domingo, 31 de março de 2019


MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 31 – Domingo IV da Quaresma – Ano C

Jos 5, 9a.10-12 / Slm 33 (34), 2-7 / 2 Cor 5, 17-21 / Lc 15, 1-3.11-32

A celebração da Páscoa do povo de Israel tornava presente uma história de libertação da escravidão no Egito e a presença contínua de Deus, que acompanhou o seu povo nas agruras do deserto, o alimentou com o maná até o fazer entrar na terra prometida. Não se trata de uma celebração saudosa do passado, mas da presença ativa e fiel na vida atual do povo eleito.

As infidelidades do povo nunca fizeram desistir Deus do seu amor inalterável. Deus ama-nos não porque merecemos o seu amor, mas porque precisamos dele como alimento essencial. Assim é a gratuidade do amor desmedido que o Senhor nos oferece.

O apóstolo Paulo dirige uma forte exortação à conversão dos cristãos de Corinto e a nós também, como «embaixador de Deus»: «Nós vos pedimos, em nome de Cristo, reconciliai-vos com Deus». Podemos encontrar aqui também uma exortação à reconciliação sacramental neste particular tempo da Quaresma. A justiça de Deus coincide com a sua misericórdia, presente que o Senhor nos quer oferecer e do qual todos necessitamos.

No Evangelho encontramos um texto de profunda beleza literária que nos revela a imagem real do nosso Deus desmedidamente amoroso. É comum chamarmos «Parábola do Filho Pródigo», mas este título é muito parcial, pois omitimos que o filho mais velho também era pecador. Além disso, a personagem fundamental é o Pai dos dois filhos. Assim, poderíamos intitular esta história de Jesus: «Parábola do Pai excessiva e incorrigivelmente misericordioso».

Que seria do nosso mundo se fosse um acumular de histórias como a do filho que abandonou a casa paterna, para fazer envenenar a sua liberdade com libertinagens até ficar reduzido a um guardador de porcos? Jesus, com esta parábola, revela-nos que não há becos sem saída, mas qualquer vida desastrada pode terminar na casa do Pai, com beijos e abraços, música e danças, em clima de reconciliação festiva.

Esta parábola é contada por Jesus a fim de Se justificar do próprio comportamento, considerado escandaloso pelos escribas e fariseus, que se julgavam justos: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Aqui encontramos o pai a organizar um banquete festivo para quem, segundo a justiça humana, merecia castigos e humilhações. Deus, representado pelo pai, não Se importa com a sua honra ofendida, mas ocupa-Se em reabilitar a dignidade do filho, que chegou a casa como um pobre miserável esfarrapado. «A glória de Deus é o homem cheio de vida», como afirma Santo Ireneu. O pai da parábola, imagem de Deus, não tem a mínima observação que denote ira ou desejo de vingança, como mostra o filho mais velho. Apenas se empenha em fazer festa a quem se converte. Esta é a ideia fixa de Deus, o seu imperativo categórico também hoje a nosso respeito: «Tínhamos de fazer festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi reencontrado».

sábado, 30 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 30 – Semana III da Quaresma

Os 6, 1-6 / Slm 50 (51), 3-4.18-21 / Lc 18, 9-14

Alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros. (Evang.)

Será que o leitor despreza alguém? Se calhar, não. Será que se sente superior a alguém? Se calhar, sim. Se calhar também se sente inferior a outras pessoas. Na inteligência? No estatuto social? Na riqueza? Todos nós temos pessoas abaixo e acima de nós. Mas, embora a nossa cabeça saiba isso, podemos amar toda a gente com o nosso coração. Sempre haverá diferenças, mas nós podemos não nos deixar encandear por essas diferenças. Rezemos por isso.

Papa Francisco confessa-se e confessa: O «coração da Confissão» não é o pecado que dizemos, mas a misericórdia

A imagem, como acontece a cada ano, é a de um papa penitente, ajoelhado diante de um sacerdote de um dos 95 confessionários que ladeiam a nave direita da basílica de S. Pedro, no Vaticano. Francisco celebra a iniciativa “24 horas para o Senhor”, e, antes de confessar 11 fiéis, tira os paramentos, dirige-se para receber o sacramento da Reconciliação. Durante cerca de seis minutos, o papa permanece de joelhos, com a cabeça inclinada e as mãos juntas. Para Jesus, «antes do pecado vem o pecador»: «Eu, tu, cada um de nós, vem primeiro no coração de Deus: primeiro que os erros, as regras, os juízos, as nossas quedas».
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sexta-feira, 29 de março de 2019

PAPA APROVA LEI SOBRE PROTEÇÃO DE MENORES E PESSOAS VULNERÁVEIS

O Papa aprovou hoje a lei sobre a proteção de menores e pessoas vulneráveis no Estado do Vaticano e na Cúria Romana, com normas que sublinham a obrigatoriedade da denúncia e afastamento de pessoas envolvidas em casos de abusos.

“Que amadureça em todos a consciência do dever de denunciar os abusos às autoridades competentes e de cooperar com eles em atividades de prevenção e combate”, apela Francisco.

O ordenamento jurídico, acompanhado por um conjunto de diretrizes, surge na sequência da cimeira mundial convocada pelo pontífice, entre 21 e 24 de fevereiro, com responsáveis de conferências episcopais e institutos religiosos.

O Papa assina uma Carta Apostólica, na forma de ‘Motu Proprio’ (documento de iniciativa pontifícia), para acompanhar a Lei CCXCVII sobre proteção de menores e pessoas vulneráveis no Estado da Cidade do Vaticano e na Cúria Romana, sublinhando a necessidade de “criar um ambiente seguro” para todos.

“Isto requer uma conversão contínua e profunda, na qual a santidade pessoal e o compromisso moral podem contribuir para promover a credibilidade do anúncio do Evangelho e renovar a missão educativa da Igreja”, escreve.

Francisco assume a intenção de “reforçar ainda mais o quadro institucional” para prevenir e combater qualquer forma de violência física ou mental ou abuso, negligência, abuso ou exploração.

As novas orientações determinam que “qualquer abuso ou maus-tratos” contra menores ou contra pessoas vulneráveis sejam “eficazmente” investigado, respeitando o direito da vítima e suas famílias a ser “acolhido, ouvido e acompanhado”.

Francisco determina que as vítimas tenham o devido “apoio espiritual, médico, psicológico e legal” e recorda a importância de que aos acusados seja garantido o direito a um “julgamento justo e imparcial”, em conformidade com a presunção de inocência, bem como aos “princípios de legalidade e proporcionalidade entre o crime e a sentença”.

O Papa sublinha a obrigatoriedade de “apresentação de denúncia promotor de justiça no tribunal do Estado da Cidade do Vaticano” a todos aqueles que, no exercício das suas funções, tenham “notícia ou motivos razoáveis para acreditar que uma criança ou uma pessoa vulnerável” foi vítimas de abusos.

“Na seleção e recrutamento de pessoal da Cúria Romana e de instituições ligadas à Santa Sé, bem como daqueles que colaboram numa base voluntária, deve ser verificada a idoneidade do candidato para interagir com menores e pessoas vulneráveis”, acrescenta o texto.

