sábado, 30 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 30 – Santo André, Apóstolo (Festa)

Rom 10, 9-18 / Slm 18 A (19 A), 2-5 / Mt 4, 18-22

Os céus proclamam a glória de Deus. (Salmo)

«O dia transmite ao outro esta mensagem e a noite a dá a conhecer à outra noite». Para acabar o mês de novembro, proponho ao leitor que, na sua oração, prepare um dia contemplativo. Mentalize-se que vai pensar em que é que a natureza deste dia lhe fala de Deus. Aquele bocadinho de céu que vê do seu carro. O campo que vê da sua janela. O jardim da sua casa. A árvore que vê na rua. E como isso está lá de dia para dia e proclama a glória de Deus.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 29 – Semana XXXIV do Tempo Comum

Dan 7, 2-14 / Dan 3, 75-81 / Lc 21, 29-33

Erguei-vos e levantai a cabeça. (Do Aleluia)

Nós temos todas as razões para andar de cabeça levantada porque somos humildes. A humildade é o reconhecimento da verdade de cada um. E a verdade de cada um de nós é que temos uma dignidade que ninguém abala: a dignidade de filhos de Deus e a dignidade da oblação e a dignidade do amor a nós próprios. Não temos a dignidade que vem do orgulho que o fracasso deita abaixo, não temos a dignidade do dinheiro que a ruína destrói. A nossa dignidade é imune ao fracasso. É divina.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 28 – Semana XXXIV do Tempo Comum

Dan 6, 12-28 / Dan 3, 68-74 / Lc 21, 20-28

Deus (…) permanece para sempre. (1ª Leit.)

Claro, se não fosse assim, não era Deus. Mas é extraordinário apreciarmos a longevidade de Deus, porque nos dá uma grande segurança. É uma longevidade a que chegamos com a nossa fé coadjuvada pela razão. Tem de ser assim para que haja o universo. Deus tem de ser eterno para que haja o mundo, que só existe se for criado. E, naturalmente, para nós existirmos. Agradeçamos a Deus a sua eternidade.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Rede Social


No próximo dia 4 de dezembro

Programa: "Afectividade e Inclusão - Cuidadores,Voluntários e o seu Impacto Social"

9h15 - Abertura do Secretariado;
9h40 - Sessão de Abertura e Boas-Vindas;
10h00 - Debate 1:As Entidades Públicas e o Trabalho em Rede para a Promoção da Inclusão. 
11h00 - Pausa para Café;
11h30 - Debate li: ''Cidadania Social" - O Papel do Cidadão na Inclusão Social (Testemunhos Pessoais)
12h30 - Encerramento.

Aguardamos a confirmação da presença através dos seguintes contactos:
E-mail servico.social@apadp.pt / apadp@apadp.pt ou Tlf: 214338440. Agradecemos desde já a atenção dispensada e ficamos ao dispôr para qualquer esclarecimento adicional.


MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 27 – Semana XXXIV do Tempo Comum

Dan 5, 1-6.13-14.16-17.23-28 / Dan 3, 62-67 / Lc 21, 12-19

Mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. (Evang.)

Deus cuida de nós inteiramente, não deixa nada de fora. Então porque é que nem tudo nos corre bem? Já sabemos que Deus não nos tira as nossas dificuldades. Vamos subir um degrau. Vamos tentar aceitar as nossas dificuldades. Já aqui falámos das dificuldades que advêm de um objetivo a alcançar. Essas são «fáceis» de aceitar. E as «sem sentido»? As doenças? Os inocentes que sofrem? Essas são a solidariedade com um mundo que sofre.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 26 – Semana XXXIV do Tempo Comum

Dan 2, 31-45 / Dan 3, 57-61 / Lc 21, 5-11

Poderes do Senhor, bendizei o Senhor. (Salmo)

O que será um «poder do Senhor»? Imaginemos uma «coisa», algo que vem de Deus e que atua em conformidade com Deus. Por exemplo, «o bem». O bem vem de Deus, mas não é Deus. Podemos é dizer que Deus é o Bem no seu grau infinito. Quando nós praticamos o bem, estamos a usar um poder de Deus e um poder que Deus nos dá. Aos poderes que Deus nos dá normalmente chama-se «dom» ou «graça», mas são poderes. São «algo» para podermos fazer alguma coisa. O leitor agradeça a Deus os seus poderes.  

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

O ano litúrgico e seus 3 ciclos: como saber se é A, B ou C?

Estamos terminando o ciclo C e nos preparando para começar, no Advento, o próximo ciclo A: mas por quê?

O ano litúrgico cristão passa por três ciclos, também chamados de anos A, B e C.

Cada ciclo tem a sua sequência própria de leituras do Antigo e do Novo Testamento na liturgia da Igreja, de modo que a distribuição dos textos bíblicos ao longo de três anos permita aos fiéis uma visão abrangente de toda a História da Salvação.

A Constituição Sacrosanctum Concilium nos pede:

“Prepare-se para os fiéis, com maior abundância, a mesa da Palavra de Deus: abram-se mais largamente os tesouros da Bíblia, de modo que, dentro de um período de tempo estabelecido, sejam lidas ao povo as partes mais importantes da Sagrada Escritura”.

Para isto, o rito romano organiza as leituras bíblicas da Celebração Eucarística de modo a se completarem a cada ciclo de três anos:

- No ano “A”, a leitura principal (Evangelho) segue o Evangelho de São Mateus;
- No ano “B”, o Evangelho de São Marcos;
- No ano “C”, o Evangelho de São Lucas.

E o Evangelho de São João? Ele é reservado para ocasiões especiais, principalmente grandes festas e solenidades, com ênfase para a Semana Santa.

Como saber se o ciclo do ano litúrgico atual é A, B ou C?

Basta somar os algarismos do ano.

