missa na Capela da Casa Santa Marta. É transmitida através do canal Youtube do Vaticano.

MISSAS NA TELEVISÃO
Dominicais
10h30 – RTP
11h00 – TVI
Vespertina (sábado) 
19h00 – TV Canção Nova (NOS/Canal 186, MEO/Canal 182 e online)  

MISSAS ONLINE
De segunda a sexta-feira
10h55 – Igreja de Santo António | SITE 
12h00 – Capela do grupo Renascença | (rádio FM: 103.4) | SITE 
12h00 – Comunidade da Casa Provincial SCJ (Dehonianos) | FACEBOOK
12h00 – Paróquia do Parque das Nações | FACEBOOK
13h00 – Capelania da Universidade Católica Portuguesa | FACEBOOK
19h15 – Paróquia de Benfica (Missa com oração de Vésperas) | YOUTUBE | FACEBOOK
22h00 – Paróquia de São Nicolau | FACEBOOK 

Sábado
12h00 – Comunidade da Casa Provincial SCJ (Dehonianos) | FACEBOOK
12h00 – Paróquia do Parque das Nações | FACEBOOK
13h00 – Capelania da Universidade Católica Portuguesa | FACEBOOK
17h00 – Capela do Hospital de Santa Marta | SITE
19h00 – Paróquia de Benfica | YOUTUBE | FACEBOOK
19h00 – Paróquia de Nova Oeiras | FACEBOOK
22h00 – Paróquia de São Nicolau | FACEBOOK 

Domingo
11h00 – Paróquia de Óbidos (São Pedro) | FACEBOOK 
11h00 – Paróquia de São Domingos de Benfica | YOUTUBE
11h00 – Renascença | (rádio FM: 103.4) | SITE 
11h00 – Paróquia de Santo Eugénio | FACEBOOK 
11h30 – Paróquia de Atouguia da Baleia | FACEBOOK
11h30 – Capela do Rato | SITE
11h30 – Paróquia da Ramada | 
11h30 - Paróquia da Abóboda | FACEBOOK
12h00 – Mosteiro dos Jerónimos | FACEBOOK
12h00 – Comunidade da Casa Provincial SCJ (Dehonianos) | FACEBOOK
12h00 – Paróquia do Parque das Nações | FACEBOOK
13h00 – Capelania da Universidade Católica Portuguesa | FACEBOOK
18h00 – Paróquia de Benfica | YOUTUBE | FACEBOOK
22h00 – Paróquia de São Nicolau | FACEBOOK 

TERÇO (diariamente)
18h30 – Renascença (rádio FM: 103.4) | SITE  
18h30 – TV Canção Nova (TV: NOS/Canal 186, MEO/Canal 182) | FACEBOOK | SITE
22h00 – Paróquia de Benfica | YOUTUBE | FACEBOOK