O alargamento da prescrição para 20 anos, “em caso de ofensa a um menor”, a partir do momento em que este completa 18 anos de idade, seguindo o Direito Canónico, é uma das novidades no ordenamento jurídico do Estado da Cidade do Vaticano.

A lei prevê sanções para responsáveis que omitam a denúncia às autoridades judiciais, com exceção do “sigilo sacramental”, isto é, do segredo de Confissão.

Essa obrigação estende-se a todos os funcionários do Estado do Vaticano e da Cúria Romana, bem como diplomatas ao serviço das nunciaturas (embaixadas da Santa Sé).

As normas preveem a criação de um “serviço de acompanhamento” para as vítimas, com assistência médica e legal.

O ‘Motu Proprio’ e a Lei CCXCVII são acompanhados por um conjunto de diretrizes pastorais, as quais assinala, que “os agentes, colaboradores e voluntários que souberem de abusos devem informar o vigário-geral”, por escrito, a fim se de comunicar essa denúncia ao promotor de justiça do tribunal do Estado da Cidade do Vaticano.

Quando a denúncia não for “manifestamente infundada”, o vigário-geral comunica-a diretamente ao tribunal e afasta o alegado autor dos factos “das atividades pastorais do Vicariato”.

O novo quadro jurídico entra em vigor a 1 de junho de 2019.

Texto: OC / Ecclesia

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 29 – Semana III da Quaresma

Os 14, 2-10 / Slm 80 (81), 6-11.14.17 / Mc 12, 28b-34

Escuta, Israel. (Evang.)

«Escuta, Israel», quer dizer: Israel, presta atenção. É o que nos faz falta, muitas vezes. Quantas vezes não ouvimos as leituras da Missa só com um ouvido, ou lemos a Palavra mecanicamente? Muitas vezes. Porque é que eu digo isso? Porque temos muita dificuldade em aplicar a Palavra ao nosso dia a dia, em amolecer o nosso coração de pedra. Quantas vezes pensamos (ou não pensamos): o que é que eu posso fazer por Deus ou pelo meu próximo?  

quinta-feira, 28 de março de 2019

Quinta-feira, dia 28 Março 2019

Na Igreja das Azenhas do Mar às 21h30

Por que o Papa não gosta que beijem seu anel

Polémica pelos gestos do Papa diante de fiéis que queriam beijar o seu anel


Papa Francisco não deixou que algumas pessoas beijassem o seu anel, nesta segunda-feira, 25 de março, no Santuário Mariano de Loreto, no momento de saudação aos fiéis na sacristia.

Francisco é um papa de gestos e cultiva a mensagem de uma Igreja pobre para os pobres, de portas abertas, próxima do povo de Deus e que deveria conceber o poder como serviço. Nesse sentido, em todo o seu pontificado busca relacionar palavras e gestos.

Portanto, é justo considerar que um Papa que denuncia o clericalismo e o servilismo do catolicismo de salão não aceite que lhe beijem a mão e que o reverenciem como um monarca. E também que insista em que as pessoas o olhem de frente, e não se rebaixem diante dele.

Francisco recordou que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo apenas se for para se agachar e ajudá-la a se levantar. Se não for assim, não temos o direito de olhar ninguém de cima para baixo (vídeo-mensagem para o Encontro Nacional da Juventude em Rosário 22/05/2018).

O Papa Francisco convive com o poder, mas sem se perder nele. Por isso, tira a mão quando tentam curvar-se para beijá-la, porque considera que tal gesto comunica rebaixar-se perante o outro. Ele busca a sintonia e o alinhamento do olhar com seu interlocutor.


MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 28 – Semana III da Quaresma

Jer 7, 23-28 / Slm 94 (95), 1-2.6-9 / Lc 11, 14-23

Quem não junta comigo dispersa. (Evang.)

O que será juntar com Cristo? Vejamos! O que é que nós podemos juntar com Cristo? Todos os dons do Espírito Santo, quando os pomos em prática. E também o amor. O leitor já reparou que quando amamos muito alguém, o amor vai crescendo? Vamos juntando amor dentro de nós, capacidade de amar, para estar à nossa disposição quando for preciso, quero dizer, quando se nos deparar uma pessoa difícil de amar. O leitor reze por esta intenção.  

segunda-feira, 25 de março de 2019

Não abusar da misericórdia de Deus, alerta o Papa

Francisco adverte quem vive para si mesmo, saciado e tranquilo, aconchegado em suas comodidades

“A possibilidade da conversão não é ilimitada; por isso é preciso aproveitar logo; do contrário ela se perderia para sempre.”

Foi o que disse o Papa Francisco ao meio-dia deste domingo (24/03) no Angelus rezado com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro para a oração mariana com o Santo Padre.

“Podemos confiar muito na misericórdia de Deus, mas sem abusar dela. Não devemos justificar a preguiça espiritual, mas aumentar nosso esforço a corresponder prontamente a essa misericórdia com coração sincero.”

Na alocução que precedeu a oração, Francisco comentou a página do Evangelho deste terceiro domingo da Quaresma (Lc 13,1-9), que nos fala da misericórdia de Deus e da nossa conversão.

A página do Evangelho nos traz nos versículos 6 a 9 a seguinte parábola contada por Jesus: “Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Veio a ela procurar frutos, mas não encontrou. Então disse ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho buscar frutos nesta figueira e não encontro. Corta-a; por que há de tornar a terra infrutífera? Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano para que eu cave ao redor e coloque adubo. Depois, talvez, dê frutos… Caso contrário, tu a cortarás’”.


O dono da figueira representa Deus Pai e o vinhateiro é imagem de Jesus, já o figo é símbolo da humanidade indiferente e árida, disse o Papa, acrescentando que “Jesus intercede ao Pai em favor da humanidade – e o faz sempre – e pede que espere e Lhe dê mais tempo, para que nela possam germinar os frutos do amor e da justiça”.

Francisco explicou que a figueira que o dono na parábola quer extirpar representa uma existência estéril, incapaz de doação, incapaz de fazer o bem.

“É símbolo de quem vive para si mesmo, saciado e tranquilo, aconchegado em suas comodidades, incapaz de voltar o olhar e o coração para aqueles estão a seu lado e se encontram em condição de sofrimento, em condição de pobreza, de dificuldade.”

O Santo Padre disse ainda que esta atitude de egoísmo e de esterilidade espiritual é contraposta pelo grande amor do vinhateiro pela figueira: tem paciência, sabe esperar, lhe dedica seu tempo e seu trabalho.

Esta similitude do vinhateiro manifesta a misericórdia de Deus, que nos deixa um tempo para a conversão. Todos precisamos converter-nos, dar um passo adiante, e a paciência de Deus, a misericórdia, nos acompanha nisso, afirmou o Papa.

“Apesar da esterilidade, que por vezes marca a nossa existência, Deus tem paciência e nos oferece a possibilidade de mudar e de progredir no caminho do bem. Mas o prazo implorado e concedido à espera que a árvore finalmente frutifique, indica também a urgência da conversão”.