A referência é o ciclo C, que se aplica aos anos cuja soma de algarismos é divisível por 3.

2019, por exemplo: 2 + 0 + 1 + 9 = 12. Como o 12 é divisível por 3, temos aqui um ano do ciclo C.

Já os algarismos do ano 2020 somam 4, ou seja, 3 + 1. Logo, aplica-se o ciclo imediatamente posterior ao C, que é o retorno ao ciclo A. Da mesma forma, a soma dos algarismos de 2021 é 5, ou seja, 3 + 2. Logo, aplica-se o ciclo B. E 2022 volta a ser ciclo C porque a soma dos seus algarismos é 6, que é múltiplo de 3. Assim, sucessivamente.

É como se o ciclo começasse no primeiro ano da contagem cristã: o ano 1 teria sido ciclo A; o ano 2, ciclo B; o ano 3, ciclo C; e os anos 6, 9, 12, 15… novamente o ciclo C.

MAS ATENÇÃO: Cada ciclo começa junto com o respectivo ano litúrgico, ou seja, a partir da primeira semana do Advento. Isto significa que, liturgicamente, o ciclo correspondente a 2020 já começa ainda em 2019, no primeiro domingo do Advento, que será o próximo dia 1º de dezembro de 2019. Não é preciso esperar até 1º de janeiro de 2020 para entrarmos no ciclo A, já que o marco inicial não se baseia no ano civil, mas sim, é claro, no calendário litúrgico da Igreja.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 25 – Semana XXXIV do Tempo Comum

Dan 1, 1-6.8-20 / Dan 3, 52-56 / Lc 21, 1-4

Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais. (Salmo)

Há alguma coisa que está muito mal na transmissão da fé de pessoa a pessoa e na transmissão da doutrina na catequese, pois as crianças não sabem rezar e os jovens não sabem responder na Missa. Se estivéssemos muito interessados em transmitir a fé de uma forma eficaz, tínhamo-nos mexido mais. Não podemos transmitir a fé ineficazmente, dizendo que as pessoas é que têm de se adaptar. E que se as igrejas se esvaziam, o problema é das pessoas. Nunca dos padres. O leitor invetive o seu pároco. Tenha iniciativas. (Mas há sinais de esperança.)

domingo, 24 de novembro de 2019

HUMANIDADE DE MÃOS DADAS!...


MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 24 – Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (Solenidade) – Ano C

Na conclusão do ano litúrgico, celebramos a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Cristo é o alfa e o ómega, o princípio e o fim de tudo. «Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência». Assim recorda S. João no prólogo do seu Evangelho. Partindo da linguagem comum sobre as autoridades civis, veneramos a Cristo como Rei, mas um Rei original, pois o seu poder significa serviço e a sua grandeza consiste em dar a vida pela salvação de todos. Na oração que Jesus nos ensinou, rezamos «venha a nós o vosso reino», que é um «reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz». Este reino, que Jesus veio instaurar, é o centro da sua pregação, referindo-Se ao reino de Deus 90 vezes.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 22 – Santa Cecília (Memória)

1 Mac 4, 36-37.52-59 / 1 Cr 29, 10-13 / Lc 19, 45-48

a minha casa é uma casa de oração. (Evang.)

E nós, que também somos casa de Deus (não comungamos nós?), também somos casas de oração. E as casas de oração que somos têm de saber acolher Deus quando Ele vem ter connosco na forma do outro. No Evangelho, Jesus identifica-Se com os necessitados e diz que o que lhes fizermos, a Ele o fazemos. Além disso, também temos de acolher o outro que nos fala de Deus de outra maneira. Trazê-lo para a nossa igreja interior e assim saborearmos a sua palavra e os seus gestos. O leitor medite sobre isto.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 20 – Semana XXXIII do Tempo Comum

2 Mac 7, 1.20-31 / Slm 16 (17), 1.5-6.8b-9a.15 / Lc 19, 11-28

Fazei-as render até que eu volte. (Evang.)

Normalmente, quando pensamos em talentos (as minas), pensamos em coisas que fazer. Mas também há o talento para amar o próximo, que nalguns surge com mais facilidade do que noutros. E só há um certo nivelamento nessa diferença de talento à força de se bater com a cabeça nas paredes, de se magoar e de se ser magoado. Não temos estudos para isso. Daí que seja preciso refletir muito e rezar sobre esta matéria aparentemente fácil, mas que é difícil. Hoje o leitor reflita como é que amanhã vai amar melhor a pessoa tal.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

ESPIRITUALIDADE

Oração por famílias divididas e quebradas
Brian A Jackson I Shutterstock
Descubra esta bela oração deixada pela Madre Teresa para pedir a paz na sua família. A ser recitada se os conflitos dividem seus entes queridos e os distanciam uns dos outros

Infelizmente, a vida de uma família não é sempre pontuada por sorrisos e momentos de alegria. Disputas e palavras ofensivas também podem fazer parte da vida familiar diária. Se todas as tentativas de reconciliação parecem perdidas, a oração é o caminho mais seguro para manter ou recuperar a paz. Santa Teresa de Calcutá sabia disso muito bem, ela que dizia que “uma família que reza é uma família unida”. Você pode recitar sua bela oração se você discutiu com seus entes queridos ou se eles estão em conflito uns com os outros:
Oração
Ó Deus, Pai de todos os homens, você nos pede para trazer o Amor onde os pobres são humilhados, Alegria onde a Igreja é abatida, Reconciliação onde os homens estão divididos.
Nos ajuda a reconciliar o pai com o filho, a mãe com a filha, o marido com a mulher, o crente com aquele que não pode acreditar, o cristão com o seu irmão cristão que ele não gosta.
Abres este caminho para nós para que o corpo ferido de Jesus Cristo, a tua Igreja, sê o fermento da comunhão para os pobres da terra e em toda a família humana.
Amém

RELIGIÃO

Papa vai ao Japão e à Tailândia com mensagem de proteção à vida
Papa Francisco “se coloca de certo modo na esteira destes grandes missionários, destes grandes evangelizadores que anunciaram o Evangelho e semearam a fé naquelas terras”

Vatican News | Nov 19, 2019
O Papa Francisco realiza de 19 a 26 de novembro a 32ª viagem apostólica internacional de seu Pontificado. O Papa vai à Tailândia e ao Japão.
Como acontece nessas viagens, acompanhará o Santo Padre o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin.