Nós podemos pensar nesta Quaresma: o que devo fazer para aproximar-me mais do Senhor, para converter-me, para eliminar aquelas coisas que não são boas? “Não, não… esperarei a próxima Quaresma…” Mas vocês estará vivo na próxima Quaresma? Cada um de nós pense hoje: o que devo fazer diante dessa misericórdia de Deus que me espera e que sempre perdoa. O que devo fazer? – interpelou o Pontífice.

“Na Quaresma, o Senhor nos convida à conversão”, disse ainda Francisco, acrescentando: “Cada um de nós deve sentir-se interpelado por esse chamado, corrigindo algo em nossa vida, no modo de pensar, de agir e de viver as relações com o próximo. Ao mesmo tempo, devemos imitar a paciência de Deus que confia na capacidade de todos de poder ‘levantar-se’ e retomar o caminho. Deus é Pai, e não apaga a chama fraca, mas acompanha e cuida de quem é frágil a fim de que se robusteça e dê sua contribuição de amor à comunidade.”

Francisco pediu à Virgem Maria que nos ajude a viver estes dias de preparação para a Páscoa como um tempo de renovação espiritual e de confiante abertura à graça de Deus e à suas misericórdia.

(Com Vatican News)

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 25 – Anunciação do Senhor (Solenidade)

s 7, 10-14; 8, 10 / Slm 39 (40), 7-11 / Hebr 10, 4-10 / Lc 1, 26-38

Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade. (Salmo)

E o salmo continua: «Então clamei: “Aqui estou…”». Todos nós devemos dizer isto a Deus e podemos ter muitas surpresas com o bem que Deus tem para nos dar. Porque há aquela frase de Jesus: «Quem Me quiser seguir pegue na sua cruz…», mas não nos devemos esquecer que Jesus ressuscitou. E que provavelmente Jesus foi feliz – ou mesmo muito feliz – durante trinta e três anos porque Jesus era filho de Nossa Senhora – que devia ser uma mãe ótima – e dileto do Pai. Hoje, o leitor agradeça a Deus todas as coisas boas que Deus lhe tem dado.  

domingo, 24 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 24 – Domingo III da Quaresma – Ano C

Ex 3, 1-8a.13-15 / Slm 102 (103), 1-4.6-8.11 / 1 Cor 10, 1-6.10-12 / Lc 13, 1-9

A leitura do livro do Êxodo apresenta-nos o chamamento de Deus a Moisés, que misteriosamente Se revela por meio de uma sarça que arde sem se consumir. O fogo é das imagens bíblicas mais comuns para indicar a presença de Deus. Baste recordar as línguas de fogo no Pentecostes.

Israel, antes de conhecer a Deus como pai e esposo, como rei e pastor, conheceu-O como libertador: «Eu vi a situação miserável do meu povo no Egito; escutei o seu clamor provocado pelos opressores. Conheço, pois, as suas angústias. Desci para o libertar das mãos dos egípcios».

O nosso Deus não é como os deuses do olimpo, distante das desgraças humanas, gloriosamente pairando acima das nuvens. É um Deus que assume as nossas angústias e problemas como sendo seus, disponível a fazer tudo o que seja para nosso bem e salvação. O nosso Deus, como notavam os rabinos, é alguém que toma a iniciativa de vir em nosso socorro, pois o texto bíblico não afirma que os israelitas gritaram ao Senhor, mas foi o Senhor que ouviu os seus gritos de angústia perante tantas injustiças.

Na comunidade de Corinto, havia cristãos que estavam convencidos que lhes bastava o batismo para alcançarem a salvação. S. Paulo adverte-os que as graças de Deus, como é especialmente o batismo, não produzem um efeito automático, como se se tratasse de magia espiritual. A fé precisa de obras que a comprovem. Ser cristão não é um estatuto que se conquistou, mas uma graça à qual nos temos de abrir cada dia.

Jesus, no Evangelho, faz um insistente apelo à conversão. Não entra na discussão da injustiça de Pilatos ter mandado assassinar galileus que estavam no templo, profanando assim um lugar sagrado. Clarifica que os infortúnios e desastres que acontecem, como os 18 homens que morreram com a queda da torre de Siloé, não são um castigo de Deus. Jesus não entra na discussão «política», condenando Pilatos e os engenheiros e artistas que construíram mal uma torre. De tudo o que acontece há que tirar lições positivas. Por isso, Jesus recorda que o importante é levar uma vida que agrade ao Senhor, convertendo-nos das nossas maldades e pecados.

A parábola da figueira é usada por Cristo para nos apresentar a extraordinária paciência e solicitude de Deus. S. Lucas, o evangelista da misericórdia, retrata-nos Deus cheio de esperança e compreensão com a dureza do nosso coração, disponível para nos dar sempre mais uma oportunidade para nos convertermos. 

Quer um relacionamento mais profundo com Deus? Então livre-se deste pecado

De acordo com o padre Lorenzo Scupoli, se você conseguir superar este pecado, você entrará no caminho da santidade

Na vida espiritual, como em todas as áreas da vida, é fácil perder o foco no que é realmente importante. Infelizmente, podemos nos iludir, pensando que vivemos uma vida virtuosa, quando, na verdade, estamos longe disso. O diabo faz o seu melhor para nos manter no escuridão!

O padre italiano Lorenzo Scupoli tentou chegar ao coração da vida espiritual. Ele explicou em seu livro “O Combate Espiritual” o que ele pensava ser o único pecado mais importante a ser expelido da alma de uma pessoa.

Scupoli descreve como o orgulho espiritual pode ser o pecado mais perigoso, impedindo que uma alma se una a Deus. Uma pessoa com orgulho espiritual “pensa que ela conseguiu um grande progresso nessa área, já que ela faz muitas orações, participa de muitas missas, frequenta muitas igrejas e recebe muitas comunhões”.

Além disso, essas pessoas acreditam que essas ações as tornaram perfeitas e, como resultado, “elas desejam ser colocados acima dos outros; são casadas com suas próprias opiniões e obstinadas em suas próprias vontades. Além de serem cegas para suas próprias falhas, elas são observadoras atentas e críticas dos atos e palavras dos outros”.

Infelizmente, aqueles com tal orgulho espiritual “atribuem a si mesmos um alto grau de perfeição, e, assim, cheios de orgulho, julgam os outros, ao passo que um grau extraordinário da graça de Deus é necessário para se converterem ”.

Scupoli prossegue corajosamente dizendo que “o pecador aberto é mais facilmente convertido e restaurado junto a Deus do que o homem que se encobre sob a capa da virtude aparente”.

A observação de Scupoli é uma reminiscência da história do Evangelho do fariseu e do cobrador de impostos:

“Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Lucas 18,10-14).

Reflita! 

sábado, 23 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 23 – Semana II da Quaresma

Miq 7, 14-15.18-20 / Slm 102 (103), 1-4.9-12 / Lc 15, 1-3.11-32

Naquele tempo, (…) os pecadores aproximavam-se de Jesus. (Evang.)