Em entrevista concedida ao L’Osservatore Romano e ao Vatican News, o cardeal Parolin ressalta o caráter missionário da visita a esses dois países, que têm uma presença católica em torno de 0,5%. Trata-se da segunda vez que um Papa visita a Tailândia e o Japão: São João Paulo II esteve em Tóquio em 1981 e em Bangcoc em 1984.

Cardeal Parolin, nestes anos houve muitas mudanças, quais países o Papa Francisco encontrará hoje?

R. Penso que as mudanças são sobretudo as que estão relacionadas à globalização que se acentuou em todo o planeta em seus aspectos positivos, mas também em seus aspectos menos positivos, para não dizer negativos. Hoje as distâncias praticamente acabaram e os progressos dos meios de comunicação fazem de modo que cada um de nós possa ser ao mesmo tempo expectador e protagonista também do que acontece nos países mais distantes. Porém, nesse quadro me parece importante que o Papa queira ir pessoalmente.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 19 – Semana XXXIII do Tempo Comum

2 Mac 6, 18-31 / Slm 3, 2-7 / Lc 19, 1-10

O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido. (Evang.)

Hoje em dia, há pessoas muito desprezadas, ostracizadas e odiadas pelo seu pecado. Há que salvar o que está perdido. Foi o que Nossa Senhora de Fátima pediu. Há pessoas que são pecadoras compulsivas e que pedem ajuda a psiquiatras e a sociedade tem de fazer tudo para ajudá-las (e, ao mesmo tempo, defender-se delas.) Mas há outros pecadores que têm um coração de pedra. Estes têm mesmo de ser ostracizados. Apesar de termos (muito) que rezar por eles. Rezemos por estas pessoas.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 18 – Semana XXXIII do Tempo Comum

1 Mac 1, 10-15.41-43.54-57.62-64 / Slm 118 (119), 53.61.134.150.155.158 / Lc 18, 35-43

Os que vinham à frente repreendiam-no para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: «Filho de David, tem piedade de mim». (Evang.)

Ele gritava cada vez mais. Nós também podemos pedir cada vez mais. Façamos da oração um diálogo com Deus. Naquela época, Jesus tinha vindo para fazer milagres. Nesta época, os milagres de curas não abundam. Mas podemos conversar com Jesus sobre as nossas doenças, pedir-Lhe que nos acompanhe, acompanhá-Lo nos sofrimentos que teve na Terra, os quais nós, nos nossos sofrimentos, percebemos um bocadinho de nada.

O papa Francisco almoçou com 1.500 moradores de rua neste domingo (17), quando a Igreja Católica celebra o Dia Mundial dos Pobres.

Papa Francisco durante almoço com moradores de rua no Vaticano neste domingo (17)
 Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters
O cardápio para todos na sala de audiências do Vaticano incluiu lasanha, frango com molho de cogumelos, batatas, doces, frutas e café.

Os convidados do papa foram levados ao Vaticano por voluntários de grupos de caridade que os ajudam diariamente.

Durante toda a semana passada, foi instalada uma clínica móvel na Praça de São Pedro, onde médicos voluntários prestaram assistência médica gratuita aos pobres.

Mais cedo, em uma missa para os necessitados de Roma na Praça de São Pedro, Francisco disse que aqueles que estão em melhor situação não devem se sentir "irritados" pelos pobres, mas ajudá-los o máximo possível.

Ele disse que eles deveriam se perguntar: "Eu, cristão, tenho pelo menos uma pessoa pobre como amiga?"

domingo, 17 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 17 – Domingo XXXIII do Tempo Comum – Ano C / Dia Mundial dos Pobres / Último Dia da Semana dos Seminários

Mal 3, 19-20a / Slm 97 (98), 5-9 / 2 Tes 3, 7-12 / Lc 21, 5-19

O profeta Malaquias proclama palavras de esperança, em nome de Deus. A situação social do povo eleito, depois da deportação para a Babilónia, em 587 a.C., convidava à desilusão e ao pessimismo, porque se generalizavam as injustiças e a violência contra os fracos. Neste contexto, o profeta anuncia que o Senhor virá «ardente como uma fornalha». Este dilúvio de fogo é uma imagem da intervenção divina que purificará o povo de seus desvarios e pecados, e assim «nascerá o sol da justiça, trazendo nos seus raios a salvação».

Entre os cristãos de Tessalónica corriam vozes de que o fim do mundo estava próximo, vindo de novo Jesus para dar início a um mundo novo. Sendo assim, não valia a pena trabalhar, vivendo na ociosidade que é mãe de todos os vícios. Paulo intervém e apresenta o exemplo da sua própria vida: «Trabalhámos dia e noite, com esforço e fadiga, para não sermos pesados a nenhum de vós». O mundo melhor, que todos desejamos, precisa do nosso esforço quotidiano.
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sábado, 16 de novembro de 2019

OS POBRES PRECISAM DO NOSSO AMOR

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA O III DIA MUNDIAL DOS POBRES
XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
(17 DE NOVEMBRO DE 2019)

«A esperança dos pobres jamais se frustrará»

1. «A esperança dos pobres jamais se frustrará» (Sal 9, 19). Estas palavras são de incrível atualidade. Expressam uma verdade profunda, que a fé consegue gravar sobretudo no coração dos mais pobres: a esperança perdida devido às injustiças, aos sofrimentos e à precariedade da vida será restabelecida.

O salmista descreve a condição do pobre e a arrogância de quem o oprime (cf. Sal 10, 1-10). Invoca o juízo de Deus, para que seja restabelecida a justiça e vencida a iniquidade (cf. Sal 10, 14-15). Parece ecoar nas suas palavras uma questão que atravessa o decurso dos séculos até aos nossos dias: como é que Deus pode tolerar esta desigualdade? Como pode permitir que o pobre seja humilhado, sem intervir em sua ajuda? Por que consente que o opressor tenha vida feliz, enquanto o seu comportamento haveria de ser condenado precisamente devido ao sofrimento do pobre?

No período da redação do Salmo, assistia-se a um grande desenvolvimento económico, que acabou também – como acontece frequentemente – por gerar fortes desequilíbrios sociais. A desigualdade gerou um grupo considerável de indigentes, cuja condição aparecia ainda mais dramática quando comparada com a riqueza alcançada por poucos privilegiados. Observando esta situação, o autor sagrado pinta um quadro realista e muito verdadeiro.

Era o tempo em que pessoas arrogantes e sem qualquer sentido de Deus espiavam os pobres para se apoderar até do pouco que tinham, reduzindo-os à escravidão. A realidade, hoje, não é muito diferente!

Papa: o diabo existe e semeia ódio no mundo

Antoine Mekary | ALETEIA
Vatican News | Nov 12, 2019
“Mas padre, eu não destruo ninguém”. “Não? E as fofocas que você faz? Quando fala mal de outra pessoa? Você a destrói.”

Papa Francisco falou hoje em sua homilia na Capela Santa Marta sobre a existência do diabo.
Ao comentar um trecho do Livro da Sabedoria (Sb 2,23-3,9) proposto pela liturgia na primeira leitura, o Papa afirmou que o diabo existe e quem, por sua inveja pelo Filho de Deus que se fez homem, semeia o ódio no mundo, ódio esse que provoca morte.

O Papa comentou o primeiro versículo da passagem bíblica, no qual o profeta recorda que “Deus nos criou à sua imagem, somos filhos de Deus, mas logo em seguida acrescenta, “mas pela inveja do diabo a morte entrou no mundo”.

Francisco explicou que “a inveja daquele anjo soberbo que não quis aceitar a encarnação” o levou “a destruir a humanidade”. E assim em nosso coração entrou algo: “o ciúme, a inveja, a concorrência”, quando, ao invés, “podemos viver como irmãos, todos, em paz”. Assim tem início “a luta e a vontade de destruir”.

O Papa retomou seus “diálogos” com os fiéis: “Mas padre, eu não destruo ninguém”. “Não? E as fofocas que você faz? Quando fala mal de outra pessoa? Você a destrói.” E citou o apóstolo Tiago: “a língua é uma arma feroz, mata”. “A tagarelice mata, a calúnia mata”.

“Mas padre, eu sou batizado, sou cristão praticante, como posso me tornar um assassino?” Porque, recordou ainda o pontífice, “dentro de nós temos a guerra”, desde o início. “Caim e Abel eram irmãos, mas o ciúme, a inveja de um destruiu o outro.” É a realidade, basta olhar um telejornal: “as guerras, as destruições, pessoas que por causa das guerras morrem também de enfermidades”.

O Papa recordou a Alemanha e o aniversário da queda do Muro de Berlim, mas também os nazistas e “as torturas contra todos aqueles que não eram de ‘raça pura’”. E outros horrores das guerras.

Por trás disso há alguém que nos impele a fazer essas coisas. É o que nós chamamos de tentação. Quando vamos nos confessar, dizemos ao padre: “Padre, tive essa tentação, esta outra, aquela outra…” Alguém que nos toca o coração para fazer-nos trilhar no caminho errado. Alguém que semeia a destruição em nosso coração, que semeia o ódio. E hoje devemos dizer isso claramente, há muitos semeadores de ódio no mundo, que destroem.

“Muitas vezes – comentou ainda o Papa – penso que as notícias são uma narração de ódio para destruir: atentados, guerras.” É verdade que “muitas crianças morrem de fome, de doenças” porque não têm água, instrução, educação sanitária. “Isso porque o dinheiro que poderia servir para esse fim é utilizado para fabricar as armas e as armas são para destruir.”

Isso é o que acontece no mundo, mas também “na minha alma, na sua, na sua”. Pela “semente de inveja do diabo, do ódio”. “E de que o diabo tem inveja? – perguntou-se Francisco – Da nossa natureza humana.”

E vocês sabem por qual motivo? Porque o Filho de Deus se fez um de nós. Isso ele não pode tolerar, não consegue tolerar.

E então destrói. “Essa é a raiz da inveja do diabo, é a raiz de nossos males, das nossas tentações, é a raiz das guerras, da fome, de todas as calamidades no mundo”, explicou o Papa.

Destruir e semear ódio, prosseguiu Francisco, “não é uma coisa habitual, mesmo na vida política”, mas “alguns o fazem”. Porque um político tem muitas vezes “a tentação de difamar o outro, de destruir o outro”, quer com mentiras, quer com verdades, e assim não faz um debate político salutar e sincero “para o bem do país”.

Prefere o insulto, para “destruir o outro”. “Eu sou capaz, mas este parece mais capaz do que eu?”, pensa, e então “o diminuo, com o insulto”.

Gostaria que hoje cada um de nós pensasse nisto: por que hoje no mundo se semeia tanto ódio? Nas famílias, que por vezes não podem reconciliar-se, no bairro, no lugar de trabalho, na política… O semeador do ódio é isso. Por inveja do diabo a morte entrou no mundo, alguns dizem: mas padre, o diabo não existe, é o mal, um mal assim etéreo… Mas a Palavra de Deus é clara. E o diabo tomou Jesus de mira, leiam o Evangelho: que tenhamos fé ou não, a Palavra de Deus é clara.