Hoje em dia há grandes pecados por causa dos quais se reza muito pelas vítimas. Estou a lembrar-me das vítimas do terrorismo, das vítimas dos ditadores, das vítimas de organizações criminosas que traficam pessoas, que traficam droga, que têm escravos, etc., das vítimas da pedofilia e outros. Mas, ao mesmo tempo que rezamos pelas vítimas, temos sempre de rezar pela alma, pela salvação dos criminosos. Foi isso que Nossa Senhora pediu em Fátima. Hoje, rezemos por esta intenção.

sexta-feira, 22 de março de 2019

O valor da honestidade

A honestidade tornou-se um requisito desejado e desejável em todas as áreas vitais

À primeira vista, o conceito de honestidade parece bastante simples. Tudo o que você precisa fazer é dizer a verdade e agir com retidão em todas as situações. Então, por que pessoas sinceras justificam a distorção da verdade em certas situações?

Existem inúmeras situações que muito rapidamente testarão nossa determinação de ser completamente honestos.

Podemos nos recordar da nossa infância quando queríamos evitar ser punidos. O medo leva as crianças a mentir em um esforço para evitar consequências que sejam consideradas negativas. Desta forma, a mentira é apresentada como menos dolorosa do que a honestidade, pelo menos aparentemente.

“Justificativas” da falta de honestidade

Além de evitar as consequências de nossas ações, existem mais razões pelas quais supostamente “valeria a pena” não ser inteiramente honesto:

Não prejudicar os sentimentos de alguém ou seu orgulho.
Evitar que outros pensem mal de nós.
Medo de que alguém possa roubar nosso reconhecimento.
Pensar que estamos protegendo alguém.
Proteger nosso ego ao evitar o constrangimento.
Evitar que nossa imagem ou reputação seja comprometida.
Quando não gostamos de alguém, mas não queremos que as pessoas saibam.
À primeira vista, você pode pensar que estes seriam motivos perfeitamente legítimos para desviar um pouco a verdade. Afinal, não é para o bem maior?

Pois bem, adotar este tipo de raciocínio distorcido é o mesmo que dizer que o fim sempre justifica os meios. Em outras palavras, é bom fazer algo ruim, desde que você obtenha os resultados desejados.

Ser honesto exige coragem e tato

Ser honesto exige coragem porque nos torna vulneráveis ​​e exige que sejamos responsáveis. Para evitar ferir os sentimentos dos outros com nossa honestidade, o tato também é necessário.

É claro que ser verdadeiramente honesto envolve mais do que dizer a verdade em cada situação, mas, para as pessoas com integridade, é a única opção aceitável.

A honestidade tornou-se um requisito desejado e desejável em todas as áreas vitais.

Permanecer honesto permite, acima de tudo, aumentar a autoconfiança.

Nessa linha fina que separa o que é certo e o que é errado, nossa honestidade pessoal pode nos mostrar o caminho do que realmente é certo.

Ser honesto nem sempre será o curso de ação mais simples ou mais conveniente, mas é o único caminho que lhe dará integridade. Pessoas com integridade sempre reconhecerão e apreciarão sua honestidade e coragem.

Javier Fiz Pérez | Mar 22, 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 22 – Semana II da Quaresma

Gen 37, 3-4.12-13a.17b-28 / Slm 104 (105), 16-21 / Mt 21, 33-43.45-46

Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos. (Evang.)

O que é que isto quereria dizer na nossa vida? Que nos tira a missão? Não. Ainda que nós tenhamos o nosso pecado. Assim, há um processo dinâmico entre o plano de Deus para nós, a frustração desse plano pelo pecado, a nossa redenção e consequente prossecução do plano de Deus. (Salvaguardando sempre a nossa liberdade de, querendo, nos rebelarmos contra o plano que discernimos Deus ter para nós.) Assim, hoje, rezemos pelo cumprimento da nossa missão.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Qui, 21 – Semana II da Quaresma

Jer 17, 5-10 / Slm 1, 1-2.3.4.6 / Lc 16, 19-31

Eles têm Moisés e os profetas. (Evang.)

Nós temos toda a Bíblia, a nossa relação com Deus, dentro disso a nossa relação com o Espírito Santo, as leituras da Missa e outras coisas. Isso vai-nos alimentando. Vamos meditando em coisas antigas, vendo-as sob novas perspetivas ou saboreando gostos antigos, encontrando coisas novas nas quais ainda não tínhamos caído na conta. Mas todas estas coisas têm de cavar fundo e depois têm de se transformar em vida. Peçamos essa graça ao Senhor, porque isto não é fácil.

Paróquia de Almargem do Bispo


quarta-feira, 20 de março de 2019

Greve da fome ou jejum?

Foi com pompa e circunstância que os meios de comunicação social noticiaram que um dirigente sindical, em protesto pelo que o próprio considerou ofensivo da sua classe profissional, ia iniciar uma greve da fome junto à residência oficial do chefe de Estado. Para o efeito, não só convocou as televisões, como também montou uma tenda junto ao palácio de Belém, a recordar a barraca real, em que a família real portuguesa se alojou depois da ruína e incêndio do Paço Real, como consequência do terrível terramoto de 1 de Novembro de 1755.

Era suposto que o dedicado líder sindical permanecesse nessa inóspita morada durante muito tempo, porque o seu protesto se previa longo. Também se supunha que, enquanto as suas reivindicações não fossem atendidas pelo governo, se abstivesse de ingerir quaisquer alimentos ou bebidas. Mas, felizmente, o que se temia poder vir a ser um drama, acabou por ser apenas uma comédia, não só porque o tempo desse forçado jejum foi escasso, ao ponto de não se notar qualquer diferença física no dito grevista, por sinal bem nutrido de carnes, mas também porque a suposta abstinência de quaisquer alimentos sólidos, ou líquidos, veio-se a demonstrar bastante menos drástica: para além da água, o grevista também se alimentou de mel, que é um alimento bastante rico em nutrientes e, por sinal, muito saboroso.

Não estão em apreço as razões, certamente louváveis, que levaram o referido sindicalista a protagonizar um tão singular protesto, nem muito menos amesquinhar o seu nobre gesto que, graças a Deus, foi dado por concluído muito antes de ter perigado a sua saúde pessoal. Ficou, no entanto, o exemplo de quem, para chamar a atenção para uma sua preocupação laboral, recorreu ao jejum e à abstinência.

É comum ouvir-se dizer que o jejum, que é obrigatório na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa, já não faz sentido, como também há quem dispense a abstinência, obrigatória não apenas nas sextas-feiras quaresmais, mas em todas as sextas-feiras do ano que não coincidam com nenhuma solenidade, segundo as vigentes normas da Conferência Episcopal portuguesa. Não falta quem advogue o suposto anacronismo dessas penitências, dir-se-ia que medievais. Alguns espiritualistas entendem, por sua vez, que a carne de nada aproveita e que o que importa é o espírito e, portanto, é indiferente o que se coma e beba. Alguns biblistas também opinam que a proibição de comidas e bebidas são resquícios das normas disciplinares judaicas, que impunham severas restrições alimentares, entretanto superadas pela nova lei, que já não considera nenhum alimento ou bebida como impuro, porque todos foram criados por Deus para o bem dos homens.