Peçamos ao Senhor, foi a invocação final do Santo Padre, “que faça crescer em nosso coração a fé em Jesus Cristo, seu Filho”, que assumiu a nossa natureza humana, “para lutar com a nossa carne e vencer na nossa carne” o diabo e o mal. E que essa fé “nos dê a força para não entrar no jogo desse grande invejoso, o grande mentiroso, o semeador de ódio”.

(Com Vatican News)

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 16 – Semana XXXII do Tempo Comum

Sab 18, 14-16; 19, 6-9 / Slm 104 (105), 2-3.36-37.42-43 / Lc 18, 1-8

Quando um silêncio profundo envolvia todas as coisas... (1ª Leit.)

«... e a noite estava no meio do seu curso, a vossa palavra omnipotente, Senhor, veio do alto dos Céus…». Hoje proponho ao leitor que contemple esta passagem do Livro da Sabedoria. Não se aflija se não lhe vem nenhuma palavra. Deixe-se, só, inundar por Deus que vem do «alto dos Céus», estando a noite no meio do seu curso e um silêncio profundo a envolver todas as coisas…

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

ESTILO DE VIDA

Estudo de Harvard revela os benefícios levar os filhos à igreja

Marko Vombergar-ALETEIA
Uma educação religiosa está diretamente ligada a resultados positivos em jovens adultos

Educar os filhos na fé traz não só benefícios espirituais. Um estudo recente de Harvard revela que as crianças se beneficiam também física e mentalmente da formação religiosa.
O estudo, divulgado em 2018 pela Harvard T. H. Chan School of Public Health, descobriu que crianças que participavam da missa semanalmente ou tinham uma vida de oração ativa eram mais positivas e tinham maior satisfação com a vida quando atingiam seus vinte anos. Esses jovens adultos tinham uma tendência a escolher um estilo de vida mais saudável – evitando beber, fumar, usar drogas e a promiscuidade sexual.

Usando uma amostra de 5.000 crianças durante um período de 8-14 anos, o estudo trouxe revelações impressionantes: pelo menos 18% dos frequentadores regulares da igreja relataram níveis mais altos de felicidade em seus vinte anos do que seus colegas não religiosos. E, mais importante, 29% tendiam a se unir a causas comunitárias e 33% se afastavam de drogas ilícitas.

Um dos autores do estudo, Ying Chen, reconheceu que a formação religiosa das crianças no contexto familiar e da igreja “pode afetar poderosamente sua saúde física, saúde mental, felicidade e bem-estar geral”.

Este não é o primeiro estudo a demonstrar as vantagens de uma educação religiosa. Segundo a diretora do Centro DeVos para Religião e Sociedade Civil da Fundação Heritage, Emilie Kao, “as crenças religiosas dão às pessoas forças espirituais que levam a hábitos saudáveis, constroem suas redes sociais e lhes dão a capacidade de superar obstáculos em suas vidas”.

O estudo pode ajudar a servir como motivação para os pais.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 15 – Semana XXXII do Tempo Comum

Todos os homens que vivem na ignorância de Deus são verdadeiramente insensatos. (1ª Leit.)

Não sei se, hoje em dia, alguém viverá na ignorância de Deus. Algumas pessoas dizem não acreditar em Deus e outras esforçam-se mesmo por provar a inutilidade de um Deus. Outros nem acreditam nem negam a existência de Deus. Nós, que professamos a existência de Deus, temos de dar testemunho, conversar com quem não acredita em Deus e saber defender as nossas ideias. E rezar pelos incrédulos, que às vezes não são tão incrédulos como isso.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

A construção de uma sociedade inclusiva começa (também) com a sua participação! #euinclusive

Neste seminário desafiamo-nos a refletir, à luz dos pressupostos éticos, e a responder com criatividade aos novos desafios e às novas necessidades em Deficiência Intelectual.

A inscrição no seminário é gratuita, limitada a 150 vagas, e inclui o almoço.

Poderá realizar a inscrição em:  www.casadesaudedaidanha-eventos.com

Fique a par de todas as noticias e publicações em:  www.facebook.com/events/1026352777747644/ 

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 14 – Semana XXXII do Tempo Comum

Sab 7, 22 – 8, 1 / Slm 118 (119), 89-91.130.135.175 / Lc 17, 20-25

Espelho puríssimo da atividade de Deus. (1ª Leit.)

Como é que podemos ser um «espelho puríssimo da atividade de Deus» em nós? Jesus diz-nos que «a boca fala da abundância do coração» (Lc 6, 45). De maneira que parece que esse reflexo tem qualquer coisa de automático. Temos de cultivar a sintonia com Deus. Como? Através da meditação. Através da reflexão sobre o nosso comportamento ético no emprego e/ou na nossa comunidade religiosa. (O que não deve ser confundido com deixarmo-nos amarfanhar.) O leitor reze sobre isto.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 13 – Semana XXXII do Tempo Comum

Sab 6, 1-11 / Slm 81 (82), 3-4.6-7 / Lc 17, 11-19

Ele examinará as vossas obras e sondará as vossas intenções. (1ª Leit.)

E ajudar-nos-á a andar bem, a pensar retamente. Daí ser bom as pessoas corrigirem-nos, porque nós temos facetas que só os outros notam (Menos boas e muito boas.) Há também a correção que vem de Deus quando Este atua através da nossa consciência. Peçamos a Deus uma consciência clara, porque nem sempre estamos muito certos do que é bem ou mal. Mas Deus pode ajudar-nos sondando as nossas intenções e dizendo-nos se a nossa intenção é boa ou não. (Às vezes, faz isto indiretamente, outras, diretamente.)

terça-feira, 12 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 12 – S. Josafat (Memória)

Sab 2, 23 – 3, 9 / Slm 33 (34), 2-3.16-19/ Lc 17, 7-10

Deus criou o homem para ser incorruptível. (1ª Leit.)

Não o criou incorruptível, mas para se tornar incorruptível. E, na sequência disso, estar disposto a ser difamado, ultrajado, incompreendido por ser um cristão de mão-cheia. Uma pessoa incorruptível é uma pessoa incómoda, que em certas alturas é posta na prateleira porque se recusa a ser uma «Maria vai com as outras», que é uma forma de corrupção do pensamento. O leitor já rezou sobre isto?

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

ACES Sintra

A Direção Executiva do ACES Sintra vem por este meio convidar a REDE SOCIAL de Sintra  a participar no  seu IV Encontro e também no  III Encontro de Cuidados Paliativos que se vai realizar nos próximos dias 4 e 5 de Dezembro 2019 no Centro Cultural Olga Cadaval – Auditório Acácio Barreiros
Para mais informações e inscrições clique AQUI

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 11 – S. Martinho de Tours (Memória)

Sab 1, 1-7 / Slm 138 (139), 1-10 / Lc 17, 1-6

(…) vós que governais a terra... (1ª Leit.)

Nós governamos a terra e «governamos» o outro; quer dizer, influenciamos. Governamos a terra na nossa maneira de a tratar e influenciamos o outro também na nossa maneira de o tratar. As nossas ações são como uma pedrada num rio. A nossa influência no outro e na terra formam aqueles anéis que se vão espalhando e movendo as águas. Assim, temos um poder sobre o outro que se vai espalhando sobre a terra. Querido leitor, junto de Deus Pai, torne o seu coração bem ciente disto porque é uma grande responsabilidade.

domingo, 10 de novembro de 2019

QUINTA-FEIRA, 14 de Novembro

Igreja da Ulgueira às 15h00

Bartolomeu dos Mártires: Vaticano apresenta novo santo como «modelo» para os bispos

Jornal e portal de notícias destacam canonização do arcebispo português, que se destacou na vida eclesial do século XVI

Cidade do Vaticano, 10 nov 2019 (Ecclesia) – O Vaticano destaca hoje no seu portal de notícias e no jornal ‘Osservatore Romano’ a canonização de frei Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga, no século XVI, que apresenta como um “modelo” para os bispos.

A leitura do decreto de canonização vai ser feita, esta tarde, pelo cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, durante a Missa de Ação de Graças que se celebra na Catedral de Braga.

Relicário com o osso da vértebra de
S. Bartolomeu dos Mártires
O portal ‘Vatican News’ evoca o percurso de vida do religioso dominicano, que concluiu os estudos teológicos e começou a lecionar em vários conventos de Lisboa e Évora, antes de ser prior no convento do Benfica.

Bartolomeu Fernandes nasceu a 3 de maio de 1514 em Verdelha, Mártires, na região de Lisboa, no seio de uma família humilde; em 1551 recebeu em Salamanca o grau de Mestre em Teologia.

Em 1559, aceita a nomeação como arcebispo de Braga, sucedendo a D. Frei Baltasar Limpo, na qual “tratará, em particular, da santificação do clero através do estabelecimento de diferentes escolas de teologia moral e da evangelização do povo”.

O novo santo é lembrado como “um bispo popular, preocupado com as questões sociais e empenhado nas obras de caridade”.

São Bartolomeu dos Mártires escreveu um catecismo que foi distribuído a todos os clérigos, dividido em duas partes: na primeira uma exposição do Pai-Nosso, da profissão de fé, dos Dez Mandamentos, dos pecados capitais e dos sacramentos; a segunda parte possuía práticas e sermões a serem lidos aos fiéis aos domingos e nos dias de festa.

“Bartolomeu foi um dos defensores do princípio da correção fraterna, adotando a correção dos hereges em segredo, ao invés de enviá-los para o Santo Ofício, ou de julgá-los em tribunais episcopais; com isso, tornava-se possível poupar o indivíduo de uma pena mais dura e da exposição pública”, recorda o Vaticano.

A nota biográfica destaca as mais de 90 visitas em todas as 1260 paróquias que faziam parte da Arquidiocese de Braga (na altura incluindo territórios bracarenses, de Viana do Castelo, Vila Real e Bragança), bem como o “verdadeiro programa de reforma pastoral”, que levou a cabo.

Os textos destacam a atuação do novo santo português durante o Concílio de Trento, onde esteve presente nas reuniões de 1562 e 1563, apresentando 268 petições.

Entre os seus livros conta-se o “Stimulus Pastorum”, uma obra em a responsabilidade dos bispos é destacada no papel da preservação dos costumes e na tarefa da salvação de almas, que estava entre os textos entregues para reflexão aos padres que participaram nos concílios Vaticano I e Vaticano II.

O processo canónico para o reconhecimento da santidade de Frei Bartolomeu dos Mártires foi estabelecido em 1643, com depoimentos recolhidos nas dioceses de Lisboa e Braga; seria declarado venerável por Gregório XVI a 23 de março de 1845.

Como milagre para a beatificação, foi reconhecida a cura de uma jovem portuguesa afetada por meningoencefalite; foi proclamado beato por João Paulo II na Praça de São Pedro, a 4 de novembro de 2001.

OC

Ler também: https://agencia.ecclesia.pt/portal/igreja-portugal-tem-um-novo-santo/

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 10 – Domingo XXXII do Tempo Comum – Ano C / 1º Dia da Semana dos Seminários

2 Mac 7, 1-2.9-14 / Slm 16 (17), 1.5-6.8b.15 / 2 Tes 2, 16 – 3, 5 / Lc 20, 27-38

Os Macabeus dão-nos um excelente exemplo de acreditar na ressurreição e na vida eterna. Por isso arriscam sofrer cruéis tormentos e morrer «porque o Rei do universo nos ressuscitará para a vida eterna». Usando uma imagem desportiva, podemos comparar a nossa vida na terra, que só muito raramente ultrapassa os cem anos, à primeira parte de um jogo. Depois vem a segunda parte que, no caso das nossas vidas, é eterna. A fidelidade ao Deus da vida, durante os nossos anos na terra, garante-nos a vitória sobre a morte e uma eternidade feliz.