Qualquer sociólogo seria levado a concordar com estas precipitadas conclusões contra o sentido e oportunidade do jejum e da abstinência cristãs, não fosse a própria sociedade civil nos oferecer, em pleno século XXI, exemplos dessas mesmas mortificações. Com efeito, que é uma greve da fome senão um prolongado jejum?! É certo que sem nenhum propósito sobrenatural, mas apenas para proveito de uma reivindicação política, ou laboral, mas sem apreciável diferença em relação às práticas penitenciais que a Igreja recomenda, segundo uma tradição que remonta ao próprio Jesus Cristo, que durante quarenta dias jejuou no deserto. Se um sindicalista do século XXI, por razões de ordem laboral, se propõe fazer uma greve da fome às portas do palácio presidencial, quem se atreve a dizer que o jejum e a abstinência são práticas ultrapassadas e que já ninguém é capaz de entender o seu sentido impetratório e purificador?! 

Aliás, também Gandhi, figura maior do humanismo universal, quando via baldados os seus esforços para alcançar a paz entre todos os cidadãos indianos, por causa do profundo antagonismo entre muçulmanos e hindus, entregava-se a jejuns prolongados, para assim alcançar a tão desejada paz, até ao extremo de ter posto em perigo, várias vezes, a sua vida. Mas, quando as conversações políticas falhavam, este era o último recurso que lhe restava para alcançar a reconciliação, que porventura não se teria logrado se não fosse pelo heróico sacrifício do Mahatma.

Paradoxo contemporâneo: nunca a nossa sociedade foi tão hedonista, nem nunca se mortificou tanto! Os mesmos que protestam contra o jejum e a abstinência, que consideram práticas obsoletas, são os que fazem greves da fome e se recusam a comer carne ou peixe. Enquanto a abstinência cristã é só da carne e às sextas-feiras, os vegetarianos obrigam-se a uma perpétua privação da carne e os ‘vegan’ até do peixe e dos derivados prescindem voluntariamente! Se um cristão optar por não comer carne à sexta-feira – também há outros modos, igualmente válidos, de cumprir este preceito penitencial – não faltará quem o considere um extremista, um perigoso fundamentalista, se não mesmo um fanático. Mas, se alguém se privar sempre da carne e do peixe e não apenas um dia por semana, é geral o respeito por quem pratica uma tão saudável alimentação que, como agora se diz, é muito ‘amiga’ do ambiente!

Sejamos defensores da natureza e solidários com todas as justas causas laborais e sociais mas, sobretudo, sejamos amigos de Deus e dos nossos irmãos, sendo fiéis à Igreja no fiel cumprimento das suas normas penitenciais, sobretudo neste tão salutar tempo quaresmal. Esta é, certamente, a melhor ‘dieta’ para a nossa salvação e para a salvação do mundo!
P. GONÇALO PORTOCARRERO DE ALMADA

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 20 – Semana II da Quaresma

Jer 18, 18-20 / Slm 30 (31), 5-6.14.15-16 / Mt 20, 17-28

Eles abrem uma cova para me tirar a vida. Lembrai-Vos que me apresentei diante de Vós, para Vos falar em seu favor. (1ª Leit.)

Assim nós fizéssemos com quem nos magoa. Eu tenho muita dificuldade nisso. Quando uma pessoa me magoa (muito), não quero pensar nela, porque pensar nela lembra-me essa mágoa. Eu acho que temos de começar por pensar, rezar pelas pessoas que nos magoaram num passado já algo distante. Depois, vamos chegando até às pessoas que nos magoam no presente. Além de pedirmos essa graça. Precisamos mesmo da força de Deus.

terça-feira, 19 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 19 – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria (Solenidade)

2 Sam 7, 4-5.12-14.16 / Slm 88 (89), 2-5.27.29 / Rom 4, 13.16-18.22 / Mt 1, 16.18-21.24 ou Lc 2, 41-51

Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura. (Evang. de Lucas)

Hoje podemos rezar por duas intenções. Ou pelos pais que perdem os filhos ou pelos pais que não entendem a vocação dos filhos. Há pais que perdem os filhos em acidentes de viação ou desastres naturais, em guerras ou porque os filhos fogem de casa ou porque os próprios pais põem os filhos fora de casa. E também há pais que não percebem a vocação dos filhos. Às vezes, são vocações religiosas, outras vezes é só porque não era aquela a vocação que os pais tinham sonhado para o seu filho.  

segunda-feira, 18 de março de 2019

Serra de Sintra


MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 18 – Semana II da Quaresma

Dan 9, 4b-10 / Slm 78 (79), 8-9.11.13 / Lc 6, 36-38

No Senhor, nosso Deus, está a misericórdia e o perdão. (1ª Leit.)

E depois o Evangelho diz-nos que a condição de sermos perdoados é perdoar. Atentemos a estas duas realidades. Perdoamos e somos perdoados. Parece justo. O leitor imagine que perdoávamos mas não éramos perdoados. Isso seria verdadeiramente revoltante. Daí que o nosso perdão venha de Deus e não dos homens, porque o perdão de Deus é infalível, enquanto o dos homens não é. O leitor peça a graça de perdoar sempre.

Quarta-feira, dia 20 Março 2019

Na Igreja de Almoçageme às 10h00

domingo, 17 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 17 – Domingo II da Quaresma – Ano C

Gn 15, 5-12.17-18 / Slm 26 (27), 1.7-9.13-14 / Fl 3, 17 – 4, 1 / Lc 9, 28b-36

Encontramos nesta passagem do livro do Génesis a primeira vez que se afirma que alguém teve fé no verdadeiro Deus. O verbo hebraico usado para exprimir que Abraão «acreditou» em Deus significa apoiar-se numa base sólida e segura. Não se trata da adesão intelectual a verdades dogmáticas, mas sim da confiança incondicional numa pessoa. É esta a fé do cristão.

A fé de Abraão verifica-se na adesão total ao Senhor, que lhe prometeu ter uma descendência mais numerosa do que as incontáveis estrelas do céu. E Deus recompensa-o estabelecendo com ele uma aliança de perene fidelidade. A iniciativa da aliança é de Deus, absolutamente gratuita e incondicional. Também hoje a aliança de amor entre Deus e cada um de nós é gratuita, incondicional e perene, resistindo a qualquer infidelidade da nossa parte.

S. Paulo exorta a comunidade cristã de Filipos, e a todos nós hoje, a não nos entrincheirarmos em tradições e rituais que não são próprios de amigos da cruz de Cristo, que deu a vida por nós. É-nos pedido para «permanecermos firmes no Senhor», sem nos agarrarmos às coisas da terra, porque somos peregrinos da «nossa pátria que está nos Céus». A fé em Cristo não pode ficar no acreditar nos dogmas enunciados num credo, mas tem de descer às obras, à nossa vida concreta.

Jesus sobe a um monte para rezar, no recolhimento da solidão, longe das multidões que O seguiam. É profundamente significativo que Jesus, Filho de Deus, sinta a necessidade de rezar e o faça, repetidas vezes e por largo tempo.

Neste contexto de oração, deu-se a transfiguração. A glória de Jesus, Filho de Deus, tornou-se visível na sua humanidade: «Enquanto orava, alterou-se o aspeto do seu rosto e as suas vestes ficaram de uma brancura refulgente». Como na agonia de Jesus no jardim das oliveiras, também aqui estes três apóstolos deixaram-se vencer pelo sono. É a nossa incapacidade de assumir responsabilidades em ocasiões decisivas, o nosso passar ao lado sem cair na conta do que se passa de importante.