A fidelidade inquebrantável destes nossos irmãos do Antigo Testamento é fonte de inspiração para sermos fortes, sem nos deixarmos arrastar por modas e pressões que se opõem à nossa fé e aos valores do Evangelho.

sábado, 9 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 9 – Dedicação da Basílica de Latrão (Festa)

Ez 47, 1-2.8-9.12 / Slm 45 (46), 2-3.5-6.8-9 / 1 Cor 3, 9c-11.16-17 / Jo 2, 13-22

[O] alicerce (…) que está posto (…) é Jesus Cristo. (2ª Leit.)

«Sois templo de Deus e o Espírito de Deus habita em vós». Somos, pois, templos de Deus e dentro desse templo está Deus. Nós temos Deus dentro de nós. Às vezes, irrita-nos a sua mudez. Hoje, no dia em que escrevo isto, estive 40 minutos à espera que me atendessem num restaurante e lembrei-me que podia desabafar com Deus. Mas Deus estava irritantemente mudo. Outras vezes, Deus ouve-me e dialoga comigo, só que eu não O obrigo a falar comigo quando quero. Não instrumentalizo Deus. Qual é a experiência do leitor?

sexta-feira, 8 de novembro de 2019


MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 8 – Semana XXXI do Tempo Comum

Rom 15, 14-21 / Slm 97 (98), 1-4 / Lc 16, 1-8

Para não construir em alicerce alheio. (1ª Leit.)

S. Paulo não queria pregar onde outro já tivesse pregado. Para não ir desvirtuar aquela pregação? Nós devemos deixar as construções dos outros intactas. Não devemos desvirtuar o que os outros dizem quando o reproduzimos, ou mesmo quando o pensamos. Devemos procurar ser fiéis à letra e ao espírito do que o outro diz. Isso também se aplica ao cumprimento da lei. Da lei da Igreja e da lei civil, desde que a nossa consciência nos diga que a devemos cumprir. Hoje o leitor peça docilidade de espírito.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 5 – Semana XXXI do Tempo Comum

Rom 12, 5-16a / Slm 130 (131), 1.2ab.3 / Lc 14, 15-24

Bendizei aqueles que vos perseguem. (1ª Leit.)

Termos quem nos critique é bom. Todos nós temos um lado que não vemos, com coisas boas e coisas más. Às vezes, os outros consideram-nos muito melhores do que aquilo que nos consideramos e também às vezes temos defeitos muito patentes a que somos completamente cegos. E, às vezes, somos nós que perseguimos os outros. Temos graças que magoam os outros. Por exemplo, estarmos em postos de mando é perigoso. Facilmente ficamos imunes a críticas. O leitor veja do que precisa e, eventualmente, fale com alguém.

LEMBRETE - Leituras sobre a fé e a Igreja


domingo, 3 de novembro de 2019

CONVITE Evento de apresentação Alpha Jovens

Próximo Sábado
 9 NOVEMBRO 
19.30
Antigo Mercado do Mucifal
(sede dos Escuteiros)
caldo verde & castanhas & sobremesas
tragam 
tigela, caneca, colher e castanhas
amigos e boa disposição   
Evento de apresentação aberto a jovens e pais
telm. 919754707 / 965130176

"Mais do que uma experiência, um caminho. Um sítio onde aprendi, onde ensinei, onde ri, onde chorei, onde desabafei. Um sítio onde senti Deus, talvez o único. Foi no Alpha Jovens que relembrei o porquê de viver a fé cristã, o porquê da minha fé que aumentou ao longo deste caminho percorrido. Não me arrependo, aliás, agradeço por me terem convidado. Algo único! Um grande obrigado ao Alpha Jovens!"

Ao longo de toda a nossa vida, é raro conseguirmos encontrar um lugar e um tempo para pensarmos e falarmos sobre as grandes questões da vida. No Alpha acreditamos que todos devem ter essa oportunidade.

Explorar a fé Cristã, fazer perguntas e partilhar o ponto de vista - todos fomos criados para isto.O Alpha oferece-nos esta possibilidade - num ambiente informal, amigável e de liberdade. Ninguém pode forçar o outro a acreditar no que quer que seja - descobrimos ao longo dos anos que, se expressarmos a nossa verdadeira hospitalidade e permitirmos que os nossos convidados possam ser eles mesmos, as vidas e as comunidades serão transformadas.

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 3 – Domingo XXXI do Tempo Comum – Ano C

Sab 11, 22 – 12, 2 / Slm 144 (145), 1-2.8-11.13cd.14 / 2 Tes 1, 11 – 2, 2 / Lc 19, 1-10

O Livro da Sabedoria apresenta-nos a admirável grandeza de Deus: «O mundo inteiro é como um grão de areia na balança», ao mesmo tempo que nos descreve a imensa bondade do Criador: «De todos vos compadeceis, porque sois omnipotente... Vós amais tudo o que existe e não odiais nada do que fizestes... A todos perdoais, porque tudo é vosso, Senhor, que amais a vida». É este olhar de amorosa bondade que também nós devemos cultivar sobre a criação, sobre nós mesmos e todas as pessoas. Viver zangados com a vida, cultivar o pessimismo e a desesperança não é humano e contradiz a visão esperançosa de Deus.

A passagem do Livro da Sabedoria dá a justa interpretação dos castigos de Deus: «Castigais brandamente aqueles que caem e advertis os que pecam... para que se afastem do mal e acreditem em Vós, Senhor». Ou seja, os castigos de Deus não são punições de vingança, mas remédios para alcançarmos a perfeita saúde. Não há ninguém tão interessado pelo nosso maior bem do que Deus.