Pedro apresenta o seu plano de construir três tendas, a fim de prolongar, senão eternizar, a beleza consoladora da experiência da transfiguração. Como anota S. Lucas: «Não sabia o que estava a dizer». Mas Jesus, que nos aparece nos Evangelhos como peregrino, sempre a caminho, não consente neste pedido. A meta das nossas experiências de consolação no Senhor está na vida quotidiana, no cumprimento dos nossos deveres.

Da nuvem do mistério de Deus veio uma voz: «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O». É o convite que Deus Pai também hoje nos faz. Escutar a voz de Jesus e seguir a sua boa nova.

sábado, 16 de março de 2019

Concertos de Primavera | Ciclo de Música Barroca de Sintra

Este ciclo de música barroca nas igrejas do concelho, que procuram introduzir uma nova oferta cultural no concelho de Sintra, garantindo uma programação de grande qualidade, sob a direção artística do Sintra Estúdio de Ópera.
De 21 de março a 10 de maio, as igrejas de Colares, Santa Maria (Sintra), Ulgueira, Terrugem, São Pedro e São Martinho (Sintra) vão ser palco para os “Concertos de Primavera” abertos a toda a população.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Mensagem do Cardeal-Patriarca para a Quaresma 2019


“Uma Santa Quaresma com horizonte pascal”


A Quaresma que iniciamos, neste ano de 2019, é como sempre tempo de graça e conversão. Já a conversão é, em si mesma, obra da graça divina, que não deixa de nos atrair para Deus, vida das nossas vidas.
É bom termos isto presente, para percebermos tudo o mais e nos percebermos a nós próprios, sempre e nas atuais circunstâncias, pessoais, sociais e eclesiais.
São grandes as contradições que sentimos, entre o que devia ser e o que o contradiz, a todos os níveis. Devastadores conflitos por esse mundo além, que tanto demoram em resolver, com populações em fuga e tão pouco acolhidas, clamam por um envolvimento muito mais forte e consequente da comunidade internacional e da ajuda humanitária. O desrespeito pelo ambiente e as agressões ecológicas põem em causa o futuro - e já o presente - de populações inteiras e da humanidade em geral. O recente encontro promovido em Roma pelo Papa Francisco sobre “a proteção dos menores na Igreja” enfrentou um grave problema que exige solução radical, reprimindo os abusos, apoiando as vítimas e prevenindo tais casos. As trágicas notícias de violência doméstica, especialmente sobre mulheres, manifestam outra chaga intolerável. A corrupção abala a confiança indispensável à vida social e institucional. A proteção ativa de cada vida humana, da conceção à morte natural, continua à espera duma corresponsabilidade coletiva muito mais capaz, pois se trata da primeira alínea do nosso bem comum…

Um elenco assim, ou ainda mais extenso, poderia paralisar-nos pela vastidão e peso dos problemas que refere. Poderia retrair-nos no que nos toca imediatamente e alhear-nos do mais, que sendo de todos é nosso também.
E assim poderia acontecer, de facto, entre o atordoamento mediático e a desistência de compreender e atuar. Mas não poderá suceder de direito, porque a justiça nos impele a proporcionar a cada um o que lhe é devido – e a justiça divina se revela no comportamento de Cristo em relação ao bem de todos.
A Quaresma orienta-se exatamente nesse sentido, para nos identificarmos com Jesus Cristo no que Ele tem de mais essencial e ativo, ou seja, a filiação divina, raiz profunda da fraternidade universal.
Filiação divina significa viver de Deus para Deus, como Jesus com o Pai, no Espírito que os une. Esse mesmo Espírito que nos é concedido no Batismo, para assim vivermos e convivermos também.
Trata-se, portanto, de algo interior, fundamental e bastante. Aí mesmo, onde a solução se encontra numa intimidade divina que nos sustentará em absoluto e animará sempre e em qualquer circunstância que seja, mesmo a mais difícil. Aí mesmo, sem aparentar por fora o que de verdade não fossemos. Por toda a Quaresma ressoa o apelo de Cristo para sermos autênticos filhos de Deus e só assim nos definirmos e consequentemente demonstrarmos.
As práticas quaresmais – a esmola, a oração e o jejum – têm em Jesus e nos seus discípulos essa dimensão precisa. Resolvem-nos com Deus para nos resolverem na vida. Ouvimos no Evangelho, três vezes seguidas: «Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo… Quando rezares, ora a teu Pai em segredo… Quando jejuares, que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa». 
Ao ouvirmos o profeta Joel: «Diz agora o Senhor: Convertei-vos a Mim de todo o coração…» E depois São Paulo: «Nós vos pedimos em nome de Cristo, reconciliai-vos com Deus!» - é a isso mesmo que se referem, como ponto primeiro de tudo o mais que possa e deva acontecer. Uma atitude basicamente “religiosa”, digamos, que religando-nos a Deus nos religue a tudo e a todos, onde afinal o mesmo Deus nos espera também. Daí que a oração autêntica se concretizará em caridade, saciando-nos no essencial que nunca acabará, o verdadeiro amor, outro nome da convivência perfeita. Dito de maneira mais corrente, a Quaresma há de levar-nos da distração à conversão.     

O Papa Francisco dirige-nos a sua Mensagem Quaresmal também em torno duma filiação divina tão verdadeira em nós como libertadora para a criação inteira, partindo dum luminoso passo da Epístola de São Paulo aos Romanos: «A criação encontra-se em expetativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus (Rm 8, 19).
Recomendo muito a leitura atenta, pessoal e comunitária, da Mensagem papal nesta Quaresma que iniciamos. Tem uma sequência lógica e muito clara, assim enunciada: 1) A redenção da criação, ou seja, a ligação íntima da nossa libertação com a da criação inteira. 2) A força destruidora do pecado, ou seja, a trágica consequência da rotura com Deus, que se torna rotura com tudo. 3) A força sanadora do arrependimento e do perdão, isto é, a real possibilidade duma conversão libertadora, verdadeiramente pascal.
A Mensagem insere-se na repetida insistência do Papa Francisco numa “ecologia integral” que supere de vez o egoísmo que desarmoniza a totalidade em que devemos viver. Bem pelo contrário, quando alguém vive realmente como filho de Deus, «beneficia também a criação, cooperando para a sua redenção».
De “redenção”, fala o Papa, pois o cativeiro espiritual de quem vive apenas para si aprisiona a natureza nesse mesmo egoísmo, sufocando-a também. Por isso acentua, com dramático realismo: «Quando não vivemos como filhos de Deus, muitas vezes adotamos comportamentos destruidores do próximo e das outras criaturas – mas também de nós próprios -, considerando, de forma mais ou menos consciente, que podemos usá-los como bem nos apraz».
E finalmente – urgentemente – abre-se a Páscoa, como inadiável horizonte. A Quaresma exercita-a já, para a festejarmos depois. O ritmo das estações do ano acaba por ser monótono, quando não supera os repetidos ciclos com que o paganismo se entretém. A primeira lua cheia da Primavera, que marcará como sempre a Páscoa deste ano, há de trazer-nos bem mais do que isso, se nos encontrar melhores, numa filiação divina que nos libertará também, porque o louvor de Deus e o bem dos outros nos preencherão a vida.         
É o significado e o fruto do exercício quaresmal que retomamos: «A Quaresma é sinal sacramental desta conversão. Ela chama os cristãos a encarnarem, de forma mais intensa e concreta, o mistério pascal na sua vida pessoal, familiar e social, particularmente através do jejum, da oração e da esmola», escreve ainda o Papa.
Não encontraria melhores palavras para vos desejar a todos uma Santa Quaresma, com horizonte verdadeiramente pascal! 