S. Paulo adverte-nos sobre a realidade da comunidade cristã de Tessalónica, na qual se infiltraram alguns visionários, que previam estar iminente o fim do mundo. Falsos profetas têm aparecido ao longo da história da Igreja e também hoje os há. Importa estar atentos, abrindo-nos ao dom do discernimento. Absolutizar pormenores, tentar desviar do essencial e criar divisões nunca pode ser obra do Espírito de Deus.

Jesus cumpre à perfeição o provérbio: «odiar o pecado e amar o pecador». Mas os considerados justos no tempo de Jesus juntavam as duas coisas, marginalizando e excluindo quem era pecador. Os publicanos, cobradores de impostos, tinham a fama e o proveito de ladrões. Além disso, Zaqueu tinha o estatuto de ser «chefe de publicanos», ou seja, era considerado um superladrão. A sua «baixa estatura», referida pelo evangelista, era sobretudo moral. De Zaqueu não havia nada de bom a esperar.

Contra a corrente da pública má fama de Zaqueu, como pecador profissional, Jesus abre uma janela de esperança e recuperação. Arrisca a sua boa fama de Messias, não temendo ser apelidado de «amigo de cobradores de impostos e de pecadores». A experiência de uma extraordinária amizade, que não tem fronteiras nem impõe condições, revoluciona a vida de Zaqueu, que passa a ser um benfeitor generoso dos habitantes de Jericó.

Oiçamos como dito para cada um de nós o amoroso convite de Jesus: «Desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». E Jesus vem até nós e Ele próprio Se nos dá a comungar.

sábado, 2 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 2 – Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos / 1º Sábado

Job 19, 1.23-27a / Slm 26 (27), 1.4.7-8b.9a.13-14 / 2 Cor 4, 14 – 5, 1 / Mt 11, 25-30

2 Mac 12, 43-46 / Slm 102 (103), 8.10.13-18 / 2 Cor 5, 1.6-10 / Jo 11, 21-27

Is 25, 6a.7-9 / Slm 22 (23), 1-3a.3b-6 / 1 Tes 4, 13-18 / Jo 6, 51-58

O próprio Senhor descerá do Céu... (2ª Leit. da terceira Missa)

«... e os mortos em Cristo ressuscitarão», diz-nos S. Paulo, referindo-se ao fim do mundo. Ora, para cada um de nós, o fim do mundo é o dia da nossa morte/ressurreição. E devia ser evidente que Deus nos vem buscar. Aliás, se pensarmos bem, Deus não nos vem buscar; Deus leva-nos! Pois se Deus está connosco, havia de Se separar de nós no momento em que Se nos vai revelar plenamente? Não faz o menor sentido. Deus, que está dentro de nós, leva-nos para a outra vida. (Que continua esta.)

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 1 – Todos os Santos (Solenidade) / 1ª Sexta-Feira

Ap 7, 2-4.9-14 / Slm 23 (24), 1-4ab.5-6 / 1 Jo 3, 1-3 / Mt 5, 1-12a

O culto dos santos começou desde os primórdios da Igreja, particularmente centrado nos mártires que derramaram o seu sangue pela fidelidade a Cristo.

Ao longo do ano litúrgico, com toda a Igreja, celebramos uma grande diversidade de santas e santos, mas hoje fazemos festa a todos eles no seu conjunto, incluindo aqueles que não foram canonizados, mas que gozam com Deus da felicidade celeste. Esta celebração começou nos inícios do século IV, nos tempos de forte perseguição, sob o imperador Diocleciano. O Papa Gregório III, no século VIII, fixou esta festa na data em que atualmente a celebramos, no dia 1 de novembro, na vigília do dia em que recordamos os nossos queridos fiéis defuntos, rezamos por eles e nos abrimos à sua intercessão.

O Papa Francisco exorta-nos a viver estas celebrações com confiada esperança: «Esta é a esperança que não cria desilusão. Hoje e amanhã são dias de esperança. A esperança é como o fermento que faz ampliar a alma. Mas também existem momentos difíceis na vida, mas com a esperança, a alma vai adiante. Olha o que te espera». A meta a que tantíssimos homens e mulheres chegaram é perfeitamente alcançável por nós, ajudados pela força que nos vem de Deus, animados pelo exemplo e intercessão de tantos santos e santas.

Em tempos duros de perseguição, S. João anima os cristãos; usando o género literário apocalíptico, descreve uma multidão incontável de eleitos no paraíso, assinalados com a cruz de Cristo e purificados com o sangue do Cordeiro de Deus. Esta meta de glória cria em nós a coragem para ultrapassar todas as tribulações.

S. João, na sua carta, recorda o nosso maravilhoso estatuto: é que somos verdadeiramente filhos de Deus. Um sacerdote sábio e santo, Júlio Fragata, recordava que o facto de sermos «filhos adotivos», não quer dizer «filhos fictícios», mas sim autênticos filhos, não por nossos méritos, mas por infinita graça divina. Vivamos em perpétuo estado de gratidão por Deus nos amar desmedida e ternamente.

No Evangelho encontramos a proclamação do caminho cristão para sermos felizes. Aqui encontramos o resumo da boa nova de Jesus. As bem-aventuranças são como que o «programa eleitoral» do Messias salvador. Como nos recorda o Papa Francisco na sua Exortação Apostólica Alegrai-vos e exultai: «Jesus explicou, com toda a simplicidade, o que é ser santo; fê-lo quando nos deixou as bem-aventuranças. Estas são como que o bilhete de identidade do cristão» (n. 63). Pondo em prática as bem-aventuranças de Jesus, estamos no bom caminho para sermos santos, como Deus quer e os outros precisam.