Lisboa, 6 de março de 2019

† MANUEL, Cardeal-Patriarca

A nossa renúncia Quaresmal de 2018, destinada à construção duma escola em Cattin (Bangui), na República Centro-Africana, das Irmãs Oblatas do Coração de Jesus, juntou 236.344,94 €. A desta Quaresma corresponderá ao apelo da Cáritas da Venezuela, que nos pede um sinal de proximidade e comunhão com os mais pobres do seu país, nas dramáticas circunstâncias em que vivem.

13 de Março de 2019 - 6º aniversário do Pontificado de Francisco

O Papa Francisco assinalou esta quarta-feira o sexto aniversário da sua eleição pontifícia, um momento visto como de viragem, em busca de respostas para os problemas sociais e da Igreja que foram identificados desde 2013.

Andrea Tornielli, diretor editorial da Secretaria para a Comunicação do Vaticano, assinala, numa nota divulgada pela Santa Sé, que os últimos 12 meses, em particular, ficaram marcados “pelo flagelo dos abusos e pelo sofrimento de alguns ataques internos”, protagonizados inclusivamente por cardeais.
“Um olhar ao ano que acaba de passar não pode ignorar o ressurgimento do escândalo dos abusos e das divisões internas que levaram o ex-núncio Carlo Maria Viganò, em agosto de 2018, precisamente quando Francisco celebrava a Eucaristia com milhares de famílias em Dublin, repropondo a beleza e o valor do matrimónio cristão, a pedir publicamente a renúncia do Papa por causa da gestão do caso McCarrick”, recorda o jornalista italiano.
O antigo arcebispo de Washington, acusado de abusos sexuais, viria a deixar o Colégio Cardinalício e a ser demitido do estado clerical, por “uso impróprio da confissão e violações do Sexto Mandamento do Decálogo com menores e adultos, com a agravante de abuso de poder”.

Quinta-feira, dia 14 Março 2019

Na Igreja da Ulgueira às 15h00

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 14 – Semana I da Quaresma

Est 4, 17 n.p-r.aa-bb.gg.hh / Slm 137 (138), 1-2a.2bc-3.7c-8 / Mt 7, 7-12

(…) não tenho ninguém senão Vós. (1ª Leit.)

Como seria se só tivéssemos Deus? Enlouqueceríamos por falta de relação humana? Ficávamos com uma doença mental? Ou Deus chegava-nos? Nunca chegaremos a estar numa situação de um isolamento completo mas o ponto a que eu quero chegar é se Deus é, de facto, uma realidade viva para o leitor. Estou como que a perguntar se Deus é (de) uma tal realidade para o leitor que lhe fizesse companhia no caso de um isolamento completo. Até que ponto Deus é uma realidade viva para o leitor?

quarta-feira, 13 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qua, 13 – Semana I da Quaresma

Jon 3, 1-10 / Slm 50 (51), 3-4.12-13.18-19 / Lc 11, 29-32

Fazei nascer dentro de mim um espírito firme. (Salmo)

Um espírito firme é aquele que subjaz ao nosso temperamento, que pode ser mais em linha reta ou mais às curvas. Algumas pessoas são como a tartaruga, outras como a lebre, outras têm dentro de si a síntese da tartaruga com a lebre. Seja como for, todas têm de rezar para terem um espírito firme. O Espírito de Deus que nos orienta e motiva. O resto é uma questão de temperamento. Rezemos por um espírito firme.

terça-feira, 12 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 12 – Semana I da Quaresma

Is 55, 10-11 / Slm 33 (34), 4-5.6-7.16-17.18-19 / Mt 6, 7-15

O pão nosso de cada dia nos dai hoje. (Evang.)

Hoje, a minha proposta é que o leitor reze por África. Muitos países de África têm matérias-primas suficientes para serem países com grande abundância de bens, com muito mais do que o pão de cada dia, mas como são mal geridos, têm grande parte das suas populações a passar mal. Portugal é um país praticamente sem matérias-primas mas que nós conseguimos desenvolver bastante. Hoje, dêmos graças a Deus por isso e rezemos para que em África haja o pão nosso de cada dia.

segunda-feira, 11 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Seg, 11 – Semana I da Quaresma

Lev 19, 1-2.11-18 / Slm 18 B (19), 8-10.15 / Mt 25, 31-46

Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer… (Evang.)

A civilidade tem muitas coisas que tocam a caridade. Uma delas é deixar falar as pessoas à vez. Nas conversas, não raro imperam os mais enérgicos, os que falam mais alto e reagem mais depressa. As pessoas educadas dão espaço aos pequeninos, àqueles que falam mais baixo, que reagem mais lentamente. Parece que aqui ser educado coincide com ser cristão. Nas suas conversas, o leitor esteja atento àqueles que tentam interpor uma palavra com uma voz mais baixa, uma atitude mais tímida...

domingo, 10 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Dom, 10 – Domingo I da Quaresma – Ano C

Dt 26, 4-10 / Slm 90 (91), 1-2.10-15 / Rm 10, 8-13 / Lc 4, 1-13

A oferta das primícias, dos primeiros frutos, é muito mais que uma tradição do povo hebreu. É a proclamação da sua fé em Deus Criador e Senhor de tudo. Na celebração litúrgica dos primeiros frutos da terra, que são oferecidos a Deus, fonte de tudo o que vive e respira, o sacerdote não reza um credo de verdades teóricas, mas faz uma síntese da história de salvação realizada por Deus em favor do seu povo.

Ocorre a natural pergunta: que destino se dava às primícias oferecidas no templo? Queimavam-se? Eram dadas aos sacerdotes? Nada disso, pois eram oferecidas aos privilegiados de Deus: aos pobres, aos levitas, aos forasteiros, aos órfãos e às viúvas.

Esta leitura da Palavra de Deus é colocada no início da Quaresma como um desafio à conversão penitencial da partilha, da doação generosa. Só quem se converte ao amor caritativo para com o próximo é que prova ter-se convertido verdadeiramente a Deus. Se alguém se diz amigo de Deus e é inimigo do próximo está a ser mentiroso.

S. Paulo apresenta-nos uma das mais antigas confissões de fé: confessar com a boca que Jesus é o Senhor e acreditar com o coração que Deus O ressuscitou dos mortos. Esta confissão de fé era usada no rito do batismo dos primeiros tempos da Igreja. «Acreditar com o coração» significa com a vida real, onde cada um prova o que pensa e diz com palavras.

No Evangelho encontramos Jesus a ser tentado pelo diabo. Não se trata da descrição de um cronista que narra os pormenores de um acontecimento. É antes uma lição de catequese, a fim de sabermos como vencer as tentações, à imitação do mestre Jesus.

As tentações de Jesus ocorrem no deserto, que tem um forte sentido bíblico: é um lugar de provação, mas também um contexto propício à revelação de Deus. Aí Jesus Se sentiu «cheio do Espírito Santo» e venceu «toda a espécie de tentações».

Nesta narração aparece o drama que Jesus viveu na sua consciência; o combate que teve de travar para ser fiel à vontade do Pai: as tentações do êxito imediato, da glória mundana e do prestígio, do aproveitamento do próprio poder para sua vantagem. Tentações que continuam atuais na Igreja de Cristo, formada por mulheres e homens frágeis, mas nunca abandonados pela graça providencial de Deus.

As tentações de Jesus são-nos apresentadas em três quadros: conversão das pedras em pão; oferta do poder e glória dos reinos da terra; atirar-se do pináculo do Templo para ser sustentado pelos anjos. São uma síntese de todas as tentações, representando o modo errado de nos relacionarmos com as coisas, com as pessoas e com Deus.

O facto de Cristo ter sido tentado, sem viver num plano super-humano, acima de toda a sedução do mal, é um forte exemplo para nós. Ele mesmo nos ensinou a rezar, pedindo assim a Deus: «Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal». Não pedimos para não ser tentados (nisso nos distanciaríamos de Cristo), mas para vencermos as tentações unidos a Ele.

sábado, 9 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 9 – Féria depois das Cinzas

Is 58, 9-14 / Slm 85 (86), 1-6 / Lc 5, 27-32

Se tirares do meio de ti toda a opressão, os gestos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do teu pão ao faminto e matares a fome ao indigente, brilhará na escuridão a tua luz. (1ª Leit.)

Hoje peçamos a graça de um coração suave, aberto ao outro, empático. O profeta Isaías fala do pão que é nosso. Estará ele a pensar que podíamos passar privações para partilhar com os pobres? Acho que isso nem passa pela cabeça. Mais facilmente faríamos sacrifícios para proporcionar uma operação ao nosso cão. Claro que o nosso cão é mais valioso do que um pobre. O nosso cão tem um partido. Os pobres não.  

sexta-feira, 8 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 8 – Féria depois das Cinzas

Is 58, 1-9 / Slm 50 (51), 3-6.18-19 / Mt 9, 14-15

O jejum que Me agrada é (…) levar roupa aos que não têm que vestir... (1ª Leit.)

Tanto o Antigo como o Novo Testamento insistem neste aspeto; logo, deve ser importante. Mas muitos de nós ainda lhe somos indiferentes ou fazemos pouco. Parece-me que é falta de Deus dentro de nós. (De mim.) Falta de empatia com Deus. Às vezes, excesso de oração vertical verbal, porque se a oração verbal é de coração atinge o outro. Mas, muitas vezes, a oração é feita com um coração tão frio que não é capaz de sentir os que têm frio. Peçamos um coração de carne.  

quinta-feira, 7 de março de 2019

Reconhecimento dos direitos das comunidades cristãs - O Vídeo do Papa – ...

MEDITAÇÃO DIÁRIA Qui, 7 – Féria depois das Cinzas

Deut 30, 15-20 / Slm 1, 1-4.6 / Lc 9, 22-25

Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo. (Evang.)

Entenda-se: renunciar a si é renunciar à parte que nos afasta de Deus. Mas a renúncia é muito difícil. Estamos habituados à nossa sombra, gostamos dela, estamos viciados nela, quando alguém nos chama a atenção, reagimos mal… A minha experiência, leitor, é que a oração ajuda muito a erradicar o pecado, uma vez ele identificado. Para além de pormos todos os meios necessários. Mas a oração (a mim) suaviza-me muito a luta. O leitor experimente.  

quarta-feira, 6 de março de 2019

Quinta-feira, 1ª do mês, 07 Março 2019

e Oração Vocacional na Igreja do Mucifal às 18h00.

- QUARTA-FEIRA dia 6, Dia de cinzas.

 Início da Quaresma 
Missas em Almoçageme às 9h30 e em Colares às 21h00

Joel 2, 12-18 / Slm 50 (51) 3-6.12-14.17 / 2 Cor 5, 20 – 6, 2 / Mt 6, 1-6.16-18

Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens. (Evang.)

A nossa sociedade tende a premiar, dar relevo, condecorar as pessoas que se distinguem de alguma maneira. E isso é bom, porque dá um exemplo às gerações seguintes. Outra coisa é pormo-nos em bicos de pés para mostrarmos os nossos feitos. É isso que Jesus condena. E não devemos ficar amargurados com a falta de reconhecimento da sociedade, porque devemos fazer as coisas gratuitamente. Hoje, o leitor peça gratuidade para o seu bem-fazer.

terça-feira, 5 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Ter, 5 – Semana VIII do Tempo Comum

Sir 35, 1-15 / Slm 49 (50), 5-8.14.23 / Mc 10, 28-31

Nós deixámos tudo para Te seguir. (Evang.)

Obviamente, S. Pedro está triste por o seguimento de Jesus não lhe ter proporcionado o gozo de que ele estava à espera. Aquele andar atrás de Jesus, de um lado para o outro, a pregar e a curar não devia encher-lhe as medidas. Ele queria alguma coisa que compensasse ter deixado as redes e a família. Provavelmente, estava com saudades e ainda não tinha uma missão. A missão dá um sentido às nossas vidas e suaviza-nos as saudades das cebolas do Egito. Hoje, o leitor peça para si um forte sentido de missão.

sábado, 2 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sáb, 2 – Semana VII do Tempo Comum / 1º Sábado

Sir 17, 1-13 / Slm 102 (103), 13-18 / Mc 10, 13-16

Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele. (Evang.)

Numa festa em que eu estava, uma criança de 3 (?) anos brincava despreocupadamente. De repente, viu a mãe e correu para ela depois de ter dado um berro que lhe saiu cá do fundo: «mãe!!». Um adulto não faria isto. A criança de três anos tem uma entrega completa à mãe. É esta entrega que Deus quer de nós. E Deus quer isso porque é o que nós precisamos. Peçamo-lo.  

sexta-feira, 1 de março de 2019

MEDITAÇÃO DIÁRIA Sex, 1 – Semana VII do Tempo Comum / 1ª Sexta-feira

Sir 6, 5-17 / Slm 118 (119), 12.16.18.27.34.35 / Mc 10, 1-12

A palavra amável multiplica os amigos. (1ª Leit.)

Sim, é verdade, mas não deve ser (só) essa a nossa motivação. Somos amáveis porque gostamos dos nossos amigos. Somos amáveis porque somos educados. Somos amáveis porque temos autodomínio. E, finalmente, somos amáveis porque Deus é amável connosco. Somos amáveis porque sabemos o que é serem amáveis connosco. Deus ama-nos, normalmente, através dos outros. Se bem que também o faça diretamente. Essa amabilidade de Deus torna-nos amáveis.